sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

''RETRATO DE UMA VIDA''

"Minha vida eu não deveria contar...."

Minha vida eu não deveria contar, mas me disseram que seria um desabafo e até uma lição para ninguém se tornar o que me tornei por falta de humanidade ou excesso de egocentrismo.
Meu nome Jose Francisco, casado com uma linda mulher, seus olhos tão azuis como o céu, cabelos cor de mel, alegre seu nome era Luiza. Eu a amava mais do que a mim. Só existia na minha vida Luiza. Eu era formado em engenharia. Os anos 30 era para quem tinha dinheiro. Achava-me o melhor de todos. Construi uma mansão em são Paulo e  nosso casamento  foi um grande acontecimento. Meus pais Manuela e Pedro Mendes foram enérgicos na educação minha e de meus irmãos, mas nosso caráter ninguém ensina nascemos com ele.
 Eu tinha um caráter torto por minha total responsabilidade como todos os seres humanos. Alguns têm o caráter voltado à emoção que nos torna um pouco melhores aceitando qualquer imperfeição do outro, mas eu não!
Minha irmã Cecilia tinha medo de mim porque eu a trancava num quartinho de dispensa , tirava a lâmpada e a deixava por horas sem me preocupar o tempo que ela estava no escuro.  Eu me divertia!
Quando adulta ela casou cedo com dezenove anos me disse:
- Casei-me para ficar livre de você, és um monstro!
Quanto aos meus dois irmãos nos dávamos bem, mas não pediam nunca opinião para mim.
Meu irmão Rodrigo  era professor em direito:
 - Jose Francisco se um dia você ferir alguém eu sou o primeiro a po-lo numa cela.
Eu: - Irmão querido por que de palavras horrendas comigo? Por que eu  tentei joga-lo  da escada por causa de uma ex-namorada? Era eu ou você? Venceste irmão está casado com ela.
Meu irmão Eduardo  era tranquilo e  as mulheres se jogavam aos pés dele estava solteiro , gostava de mim , mas eu tinha receio da conversa dele com minha esposa. Ela o achava de coração bom. Não gostava disso.
Não era bem visto na família. Meus pais me idolatravam porque eu ficara mais rico que meu pai.
 Trabalhávamos juntos e nosso ideais eram quase iguais, menos se o caso era dinheiro.
Minha cidade estava crescendo era a época perfeita para me tornar rico sem escrúpulo nenhum.
Na construção valiosa da cidade meu pai fechou um contrato com valor bem abaixo que eu almejava. Sabia se demorasse a construção eles exigiriam rapidez eu entraria com o dobro do valor. Foi assim que me enriqueci. Meu pai descobriu  vinte anos depois:
 - Você é minha desonra! Trabalhei honestamente meu nome tem valor!
Jose Francisco:  - Papai por isso é tão medíocre, caridoso com entidades. Dividir tudo é burrice. Sempre fui assim. Nunca vou mudar!
À noite meu pai teve um enfarte, morrera de madrugada. Quando me avisaram eu pensei:
 - Tudo é meu!
Minha mãe após o enterro me chamou e disse:
- Jose Francisco seu pai antes de ter o enfarte estava nervoso me disse que se aborrecera contigo, me pediu para tira -lo da presidência  da empresa.  Se ele morresse ele faria o que um pai tinha que fazer de dar um susto. O que aconteceu?
Jose Francisco  - Mamãe querida não é hora para esta terrível conversa vamos deixar a memória de meu pai intacta.
Manuela:  - Vamos para casa quero saber o que houve para seu pai morrer assim.
Jose Francisco:  - Está bem a senhora esta me pedindo.
Chegamos a casa agora de minha mãe. Ela mandou fazerem um chá.
Pediu para irmos para sala de escritório que foi do meu pai. Minha mãe estava abatida visivelmente. Senti um incomodo no escritório. Olhei a foto de meu pai. Confesso que me emocionei, mas nunca poderia deixa- lo me vencer apesar de morto.
Minha mãe:  - Estou esperando me diga agora!
Jose Francisco:  - Mamãe é difícil eu neste momento falar o que descobri sobre meu pai. Mas está pedindo! Descobri que papai fazia negócios fora do correto. Ele demorava na construção, depois que reclamavam pedia o triplo do valor pedido  conversei com calma com ele pedi para ser honesto.
Manuela se curvou chorando, dissera que sentira a presença do marido.
- Estás mentindo meu filho! Sinto isso.
Jose Francisco:  - Não é hora de conversarmos sobre isso imagine papai aqui.  A senhora sempre com crendices de vida após a morte. Por favor, a senhora não é pobre para acreditar nessa bobeira. Aceite papai era desonesto.
Manuela segurou no braço do filho puxando-o  para baixo na altura do ouvido e disse:
 - Jose Francisco estou aqui!  Morri para seus olhos, mas estou vivo, mas você não me vê. Naquela sala estava eu e você. Confessou seu erro está sendo medíocre filho.
Eu levei um susto, para mim era meu pai  puxei meu braço e minha mãe disse que sentiu tontura. Estava assustado, mas tinha que ser firme.
Jose Francisco:  - Mamãe está cansada vá descansar.
Manuela:  - Do que estávamos falando?
Jose Francisco: - Sentaste dizendo que estava com tontura.
Fui para casa dirigindo com a sensação que meu pai estava no carro,  eu ri!  Impossível!
Durante meses procurei fazer o melhor sorrir, ser tolerante, ser honesto e isto era um era um fardo. Minha esposa estava alegre veio me dar a noticia estava grávida. Levei um susto.
Estava em casa meu irmão chegou para nos visitar. Mostrou os desenhos para minha esposa. Comecei a refletir porque ele veio mostrar esses desenhos ridículos para ela? Não estava gostando. Nosso filho nasceu saudável colocamos o nome dele de Lucas Perguntei a Luiza porque escolheste Lucas?

Luiza : - Tive um sonho que um senhor amável disse que  se tivesse que mudar seu nome seria Lucas. Ele me pareceu ser bom. me disse que tudo renasce para um bem maior.
Jose Francisco: - Besteiras! Mas agora está registrado, se eu soubesse deste sonho tinha recusado este nome.
Luiza: - Nosso filho não é um negócio, às vezes você parece ser insensível.
 Jose Francisco: - Não ligo para suas palavras pela sua beleza!
Luiza: - Não sou suas obras, sou sua esposa.
Jose Francisco:  - Nunca falaste assim comigo é por causa do meu irmão Eduardo?
Luiza: -  Está sendo ridículo! Meu Deus! Está ciúmes do seu irmão, você é um doente.
Jose Francisco: - Eu observo você e ele conversando parece que tem particularidades entre os dois. Tome cuidado comigo eu posso virar um lobo.
Luiza: - Eu vou embora desta casa!
Jose Francisco:  - Não irá Lucas é meu filho ele será meu herdeiro! Você pode ir, mas Lucas fica.
Luiza: - Nunca sairei daqui sem meu filho. Vá dormir em outro quarto!
Luiza vai à casa da sogra  leva seu filho . É recebida com carinho por Manuela. Ela chora muito é abraçada pela sogra.
Manuela: - O que está acontecendo Luiza?
Luiza : - Sei o que vou dizer é difícil acreditar,mas seu filho me mandou ir embora de casa sem o Lucas.
Manuela:  - Deus meu! Qual o motivo?

Luiza: - Ele tem ciúmes do Eduardo perdoe me por dizer este absurdo. Eduardo é um ótimo cunhado e ama o Lucas
Meu marido enlouqueceu começou com uma conversa de um sonho que tive antes de Lucas nascer. Um homem bondoso me disse se pudesse mudar seu nome seria Lucas. Jose Francisco mudou me disse que seria um lobo.
Manuela:  - Não volte para casa até eu conversar com meu filho. Luiza, meu marido não gostava do nome dele e dizia se pudesse mudar de nome seria Lucas que era o nome do avô dele. Acredito na vida após a morte para mim é uma mensagem que iremos definir, mas por enquanto faça o que estou te dizendo. Vá para um hotel o motorista te levará
ELuiza:  - A senhora está me assustando, farei isso, mas eu vim com meu motorista.
Luiza chega ao hotel muito triste e  preocupada. Aguardando o chamado de Manuela.
 Três horas depois entra no quarto do hotel Jose Francisco nervoso pega o menino  no colo e arrasta Luiza para o carro. Ela desesperada segura o filho nos braços. E seu marido falando com raiva:
 - Esqueceste quem paga o salário do motorista sou eu minha mãe não pode comigo ela está velha.
Luiza volta para casa se sentindo ameaçada por todos. Dorme no quarto do filho abraçada a ele.
Lucas abraça a mãe:
- Mamãe!  E Luiza chora muito.
No dia seguinte Eduardo entra na casa do irmão dizendo:
- Cunhada abra a porta meu irmão está louco!
Ela abre a porta e pede para o cunhado ir embora.
Eduardo diz que não vai embora e que ele veio buscar ela e o filho por ordem da mãe dele.
Dona Manuela já esta chegando Eduardo tinha vindo na frente.
Luiza arruma rapidamente uma mala com algumas peças de roupa dela e do filho.
Mas como o próprio Jose Francisco  disse: - Quem paga os salários dos empregados sou eu. É ele, o patrão.
Quando  Luiza com o filho no colo e Eduardo começam a descer a escada encontram Jose Francisco que  vinha subindo e chamando o irmão.
Jose Francisco: -  Você é amante de minha esposa, traidor, você nunca prestou, tenho duvidas até que Lucas seja meu filho.
Luiza manda o marido calar a boca.

Gabriel:  - Você esta doente! Precisa de socorro, jamais faria isso, deixa eu te ajudar.
Jose Francisco chega à beirada da escada e da uma tapa no rosto de irmão.
Eduardo fica no chão pedindo socorro ao irmão.
Jose Francisco dá vários chutes no irmão. Luiza começa a gritar por socorro, mas ninguém socorre.
Eduardo levanta rápido e pede novamente para o irmão parar.
Lucas no chão vendo tudo, olhando para o pai, sem piscar.
Luiza tenta separar os dois, mas o marido a empurra contra a  parede.
Luiza cai no chão sem forças para levantar. Jose Francisco pega um vaso e vai em direção a esposa com intenção de bater nela. Eduardo empurra o irmão que chega à beirada da escada.
Lucas chega perto da escada chama o pai desse modo:
 - Filho pare!
Jose Francisco  se assusta do modo que o filho o chama. Ele reconheceu que era o pai dele. Perde o equilíbrio e cai da escada.
Manuela  esta parada na porta vendo tudo imóvel.
Eduardo corre o irmão esta vivo, mas inconsciente.
Chama uma ambulância e Jose Francisco é levado para o hospital.
Na queda ele  quebrou a coluna em varias partes.
Ficou entre a vida e a morte por vários dias. Os médicos disseram à família que ele ficaria tetraplégico, se sobrevivesse.
No passar de seis meses, Jose Francisco voltaria para casa, o quarto no primeiro andar já estava arrumado e com enfermeiro a disposição.
Ele estava debilitado em uma cama, poderia mexer os olhos e falar, mas não expressava nenhuma palavra.
Passado alguns dias todos ouviram da casa, os gritos de Jose Francisco.
Correram até o quarto, e viram lagrimas nos olhos dele.
Luiza chegara ao lado da cama e disse:
Jose Francisco eu te perdoo, não vou te abandonar, o perdão que te dou é pelo nosso filho.
E  todos tiveram a certeza da existência da vida além vida.
Era nítidos a expressão do Jose Francisco a falta de aceitação e o ódio que sentia.
Manuela ia todos os dias no quarto do filho orar por ele.
Ela dissera ao filho:
- Eu sei que não aceitas, mas as orações são para seu bem.
O medico dissera a família, que ele poderia durar meses ou dois anos, pois estava sendo prejudicada a circulação, afetando os rins e o coração.
Ninguém escondia isso dele.
Luiza todo dia deixava a porta do quarto  aberta para o pequeno Lucas ver o pai.
O menino ainda pequeno, quando chegava perto do pai, com sua mãozinha pequenina, apertava a mão do pai.
Luiza entendia que ele queria dizer: - Papai estou aqui.
Entra Manuela e vê a cena entre o pai e o menino
Ela se emociona e diz baixinho:
- Eu tenho certeza que meu neto é reencarnação de meu marido.
Eu Jose Francisco, no estado que me encontrava eu sabia que era meu pai, lembrara na hora que ele disse:
 - Filho para!
O que meu pai dissera, queria me dar um susto estava ao meu lado o tempo todo.
Não tinha me abandonado e sabia de meus limites
Eu não aceitava meus limites, um homem com tanto dinheiro e poder, cair de uma escada, ficar imóvel, não aceitava ser um vegetal. Eu queria ter o poder novamente, tudo tinha mudado em minha vida.
Meu irmão tomava conta da empresa, até o meu filho ser adulto.
Luiza agora pagava todas as contas de todos os funcionários, mas demitiu todos os funcionários que trabalhou na casa. E contratou novos.
Os meses iam passando e eu ficara pior. Tinha chegado dos Estados Unidos uma cadeira nova para mim.
Colocavam-me no terraço do meu quarto, mas eu não contei a ninguém que minha mão direita eu já conseguia  movimentar levemente.
Estava sozinho e fazia muito esforço para minha mão ter mais movimento, pois eu pensava: Vou vencer todo mundo!
Meu filho Lucas, ao meu lado, disse baixinho:
Lucas: - Não faça isso!
Eu não podia correr da cadeira e tinha medo do meu filho. Ele me olhava não como filho, mas como meu pai.
Ele vinha sentava na poltrona e ficava com os olhos fixos em mim, me vigiando. Queria terminar com isso.
 O enfermeiro leva a cadeira comigo até o corredor, para que eu visse la  de cima, o jantar aqui em baixo, com a família.
A minha mão esquerda já estava com um pouco de movimento e eu consegui chegar com muito esforço até a trava de segurança da cadeira de roda. O enfermeiro me deixou La e desceu para buscar o suco que eu pedi.
Consegui destravar a cadeira, eu procurei com mais esforço, mexer na roda.
Queria dar um fim a tudo, e consegui.
A cadeira veio à baixo e meu corpo foi lançado caindo sem vida.
O pior de tudo que eu sabia que tinha morrido. Eu deveria comemorar afinal eu venci. Não estava mais naquela prisão.
Acordo e vejo o pior pesadelo de todos os tempos.
Eu estava jogado no meio de um lamaçal sem poder me mexer. Na minha visão parecia que eu via serpentes passar por cima de mim. Eu fitava de novo e não estava mais la, eu não podia sair .
De longe eu vi duas pessoas, pareciam que estavam com as roupas brancas, eu queria mexer, falar, mas não conseguia.
Nunca pensei que fosse chamar por este nome, mas gritei em minha mente:   - Deus! Ajude-me!
As pessoas que eu vi chegaram perto de mim, se abaixaram e disseram: -Você quer sair daqui?
Eu queria dizer sim, mas não conseguia, com esforço consegui piscar, afirmando.
Eles não eram socorristas, eram pessoas que estavam melhor que eu, me puxaram e saindo do lamaçal e riam. Eu os ouvia falarem
- O que você fez para ser um vegetal?O que você fez? Tenho certeza que ele teve uma vida muito boa, olha o terno dele. Vamos tirar esse terno e levar para alguem que esta por ai, e faremos um favor.
E me deixaram jogado numa poça, tipo de um fio de água, mas estava limpa.
Eu pensei comigo, me abandonam, mas não estou na lama, teria que fazer esforço novamente para me mexer, pensei:
- Será que Deus me ouviu naquela hora?
Então vou usar o nome de Deus como meu exercício e  comecei a pensar e logo a falar: - Deus! Deus!
Agora meu braço direto estava começando a mexer os dedos, não podia desistir.
Havia horas que eu dormia e via a empresa, e um rapaz tomando conta da empresa, os olhos eu reconheci, era Lucas já adulto.
Havia passado muito tempo, senti que tudo tinha mudado.
Ele estava casado, estava feliz.
Acordei e pensei o que esta acontecendo? Será que é o tempo? O que esta acontecendo comigo?
Meu outro sonho: - Eu parecia ver minha mãe em um lugar bonito, mas não era nossa casa. Então acordei chamando: - Mãe! Mãe!

Agora eu tinha duas palavras: Deus e minha mãe Manuela.
Meu braço direito já estava mexendo com muito esforço, eu consegui virar meu rosto para o chão e me arrastar com um braço só. Era muito difícil.
Eu senti minha mãe me chamando:
Manuela: - Jose Francisco meu filho!
Pela primeira vez em minha vida, eu chorei.
Chamei pela minha mãe.
Eu estava de cabeça baixa, água vinha em meu rosto, pouca água. Vi de longe algumas pessoas se aproximando desta vez eu gritei: -  Deus, que seja minha mãe e comecei a gritar: - Manuela!
Senti algumas pessoas me pegarem e colocarem em uma maca, dormi.
Senti que estava sendo levada, a luz vinha em meu rosto, acabei dormindo.
Acordei estava em uma cama, com roupas limpas, tudo claro, pessoas vestidas como enfermeiros dizendo que tudo ficaria bem, o pior havia passado.
Eu pensava: como o pior já passou? Eu não estava em casa vinha em minha mente a lembrança da cadeira caindo da escada.
Mas o que aconteceu? Se eu morri porque estou vivendo, se não morri onde estou?
Tinha que lutar e descobrir o que estava havendo comigo.
Vinham enfermeiros e de suas mãos saia luzes que entravam em mim.
Às vezes sentia dor como se fosse um remédio para cicatrizar feridas, mas quem pode curar feridas da alma?
A enfermeira parecia que estava vindo em minha direção.
Ela: -  Jesus! Meu filho! Jesus.
Eu começava a ouvir a oração dessa enfermeira ao meu lado.
Naquela manhã eu estava me sentindo melhor e mais forte. Ela veio orar de novo com sua voz doce: Jesus!
Eu abri os olhos olhei de lado e a reconheci: era minha mãe Manuela.
Ela olhou pra mim e disse: - Reconheceste-me, meu filho amado.
Sem eu querer, mais sentindo as lágrimas desceram em meu rosto.
Jose Francisco: - Mãe o que eu fiz?
Manuela: - Meu filho! Hà sempre um recomeço, Deus nos perdoa, mas seu coração precisa se tornar puro com o arrependimento sincero chega de sofrimento meu filho.
Eu pedira a minha mãe:
Jose Francisco: - Mãe ore por mim, me ensina a orar.
Todos os dias minha mãe vinha e nós dois orando. Eu já conseguia mexer os braços. Naquele dia ela chegou eu sorri e disse a ela:  - Posso pedir um favor? Dê-me um abraço.
Nos dois chorando, eu a abracei e ela me abraçou.
Agora eu era um filho de verdade, ela sempre foi minha mãe de verdade.
Começamos a orar novamente. Veio um novo enfermeiro. Passava luz em minhas pernas e dizia: - Tudo ficara bem na Graça de Deus, tudo é luz, tudo é amor.
Nesta hora eu acordei com ele falando e segurei na mãe dele e reconheceria aquela mão em qualquer lugar do mundo.
 Jose Francisco:  - Eduardo! Meu irmão!
Ele sorriu e disse: - Reconheceste-me irmão.
Perdoe-me Eduardo, eu era um louco numa terra de louco.
Eduardo:  - Logo estará andando e você conhecera um novo mundo, que é tão antigo quanto a nossa existência. A base de tudo é o amor.
Manuela chegou sorrindo muito emocionada, olhando a cena de longe.
Ela perguntou ao Jose Francisco:
 - Quem é à base do amor meu filho?
Eu sem hesitar respondi pela primeira vez:  - Jesus, mãe!
Passado mais uns poucos dias senti um beliscão na planta do meu pé.
Era Eduardo rindo dizendo:  - E ai meu irmão sentiu?
Jose Francisco: - Senti irmão!
 Meu irmão disse para sentar com auxilio dele. Ele e minha mãe do meu lado me segurando, primeiro passo foram dados, segundo, terceiro passo. Eu ria como uma criança que acabara de nascer, eu podia andar.
Minha mãe e meu irmão me ajudaram ate chegar la fora. Vi um lindo jardim com flores que nunca tinha visto, pensei: - Como fui errante.
Ajoelhei-me no chão que era grama, chorei olhei pra cima, Deus obrigado!Deus perdão!
Agora sei quem é o senhor, Jesus Cristo peço a ti senhor Jesus que me salve, salve minha alma, salve todas as almas que estão na escuridão.
Passado pouco tempo, estava sentado no jardim, olhando crianças correndo , vinha subindo uma moça no jardim e disse a ela: nossa, mas que encanto!
Mas que encanto de moça. Ela estava ao lado de minha mãe, transmitia luz, paz, com um lindo sorriso e olhos azuis como o céu. Era Luiza!
Chorei como um menino pedi perdão e  ela me disse:
Luiza: - Tudo foi lição para todo mundo, você esta perdoado há muito tempo.
Eu perguntei: -  E Lucas?
Luiza: - Ele esta muito bem.
Manuela, Luiza e Eduardo dizem a Jose Francisco: - Hoje na Terra como deveria ser todos os dias, é um dia importante e vamos levar para você ver o Lucas.
Os três fizeram um circulo. Abraçando-me pediram para fechar os olhos e orar. Pediram para abrir os olhos, a cena que eu vi.
Era outra casa, seis jovens, alguns casados, crianças, correndo pela
casa.
Mesa linda arrumada tinha muitos enfeites, eu perguntei: - Oque esta acontecendo aqui?
Minha mãe: - Meu filho, como nós dissemos, aqui é natal como deveria ser todos os dias, que você esta vendo são seus netos e bisnetos. Perguntei para minha mãe: -  Onde está Lucas?
Eduardo respondeu: -  Você não reconheceu aquele velinho sentado na ponta da mesa? É o Lucas! Ele está nos vendo.
Lucas disse á família: -  Vamos para a ceia, porque hoje é natal, como todo o dia deveria ser porque Jesus nasceu para nos salvar e eu com meus olhos vejo meu pai, meu filho salvo e todos aqueles que sempre amei  “SALVE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, NOSSO SALVADOR”   e todos na mesa, e nós dissemos: - Amém!


Este foi o natal de 2014
Eu, que desci no fundo do poço, entrei num mar negro,  mas a Mão de Deus me salvou.
                                                                                                 
                              Luz para Luz!














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