domingo, 5 de agosto de 2012

DA MINHA JUVENTUDE PARA A ETERNIDADE


Meu nome é Luiza, nasci em no dia 03 de maio de 1970 numa cidade do interior do estado de São Paulo.
Sou uma adolescente feliz, acho mesmo que já posso governar minha vida, sou inteligente e conheço o mundo lá fora.
Minha família é bonita, meu pai trabalha muito e minha mãe Arlete é uma ótima cozinheira, faz doce e compotas deliciosas e tem vários dons.
Resolvi escrever para que todos saibam que a eternidade não dói, mas, a teimosia dos jovens pode causar muita dor para aqueles que amamos.
Tenho irmãos e o mais novo é lindo, esperto e inteligente chama-se Lucas.
Meus pais trabalham, eu estudo, mas, quero uma vida melhor, quero conhecer as capitais do mundo inteiro.
Em 1984 eu conheci o Douglas, um jovem sonhador, três anos mais velho que eu, me enamorei por ele.
E ele também queria ir embora do interior e viver grandes aventuras.
Eu penso como sair da minha cidade e deixar minha família.
Um dia minha mãe estava costurando e veio à vizinha e contou que havia me visto conversando com Douglas.
Minha mãe me deu uma bronca, dizendo que ele era um rapaz agressivo e violento e me fez prometer que não ia mais falar com ele. Que ela sentiu um aperto no peito quando viu o rapaz.
E que em troca da minha promessa ela não contaria nada para o meu pai.
Eu prometi mesmo sem a intenção de cumprir. Ela cumpriu a promessa e ninguém da família ficou sabendo.
Vou para o colégio e ao invés de entrar para aula eu saio com Douglas, vamos passear, ele me promete o mundo e eu gosto de ouvir e até acredito em tudo que ele me diz.
Às vezes, à tarde, vou ao mercado perto de casa para minha mãe, mas, para me encontrar com Douglas comecei ir num mercado mais longe.
Sempre levo comigo meu irmãozinho Lucas e dou doces para ele assim ele não contará para minha mãe que eu me encontrei com Douglas.
Sempre me encontro com meu namorado e na maioria das vezes com meu irmãozinho Lucas, ele é uma criança e não falará nada para minha mãe.
Quando chego em casa minha mãe pergunta onde eu estive e eu minto dizendo que fui levar Lucas para passear.
Vejo a luta diária de minha mãe, meu pai da muitas dores de cabeça para ela. Vejo a tristeza nos olhos dela, mas ela sempre está alegre e eu sempre mentindo.
Tenho uma família grande tios, tias, primos e avós alguns já me viram no centro da cidade com Douglas.
E quando me perguntaram quem era eu disse que era um colega e tínhamos ido fazer um trabalho de escola.
Minha mãe é equilibrada ela é o esteio da família e confia em mim. Eu cheguei a mentir dizendo que não via mais o Douglas.
Numa tarde eu demorei a encontra-lo havia familiares de São Paulo em casa e eu não pude sair.
Bateram no portão e eu fui atender era uma colega que vinha trazer um recado de Douglas perguntando se eu havia esquecido do nosso encontro.
Eu disse que não podia ir porque estávamos com visitas.
No dia seguinte à tarde eu encontrei-me com Douglas que estava totalmente descontrolado.
Eu me assustei com a atitude dele.
Douglas: - Luiza você acha que eu sou palhaço?
Luiza:- Não! estávamos com visitas em casa e eu não pude sair, minha mãe precisava de mim.
Fiquei apavorada, ele estava estúpido, não acreditou no que eu disse e disse que se ele soubesse que eu estava traindo-o ele me mataria.
Não acreditei, achei romântico, para mim Douglas me amava. Quando cheguei a casa minha mãe perguntou-me porque eu estava tão tensa.
Luiza:- Nada mamãe! É que eu fui visitar uma amiga que estava doente. A Aparecida.
Combinei com a Aparecida para que dissesse que fui vê-la.
Minha mãe encontrou-se com ela e perguntou e ela confirmou minha mentira.
Nós jovens, inconsequentes, achamos que podemos enganar os nossos pais mentindo. Isso nos faz sentir que somos superiores a autoridades dos pais.
Achamos que nunca seremos descobertos e que tudo ficará bem e que nunca o pior baterá em nossas portas porque sabemos mentir.
Confesso que menti varias vezes para meu contento e de Douglas e arrastava comigo meu irmãozinho Lucas.
Minha casa sempre tinha problemas que iam sendo resolvidos como podíamos.
Minha mãe sentia-se angustiada, no café da manha ela contava os pesadelos que tinha.
Arlete:- Eu tive um pesadelo horrível, que da nossa casa ouvimos um barulho estrondoso e caia sobre nós uma tonelada e terra e eu não conseguia segurar as mãos dos meus filhos.
Mamãe contou o sonho para minha tia Alice e ela a acalmou. Mamãe sentia que a morte a levaria.
Eu via minha mãe orar varias vezes na cozinha, costurando...
Um domingo ela me abraçou e disse:
Arlete:- Filha você está bem? Você está escondendo algo de mim?
Luiza:- Não mamãe!
Eu fiquei triste comigo mesmo, menti novamente, mas, quem ia saber?
Na verdade eu tinha pena da minha mãe, ela era lutadora e meu pai sempre dando dor de cabeça com a bebida. Ela era maltratada desde verbalmente até fisicamente. Quando ouvíamos as brigas sabíamos que meu pai havia bebido.
Minha mãe não queria que sofrêssemos e eu queria ter alguém que me amasse e ser feliz. Se me casasse seria diferente. Meu pai com o tempo teve o caminho que ele mesmo escolheu.
Passou o tempo meu lar sempre com as mesmas dificuldades, mas, eu não ligava, muitas vezes, para as tristezas eu sonhava.
Num dos encontros com Douglas ele pediu-me uma prova do meu amor por ele.
Eu entendi e disse que não! Ele tinha que esperar.
Ele ficou nervoso me sacudiu e disse que me mataria se eu tivesse outro.
Fiquei assustada e decidi terminar tudo entre nós.
Luiza:- Douglas vá viver sua vida e eu vou viver a minha, está tudo acabado entre nós, minha mãe tem razão.
Levei minha vida normalmente, mas pensava em quanta mentira tinha dito para minha mãe.
Os dias foram passando e um dia eu e meu irmãozinho saímos, mas, em questão de dez minutos estaríamos de volta.
Estávamos a algumas quadras de casa quando Douglas apareceu subitamente na minha frente me dando um grande susto e rindo de mim.
Luiza:- Douglas me deixe em paz!
Douglas:- Vou te deixar para sempre!
Senti algo no meu corpo, queria correr, mas, não conseguia, queria gritar, mas, não podia.
Meu corpo caiu no chão, meu irmãozinho gritou com os olhos assustados. Senti-me ferida, coração disparado, metade de mim queria ficar no chão e a outra sentia leve.
Senti-me mais leve que o ar, sai correndo até em casa entrei pela porta e disse:
Luiza:- Mamãe algo aconteceu, mas estou aqui! Meu Deus me esqueci do Lucas!
Olhei para minha mãe e a vi gritando, os vizinhos a abraçando, toda a família junta.
Eu ouvia o choro de todos e me perguntava por quê?
Para mim todos haviam descoberto minhas mentiras e estavam me ignorando.
Vi minha família num velório, mas, de quem? Será do meu irmãzinho?
Não ele está ali! Acho que fui longe demais ninguém quer falar comigo.
Chegarei perto do caixão para ver quem esta la.
Estou mesmo esquisita está moça parece comigo!
Luiza:- Meu Deus! Sou eu! Não! Não!
Mamãe! Pai! Lucas! Ouça-me eu estou viva.
Passei minha mão pela minha roupa e vi minha mão suja de sangue.
Cai no choro, senti tonturas, fui amparada por um senhor com roupa clara.
Luiza:- O senhor é medico? Estou machucada e tenho um pesadelo, eles acham que eu morri.
O senhor:- Vamos cuidaremos de você!
Quando acordei eu estava num quarto claro tinha uma janela perto da minha cama dava para ouvir os passarinhos cantando e o senhor estava sentado numa cadeira.
O senhor:- Querida como está se sentindo?
Luiza:- Estou zonza! Sonhei que eu estava andando apoiada no senhor, olhava para três e via um velório, um enterro. Eu estou viva ! ah! Ah!  O que houve comigo?
Qual é o nome do senhor, minha mãe vai lhe agradecer por me ajudar, tudo isso é loucura!
O senhor:- Meu nome é Francisco.
Luiza:_ O senhor é medico?
Sr. Francisco:- Não! Eu procuro ajudar a quem precisa e principalmente uma mocinha linda!
Luiza:- Mas, o senhor quem é? Por favor, chame minha mãe?
Sr Francisco:- Sou um amigo e sua mãe está descansando.
Luiza:- Ela tem uma luta em casa, mas, aqui é um hospital e logo irei embora.
Sr Francisco:- Sim aqui é um hospital onde todos recebem cuidados como eu recebi.
Luiza:- O senhor está internado aqui há muito tempo? O que houve?
Sr Francisco:- Querida menina eu já estive aqui recebendo cuidados há uns cinquenta anos, acho que é isso mesmo, agora eu ajudo a quem precisa.
Luiza:- Mas, o que aconteceu com o senhor?
Sr. Francisco:- Eu sofri um acidente de trator, ele queria ser mais rápido que eu porque era natal.
Luiza:- Meu Deus ainda bem que o senhor ficou bom!
Sr. Francisco:- Minha menina você está me fazendo rir. Agora procure descansar.
Eu fiquei quieta na minha cama, comecei a pensar no senhor Francisco, há mais ou menos cinquenta anos que ele sofreu um acidente de trator e está tão bom,
Então eu também ficarei boa. Dormi e sonhei com minha mãe chorando desesperada com muita tristeza dizendo:
Arlete:- Luiza minha filha!
Acordei rápido, sentia um peso no peito, levantei e fui até a porta e vi uma linda senhora com um perfume suave de flores me dizendo:
- Querida meu nome é Fátima, sou auxiliadora aqui e vim vê-la.
Luiza:- Por favor! Eu já estou recuperada, sonhei com minha mãe e ela não sabe que estou aqui poderiam avisa-la?
Fátima:- Querida sua mãe está tendo parentes e amigos para ajuda-la e ela sabe que alguma forma você está aqui. Quando for a hora nós te levaremos para vê-la.
Luiza:- Eu não aceito!
Ela me levou para o jardim amavelmente e veio o Sr. Francisco sorrindo.
Sr. Francisco:- Como você está Luiza?
Luiza:- Eu estou bem, mas, quero que minha mãe venha aqui me ver.
Sr. Francisco:- Querida ela não pode vir aqui por enquanto, você precisa ter calma.
Voltei para minha cama, deram-me um suco e eu dormi novamente.
Novamente ouvi minha mãe em prantos. Sonhei com Lucas ele me parecia aéreo.
Lucas:- Maninha porque ele te matou?
Dei um pulo da cama e corri para o jardim vi o Senhor Francisco sentado ao lado da Sra. Fátima.
Luiza:- Eu morri? Não mintam! Não mintam!
Sra. Fátima:- Querida seu corpo foi muito ferido, você teve hemorragia, seu corpo não aguentou, você não está num hospital terreno, aqui é um hospital espiritual!
Luiza:- Eu morri...? Mas, eu sou jovem! Não eu não morri vocês estão mentindo.
Minha mãe veio na minha mente, corri com toda a força de querer vê-la e dizer que eu estou viva!
Não sei como entrei pela sala da minha casa e senti um aperto no peito, minha família estava triste, meu irmãozinho estava mudado, estava isolado do mundo.
Entrei em desespero, jogava bibelôs no chão, chutava as pessoas que via, beliscava, na tentativa de me fazer notar, até que meu irmão me sentiu.
Lucas:- Mamãe a Luiza está aqui!
E eu gritava desesperada.
Luiza:- Eu estou viva! Diga que estou viva!
Arlete:- Filho sua irmã morreu nas mãos daquele filho do cão, mas, ele vai pagar!
Eu ouvi tudo e senti a dor de minha mãe e de toda a família! Cai no chão e chorei! Ouvia meu irmãozinho dizer:
Lucas:- Mamãe a Luiza está chorando!
Eu estava ao lado do meu irmãozinho.
Sr. Francisco:- Venha comigo, assim a sua dor aumentará a dor de todos.
Luiza:- Eu sou responsável! Eu menti! Minha mãe está sofrendo, meu irmãozinho parece doente.
Sr. Francisco:- Vamos! Eu prometo que você virá vê-los, mas, quando melhorar.
Retornei ao hospital triste, tive uma recaída, segundo a Sra. Fátima, cheguei a ter um tipo de delírio.
Descrevia o que me ocorrera. Os auxiliadores passaram muito tempo orando, me energizando com as mãos, a luzes Divinas que todos nós precisamos.
Acordava e pedia para ir ver minha casa e me entristecia, pedia socorro na terra para alguém dizer que eu estava viva de uma forma mais verdadeira.
Como eu disse antes, nós, quando somos crianças mentimos para nossos pais. Quando derrubamos um vaso e culpamos o irmão mais novo, depois quando adolescentes mentimos para nos divertir e quando achamos que somos donos de nós mesmos queremos ser gigantes no mundo, mas, esquecemos que o mundo é mais velho que nós.
E esquecemos que Aquele que tudo criou tudo vê.
Há cientistas que tem a tese que Deus é uma energia, ou que antes do big bem existir havia o nada e então não havia ninguém, ou seja, nenhum Criador.
Em Coríntios I capitulo 13, descreve a magnitude de Deus e não há nenhuma tese cientifica que permanecerá diante do Senhor Deus.
Eu menti achando que poderia esconder minhas atitudes, ter um mundo para mim.
Ou podem me dizer que meu lar estava sempre em desequilíbrio por ter um pai alcoólatra.
Mas a mentira é o desequilíbrio que nos leva a ruína, mesmo que seja a mentira branda que é dita para amenizar uma situação.
Aprendi com minha dor que a verdade deve prevalecer sempre. Meu irmãozinho ficou doente por ver meu assassinato, sou responsável por isto.
Depois de algum tempo eu voltei para ver meus familiares. Douglas foi preso, já houve o julgamento, mas, a lei do meu país o fez ser livre por bom comportamento.
E minha mãe teve de vê-lo na frente dela, se passando por um bom rapaz.
Ela em sua dor de mãe, meu irmão na dor de ser pequeno e não poder me defender e eu na minha dor de culpa por não ouvir os conselhos.
Oro por todos que sofrem, mas, aprendi que sofremos porque não entendemos Deus. Ele não quer nosso sofrimento, mas, nós achamos que sabemos mais da vida que o Senhor.
Escrevo esta minha verdade para ajudar os jovens que acham que são gigantes e a todos que buscam o sentido da vida.
Hoje não estou mais no hospital Esperança, moro com o Sr. Francisco e mais dois parentes na Cidade das Orquídeas.
Aqui é lindo há cachoeiras, rio azul esverdeado, jardins lindíssimos as casa são agrupadas por cores, casas branca, azuis, esverdeadas e rosas. Não estamos mortos, estamos vivos no mundo de Deus Pai, há bibliotecas, musicas maravilhosas, escolas e muito mais.
Eu estou aprendendo com muito carinho a socorrer os recém-chegados e também auxiliando na terra meu irmãozinho Lucas.
Ouvimos muito sobre o perdão, o perdão é Divino.
Quando perdoamos colocamos dentro de nós o balsamo da paz, mas, para isso temos que nos preparar porque tem que vir do coração.
O coração é o órgão que Deus nos deu para termos boas ações e luz, mas, para isso temos que abrir as portas e as janelas do coração e o Senhor entrará em nossas vidas.
Não foi só o Douglas que errou, eu o deixei pensar que tinha poder sobre mim.  Não entendia que quem tem poder sobre nós é quem nos criou.
Então eu o perdoo de todo o meu coração que pertence ao Senhor Deus e nosso Salvador Jesus Cristo. E estarei aqui para recebê-lo quando ele chegar porque precisará de ajuda.
Aprendi que a caridade é a nossa virtude mais simples e sincera e deve ser simples como a brisa. Quando fazemos o bem a alguém, seja até mesmo um bom dia ou uma visita no hospital ou o melhor que pudermos saber o mundo não deve saber e então Deus saberá que é verdadeiro.
O melhor da vida é não fazermos Deus chorar por nós.
Quando estiver em duvida sobre qualquer ação pense:
- O que farei para que Nosso Pai e Nosso Senhor Jesus não chore por mim. Tenha certeza que assim fará o melhor.
Toda dor é curada quando aceitamos ajuda. E Senhor Deus conversa com todos seus filhos, envia mensageiros naturais como um pássaro, uma borboleta. Ele se faz presente na mensagem que necessita.
Estou feliz em poder estar te ajudando. Na terra eu era feliz, hoje eu entendo mais a vida e posso dizer que sou mais feliz.
O amor é para todos porque Deus os ama.
Até um dia! Amigo ou amiga!
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Ditado pelo espírito de João Harsan.
Psicografado pelo médium Esaú Davi.