terça-feira, 30 de julho de 2013

'' TEMPO DE ESPERANÇA''

Nem Tudo que queremos ter podemos obter.
A humanidade precisa acordar o mais cedo possível.
Viver de ilusão do verbo ter ou poder é pura perda de tempo.
Eu tenho carro, eu tenho casas, eu tenho joias, eu tenho adegas, eu tenho iates, eu tenho nome, eu tenho tudo. Eu sou bela, faço inúmeras plásticas, eu posso! Eu sou a mais, mais de tudo! O tempo não me envelheceu, não o meu rosto, mas na minha alma artificial. O que fazer? Tudo eu! Tudo posso! Tudo tenho!  Mas, as águas que eu não esperava levou tudo e juntos meus amigos.
Não existe tecnologia, a mais avançada, que substitua o Pai Criador. Precisamos de Deus em todos os momentos da nossa evolução de vida.
O tempo passa para todos. Os impérios caem, como todos estudaram na escola em historia. O único que não passa é o Amor.
O Amor vem de Deus. Já reparaste numa flor, numa pequenina folha, como é belo os pequenos detalhes?
Como é lindo o voo de um pássaro, seja qual for.
O doce sorriso de uma criança como é belo!
O sol, a lua, as estrelas, o céu que você vê.
O céu que habita dentro de nós quando entendemos que a vida é bela mesmo com as dores, mas, há inúmeras alegrias que vem de Deus.
Tudo e todos vêm de Deus!
Você que está lendo agora, se estiver passando por algum problema, ora a Deus, o Senhor te ouve, Ele te socorrerá, estes problemas são lições para amanhã você ser uma pessoa melhor do que é hoje.
Se estiver acontecendo coisas boas contigo, não se esqueça de agradecer ao Pai. Tudo é maravilhoso, veja as letras, são lindas porque unidas posso te escrever inúmeras vezes Deus Pai Deus Filho te amam.
Somos filhos de Deus Eternamente!
Paz! Paz!
Humildemente.

Ditado pelo espírito de João Harsan.

Psicografado pelo médium Esaú Davi.

''BOM DIA SOL.. BOM DIA VIDA''



Campinas, 19 Campinas, 1956. - Paulinha: - Vamos brincar de bola? Julinha: - joga para mim! Joga! He! He! He! Bom dia vovó Zuleima! Lindo dia! Zuleima: - Bom dia minhas lindas netinhas! Já tomaram o café da manhã? Julinha: - Já vovó, mamãe está trocando a fralda do Lucas. Zuleima: - Nossa Vilma como o tempo passou, as meninas já estão grandinhas. Vilma: - É minha irmã Beatriz já esta com a família feita, Ana Paula com nove anos e Julinha com sete e o pequeno Lucas. E eu com vinte e cinco anos ainda estou solteira. Acho que nunca vou arranjar um marido aqui no interior. Zuleima: - Filha não diga bobagens, você é bonita, educada e prendada logo achara um bom marido. Beatriz: - Bom dia! mamãe e Vilma. Lucas já voltou a dormir, as meninas já estão brincando e o Renato já foi trabalhar. Que lindo dia! Zuleima: - Porque você e a Vilma não vão ao centro da cidade ver as novidades, eu fico com as crianças. Beatriz: - vamos Vilma? Vilma: - vou me arrumar, quero comprar um par de sapatos novos para ir ao casamento de Amanda e Jair. Ana Paula: - Vovó quando a mamãe e a tia Vilma saírem a senhora faz um bolo para nós? Zuleima: - Já vou fazer! O que foi Julinha? Julinha: - A mamãe saiu quando ela vai voltar? Zuleima: - Logo elas estarão de volta, queridas da vovó! Ana Paula: - E o vovô Esteves quando chegará de viagem? Zuleima: - Logo querida ainda falta um tempo. Julinha ouvindo a conversa aproximou-se devagarzinho e disse: -Vovó o vovô Esteves não virá para casa, ele vai embora para longe. Zuleima: - Julinha seu avô vira logo. Ele e sei tio Fonseca levaram dias para voltar. Julinha: - Não vovó! O vovô foi embora para bem longe, meu amiguinho Marcilio me disse! Zuleima: - Não conheço nenhum menino com este nome querida. Ana Paula: - Ela fala do Marcilio um menino alto. Julinha: - è vovó, ele me contou para eu não ficar triste. Ana Paula: - Eu também tenho uma amiga muito bonita, chama-se Samara e ela diz que temos que ser felizes. Zuleima: - meninas vão comer o bolo, daqui a pouco todos chegaram. Vou atender ao telefone. - Alo! Bom dia Jamil como está? Você está vindo para cá? A Vilma e a Beatriz logo chegarão. Esta bem! - zuleima: Meninas já comeram o bolo? Vão brincar no quintal que eu vou fazer o almoço. No quintal as meninas brincam alegres. Julinha: - vi o sol primeiro! Bom dia sol! Bom dia vida! Ana Paula: - Eu te vi! Bom dia vida! Por volta do meio dia chegam Vilma e Beatriz das compras. Vilma: - Olha mamãe que lido sapato! O que houve mamãe? Zuleima: - Jamil disseque está vindo para cá para conversar, estou aflita! Beatriz: - Mamãe o Jamil é nosso amigo porque você está assim? Zuleima: - A Julinha disse que seu pai não voltará da pescaria. Pensei será que ele me abandonou para ir atrás daquela uma? Beatriz: - Mamãe a Julinha é criança, e isto ficou no passado. Vilma: - É mamãe... tem gente no portão.. Vou atender! Vilma: - Ola! Entrem! Estamos na sala, vejam o lindo sapato que comprei para o casamento de Amanda e Jair! Sr Jamil, Clovis e Eneida, amigos de muitos anos, entram sérios na sala. Um carro parou na frente da casa e Beatriz foi atender. Era seu tio Floriano e Sr Fonseca. Zuleima: - Floriano você deveria estar trabalhando! Jamil, Clovis o que aconteceu? Suas fisionomias diz que aconteceu alguma coisa grave. Renato chegou ao mesmo tempo, abraçou as crianças, preocupado, sentia que algo não estava bem. Floriano: - As crianças estão bem? Beatriz: - Lucas está dormindo e as meninas estão no quintal. Respondeu abraçando Renato. Vilma: - Tio Floriano meu coração está aflito, algo me diz que tenho que me sentar. Zuleima: - Por favor, digam alguma coisa. Floriano: - Esteves estava pescando e sentiu-se mal no barco. Retornamos logo e resolvemos leva-lo ao hospital, ele chegou inconsciente, segundo os médicos ele teve um infarto do miocárdio fulminante e após quinze minutos faleceu. Beatriz e Vilma abraçaram Zuleima e choraram muito. Eneida foi ver Lucas que tinha acordado. Ana Paula e Julinha abraçaram a avo tentando consolar: -Vovó tudo ficara bem! Tios Floriano, Zuleima e Beatriz foram ao hospital. Durante todo o trajeto, Zuleima não parava de pensar nas palavras de Julinha. Floriano e Clovis foram providenciar o enterro. No velório as meninas abraçaram a avó dizendo: - Nossos amigos disseram para você perdoar o vovô e dizer isso no ouvido dele. Amparada por Beatriz e Vilma, Zuleima aproximou-se do corpo de Esteves e fez o que lhe pediram: - Esteves obrigado por tudo, eu te peço perdão, não sou eu que tenho que te perdoar, eu é que te peço perdão por todos estes anos. Depois de dois dias do sepultamento, Beatriz não conseguia esquecer as palavras da mãe para o pai pedindo perdão. Beatriz: - Vilma não tiro da minha cabeça o pedido de perdão da mãe, não foi isso que Julinha pediu! Vilma: - Ora Julinha ainda é criança e mamãe estava abalada, todos ainda estamos papai faz muita falta. Amanha começarei o meu trabalho na loja de calçados. Clovis o amigo de papai me arranjou esta emprego. Renato: - Vocês devem acalmar-se todos estamos tristes um tem que dar apoio ao outro somos uma família. Renato era um bom marido, empreiteiro, amava a família e não entendia como às vezes ficava nervoso e falava mais alto com a família. Renato dizia a Beatriz que sentia que a mãe dela ia precisar muito mais de nós do que imaginamos. Graças a Deus ela tem boas filhas e lindos netos, mas há alguma coisa no olhar dela que me preocupa. Beatriz achava que era devido às meninas terem dito que o pai não voltaria para casa. Renato: - Outro dia Ana Paula me disse que meu carro iria parar e eu teria que ir a pé à metade do caminho, e pior que aconteceu, eu só desliguei o carro, sai do carro rindo e fui caminhando. Beatriz: - e depois? Renato: - O mecânico arrumou o carro. Tenho orgulho de elas serem assim, elas brincam com o sol, elas são felizes. Beatriz: - Você tem razão! Outro dia pegaram os retalhos da costura da mamãe e dançaram acenando para o sol. Renato: - Elas são inocentes e puras de sentimentos! Querida tenho que ir trabalhar, está na minha hora. Fique calma que mais tarde eu voltarei. Beatriz: - Vá com Deus! Zuleima: - Bom dia! Fiz o café, mas não tenho vontade de fazer nada, vou voltar para a cama. Vilma: - Mamãe tenha forças! Vou trabalhar! Eu fui convidada para ir ao baile. Zuleima: - Não Vilma! ainda é cedo! Por favor, fique em casa! Beatriz: - Calma mamãe! Vou faze o almoço. Zuleima: - Vilma é diferente de você, ela pode me dar trabalho. Beatriz: - Mamãe ela tem vinte e oito anos, já é uma mulher feita! Durante toda à tarde Zuleima esteve deitada, Ana Paula e Julinha foram ao quarto da avó para anima-la. - Vovó você está acordada? Não fique triste você é tão bonita. Zuleima: - Não eu não sou! Fiz coisa errada. Havia passado três meses dos acontecimentos. E chegou o dia do casamento de Amanda, filha de Clovis e Eneida. Foi uma linda cerimônia na igreja, Ana Paula e Julia foram as damas de honra. Entraram na igreja de mãozinhas dadas jogando beijinhos para todos. As pessoas riam, elas eram alegres, no altar ficaram dançando mesmo sem musica. O padre e os noivos riam da alegria delas. A festa foi linda e singela, na hora que a noiva jogou o bouquet a menina Ana Paula e Julinha pegaram e correrão em direção a Vilma dizendo: - Tia Vilma peguei para você, agora você vai se casar. Vilma ficou muito vermelha, não sabia o que fazer e então abraçou as sobrinhas. Julinha soltou a mão da sua tia e foi ao encontro de um rapaz que estava na festa e segurando-o pela mão o puxou para que ele viesse com ela. O rapaz achou engraçado e seguiu a menina. Julinha: - Tia trouxe um noivo para você! Vilma mais vermelha que nunca se engasgou. O rapaz gentilmente lhe trouxe uma taça de vinho. Ela agradeceu envergonhada. Vilma: - Obrigado e desculpe, minha sobrinha é muito levada! Qual o seu nome? - Meu nome é Valmor, parece que esses dois serão felizes! Vilma: - quem? Valmor sorri e diz: - Os noivos! E você quando se casará? Vilma: - O que? Já? Mal nos conhecemos! Valmor: - Parece que houve uma confusão aqui. Vilma: - Não! Mas o que você está falando? O quer eu estou falando? Valmor: - Sei lá! Qual é seu nome? Vilma: - Meu nome é Vilma, Amanda e os pais são amigos da minha família há muito tempo, e você? Valmor: - Sou primo de Amanda, moro em Belo Horizonte. Vilma: - Nossa como você mora longe! Valmor: - Espera ai é você que mora longe. Vilma: - Foi um prazer conhecê-lo, mas estou indo embora. Amanda: - Vocês se conheceram? Que bom! Vilma este é meu primo Valmor, ele é industrial, tem uma pequena empresa de peças automotivas e está terminando a faculdade de engenharia. Valmor esta é a Vilma minha amiga desde a infância. Vilma: - ótimo! Valmor: - amanha a família fará um grande almoço e você e toda sua família está convidada. Amanda: - Que bom, nós não viajaremos, talvez no próximo fim de semana, iremos para o litoral, meu marido não está de férias. Bem agora eu e meu marido fugiremos da festa. Até mais! Valmor: - Lá vão os noivos para a felicidade! E você Vilma também quer partir para a felicidade? Vilma: - Todos os dias quando aparece o sol sou feliz! Val mor: - o que? É noite! Você é engraçada, te vejo amanhã? Vilma: - talvez No dia seguinte todos comentavam sobre o casamento. Renato: - Julinha foi tão rápida para pegar o bouquet da noiva para dar para tia Vilma! E então vamos ao almoço? Zuleima: - Vilma diz que está cansada e não quer ir. As meninas foram até o quarto de Vilma com flores nas mãos e bateram na porta. Vilma: - Meninas eu estou cansada! Ana Paula: - trouxemos flores para você tia. Julinha: - O teu noivo está te esperando, Marcilio, meu amigo disse. Vilma: - Seu amigo invisível, ele deve estar brincando. Julinha: - Ele disse para você não usar sapato alto. Beatriz: - Posso saber o que as três fofoqueiras estão conversando? Lucas está sorrindo para você Vilma. Vilma: - Oh! Lindinho da titia, elas querem que eu vá ao almoço. Beatriz: - Vamos mana! Assim não tenho que cozinhar, vamos mana! Julinha: - Tia não vá de sapato alto! Vilma: - Julinha é só um amigo de fantasia seu. Vilma resolveu ir, colocou um lindo vestido azul, escovou os cabelos, passou o batom e pegou um sapato baixo. Mas, achando graça da sua sobrinha trocou por um mais alto. Toda a família já esperava na sala, entraram rapidamente no carro e foram. Na casa de Clovis e Eneida tudo estava preparado para o grande almoço. Zuleima, Beatriz e Vilma estavam ajudando a por as mesas. Tinha trinta pessoas para almoçar, todos comentando sobre a festa. Falavam sobre os noivos e sobre as daminhas que deram muita alegria na cerimônia e na festa. Valmor chegou com os demais familiares, mas, Vilma ficou longe dele. Beatriz: - Vilma vá à cozinha pegar uma travessa que eu esqueci. Vilma foi rapidamente à cozinha e pegou a travessa. Quando estava retornando para a sala o salto do sapato quebrou, ela ia cair quando Valmor a segurou. Beatriz pegou a travessa das mãos dela, mas Valmor não a soltou. Colocou Vilma sentada numa cadeira e tirou-lhe o sapato, arrumou outro emprestado e ele mesmo colocou em seu pé. Todos olhavam a cena. Vilma: - Obrigado, você é um cavalheiro! Valmor: - você está confortável com esses sapatos? Vilma: - Sim! Vamos almoçar, todos estão à mesa, falta você. Julinha sorrindo olhava para tia Vilma. Beatriz: - Fique quietinha sua tia está com vergonha. Após o almoço os homens conversaram sobre política e as mulheres sobre assuntos domésticos. Eneida chamou todos na sala e disse: - Vamos fazer uma oração, temos muito que agradecer e pouco a pedir! “Senhor te agradecemos pelo casamento de Amanda e Matheus. Agradecemos pelo amor, pela vida, por todas as palavras abençoadas por Ti. Por sermos tão felizes hoje e amanha esperamos entender melhor a valor maior da vida. A vida sempre Vida! “Amém” Depois de alguns dias.... Vilma: - Julinha o que seu amigo Maciel disse mais? Julinha: tia ele fala muito! Vilma: - Se eu tivesse ido de sapato baixo eu não teria sido amparada pelo Valmor. Julinha: Você gostou tia? Vilma\; - Não é isso! Ele deu o recado ao contrario. Ana Paula: - Maciel é inteligente, se ele falasse o que você queria você e Valmor não tinham se encontrado. Vilma: - Queridas ele só me amparou! O que ele falou mais? Ana Paula: - Há um segredo! Vilma: - Segredo, que segredo? Ana Paula: - segredo tia vou brincar! Vamos julinha? Vilma:- segredo.... Zuleima: - O que você esta falando ai sozinho? Vilma: - As meninas disseram que o amigo invisível me enganou e coloquei o sapato alto para mostrar que o Maciel não existe e a senhora viu o que aconteceu! Zuleima: - Ah! É arte de criança! Vilma: - mas agora mamãe perguntei o que o amigo invisível tinha falado e me responderam que era um segredo. Zuleima: - Não está na hora de você ir trabalhar? Este é o segredo. Beatriz: - Vocês vão enlouquecer se continuarem a dar ouvidos para as meninas. Olha como o Lucas está lindo de calcinha azul, camiseta branca e meias azul. Está todo lindo para ficar no meu colo. Vou costurar com ele no colo. Lucas não dava sossego e Beatriz resolveu fazê dormir. Zuleima sentou na poltrona da sala adormecendo. Sentiu um perfume de flores ao seu lado, era seu marido Esteves que estava ali. Ela ficou atônita: - Esteves me perdoe! Perdoe-me! Esteves: - eu já te perdoei ha anos, sossegue seu coração, eu estou bem. Tire esta angústia de dentro de ti. Diga ao Clovis que eu o perdoo. Zuleima: - Você quer que eu diga ao Clovis não tenho coragem! Esteves: - Por quê? O que há zuleima? Zuleima: - Não me peça isso! Não! Não! Beatriz: - Mamãe, mamãe! Acorde a senhora está tendo um pesadelo. Zuleima: - Beatriz sonhei com seu pai ele quer que eu............ Beatriz: - Você o que mamãe? Zuleima: - Nada filha! Vou fazer um café para nós. Vilma chegou acompanhada por Valmor que havia ido busca-la no trabalho. Ele a deixou na porta de casa e foi embora. Beatriz: - Valmor já esta te buscando no trabalho, isso é um bom sinal! Vilma subiu para seu quarto, parecia contente. Renato chegou e comentou com Beatriz que viu Vilma e Valmor juntos e que eles estavam numa conversa tão intensa que não viram quando ele falou com os dois. Zuleima ouvindo o que conversaram e respondeu: Zuleima: - Não pode haver casamento! Beatriz: - Porque não mamãe? Zuleima: - Não gosto deste rapaz. Vilma que estava chegando ouviu a mãe dizer que não gostava de Valmor e disse: Vilma: - Mamãe pela primeira vez eu estou me apaixonado, não é a senhora que vai me dizer não. Eu e Valmor somos alegres e eu estou feliz. Zuleima: - Eu proíbo este namoro, achei que fosse uma brincadeira, parem agora. Vilma subiu para o seu quarto em prantos, sem entender a reação de sua mãe. Renato e Beatriz já estavam deitados quando Ana Paula e Julinha bateram na porta. Beatriz: - O que houve com meus amores? Estão chorando por quê? Ana Paula: - Lucas esta dormindo mamãe? Beatriz: - Sim como um anjo agora só falta vocês duas. Ana Paula e Julinha: - Não podemos, Maciel está dizendo que a vovó está errada, ela está sendo má! Renato: - Queridas o que seu amigo fala? Julinha: - Que a vovó esta sendo má, a tia será feliz com o Valmor. Ana Paula: - Mamãe os adultos fazem coisas más, eu não quero fazer coisas más. Beatriz: - Querida você não está fazendo nada errado. Seja quem for esse seu amigo de fantasia, ela precisa parar de brincar. Vamos dormir hoje no quarto da mamãe. Renato: - As meninas dormiram, eu acreditei neste amigo delas, Maciel, quando eu era menino eu tive um amigo, mas ele está falando assuntos sérios, acho que existe algo errado e não sabemos. Beatriz: - Vilma me contou que este amigo imaginário das meninas disse que existe um segredo. Será que ele existe? Renato: - Precisamos ter fé, sinto em meu coração um sinal de alerta. Quando Beatriz consegue adormecer ouve uma voz chamando: Beatriz! Beatriz acorde! Sou eu o Maciel e Samara, somos amigos das suas filhas. Viemos te pedir para ter calma, sua mãe e irmã precisaram muito de você. O amor deve falar mais alto, o perdão sempre será Divino. Se plantarmos o amor colheremos amor, se plantarmos espinhos colheremos espinhos. Tudo passa pela graça de Deus. Beatriz acorda ainda vendo a figura de um rapaz sorrindo-lhe. Beatriz: - bom dia Maciel! Ela levantou-se calma, Renato e as crianças já estavam tomando café. Lucas estava no colo de Vilma e Zuleima ainda dormia. Vilma: - Mana tudo bem? Renato já deu banho no Lucas, e hoje é o primeiro dia de aula da Ana Paula você esqueceu? Beatriz: - Não! Não! Eu a levarei na escola, você pode ficar com o Lucas para mim, a escolinha é a duas quadras daqui? Renato: - Ana Paula a escola é linda você vai gostar e você ira arrumar muitos amiguinhos e aprender muita coisa nova. Ana Paula: - Eu sei papai, só estou triste porque a Julinha ficará sem mim. Ana Paula: - Julinha! Cuidado em casa! Comporte-se! Você já falou bom dia para o sol? Julinha: - Já! Você vai voltar loguinho. Beatriz pegou a mão de Ana Paula para leva-la na escola de disse: - Querida hoje eu sonhei com o Maciel e a Samara, que são amigos de vocês. Ana Paula: - Mamãe você acredita agora? Oh! Olhe o sol! Bom dia sol! Beatriz: - querida preciso pensar muito. Eu te amo filhinha. Chegando em casa Beatriz encontra Zuleima triste e chorando. - Mamãe o que há com a senhora? Faz tempo que o papai partiu! A senhora tem algo para nos dizer? Zuleima: - Não! Você quer dizer sobre o namorado de Vilma e Valmor? Ele não é um bom rapaz! Não gosto dele, sua irmã arranjara outro, eles não combinam em nada. Beatriz: - Mamãe Vilma já é uma mulher de vinte e oito anos. Valmor é primo de Amanda os pais dela são nossos amigos há anos. Clovis e Eneida nos tratam como filhas. Zuleima: - Este rapaz não é para Vilma! Beatriz: - Mamãe Vilma esta feliz e a qualquer hora eles vão casar. Zuleima: - Não! Não Dara certo! Vilma deve esquecê-lo. Passaram dois meses, Vilma e Valmor chegam em. Passaram dois meses, Vilma e Valmor chegam à casa feliz. Vilma alegre pergunta onde esta a mãe. Beatriz: - Ela foi à missa, mas chegara logo. Vilma e Beatriz fizeram um jantar especial. Quando Renato chegou foi logo dizendo: - - Humm! Pelo cheiro hoje teremos jantar especial. Beatriz: - Acho que Vilma e Valmor falaram aquilo que tanto esperamos. Ana Paula e Julinha correram para o colo do pai dizendo: -Papai está triste a vovó vai ficar doente. Renato: - Não querida hoje é dia de festa aqui em casa! Vilma ligou para Clovis e Eneida e Amanda e Matheus convidando para o jantar. Todos já haviam chegado quando Zuleima chegou e perguntou: _ Nossa como está bem arrumados! De quem é o aniversario? Todos começaram a rir e Vilma respondeu: - Mamãe hoje não é o aniversaria de ninguém. Eu e Val mor queremos falar com a senhora e com todos que amamos. Valmor: - Dona Zuleima respeitosamente em nome de seu marido pede a mão de Vilma em casamento. Trouxe as alianças e logo meus pais estarão aqui. Zuleima sentiu- se mal, com tonturas, Renato rapidamente trouxe uma cadeira para ele sentar. Beatriz abraçou Vilma, as meninas pularam de alegria dizendo: - A tia vai casar, vai casar! Clovis e Eneida estavam emocionados diz eram: - Finalmente nossas famílias de uma amizade de coração, passara a ter um motivo mais forte, o amor de Vilma e Valmor! - Zuleima levantou-se da cadeira e gritou: - Não! Não! Eu não permito! Não quero! Minha filha não é mulher para voce Valmor! Ela já me deu muito trabalho! Você será infeliz com ela. Vilma em desespero dizia: - Mamãe o que a senhora ta falando contra mim? Eu sou sua filha! Pelo amor de Deus! Zuleima: - cala a boca Vilma! Ela é adotada, ninguém a queria, ela era filha de uma qualquer, eu e Esteves a registramos como filha por piedade, mas Vilma tem o gênio da mãe biológica, ela vai fazer Valmor infeliz. Vilma: - Mamãe você enlouqueceu! Sou sua filha! Zuleima: - Não sua mãe era dançarina da vida! Jogou-te fora! Você fará o Valmor infeliz! Valmor: - dona Zuleima se a senhora não gosta de mim não calunie sua filha! Vilma é a pessoa mais doce e terna que eu já conheci. Zuleima: - Não ela é igual à mãe dela. Vilma: - A senhora esta dizendo que vim do lixo? Beatriz: - Mamãe que mentiras são essas? O que a senhora está fazendo? Clovis: - Zuleica olha o que você está dizendo, isto não é verdade! Eneida: - Onde esta Vilma? Renato: - Meu Deus! A porta da rua está aberta, ninguém viu ela sair! Todos correm para a rua procurando por Vilma. Por mais de uma hora todos procuram por todo o bairro sem encontra-la. Derrepente o vizinho veio correndo dizendo que havia um atropelamento defronte a igreja, ele achava que era Vilma. Todos correm para o local do acidente,mas a vitima já havia sido levada para o hospital. Beatriz e Renato vão para o hospital e realmente ficam sabendo que Vilma andava pela avenida sem olhar para os lados, quando foi atropelada por um carro. Renato: - Ela esta na emergência o Valmor esta com ela! Beatriz chorando muito repetia sem parar: - Aquela não era minha mãe, não é verdade o que ela disse. Meu Deus! Beatriz estava inconsolável e Renato e Clovis foram conversar com o medico. Vilma havia fraturado as pernas, feriu a cabeça e os braços, estava instável. Clovis paga todo o tratamento de Vilma e se responsabiliza por ela no hospital. Beatriz: - Não sei o que dizer, agradece muito, meu pai onde estiver orará por todos nós! Ninguém entendia as atitudes de Zuleima. Clovis: - Beatriz e Renato eu não sei como começar, mas, é necessário que eu fale. O que vou contar talvez leve a explicação que espero até hoje de Zuleima, o perdão de Eneida e Esteves, onde ele estiver. Eu fui um mau caratê com seu pai Beatriz. Eles tinham pouco tempo de casados e eu achei Zuleima Linda e me envolvi com ela. Esperávamos Esteves ir pescar para nos encontrar. Mas, um dia recebi um bilhete de Zuleima dizendo que estava tudo acabado entre nós. Depois de um tempo eu fiquei sabendo que ela estava grávida de Vilma, nunca mais nos vimos. Estou falando de traição. Beatriz: - Meu Deus! Meu deus! Agora entendo! Mamãe esta se escondendo da verdade e jogou toda a culpa em Vilma. Quando os amigos das meninas mandou mamãe dar o perdão ao papai, ela, no velório, pediu perdão ao invés de perdoar o papai. Agora entendo. Já era tarde da noite quando voltaram para casa, cada um encostou-se onde podia. Logo amanheceria e Renato ia trabalhar. Após o café o silencio pesava entre todos, até que Clovis não aguentou e disse: Clovis: - Zuleima eu pagarei todas as despesa do hospitalares de Vilma. Zuleima: - Como Vilma está? Beatriz: - Mamãe depois da tentativa de homicídio que a senhora provocou e a instabilidade mental nela, ela está na UTI instável. O que a senhora queria? O que aconteceu na verdade? Clovis: - Zuleima Eneida sabe que eu a trai contigo, que tivemos um caso, mostrei a ela o bilhete que você me mandou, quando engravidou de Vilma, pedindo para parar de nos encontrar. Eneida me perdoou, prometi a ela que nunca mentiria para ela novamente. O que isto tem haver com o que aconteceu aqui ontem a noite? Zuleima: - Você não tinha o direito de espalhar nossos erros aos quatro ventos. Clóvis: - Se há uma consequência dos nossos erros temos que corrigir a verdade por mais dura que seja deve ser sempre dita. Beatriz: - Foi por isso que a senhora pediu perdão ao ouvido dele? Zuleima: - Estou com dor de cabeça! Vou dormir! Beatriz: - Não mamãe! Não vai! Quero a verdade, minha irmã esta no hospital por sua culpa. Zuleima Chora e se desespera: - vocês não sabe o que é carregar um erro, esconder de si e de todas as pessoas, com medo de alguém descobrir! O que irão falar de você? Quero ver a Vilma. Valmor: - Não! Renato: - Querida oque você quer dizer? Beatriz: - Talvez mamãe tenha mentido para todos e para o Clovis. Clovis: - Para mim? Não entendo? Renato: - È por isso que ela não quer o noivado de Valmor e Vilma. Beatriz: - Talvez! Meu Deus como ela está Valmor? Valmor: - Esta sendo operada! Sou o culpado! Mas, o que fizemos de errado? Clovis: - Nada! Todos nós precisamos nos unir para nos ajudar. Vamos orar! “Senhor guarda-nos, ampare Vilma, nos ilumine nas aflições de nossa alma. Que sejamos instrumentos de amor e perdão, Senhor Infinito amor”. Valmor: - a cirurgia já terminou agora ela vai para a UTI. Beatriz: - quero vê-la, por favor! Clovis: - Falarei com os médicos! Renato: - eles estavam tão felizes, pobrezinhos, e agora olha que tragédia. Beatriz: - Eu sonhei, ouvi os amigos das meninas, acordei com o Maciel me fitando e me dizendo amor e perdão. Tenhamos forças, porque o único e melhor remédio que tudo cura é o amor e o perdão. Clovis: - Só podemos vê-la pelo vidro. A visita será às dezesseis horas, ela ainda está instável. Beatriz aproxima-se do vidro e diz: - Maninha tudo ficará bem! Te amo querida! Saindo do hospital Beatriz olha para o sol e diz: - Bom dia Vida! Chegaram à casa cansados. Eneida fez o café e lhes diz que Amanda e Matheus estão com Lucas no quarto, as meninas ainda dormiam e Zuleima havia passado a noite sentada na poltrona da sala. Beatriz vai falar com a mãe: - Mamãe não espere mil anos, ou morrer para contar a verdade. O tempo já passou e ninguém vai saber. A senhora esta sendo hipócrita com Deus! Vai à igreja orar para quem e por quem? Somos todos responsáveis por toda a ação e reação que a vida nos ocasiona. Não é Deus o culpado, somos nós. Você achou que Ele não vê o que aconteceu? Ele tudo vê e tudo sabe, Deus é o tempo, é a vida, é a Luz. Você achou que estava se escondendo, isto é criancice e falta de inteligência. Não espere a vida passar, ela é eterna, as consequências dos nossos erros são serias, procure fazer o melhor. Há minha irmã no hospital que precisa de socorro nosso e seu e você que precisa falar a verdade. Zuleima: - Esteves tinha descoberto sobre Clovis por causa de uma camiseta que ele deixou aqui. Depois de quinze dias descobri que estava grávida de Vilma. Esteves nunca me perguntou se ela era filha dele, até no sétimo aniversario de Amanda e Vilma. Ele ficou observando as crianças brincando. Eu entendi que ele havia entendido. Ele chegou perto de mim e me pediu para não tirar a Vilma dele e não jogar fora duas famílias. Esteves ia mais à casa de vocês, Clovis, porque ele queria as meninas juntas, mas também o que eu fizera quase jogou duas famílias no abismo. Na ultima pescaria, antes de sair ele me disse que contaria para o Clovis que Vilma era sua filha, mas ia pedir para que você não tirasse a menina dele. Acho que foi isto que o matou do coração. Clovis: - Naquele dia eu ia pescar também, mas apareceu um serviço de ultima hora e eu não pude recusar. Você nunca me contou que Vilma era milha filha. Quantas mentiras, quanta escuridão que fizemos. Vilma está no hospital porque você ficou com medo de que? Da verdade? Você humilhou ao Maximo que podia nossa filha! Porque você descreveu a mãe biológica dela se é você Zuleima? Eneida: - Meu glorioso Deus! Porque tudo isso? Clovis não sabia que era pai de Vilma! Esteves sabia você zuleima sabia! Eu não sei qual a pior parte. Beatriz: - É minha irmã que esta no hospital, ouvir da própria mãe, quem ela sempre amou tantas mentiras e crueldade e mesmo que fosse verdade, existe a compaixão que mamãe esqueceu. Dentro de nós sempre há uma parte negra que se alimenta das mentiras e do sofrimento alheio. Para ter o meu perdão, mãe, ore muito pela minha irmã ficar boa. Ela é a primeira de quem você precisa do perdão. Beatriz: - Renato já chegou! Renato: - estou vendo que foi uma conversa difícil. Eu ficarei em casa para que vocês possam visitar Vilma no hospital. Ela continua no mesmo estado. Amanda ficou emocionada ao saber que Vilma era sua meia irmã. Amanda: - Para mim nos sempre fomos amigas, agora sei que somos irmãs e isto veio completar o meu sentimento de amizade por ela. Ela ficará boa. No dia seguinte Beatriz foi levar Ana Paula para escola e no caminho a menina diz: Ana Paula: - Mamãe a tia ficara boa, mas a vovó está com o coração doente. Beatriz: - Querida tudo passará! Olha só o Lucas te jogando beijinho. De um bom dia para o sol. Zuleima chegou à casa cansada: -Beatriz fui ao hospital saber de sua irmã, o medico me disse que depois destes vinte e três dias na UTI finalmente ela irá para o quarto. Ela esta fora de perigo, mas não pude vê-la porque estava dormindo. Será que um dia ela ira me perdoar? Enfim Vilma vai para o quarto cercado pelo carinho de todos que evitam conversar sobre o ocorrido. Valmor sempre ao lado de Vilma, tratando-a com o Maximo de carinho. Vilma tinha tomado um tranquilizante leve, a psicóloga disse à família que Vilma estava muito frágil, sentia-se suja e pedia o tempo todo para lavar as mãos e tomar banho. Der repente Zuleima entra no quarto aproxima-se de Vilma e diz: -Vilma minha filha me perdoe! Vilma: - Quem é você? Tire ela daqui, ela vai me machucar! Zuleima vendo o descontrole da filha sai do quarto chorando. Renato oferece para leva-la em casa, mas ela diz que vai para igreja orar. Zuleima chega à igreja chorando muito, não consegui se conter. O padre veio conversar com ela como amigos. Então ela conta tudo que fez para o padre. Zuleima: - Deus nunca me perdoará? Padre: - Ele é o Pai, e você já está sofrendo as consequências de suas mentiras. Ore muito a Deus. Zuleima antes de sair da igreja sentiu-se mal, errou o caminho para casa, caminhando em sentido contrario da sua casa. Sentia um grande mal estar, com dor de cabeça muito forte, suas pernas não tinha mais forças para andar. Uma senhora aproximou-se pedindo pão e Zuleima caiu na rua sem sentidos. A senhora chamou seus amigos, também moradores de rua e a levaram para um cantinho num beco e fizeram um chá para ela. Sra. Lourdes: - Esta senhora tão boa caiu aos meus pés na rua, vamos acolhê-la, médico é para ricos, já dei um chá para ela, mas ela não conseguiu engolir, vamos agasalha-la. Maciel me ajude, meu esposo, na nossa cabana cabe está senhora. Maciel: - Vamos chamar uma ambulância? Esta bem vamos chamar pelo Grande Medico: “- Senhor Jesus esta irmã necessita do Senhor”! Envia o Teu socorro, ela parece que não é feliz!” Dois dias se passaram e Zuleima não estava melhor. Maciel foi falar com um policial que estava passando pela rua: Maciel: - Sr policial tem uma senhora que não está bem, deitamo-la aqui, demos chá, ela não consegue engolir, já oramos, mas ela não melhora , venha vê-la. O policial aproximou-se e examinou Zuleica. Ela é uma senhora bem vestida, mas os sinais vitais estão muito baixos vou chamar uma ambulância. Vocês poderão acompanha-la até o hospital. Chegando ao hospital Lourdes e Maciel se registraram como responsáveis por ela. O medico disse que ela teve um derrame e que ia ter que ficar na UTI. Lourdes e Maciel mesmo sem conhecê foram à capela orar pela amiga doente. “Senhor Jesus o Senhor conhece a todos, então conhece a irmãzinha doente, cure Senhor a dor dela. Amém”. Enquanto isso na casa de Zuleima, Beatriz estava preocupada ligando para todos os parentes, amigos e conhecidos procurando pela mãe. Ana Paula e Julinha relatam aos pais que Samara e Maciel disseram que a avó está doente, mas que tem médicos cuidando dela e também uma nova família. Renato: - Mas o que isto quer dizer? Vou procurar nos hospitais. Vilma se recuperava aos poucos, havia uma psicóloga ajudando, mas já tinha vinte e cinco dias de internação era hora de ir para casa. Vilma: - Mamãe veio me ver! Porque ela não voltou? Beatriz: - Ela foi viajar para a casa da tia Nair, vamos para casa, logo você estará bem. Chegando a casa Vilma foi recebida com um lindo sorriso de Lucas e um grande “seja bem vinda tia Vilma” das meninas. Elas correram para abraça-la com muitas saudades. Vilma: - mamãe deu alguma noticia? Renato: - Ela ligou dizendo que ficará mais um pouco, porque sua tia Nair está gripada e ela não quer passar gripe para você. Clovis continuava procurando pelos os hospitais, mas não havia registro de nenhuma Zuleima internada. Beatriz foi até a igreja e conversou com o padre que confirmou ter conversado com Zuleima e que ela estava parecia desorientada quando saiu da igreja. Renato: - Vamos Clovis, iremos ao necrotério. Julinha: - Não papai! A vovó está viva e está recebendo remédios para a alma. Foi o Maciel que disse. Renato: - Onde estão dando esses remédios para a alma? Julinha: - de amigos! Clovis: - Vamos ao necrotério, hoje já fazem quinze dias de desaparecimento de Zuleima. No hospital onde Zuleima estava internada os médicos perguntavam a ela o seu nome, mas ela não podia responder. Precisamos saber o nome dela para colocar nos registros. Lourdes pensou e disse: - O nome dela é Samara! Dr. Carlos: - A Samara escapou de um derrame cerebral, ela será transferida para a enfermaria geral, mas será difícil ela voltar a falar. Lourdes: - Nossa amiga não falara mais, como a pobrezinha pedirá esmola nas ruas? Maciel: - Calma! Daremos um jeito. A família de Zuleima procurava por todos os lugares onde achavam que Zuleima poderia ter se escondido com vergonha. Renato: - Beatriz o salário do seu pai não está sendo retirado do banco há um mês. Vilma já estava recuperada, sem gesso, ouviu a campainha, Beatriz foi atender era tia Nair, irmã de Zuleima. Nair: - Queridas sobrinhas perdão pela demora, sabe como é seu tio, todo atrapalhado. Beatriz eu já sei de tudo que aconteceu, Eneida me ligou contando tudo. Minha irmã não está em casa, já faz um mês do desaparecimento dela. Vilma: - O que aconteceu? Onde está a mamãe? Beatriz: - você se lembra de tudo que mamãe, na sua loucura lhe disse? O que aconteceu contigo? Ela foi te visitar no hospital, mas você não a reconheceu porque não estava bem. Mamãe saiu do hospital e foi até a igreja, falou com o padre e depois sumiu. Já procuramos até no necrotério, mas não a encontramos. Nair: - Para não te preocupar dissemos que ela estava na minha casa, mas ela não esteve comigo. Ana Paula: - Tia Nair a vovó esta com Samara e Maciel. Nair: - são seus amigos da outra linda terra que te falaram queridas? Ana Paula e Julinha responderam ao mesmo tempo: - É tia Nair! Mamãe a tia entende e o papai não deve pegar o carro. Nair: - Porque vocês não as ouvem mais, eu tinha uma amiga que conversava comigo até eu ter o meu primeiro filho. São irmãos de Luz que Deus nos envia para enfrentarmos e aprender a vida com o Amor de Deus e não com o amor da humanidade. O telefone tocou e Beatriz vai atender. Era Renato avisando que havia batido o carro e sofreu um leve ferimento no braço, mas estava bem. Beatriz: - Tia você fica aqui em casa? O Renato bateu o carro, vou até o hospital. Julinha: - Mamãe papai está bem, procure a Samara. Clovis acompanhou Beatriz até o hospital. Renato estava com o braço enfaixado e algumas pequenas escoriações no rosto. Renato: - Foi só um susto! Eu estou bem! O que foi Beatriz? Beatriz tirou uma foto da mãe da bolsa dizendo: - E se a mamãe trocou de nome para ninguém acha-la? Foi até a assistente social e conversou e deixou a foto da mãe com ela se houvesse qualquer noticia ela telefonaria para Beatriz. Havia se passado alguns dias. Ana Paula e Julinha, olhando para o sol diziam: - Bom dia Sol, Bom dia Vida! Nair que vinha chegando ouviu as palavras das meninas e disse: Nair: - Meu coração se encheu de emoção ao ouvir as meninas, passei a noite orando por todos, principalmente para minha irmã Zuleima. Beatriz estava cuidando de Lucas quando o telefone toca. Nair vai atender: - Renato é a assistente social do hospital e pede para vocês irem até la. Beatriz: - Tia a senhora fica com as crianças? Nair – Sim é claro. Renato: - Vamos eu dirijo. Vilma: - Eneida e Clovis estão vindos para pegar vocês. Chegaram ao hospital ansiosos e nervosos. Aguardavam a vinda da assistente social. Beatriz aproveitou para ligar para casa e saber noticia dos filhos: Julinha pede para falar com a mãe: - Mamãe Samara e Maciel está coma vovó. A assistente social chama e encaminham para uma pequena sala. - Meu nome é Clarice e há um mês foi internada uma indigente que se clama Samara, os amigos a trouxeram vendo que ela não melhorava, internaram com o nome se Samara. Esta é assinatura deles: Lourdes e Maciel. Todos levaram um susto, pela descrição das roupas era Zuleima. Beatriz chorando diz: - Meu Deus colocaram o nome dela de Samara, é o nome da amiguinha das meninas. Foram encaminhados para a enfermaria geral reconheceram Zuleima. Assistente social explica que ela teve um derrame e perdeu a fala e esta com a perna paralisada. A assistência social arranjou uma cadeira de rodas para Samara ou Zuleima, ela já estava de alta e tinha saído com os amigos Lourdes e Maciel. Renato: - Por favor, alguém sabe onde a ambulância foi busca-la? Clovis: - Eu conheço o Sr Atílio, um policial aposentado ligarei para ele nos ajudar a encontrar o lugar de onde ela veio. Agora é melhor irmos para casa vem vindo um temporal. Assim que chegaram em casa começou a chover forte. Beatriz : - Mamãe deve estar passando frio e fome! Meu Deus. Valmor: - Querida calma Vilma: - Porque tudo isso? Nair: - Nos sempre achamos que Zuleima tinha um segredo, às vezes ela mudava a forma de tratar todos nos, às vezes era gentil e educada, outras vezes era agressiva com todos. Fazemos tudo errado e achamos que ninguém vê ninguém ouve. Achamos que somos deuses, mas, só há um Deus e Ele tudo sabe e tudo enxerga e nos ensina como bom pai que é a sermos dignos da imagem que carregamos que é a do Senhor Deus Pai todo poderoso. Ana Paula e Julinha: - Nosso Senhor Jesus é um bom filho, bom irmão é a nossa Luz. Ele é obediente a Deus Pai que envia amigos para nos ensinar e proteger. Nair: - Querida é isso mesmo! E a vida continua sempre! As meninas correram para o quintal gritando: - Bom dia Sol, boa tarde Vida! No dia seguinte Clovis vai à casa de Beatriz avisar que já havia falado com o policial e que ele estava averiguando para descobrir quem tinha levado Zuleima. Vilma e Beatriz choram ao ver a chuva e preocupam-se em saber onde a mãe estaria naquele tempo frio e úmido. Quando Renato chega do serviço fica com as crianças para Valmor, Vila e Beatriz possam ir procurar pela mãe. A hora de sair às meninas vem recomendar para a Beatriz que não se esqueça de agradecer e ajudar quem está cuidando da vovó. No caminho encontram-se com Clovis que também vai ajudar na busca. Clovis dirige pra a parte mais pobre da cidade. Clovis: - É por este lado da cidade, La esta meu amigo policial. Beatriz: - como aqui é pobrezinho, tem tantas ruelas e está começando a garoar. Clovis: - A policia esteve aqui e foi de uma destas ruelas que a senhora a levou para o hospital. Essas pessoas fazem seus casebres com o que encontram na rua. Trouxeram o café que eu pedi? Beatriz: - Sim e algo mais. Foi ideia da Ana Paula e Julinha. Beatriz, Eneida, Clovis e Renato comeram a distribuir os pães, café e cobertores que trouxeram. Eles iam mostrando a foto de Zuleima, que agora se chamava Samara, para todos na esperança de alguém reconhecê. Beatriz ia explicando a todos: - Amigos esta senhora é Samara, foi levada ao hospital pela Sª Lourdes e Sr Maciel vocês os conhecem? Um senhor ouviu e perguntou: - O que vocês querem com eles? Beatriz: - Eles esqueceram-se do casaco no hospital e gostaríamos de devolver. Lourdes aproximou se de Eneida e disse-lhe: - A senhora tem um cobertor a mais, minha irmã está doente na cadeira de rodas e sente frio. Eneida: - Eu posso levar até la, temos café, Paes e bolachas. Todos estavam com os corações disparados aguardando que fosse Zuleima. Lourdes: - Venham comigo, meu marido Maciel é inteligente arranjou uma madeiras e aumentou nossa casa para Samara ter seu próprio cantinho, a pobrezinha não pode trabalhar. Entraram numa casinha bem simples e havia uma pessoa deitada no chão. Beatriz colocou gentilmente o cobertor sobre a mulher deitada e afastou os cabelos dela para poder ver seu rosto. Beatriz: - Mamãe! Mamãe! E a abraçou chorando. Zuleima não podia falar, mas seus olhos lacrimejaram ao vê-la, tentava dizer “filha”. Valmor correu para o carro para avisar Vilma. - Vilma achamos sua mãe! _ Me ajude Valmor quero vê-la. Vima chegou a casinha e encontrou a mãe toda suja, sem poder falar e com poucos movimentos nas pernas e com o maxilar fora do lugar. Vilma agachou no chão ao lado da mãe dizendo: - Mamãe eu ter amo! Eu te amo! Todos ajudaram a triar Zuleima de la. Chamaram uma ambulância e ela foi levada para o hospital. Beatriz agradeceu a Sr Maciel e D. Lourdes: - Jamais esqueceremos o que vocês fizeram por nós! Lourdes: - Vocês estão levando minha irmã Samara. - Maciel: - Minha esposa teve uma irmã que morreu ainda jovem com poliomielite, ela só fala nesta irmã. Lourdes: - Já te disse que eu há vi aqui! Samara dizia que ia crescer e que íamos trabalhar para comprar uma casinha aqui, mas, ela morreu. Eneida: - Renato eu acho que este trabalho é de Samara e Maciel, talvez possamos nos unir e ajuda-los há recuperar o tempo perdido. Zuleima foi para o hospital e ficou internada uma semana fazendo fisioterapia e recebendo o carinho de todos. Ela não podia falar, mas estava sempre de mãos unidas, percebia-se que ela orava o tempo todo. Depois de vinte dias recebeu alta e foi para casa. As netas a recebeu com alegria: - Bom dia Vida! A vovó voltou! Abraçarem a avó que estava emocionada dizendo: - Vovó não precisa nos contar nada já sabemos de tudo! Todos da família uniram-se para ajudar Samara e Maciel. Clovis tinha um sitio com uma pequena casinha nos fundos. Ela foi reformada e pintada para receber o casal. Foram busca-los e quando viram a casa ficaram contentes. Clovis e Eneida: - Há muito terreno, vocês podem plantar para vocês e pagaremos um salário para serem zeladores daqui! Vocês aceitam? Lourdes e Maciel chorando responderam: - Deus! Deus! Obrigado! Vamos trabalhar! Temos nossa casa! Ao se despedirem Lourdes fala para Beatriz: - Samara, minha irmã mandou agradecer-lhe, você acredita? Beatriz; - Acredito sim! E diga a ela que não precisa agradecer, eu que agradeço por tudo. Ao chegarem a casa encontraram Zuleima deitada. Vilma já havia feito o almoço para todos. Zuleima já conseguia andar com o andador. Naquela tarde todos estavam juntos e Vilma começou a escovar os cabelos de sua mãe e ela com muita dificuldade segurou no braço de Vilma e disse: -Perdão filha! Vilma chorando muito disse: - Eu aceito te perdoo à senhora já sofreu muito. Zuleima: - Querida você também e por minha causa. Vilma: - Fui irresponsável, minha intenção era caminhar, me acalmar, espera até que todos se acalmassem, mas fui atingida pelo carro. Mamãe eu e Valmor queremos nos casar com sua benção. Eu já sei que a senhora e Clovis tiveram uma aventura e eu sou o fruto desta aventura. Meu pai Esteves é o maior pai do mundo, por outro lado ganhei mais uma irmã. Amanda. Precisamos nos entender porque a vida é um fato, e nós somos responsáveis pelos nossos feitos. Temos que viver cada vez melhor para sempre. A senhora é minha mãe e veja o que o medo fez!Eu te perdoo. Zuleima: - Tudo que eu te disse eu não deveria dizer o vento e o tempo trouxe de volta para mim. Beatriz: - Olhem! Lucas esta dando os primeiros passinhos! Filhinho vem com a mamãe! Renato: vem para o papai! Ana Paula e Julinha: - vem para nós! Lucas ficou tão ficou indeciso que sentou no chão. Todos começaram a rir! Zuleima: - Valmor e Vilma eu abençoo o casamento de vocês, quero que vocês sejam felizes. Valmor correu e pegou as alianças pediu para Zuleima colocar as alianças nos dedos dos dois. Todos aplaudiram, foi uma festa. Clovis, Eneida, Amanda e Matheus chegaram na hora. - depois de tantos tempos difíceis, temos que comemorar Amanda e Matheus será pais. Renato: - Parabéns! Mulheres fora da cozinha, hoje, nós os homens iremos cozinhar. Vamos vai fazer pizza. Na sala as meninas brincando de roda e colocaram o Lucas no meio da roda. Roda pra cá, roda para lá o sol está no meio, para nós estrelas dançar. Roda pra cá, roda para lá, estrelas giram com alegria pela vida. Nair: - Nunca ouvi está canção de roda! Beatriz: - Tia não se assuste! Veja os amigos delas Maciel e Samara e Maciel marido de Dª Lourdes. Vilma: - Não se esqueça de que dona Lourdes teve uma irmã jovem e seu nome era Samara e hoje esse casal são zeladores do sitio de Clovis e Eneida. Nair: - Acho que nada é coincidência! Esta palavra não existe, a palavra certa é obra Divina, que não entendemos às vezes porque não temos intelecto divino ou tem preguiça de pensar. Beatriz: - Vilma quando será o casamento? Valmor: - eu tenho um terreno, ampliarei a casa, venderei minha casa de Belo Horizonte e construirei na frente uma pizzaria. Ate no final do ano casaremos. Clovis: - Pode contar comigo para levantar a casa e a pizzaria! Renato: - E comigo para comer as pizzas. Beatriz: - No mês que vem é aniversario de Ana Paula, faremos uma festinha, que tal filha? Você poderá convidar os amiguinhos da sua escolinha! Ana Paula: - Está bem mamãe. Depois de dois meses foi feita a festa deaniversario de Ana Paula. Ela quis se fantasiar de sol e sua irmã de estrela, as crianças divertiram-se muito. E Valmor deu-lhe de presente uma vitrola que não parava de tocar músicas para dançar o tempo todo. Durante a festa Vilma acha que a irmã Beatriz não está muito bem e vai conversar com ela: - Vilma: - Mana você está bem? Parece que está enjoada? Beatriz: - É Vilma quando estamos grávidas ficamos assim. O Renato esta feliz e eu também! Zuleima já conseguia andar sem o andador e conseguia falar melhor. Chamou Clovis e Eneida para conversar. Zuleima: - Eneida até hoje não te pedi perdão, sei que não mereço teu perdão. Eneida: - Zuleima tive pena de você e Clovis, quando alguém chega a este nível é porque esta perdido e o sofrimento poderá achar uma saída é muito grande. Vocês dois aprenderam com o sofrimento. Eu te perdoo Zuleima, construa a Luz ao seu redor, para você enxergar o caminho que percorrerá de agora em diante. Zuleima: - Clovis você não sabia que Vilma era sua filha, ela não te chama de pai, não sei como arrumar esta situação, um dia você me perdoará? Clovis: - Sei que o que nos fizemos foi uma traição, agora temos que corrigir do melhor jeito possível. Peço perdão a Deus e ao meu amigo Esteves, quanto a Vilma não me chamar de pai eu respeito. Esteves foi um ótimo pai, ele queria protegê-la. Eu sei esperar, acho que entendo porque você não me contou, talvez não fosse a hora certa. Não sabemos qual é o tempo certo, a hora certa, talvez seja agora e o pior seria nunca. Eu te perdoo, durma em paz. Passado nove meses................................. Renato: - Alguém acuda! Acuda! Zuleima: - O que foi? Renato: - Não consigo ligar o carro para levar Beatriz para a maternidade! Valmor: - Vá para o banco de trás eu levo vocês. Depois de algumas horas Renato telefona. D. Zuleima e Vilma eu tive um menino lindo! Vilma: - Renato calma, não foi a beatriz que teve o bebe? Renato: - É isso! Sou pai de novo!Avisem as meninas! Lucas ainda é o reizinho da casa e Maciel será o príncipe. Eneida chega para levar Vilma à maternidade. Vilma: - Alguém de juízo tem que estar na maternidade. As meninas: - Tia já que não podemos ir de um beijo no meu irmãozinho Maciel. Chegando ao hospital foram direto ao quarto onde estavam Beatriz e Renato. Eles já tinham o nome do bebe. Renato: - Eu e Beatriz queremos que ele se chame Maciel! Vilma: - Nós já sabíamos, as meninas nos falaram. Renato: - Eu e minhas filhas misteriosas. Depois de uma semana foi o batizado de Maciel, as meninas estavam serias na igreja. Beatriz: - Meninas eu queria que vocês agradecessem ao seu amigo Maciel, agora vocês tem um irmãozinho com o nome dele. Ana Paula e Julinha respondem serias. - Mamãe Maciel é Maciel! Beatriz: - O que? Meninas! Mais tarde Renato vê as filhas conversando ao lado do berço de Maciel: - Você encolheu muito, não vai dar para brincar mais! Renato: - Dna. Nair aquele amiguinho das meninas poderia nascer novamente entre nós? Nair: - Quem sabe? Lucas andava pela casa toda, já tinha quase dois anos completos, todos estavam arrumando-se para o tão esperado casamento de Valmor e Vilma. Todos foram para a igreja, restando apenas Renato e a família. Vilma: - Estou linda! Que nervoso. Julinha: - tia você esta linda, mas o céu ficará mais lindo se você não entrar na igreja sozinha. Vilma\; - Mas meu pai já está na vida espiritual! Ana Paula: - Eu estou feliz com meu pai Renato, mas, tia Deus lhe deu outro pai e não é para enfeite. Julinha: - Se Maciel não tivesse encolhido ele ia te dizer para você fazer o melhor de você para Deus sorrir por você. Beatriz: - Meninas sua tia está ansiosa fiquem quietas! O carro chegou você está linda irmã! Clovis: - Eu trouxe o carro, nos encontraremos na igreja. Beatriz colocou as daminhas e o pajem Lucas e Clovis os levaria até a igreja. A noiva a Beatriz e Renato iriam noutro carro. Vilma: - Renato você poderia deixar o Clovis dirigir este carro? Renato: - Claro que sim! Quando Renato pediu para trocar de carro com Clovis ele sentiu uma forte emoção. Ao chegar à igreja, as daminhas iam à frente e Lucas levando as alianças. Beatriz caminhava ao lado dos filhos jogando pétalas de flores. Vilma: - Clovis! Clovis! Por favor, me leve até o altar? Eu nunca me casei e estou nervosa. Clovis: - Eu? Esta bem! Seu pai La do céu ficara contente! Vilma: - Meu pai que esta no céu é o Esteves, mas, você que está na Terra irá me guiar como meu pai. Logo a musica vai tocar. Clovis emocionado deu o braço a Vilma e olhando para o alto dizia: - Obrigado Senhor! Obrigado humildemente te agradeço. Quando a musica suave começou a tocar as duas meninas foram entrando como princesas sorrindo e acenando para todos. Giravam e levantaram as flores com lindos sorrisos até chegar ao altar. Mais atrás vinha Lucas, vestido de pajem segurando um carrinho, entrou e foi direto onde estavam as irmãs. Entraram os padrinhos Renato e Beatriz com Maciel no colo e na mãozinha fechada ele trazia as alianças. Atrás deles vinha Amanda e Matheus com o bebe no colo dormindo. A porta fechou-se atrás deles e quando abriu novamente começou a tocar a marcha nupcial. Vilma vinha acompanhada pelo pai Clovis que sempre a acompanhou sem saber que era sua filha. Clovis vinha profundamente emocionado que só quem já sentiu uma emoção assim pode compreender. Zuleima no altar não continha às lagrimas. Eneida emocionada agradecendo a Deus por tudo estar tomando o lugar certo. Na hora das alianças abriram delicadamente a mãozinha de Maciel e os noivos o beijaram. Foi uma cerimônia que estava escrita nos céus, na festa todos dançaram e cantaram, havia bolo e alegria, tudo estava perfeito. No carro dos noivos amarraram muitas latinhas e escreveram em letras bem grandes “Até que enfim”. Clovis feliz abraça Eneida e juntos ficam olhando até o carro dos noivos sumir na estrada. Já fazia dez dias do casamento e os noivos ainda estavam na praia em lua de mel. A vida seguia sua rotina. Num domingo estavam todos juntos almoçando quando ouviram o barulho do carro que ainda conservava as latinhas do casamento amarradas no para-lama. - Será que vieram do litoral com as latinhas amarradas no carro? A vizinhança toda saiu para recebê-los com alegria. Foi só abraços daqui e dali. Valmor correu para as meninas, olhou para o sol e disse: - Bom dia Sol! Meninas: - Boa tarde Vida! E assim colocando tudo no seu devido lugar, arrumando erros dali q daqui, Valmor guardou as latinhas para uma nova ocasião. Abriu à pizzaria, a casa era pequena e aconchegante. E assim que puderam ofereceram um jantar para todos: Valmor: - Pizza para todos. Passado seis meses e agora era Julinha que ia para a escolinha. Ana Paula aconselha a irmã e Beatriz leva as duas para a escola. Renato sempre um pai alegre e bem disposto, estava pintando a casa até que caiu dentro da lata de tinta amarela, fazendo as filhas vibrar de alegria dizendo: - Papai é o sol! Ah! Ah! Ah! Julinha der repente ficou quieta, sentiu tristeza. Zuleima: - O que está acontecendo Julinha? Julinha: - Vovó desde que Maciel encolheu ele não brinca mais comigo, me sinto só. Zuleica: - mas, você tem todos nós! Está me dizendo que seu irmãozinho é seu amigo de antes? Julinha: - É vovó! Você acredita em mim? Zuleima: - Sim querida acredito depois de tudo que passamos, acredito. Julinha: - Vovó Samara conversa comigo e Ana Paula, ela disse que a senhora já colocou luz no seu coração, agora você pode voar. Zuleima: - E quando eu voarei? Julia: - Quando Samara chegar! Não tenha medo! Zuleima: - Não Julinha não tenho medo. Nair chegou contente, estava pretendendo mudar para a cidade. Ela era viúva, os filhos moravam para este lado da cidade e ela estava procurando uma casa por perto da família. Pela manhã depois de visitar três casas, as meninas levaram Nair á uma casa cor de rosa, linda reformada com um lindo jardim. Depois de alguns dias de negócios comprou a casa rosa focando assim perto de todos. Ana Paula: - Tia Nair a senhora vai se casar logo? Nair ria das crianças. No dia seguinte Zuleima sentiu uma forte dor de cabeça e tonturas e foi deita-se, mas, antes pediu que Vilma fosse vê-la. À noite Vilma veio visitar a mãe: - Vilma: - Mamãe a senhora está melhor? Vamos ao médico? Zuleima: - Hoje eu fui ao médico! Querida te peço perdão! Você estava linda no seu casamento! Vilma: - Mamãe já são seis meses do meu casamento! Tudo foi maravilhoso! Com Deus tudo da certo! Mamãe você está falando devagar, estranhou Vilma. Zuleima: - Perdão! Eu te amo! Vilma: - eu sei! Beatriz chamou Vilma, mamãe precisa ir para o hospital agora! Em pouco tempo a levaram, foi diagnosticada derrame cerebral. O medico disse que ela não passaria daquela noite, já que o derrame tinha sido muito forte. Logo toda a família estava no hospital e ás duas horas da manhã Zuleima morreu. Mais tarde no velório, Valmor sentou se perto de Vilma com um exame nas mãos. Valmor: - Querida abra! Deu positivo, você está grávida, tenha forças pelo nosso filho! Vilma tentava se controlar, todos estavam ajudando neste momento difícil. Ao chegar em casa após o enterro, Vilma deitou-se na cama de Ana Paula, já que havia chorado muito. Ana Paula e Julinha: - Tia mamãe disse que você está grávida, ontem eu disse para a vovó que ela ia voar porque já tinha colocado luz no seu coração e quando Samara chegar. Titia não fique zangada ou triste, vovó estará bem. Zuleima acorda na cama dela, na casa de Beatriz, Renato e as filhas. Zuleima: - Meu Deus quanto eu dormi? Que dor de cabeça era aquela,mas já passou, estou me sentindo bem! Beatriz farei o café! Vai até a cozinha e não encontra ninguém. Zuleima: - Onde estão todos?As meninas devem ter ido para a escola e Renato deve estar trabalhando. Não consigo abrir a porta do quintal, são Beatriz e Lucas brincando de carrinho, Maciel está no carrinho dormindo. Farei o almoço, mas não estou me encontrando nesta cozinha, vou esperar Beatriz chegar. Der repente ouve barulho de carro. È o Renato que trouxe as meninas da escola. Zuleima: - Renato, Ana Paula, Julinha, Beatriz! Ninguém me ouve, Maciel voce me vê, que gracinha! Mas, o que será que está acontecendo? Devo ter feito alguma coisa de errado e todos não querem falar comigo! Vou para o meu quarto dormir um pouco! Beatriz: - Ontem foi à missa de sétimo dia da mamãe, espero que ela esteja bem, sinto tanta falta dela, não consigo entrar no quarto dela. Vilma e Valmor chegam tristes, logo chega também Nair entristecida. Valmor: - Vamos colocar uma musica a vida é alegria. Julinha: - Acho que vovó está triste! Zuleima ouve a música e vai para a sala e aproxima-se de Vilma dizendo: -Vilma não fique sem falar comigo! Vilma: - Queria tanto que mamãe soubesse que estou grávida, não deu tempo de falar, que Deus a ampare. Zuleima: - Vilma esta grávida? Que Deus me ampare? Beatriz: - Sinto falta da mamãe, será que papai a ajudará? Zuleima: - O que? Elas estão dizendo que eu morri! Deus! Vou para o quarto, não! Não! Estou viva! Já é tarde todos dormem! Vou até a sala. Ana Paula e Julinha: - Vovó, nós sabemos que você está aqui, esta tudo bem, estamos dormindo. Permitiram-nos vim ver a senhora! Vovó ore! Ore! Zuleima: - Amo vocês e não quero ir. Zuelima: - “Meu Deus”! Tu sabes o quanto errei quanto fui injusta, desonrei meu nome de casada! Desonrei minha filha Vilma. Sei que me deste lições, mas tenho medo do espelho da verdade Senhor! Tende piedade de minha alma! Abençoe minha família! O que eu fiz Senhor? Envia-me tua Luz!’ Ah! Estou deitada, já amanheceu. - Zuelima, Zuleima.. Zuleima: - Meu deus esta voz eu conheço é Esteves, ele está na sala. - Esteves: - Zuleima! Calma! Não tenha medo! Você fez o que eu não pude fazer! Contou ao Clovis que ele é o pai da nossa Vilma, apesar do seu medo deu tudo certo. Zuleima: - Estamos mortos? Esteves: - Pelo pouco tempo que tenho no mundo de Luz do Senhor sei que o tempo não é o mesmo, a evolução está em nossa alma, em nosso coração que deve estar leve. A Luz Divina é para todos, venha que eu te levarei aos nossos amigos. Zuleica: - Mas, sair aqui! Não! Esteves quero ver tudo! Esteves: - Estamos te esperando, seus pais te esperam! Quando amanhece Nair traz bolo para as crianças contente. Beatriz: - O que houve tia? Esta tão contente? Nair: - Vou à igreja, conheci um senhor bem aparentado viúvo também, hoje iremos ao cinema. Querida você tem tempo de pintar minhas unhas? Beatriz: - Claro tia vou buscar o material. As meninas estão na escola. Zuleima desce para a sala observa a irmã e filha conversando. Nair sente a presença dela e diz em voz alta. - Zuleima minha irmã, você viveu todo o tempo de aprendizagem que precisavas, resgatou sua dignidade, tenho certeza que a família te espera, não continue sofrendo aqui. Você pode ajudar muito, mas, aqui não é mais seu lugar, o tempo mudou. Beatriz se assusta e diz: - Tia a senhora está falando com a mamãe? Nair: - Sim! A diferença é o tempo do nosso espírito. O corpo é só uma veste repleto de hormônios e devemos aprender a lidar com nossas emoções. Quando caímos em tentações é porque nos desequilibramos nossos sentidos. Aqui na Terra os sentidos chegam a ser racionais para alguns com o tempo aprendemos a não dar tanto valor a coisas materiais como antes. Beatriz: - Me explique melhor tia! Nair: - Deus é onipotente! Puro Amor! O Senhor Jesus é o puro amor! São divinos, seis sentimentos são divinos concisos, onde há Luz completa e Divina. Estamos aqui para aprender a desenvolver os sentimentos puros. Para a Luz pura, não existe disfarces, jeitinhos ou maneiras. Beatriz: - A senhora esta me dizendo que fomos criados à semelhança de Deus e neste estagio da vida é para aprendermos a separar o joio do trigo em sentimentos e ações. Sede perfeitos! Para não cairmos na escuridão que é o desequilíbrio da alma e que é daí que vem todo o sofrimento? Nair: - A dor é um remédio amargo que escolhemos através dos nossos erros, para nos dar um limite. Tudo que o senhor criou é lindo e simples. Zuleima ouviu a conversa, ela agora tinha pouco tempo, mas teve mais de setenta anos para entender, corrigir seus erros e agora tem minutos, segundos para ver uma nova vida que está chegando. Ela foi para o quarto para pensar. Quando amanheceu Zuleima estava na expectativa de abrir o quarto e ver uma nova vida. A casa estava cheia de musica, as meninas estão em casa é domingo, todos vem almoçar. Zuleima olha pela janela do quarto e vê as crianças brincando. Ela vai até a sala, começa a orar, não sabe o quefazer. Aos pouco vem uma moça e diz: - Ola senhora! Zuleima: - Quem é você? Não me parece desconhecida? Samara: - Meu nome é Samara, sou amiguinha das suas netas, Irma de Dona Lourdes. Zuleima: - Engraçado você me faz lembrar minha mãe terrena. Ela morreu quando eu ainda era pequena, teve tuberculose. Samara: - Sim querida! Depois ela teve que renascer para ajudar uma amiga que você encontraria: A Lourdes, depois sendo amiga de Ana Paula e Julinha até você voltar para eu te dizer: - Perdão por ter te deixado tão cedo! Zuleima: - Meu Deus! As meninas disseram que eu voaria quando a Samara chegar! Mamãe é você mais jovem, mas, você é minha mãe! As duas se abraçam sorrindo, o coração de Zuleima agora está mais calmo. Zuleima: - As meninas ficaram sem ter ninguém para conversar! Vamos ao jardim? Samara: - Logo terá alguém! Vamos para casa? Valmor chega em casa sem fala: _ Samara deu a luz a Vilma nesta madrugada sou pai! Renato: - Valmor não seria Vilma que deu a luz a Samara nesta madrugada? Valmor: - Me deem um abraço. Todos o abraçaram! Ana Paula: - Bom dia Vida! Julinha: - Bom dia Vida! Lucas: - Bom dia Vida! Zuleima: - Bom dia Vidas! .......................................................FIM. Ditado pelo Espirito de João Harsan Psicografado pelo médium Esaú Davi. 56.


- Paulinha: - Vamos brincar de bola?
Julinha: - joga para mim! Joga! He! He! He!
Bom dia vovó Zuleima! Lindo dia!
Zuleima: - Bom dia minhas lindas netinhas! Já tomaram o café da manhã?
Julinha: - Já vovó, mamãe está trocando a fralda do Lucas.
Zuleima: - Nossa Vilma como o tempo passou, as meninas já estão grandinhas.
Vilma: - É minha irmã Beatriz já esta com a família feita, Ana Paula com nove anos e Julinha com sete e o pequeno Lucas.
E eu com vinte e cinco anos ainda estou solteira. Acho que nunca vou arranjar um marido aqui no interior.
Zuleima: - Filha não diga bobagens, você é bonita, educada e prendada logo achara um bom marido.
Beatriz: - Bom dia! mamãe e Vilma.
Lucas já voltou a dormir, as meninas já estão brincando e o Renato já foi trabalhar. Que lindo dia!
Zuleima: - Porque você e a Vilma não vão ao centro da cidade ver as novidades, eu fico com as crianças.
Beatriz: - vamos Vilma?
Vilma: - vou me arrumar, quero comprar um par de sapatos novos para ir ao casamento de Amanda e Jair.
Ana Paula: - Vovó quando a mamãe e a tia Vilma saírem a senhora faz um bolo para nós?
Zuleima: - Já vou fazer! O que foi Julinha?
Julinha: - A mamãe saiu quando ela vai voltar?
Zuleima: - Logo elas estarão de volta, queridas da vovó!
Ana Paula: - E o vovô Esteves quando chegará de viagem?
Zuleima: - Logo querida ainda falta um tempo.
Julinha ouvindo a conversa aproximou-se devagarzinho e disse:
-Vovó o vovô Esteves não virá para casa, ele vai embora para longe.
Zuleima: - Julinha seu avô vira logo. Ele e sei tio Fonseca levaram dias para voltar.
Julinha: - Não vovó! O vovô foi embora para bem longe, meu amiguinho Marcilio me disse!
Zuleima: - Não conheço nenhum menino com este nome querida.
Ana Paula: - Ela fala do Marcilio um menino alto.
Julinha: - è vovó, ele me contou para eu não ficar triste.
Ana Paula: - Eu também tenho uma amiga muito bonita, chama-se Samara e ela diz que temos que ser felizes.
Zuleima: - meninas vão comer o bolo, daqui a pouco todos chegaram. Vou atender ao telefone.
- Alo! Bom dia Jamil como está? Você está vindo para cá? A Vilma e a Beatriz logo chegarão. Esta bem!
- zuleima: Meninas já comeram o bolo? Vão brincar no quintal que eu vou fazer o almoço.
No quintal as meninas brincam alegres.
Julinha: - vi o sol primeiro! Bom dia sol! Bom dia vida!
Ana Paula: - Eu te vi! Bom dia vida!
Por volta do meio dia chegam Vilma e Beatriz das compras.
Vilma: - Olha mamãe que lido sapato! O que houve mamãe?
Zuleima: - Jamil disseque está vindo para cá para conversar, estou aflita!
Beatriz: - Mamãe o Jamil é nosso amigo porque você está assim?
Zuleima: - A Julinha disse que seu pai não voltará da pescaria. Pensei será que ele me abandonou para ir atrás daquela uma?
Beatriz: - Mamãe a Julinha é criança, e isto ficou no passado.
Vilma: - É mamãe... tem gente no portão.. Vou atender!
Vilma: - Ola! Entrem! Estamos na sala, vejam o lindo sapato que comprei para o casamento de Amanda e Jair!
Sr Jamil, Clovis e Eneida, amigos de muitos anos, entram sérios na sala.
Um carro parou na frente da casa e Beatriz foi atender. Era seu tio Floriano e Sr Fonseca.
Zuleima: - Floriano você deveria estar trabalhando! Jamil, Clovis o que aconteceu? Suas fisionomias diz que aconteceu alguma coisa grave.
Renato chegou ao mesmo tempo, abraçou as crianças, preocupado, sentia que algo não estava bem.
Floriano: - As crianças estão bem?
Beatriz: - Lucas está dormindo e as meninas estão no quintal. Respondeu abraçando Renato.
Vilma: - Tio Floriano meu coração está aflito, algo me diz que tenho que me sentar.
Zuleima: - Por favor, digam alguma coisa.
Floriano: - Esteves estava pescando e sentiu-se mal no barco. Retornamos logo e resolvemos leva-lo ao hospital, ele chegou inconsciente, segundo os médicos ele teve um infarto do miocárdio fulminante e após quinze minutos faleceu.
Beatriz e Vilma abraçaram Zuleima e choraram muito. Eneida foi ver Lucas que tinha acordado.
Ana Paula e Julinha abraçaram a avo tentando consolar:
-Vovó tudo ficara bem!
Tios Floriano, Zuleima e Beatriz foram ao hospital. Durante todo o trajeto, Zuleima não parava de pensar nas palavras de Julinha.
Floriano e Clovis foram providenciar o enterro.
No velório as meninas abraçaram a avó dizendo:
- Nossos amigos disseram para você perdoar o vovô e dizer isso no ouvido dele.
Amparada por Beatriz e Vilma, Zuleima aproximou-se do corpo de Esteves e fez o que lhe pediram:
- Esteves obrigado por tudo, eu te peço perdão, não sou eu que tenho que te perdoar, eu é que te peço perdão por todos estes anos.
Depois de dois dias do sepultamento, Beatriz não conseguia esquecer as palavras da mãe para o pai pedindo perdão.
Beatriz: - Vilma não tiro da minha cabeça o pedido de perdão da mãe, não foi isso que Julinha pediu!
Vilma: - Ora Julinha ainda é criança e mamãe estava abalada, todos ainda estamos papai faz muita falta. Amanha começarei o meu trabalho na loja de calçados. Clovis o amigo de papai me arranjou esta emprego.
Renato: - Vocês devem acalmar-se todos estamos tristes um tem que dar apoio ao outro somos uma família.
Renato era um bom marido, empreiteiro, amava a família e não entendia como às vezes ficava nervoso e falava mais alto com a família.
Renato dizia a Beatriz que sentia que a mãe dela ia precisar muito mais de nós do que imaginamos. Graças a Deus ela tem boas filhas e lindos netos, mas há alguma coisa no olhar dela que me preocupa.
Beatriz achava que era devido às meninas terem dito que o pai não voltaria para casa.
Renato: - Outro dia Ana Paula me disse que meu carro iria parar e eu teria que ir a pé à metade do caminho, e pior que aconteceu, eu só desliguei o carro, sai do carro rindo e fui caminhando.
Beatriz: - e depois?
Renato: - O mecânico arrumou o carro. Tenho orgulho de elas serem assim, elas brincam com o sol, elas são felizes.
Beatriz: - Você tem razão! Outro dia pegaram os retalhos da costura da mamãe e dançaram acenando para o sol.
Renato: - Elas são inocentes e puras de sentimentos! Querida tenho que ir trabalhar, está na minha hora. Fique calma que mais tarde eu voltarei.
Beatriz: - Vá com Deus!
Zuleima: - Bom dia! Fiz o café, mas não tenho vontade de fazer nada, vou voltar para a cama.
Vilma: - Mamãe tenha forças! Vou trabalhar! Eu fui convidada para ir ao baile.
Zuleima: - Não Vilma! ainda é cedo! Por favor, fique em casa!
Beatriz: - Calma mamãe! Vou faze o almoço.
Zuleima: - Vilma é diferente de você, ela pode me dar trabalho.
Beatriz: - Mamãe ela tem vinte e oito anos, já é uma mulher feita!
Durante toda à tarde Zuleima esteve deitada, Ana Paula e Julinha foram ao quarto da avó para anima-la.
- Vovó você está acordada? Não fique triste você é tão bonita.
Zuleima: - Não eu não sou! Fiz coisa errada.
Havia passado três meses dos acontecimentos.
E chegou o dia do casamento de Amanda, filha de Clovis e Eneida.
Foi uma linda cerimônia na igreja, Ana Paula e Julia foram as damas de honra. Entraram na igreja de mãozinhas dadas jogando beijinhos para todos. As pessoas riam, elas eram alegres, no altar ficaram dançando mesmo sem musica.
O padre e os noivos riam da alegria delas.
A festa foi linda e singela, na hora que a noiva jogou o bouquet a menina Ana Paula e Julinha pegaram e correrão em direção a Vilma dizendo:
- Tia Vilma peguei para você, agora você vai se casar.
Vilma ficou muito vermelha, não sabia o que fazer e então abraçou as sobrinhas.
Julinha soltou a mão da sua tia e foi ao encontro de um rapaz que estava na festa e segurando-o pela mão o puxou para que ele viesse com ela.
O rapaz achou engraçado e seguiu a menina.
Julinha: - Tia trouxe um noivo para você!
Vilma mais vermelha que nunca se engasgou.
O rapaz gentilmente lhe trouxe uma taça de vinho. Ela agradeceu envergonhada.
Vilma: - Obrigado e desculpe, minha sobrinha é muito levada! Qual o seu nome?
- Meu nome é Valmor, parece que esses dois serão felizes!
Vilma: - quem?
Valmor sorri e diz: - Os noivos! E você quando se casará?
 Vilma: - O que? Já? Mal nos conhecemos!
Valmor: - Parece que houve uma confusão aqui.
Vilma: - Não! Mas o que você está falando? O quer eu estou falando?
Valmor: - Sei lá! Qual é seu nome?
Vilma: - Meu nome é Vilma, Amanda e os pais são amigos da minha família há muito tempo, e você?
Valmor: - Sou primo de Amanda, moro em Belo Horizonte.
Vilma: - Nossa como você mora longe!
Valmor: - Espera ai é você que mora longe.
Vilma: - Foi um prazer conhecê-lo, mas estou indo embora.
Amanda: - Vocês se conheceram? Que bom! Vilma este é meu primo Valmor, ele é industrial, tem uma pequena empresa de peças automotivas e está terminando a faculdade de engenharia. Valmor esta é a Vilma minha amiga desde a infância.
Vilma: - ótimo!
Valmor: - amanha a família fará um grande almoço e você e toda sua família está convidada.
Amanda: - Que bom, nós não viajaremos, talvez no próximo fim de semana, iremos para o litoral, meu marido não está de férias. Bem agora eu e meu marido fugiremos da festa. Até mais!
Valmor: - Lá vão os noivos para a felicidade! E você Vilma também quer partir para a felicidade?
Vilma: - Todos os dias quando aparece o sol sou feliz!
Val mor: - o que? É noite! Você é engraçada, te vejo amanhã?
Vilma: - talvez
No dia seguinte todos comentavam sobre o casamento.
Renato: - Julinha foi tão rápida para pegar o bouquet da noiva para dar para tia Vilma! E então vamos ao almoço?
Zuleima: - Vilma diz que está cansada e não quer ir.
As meninas foram até o quarto de Vilma com flores nas mãos e bateram na porta.
Vilma: - Meninas eu estou cansada!
Ana Paula: - trouxemos flores para você tia.
Julinha: - O teu noivo está te esperando, Marcilio, meu amigo disse.
Vilma: - Seu amigo invisível, ele deve estar brincando.
Julinha: - Ele disse para você não usar sapato alto.
Beatriz: - Posso saber o que as três fofoqueiras estão conversando? Lucas está sorrindo para você Vilma.
Vilma: - Oh! Lindinho da titia, elas querem que eu vá ao almoço.
Beatriz: - Vamos mana! Assim não tenho que cozinhar, vamos mana!
Julinha: - Tia não vá de sapato alto!
Vilma: - Julinha é só um amigo de fantasia seu.
Vilma resolveu ir, colocou um lindo vestido azul, escovou os cabelos, passou o batom e pegou um sapato baixo. Mas, achando graça da sua sobrinha trocou por um mais alto.
Toda a família já esperava na sala, entraram rapidamente no carro e foram.
Na casa de Clovis e Eneida tudo estava preparado para o grande almoço.
Zuleima, Beatriz e Vilma estavam ajudando a por as mesas. Tinha trinta pessoas para almoçar, todos comentando sobre a festa. Falavam sobre os noivos e sobre as daminhas que deram muita alegria na cerimônia e na festa.
Valmor chegou com os demais familiares, mas, Vilma ficou longe dele.
Beatriz: - Vilma vá à cozinha pegar uma travessa que eu esqueci.
Vilma foi rapidamente à cozinha e pegou a travessa. Quando estava retornando para a sala o salto do sapato quebrou, ela ia cair quando Valmor a segurou.
Beatriz pegou a travessa das mãos dela, mas Valmor não a soltou. Colocou Vilma sentada numa cadeira e tirou-lhe o sapato, arrumou outro emprestado e ele mesmo colocou em seu pé. Todos olhavam a cena.
Vilma: - Obrigado, você é um cavalheiro!
Valmor: - você está confortável com esses sapatos?
Vilma: - Sim! Vamos almoçar, todos estão à mesa, falta você.
Julinha sorrindo olhava para tia Vilma.
Beatriz: - Fique quietinha sua tia está com vergonha.
Após o almoço os homens conversaram sobre política e as mulheres sobre assuntos domésticos.
Eneida chamou todos na sala e disse:
- Vamos fazer uma oração, temos muito que agradecer e pouco a pedir!
“Senhor te agradecemos pelo casamento de Amanda e Matheus.
Agradecemos pelo amor, pela vida, por todas as palavras abençoadas por Ti.
Por sermos tão felizes hoje e amanha esperamos entender melhor a valor maior da vida.
A vida sempre Vida! “Amém”
  Depois de alguns dias....
Vilma: - Julinha o que seu amigo Maciel disse mais?
Julinha: tia ele fala muito!
Vilma: - Se eu tivesse ido de sapato baixo eu não teria sido amparada pelo Valmor.
Julinha: Você gostou tia?
Vilma\; - Não é isso! Ele deu o recado ao contrario.
Ana Paula: - Maciel é inteligente, se ele falasse o que você queria você e Valmor não tinham se encontrado.
Vilma: - Queridas ele só me amparou! O que ele falou mais?
Ana Paula: - Há um segredo!
Vilma: - Segredo, que segredo?
Ana Paula: - segredo tia vou brincar! Vamos julinha?
Vilma:- segredo....
Zuleima: - O que você esta falando ai sozinho?
Vilma: - As meninas disseram que o amigo invisível me enganou e coloquei o sapato alto para mostrar que o Maciel não existe e a senhora viu o que aconteceu!
Zuleima: - Ah! É arte de criança!
Vilma: - mas agora mamãe perguntei o que o amigo invisível tinha falado e me responderam que era um segredo.
Zuleima: - Não está na hora de você ir trabalhar? Este é o segredo.
Beatriz: - Vocês vão enlouquecer se continuarem a dar ouvidos para as meninas. Olha como o Lucas está lindo de calcinha azul, camiseta branca e meias azul. Está todo lindo para ficar no meu colo. Vou costurar com ele no colo.
Lucas não dava sossego e Beatriz resolveu fazê dormir.
Zuleima sentou na poltrona da sala adormecendo. Sentiu um perfume de flores ao seu lado, era seu marido Esteves que estava ali.
Ela ficou atônita:
- Esteves me perdoe! Perdoe-me!
Esteves: - eu já te perdoei ha anos, sossegue seu coração, eu estou bem. Tire esta angústia de dentro de ti. Diga ao Clovis que eu o perdoo.
Zuleima: - Você quer que eu diga ao Clovis não tenho coragem!
Esteves: - Por quê? O que há zuleima?
Zuleima: - Não me peça isso! Não! Não!
Beatriz: - Mamãe, mamãe! Acorde a senhora está tendo um pesadelo.
Zuleima: - Beatriz sonhei com seu pai ele quer que eu............
Beatriz: - Você o que mamãe?
Zuleima: - Nada filha! Vou fazer um café para nós.
Vilma chegou acompanhada por Valmor que havia ido busca-la no trabalho. Ele a deixou na porta de casa e foi embora.
Beatriz: - Valmor já esta te buscando no trabalho, isso é um bom sinal!
Vilma subiu para seu quarto, parecia contente.
Renato chegou e comentou com Beatriz que viu Vilma e Valmor juntos e que eles estavam numa conversa tão intensa que não viram quando ele falou com os dois.
Zuleima ouvindo o que conversaram e respondeu:
Zuleima: - Não pode haver casamento!
Beatriz: - Porque não mamãe?
Zuleima: - Não gosto deste rapaz.
Vilma que estava chegando ouviu a mãe dizer que não gostava de Valmor e disse:
Vilma: - Mamãe pela primeira vez eu estou me apaixonado, não é a senhora que vai me dizer não. Eu e Valmor somos alegres e eu estou feliz.
Zuleima: - Eu proíbo este namoro, achei que fosse uma brincadeira, parem agora.
Vilma subiu para o seu quarto em prantos, sem entender a reação de sua mãe.
Renato e Beatriz já estavam deitados quando Ana Paula e Julinha bateram na porta.
Beatriz: - O que houve com meus amores? Estão chorando por quê?
Ana Paula: - Lucas esta dormindo mamãe?
Beatriz: - Sim como um anjo agora só falta vocês duas.
Ana Paula e Julinha: - Não podemos, Maciel está dizendo que a vovó está errada, ela está sendo má!
Renato: - Queridas o que seu amigo fala?
Julinha: - Que a vovó esta sendo má, a tia será feliz com o Valmor.
Ana Paula: - Mamãe os adultos fazem coisas más, eu não quero fazer coisas más.
Beatriz: - Querida você não está fazendo nada errado. Seja quem for esse seu amigo de fantasia, ela precisa parar de brincar. Vamos dormir hoje no quarto da mamãe.
Renato: - As meninas dormiram, eu acreditei neste amigo delas, Maciel, quando eu era menino eu tive um amigo, mas ele está falando assuntos sérios, acho que existe algo errado e não sabemos.
Beatriz: - Vilma me contou que este amigo imaginário das meninas disse que existe um segredo. Será que ele existe?
Renato: - Precisamos ter fé, sinto em meu coração um sinal de alerta.
Quando Beatriz consegue adormecer ouve uma voz chamando:
Beatriz! Beatriz acorde! Sou eu o Maciel e Samara, somos amigos das suas filhas.
Viemos te pedir para ter calma, sua mãe e irmã precisaram muito de você. O amor deve falar mais alto, o perdão sempre será Divino.
Se plantarmos o amor colheremos amor, se plantarmos espinhos colheremos espinhos.
Tudo passa pela graça de Deus.
Beatriz acorda ainda vendo a figura de um rapaz sorrindo-lhe.
Beatriz: - bom dia Maciel!
Ela levantou-se calma, Renato e as crianças já estavam tomando café. Lucas estava no colo de Vilma e Zuleima ainda dormia.
Vilma: - Mana tudo bem? Renato já deu banho no Lucas, e hoje é o primeiro dia de aula da Ana Paula você esqueceu?
Beatriz: - Não! Não! Eu a levarei na escola, você pode ficar com o Lucas para mim, a escolinha é a duas quadras daqui?
Renato: - Ana Paula a escola é linda você vai gostar e você ira arrumar muitos amiguinhos e aprender muita coisa nova.
Ana Paula: - Eu sei papai, só estou triste porque a Julinha ficará sem mim.
Ana Paula: - Julinha! Cuidado em casa! Comporte-se! Você já falou bom dia para o sol?
Julinha: - Já! Você vai voltar loguinho.
Beatriz pegou a mão de Ana Paula para leva-la na escola de disse:
- Querida hoje eu sonhei com o Maciel e a Samara, que são amigos de vocês.
Ana Paula: - Mamãe você acredita agora?
Oh! Olhe o sol! Bom dia sol!
Beatriz: - querida preciso pensar muito. Eu te amo filhinha.
Chegando em casa Beatriz encontra Zuleima triste e chorando.
- Mamãe o que há com a senhora? Faz tempo que o papai partiu! A senhora tem algo para nos dizer?
Zuleima: - Não! Você quer dizer sobre o namorado de Vilma e Valmor? Ele não é um bom rapaz! Não gosto dele, sua irmã arranjara outro, eles não combinam em nada.

Beatriz: - Mamãe Vilma já é uma mulher de vinte e oito anos. Valmor é primo de Amanda os pais dela são nossos amigos há anos. Clovis e Eneida nos tratam como filhas.
Zuleima: - Este rapaz não é para Vilma!
Beatriz: - Mamãe Vilma esta feliz e a qualquer hora eles vão casar.
Zuleima: - Não! Não Dara certo! Vilma deve esquecê-lo.
Passaram dois meses, Vilma e Valmor chegam em.
Passaram dois meses, Vilma e Valmor chegam à casa feliz. Vilma alegre pergunta onde esta a mãe.
Beatriz: - Ela foi à missa, mas chegara logo.
Vilma e Beatriz fizeram um jantar especial.
Quando Renato chegou foi logo dizendo: -
- Humm! Pelo cheiro hoje teremos jantar especial.
Beatriz: - Acho que Vilma e Valmor falaram aquilo que tanto esperamos.
Ana Paula e Julinha correram para o colo do pai dizendo:
-Papai está triste a vovó vai ficar doente.
Renato: - Não querida hoje é dia de festa aqui em casa!
Vilma ligou para Clovis e Eneida e Amanda e Matheus convidando para o jantar.
Todos já haviam chegado quando Zuleima chegou e perguntou:
_ Nossa como está bem arrumados! De quem é o aniversario?
Todos começaram a rir e Vilma respondeu:
- Mamãe hoje não é o aniversaria de ninguém. Eu e Val mor queremos falar com a senhora e com todos que amamos.
Valmor: - Dona Zuleima respeitosamente em nome de seu marido pede a mão de Vilma em casamento. Trouxe as alianças e logo meus pais estarão aqui.
Zuleima sentiu- se mal, com tonturas, Renato rapidamente trouxe uma cadeira para ele sentar.
Beatriz abraçou Vilma, as meninas pularam de alegria dizendo: - A tia vai casar, vai casar!
Clovis e Eneida estavam emocionados diz eram: - Finalmente nossas famílias de uma amizade de coração, passara a ter um motivo mais forte, o amor de Vilma e Valmor!
- Zuleima levantou-se da cadeira e gritou:
- Não! Não! Eu não permito! Não quero!
Minha filha não é mulher para voce Valmor! Ela já me deu muito trabalho! Você será infeliz com ela.
Vilma em desespero dizia: - Mamãe o que a senhora ta falando contra mim? Eu sou sua filha! Pelo amor de Deus!
Zuleima: - cala a boca Vilma! Ela é adotada, ninguém a queria, ela era filha de uma qualquer, eu e Esteves a registramos como filha por piedade, mas Vilma tem o gênio da mãe biológica, ela vai fazer Valmor infeliz.
Vilma: - Mamãe você enlouqueceu! Sou sua filha!
Zuleima: - Não sua mãe era dançarina da vida! Jogou-te fora! Você fará o Valmor infeliz!
Valmor: - dona Zuleima se a senhora não gosta de mim não calunie sua filha! Vilma é a pessoa mais doce e terna que eu já conheci.
Zuleima: - Não ela é igual à mãe dela.
Vilma: - A senhora esta dizendo que vim do lixo?
Beatriz: - Mamãe que mentiras são essas? O que a senhora está fazendo?
Clovis: - Zuleica olha o que você está dizendo, isto não é verdade!
Eneida: - Onde esta Vilma?
Renato: - Meu Deus!  A porta da rua está aberta, ninguém viu ela sair!
Todos correm para a rua procurando por Vilma.
Por mais de uma hora todos procuram por todo o bairro sem encontra-la.
Derrepente o vizinho veio correndo dizendo que havia um atropelamento defronte a igreja, ele achava que era Vilma.
Todos correm para o local do acidente,mas a vitima já havia sido levada para o hospital.
Beatriz e Renato vão para o hospital e realmente ficam sabendo que Vilma andava pela avenida sem olhar para os lados, quando foi atropelada por um carro.
Renato: - Ela esta na emergência o Valmor esta com ela!
Beatriz chorando muito repetia sem parar: - Aquela não era minha mãe, não é verdade o que ela disse. Meu Deus!
Beatriz estava inconsolável e Renato e Clovis foram conversar com o medico.
Vilma havia fraturado as pernas, feriu a cabeça e os braços, estava instável.
Clovis paga todo o tratamento de Vilma e se responsabiliza por ela no hospital.
Beatriz: - Não sei o que dizer, agradece muito, meu pai onde estiver orará por todos nós!
Ninguém entendia as atitudes de Zuleima.
Clovis: - Beatriz e Renato eu não sei como começar, mas, é necessário que      eu fale.
O que vou contar talvez leve a explicação que espero até hoje de Zuleima, o perdão de Eneida e Esteves, onde ele estiver.
Eu fui um mau caratê com seu pai Beatriz. Eles tinham pouco tempo de casados e eu achei Zuleima Linda e me envolvi com ela. Esperávamos Esteves ir pescar para nos encontrar. Mas, um dia recebi um bilhete de Zuleima dizendo que estava tudo acabado entre nós.
Depois de um tempo eu fiquei sabendo que ela estava grávida de Vilma, nunca mais nos vimos. Estou falando de traição.
Beatriz: - Meu Deus! Meu deus! Agora entendo!
Mamãe esta se escondendo da verdade e jogou toda a culpa em Vilma. Quando os amigos das meninas mandou mamãe dar o perdão ao papai, ela, no velório, pediu perdão ao invés de perdoar o papai. Agora entendo.
Já era tarde da noite quando voltaram para casa, cada um encostou-se onde podia. Logo amanheceria e Renato ia trabalhar.
Após o café o silencio pesava entre todos, até que Clovis não aguentou e disse:
Clovis: - Zuleima eu pagarei todas as despesa do hospitalares de Vilma.
Zuleima: - Como Vilma está?
Beatriz: - Mamãe depois da tentativa de homicídio que a senhora provocou e a instabilidade mental nela, ela está na UTI instável. O que a senhora queria? O que aconteceu na verdade?
Clovis: - Zuleima Eneida sabe que eu a trai contigo, que tivemos um caso, mostrei a ela o bilhete que você me mandou, quando engravidou de Vilma, pedindo para parar de nos encontrar.
Eneida me perdoou, prometi a ela que nunca mentiria para ela novamente. O que isto tem haver com o que aconteceu aqui ontem a noite?
Zuleima: - Você não tinha o direito de espalhar nossos erros aos quatro ventos.
Clóvis: - Se há uma consequência dos nossos erros temos que corrigir a verdade por mais dura que seja deve ser sempre dita.
Beatriz: - Foi por isso que a senhora pediu perdão ao ouvido dele?
Zuleima: - Estou com dor de cabeça! Vou dormir!
Beatriz: - Não mamãe! Não vai! Quero a verdade, minha irmã esta no hospital por sua culpa.
Zuleima Chora e se desespera: - vocês não sabe o que é carregar um erro, esconder de si e de todas as pessoas, com medo de alguém descobrir! O que irão falar de você? Quero ver a Vilma.
Valmor: - Não!
Renato: - Querida oque você quer dizer?
Beatriz: - Talvez mamãe tenha mentido para todos e para o Clovis.
Clovis: - Para mim? Não entendo?
Renato: - È por isso que ela não quer o noivado de Valmor e Vilma.
Beatriz: - Talvez! Meu Deus como ela está Valmor?
Valmor: - Esta sendo operada! Sou o culpado! Mas, o que fizemos de errado?
Clovis: - Nada! Todos nós precisamos nos unir para nos ajudar. Vamos orar!
“Senhor guarda-nos, ampare Vilma, nos ilumine nas aflições de nossa alma. Que sejamos instrumentos de amor e perdão, Senhor Infinito amor”.
Valmor: - a cirurgia já terminou agora ela vai para a UTI.
Beatriz: - quero vê-la, por favor!
Clovis: - Falarei com os médicos!
Renato: - eles estavam tão felizes, pobrezinhos, e agora olha que tragédia.
Beatriz: - Eu sonhei, ouvi os amigos das meninas, acordei com o Maciel me fitando e me dizendo amor e perdão. Tenhamos forças, porque o único e melhor remédio que tudo cura é o amor e o perdão.
Clovis: - Só podemos vê-la pelo vidro. A visita será às dezesseis horas, ela ainda está instável.
Beatriz aproxima-se do vidro e diz: - Maninha tudo ficará bem! Te amo querida!
Saindo do hospital Beatriz olha para o sol e diz: - Bom dia Vida!
Chegaram à casa cansados. Eneida fez o café e lhes diz que Amanda e Matheus estão com Lucas no quarto, as meninas ainda dormiam e Zuleima havia passado a noite sentada na poltrona da sala.        
Beatriz vai falar com a mãe:
- Mamãe não espere mil anos, ou morrer para contar a verdade. O tempo já passou e ninguém vai saber. A senhora esta sendo hipócrita com Deus! Vai à igreja orar para quem e por quem?
Somos todos responsáveis por toda a ação e reação que a vida nos ocasiona. Não é Deus o culpado, somos nós. Você achou que Ele não vê o que aconteceu?
Ele tudo vê e tudo sabe, Deus é o tempo, é a vida, é a Luz. Você achou que estava se escondendo, isto é criancice e falta de inteligência.
Não espere a vida passar, ela é eterna, as consequências dos nossos erros são serias, procure fazer o melhor. Há minha irmã no hospital que precisa de socorro nosso e seu e você que precisa falar a verdade.

Zuleima: - Esteves tinha descoberto sobre Clovis por causa de uma camiseta que ele deixou aqui.
Depois de quinze dias descobri que estava grávida de Vilma. Esteves nunca me perguntou se ela era filha dele, até no sétimo aniversario de Amanda e Vilma. Ele ficou observando as crianças brincando. Eu entendi que ele havia entendido.
Ele chegou perto de mim e me pediu para não tirar a Vilma dele e não jogar fora duas famílias.
Esteves ia mais à casa de vocês, Clovis, porque ele queria as meninas juntas, mas também o que eu fizera quase jogou duas famílias no abismo.
Na ultima pescaria, antes de sair ele me disse que contaria para o Clovis que Vilma era sua filha, mas ia pedir para que você não tirasse a menina dele. Acho que foi isto que o matou do coração.
Clovis: - Naquele dia eu ia pescar também, mas apareceu um serviço de ultima hora e eu não pude recusar. Você nunca me contou que Vilma era milha filha. Quantas mentiras, quanta escuridão que fizemos. Vilma está no hospital porque você ficou com medo de que? Da verdade? Você humilhou ao Maximo que podia nossa filha! Porque você descreveu a mãe biológica dela se é você Zuleima?
Eneida: - Meu glorioso Deus! Porque tudo isso?
Clovis não sabia que era pai de Vilma! Esteves sabia você zuleima sabia! Eu não sei qual a pior parte.
Beatriz: - É minha irmã que esta no hospital, ouvir da própria mãe, quem ela sempre amou tantas mentiras e crueldade e mesmo que fosse verdade, existe a compaixão que mamãe esqueceu.
Dentro de nós sempre há uma parte negra que se alimenta das mentiras e do sofrimento alheio. Para ter o meu perdão, mãe, ore muito pela minha irmã ficar boa. Ela é a primeira de quem você precisa do perdão.
Beatriz: - Renato já chegou!
Renato: - estou vendo que foi uma conversa difícil. Eu ficarei em casa para que vocês possam visitar Vilma no hospital. Ela continua no mesmo estado.
Amanda ficou emocionada ao saber que Vilma era sua meia irmã.
Amanda: - Para mim nos sempre fomos amigas, agora sei que somos irmãs e isto veio completar o meu sentimento de amizade por ela. Ela ficará boa.
No dia seguinte Beatriz foi levar Ana Paula para escola e no caminho a menina diz:
Ana Paula: - Mamãe a tia ficara boa, mas a vovó está com o coração doente.
Beatriz: - Querida tudo passará! Olha só o Lucas te jogando beijinho. De um bom dia para o sol.
Zuleima chegou à casa cansada:
-Beatriz fui ao hospital saber de sua irmã, o medico me disse que depois destes vinte e três dias na UTI finalmente ela irá para o quarto. Ela esta fora de perigo, mas não pude vê-la porque estava dormindo. Será que um dia ela ira me perdoar?
Enfim Vilma vai para o quarto cercado pelo carinho de todos que evitam conversar sobre o ocorrido. Valmor sempre ao lado de Vilma, tratando-a com o Maximo de carinho.
Vilma tinha tomado um tranquilizante leve, a psicóloga disse à família que Vilma estava muito frágil, sentia-se suja e pedia o tempo todo para lavar as mãos e tomar banho.
Der repente Zuleima entra no quarto aproxima-se de Vilma e diz:
-Vilma minha filha me perdoe!
Vilma: - Quem é você? Tire ela daqui, ela vai me machucar!
Zuleima vendo o descontrole da filha sai do quarto chorando. Renato oferece para leva-la em casa, mas ela diz que vai para igreja orar.
Zuleima chega à igreja chorando muito, não consegui se conter. O padre veio conversar com ela como amigos. Então ela conta tudo que fez para o padre.
Zuleima: - Deus nunca me perdoará?
Padre: - Ele é o Pai, e você já está sofrendo as consequências de suas mentiras. Ore muito a Deus.
Zuleima antes de sair da igreja sentiu-se mal, errou o caminho para casa, caminhando em sentido contrario da sua casa. Sentia um grande mal estar, com dor de cabeça muito forte, suas pernas não tinha mais forças para andar.
Uma senhora aproximou-se pedindo pão e Zuleima caiu na rua sem sentidos.
A senhora chamou seus amigos, também moradores de rua e a levaram para um cantinho num beco e fizeram um chá para ela.
Sra. Lourdes: - Esta senhora tão boa caiu aos meus pés na rua, vamos acolhê-la, médico é para ricos, já dei um chá para ela, mas ela não conseguiu engolir, vamos agasalha-la. Maciel me ajude, meu esposo, na nossa cabana cabe está senhora.
Maciel: - Vamos chamar uma ambulância? Esta bem vamos chamar pelo Grande Medico:
“- Senhor Jesus esta irmã necessita do Senhor”!
Envia o Teu socorro, ela parece que não é feliz!”
Dois dias se passaram e Zuleima não estava melhor. Maciel foi falar com um policial que estava passando pela rua:
Maciel: - Sr policial tem uma senhora que não está bem, deitamo-la aqui, demos chá, ela não consegue engolir, já oramos, mas ela não melhora , venha vê-la.
O policial aproximou-se e examinou Zuleica.
Ela é uma senhora bem vestida, mas os sinais vitais estão muito baixos vou chamar uma ambulância. Vocês poderão acompanha-la até o hospital.
Chegando ao hospital Lourdes e Maciel se registraram como responsáveis por ela. O medico disse que ela teve um derrame e que ia ter que ficar na UTI.
Lourdes e Maciel mesmo sem conhecê foram à capela orar pela amiga doente.
“Senhor Jesus o Senhor conhece a todos, então conhece a irmãzinha doente, cure Senhor a dor dela. Amém”.
Enquanto isso na casa de Zuleima, Beatriz estava preocupada ligando para todos os parentes, amigos e conhecidos procurando pela mãe.
Ana Paula e Julinha relatam aos pais que Samara e Maciel disseram que a avó está doente, mas que tem médicos cuidando dela e também uma nova família.
Renato: - Mas o que isto quer dizer?
Vou procurar nos hospitais.
Vilma se recuperava aos poucos, havia uma psicóloga ajudando, mas já tinha vinte e cinco dias de internação era hora de ir para casa.
Vilma: - Mamãe veio me ver! Porque ela não voltou?
Beatriz: - Ela foi viajar para a casa da tia Nair, vamos para casa, logo você estará bem.
Chegando a casa Vilma foi recebida com um lindo sorriso de Lucas e um grande “seja bem vinda tia Vilma” das meninas.
Elas correram para abraça-la com muitas saudades.
Vilma: - mamãe deu alguma noticia?
Renato: - Ela ligou dizendo que ficará mais um pouco, porque sua tia Nair está gripada e ela não quer passar gripe para você.
Clovis continuava procurando pelos os hospitais, mas não havia registro de nenhuma Zuleima internada.
Beatriz foi até a igreja e conversou com o padre que confirmou ter conversado com Zuleima e que ela estava parecia desorientada quando saiu da igreja.
Renato: - Vamos Clovis, iremos ao necrotério.
Julinha: - Não papai! A vovó está viva e está recebendo remédios para a alma. Foi o Maciel que disse.
Renato: - Onde estão dando esses remédios para a alma?
Julinha: - de amigos!
Clovis: - Vamos ao necrotério, hoje já fazem quinze dias de desaparecimento de Zuleima.
No hospital onde Zuleima estava internada os médicos perguntavam a ela o seu nome, mas ela não podia responder. Precisamos saber o nome dela para colocar nos registros.
Lourdes pensou e disse:
- O nome dela é Samara!
Dr. Carlos: - A Samara escapou de um derrame cerebral, ela será transferida para a enfermaria geral, mas será difícil ela voltar a falar.
Lourdes: - Nossa amiga não falara mais, como a pobrezinha pedirá esmola nas ruas?
Maciel: - Calma! Daremos um jeito.
A família de Zuleima procurava por todos os lugares onde achavam que Zuleima poderia ter se escondido com vergonha.
Renato: - Beatriz o salário do seu pai não está sendo retirado do banco há um mês.
Vilma já estava recuperada, sem gesso, ouviu a campainha, Beatriz foi atender era tia Nair, irmã de Zuleima.
Nair: - Queridas sobrinhas perdão pela demora, sabe como é seu tio, todo atrapalhado.
Beatriz eu já sei de tudo que aconteceu, Eneida me ligou contando tudo. Minha irmã não está em casa, já faz um mês do desaparecimento dela.
Vilma: - O que aconteceu? Onde está a mamãe?
Beatriz: - você se lembra de tudo que mamãe, na sua loucura lhe disse? O que aconteceu contigo?
Ela foi te visitar no hospital, mas você não a reconheceu porque não estava bem. Mamãe saiu do hospital e foi até a igreja, falou com o padre e depois sumiu. Já procuramos até no necrotério, mas não a encontramos.

Nair: - Para não te preocupar dissemos que ela estava na minha casa, mas ela não esteve comigo.
Ana Paula: - Tia Nair a vovó esta com Samara e Maciel.
Nair: - são seus amigos da outra linda terra que te falaram queridas?
Ana Paula e Julinha responderam ao mesmo tempo: - É tia Nair! Mamãe a tia entende e o papai não deve pegar o carro.
Nair: - Porque vocês não as ouvem mais, eu tinha uma amiga que conversava comigo até eu ter o meu primeiro filho. São irmãos de Luz que Deus nos envia para enfrentarmos e aprender a vida com o Amor de Deus e não com o amor da humanidade.
O telefone tocou e Beatriz vai atender.
Era Renato avisando que havia batido o carro e sofreu um leve ferimento no braço, mas estava bem.
Beatriz: - Tia você fica aqui em casa? O Renato bateu o carro, vou até o hospital.
Julinha: - Mamãe papai está bem, procure a Samara.
Clovis acompanhou Beatriz até o hospital. Renato estava com o braço enfaixado e algumas pequenas escoriações no rosto.
Renato: - Foi só um susto! Eu estou bem! O que foi Beatriz?
Beatriz tirou uma foto da mãe da bolsa dizendo: - E se a mamãe trocou de nome para ninguém acha-la?
Foi até a assistente social e conversou e deixou a foto da mãe com ela se houvesse qualquer noticia ela telefonaria para Beatriz.

Havia se passado alguns dias.
Ana Paula e Julinha, olhando para o sol diziam:
- Bom dia Sol, Bom dia Vida!
Nair que vinha chegando ouviu as palavras das meninas e disse:
Nair: - Meu coração se encheu de emoção ao ouvir as meninas, passei a noite orando por todos, principalmente para minha irmã Zuleima.
Beatriz estava cuidando de Lucas quando o telefone toca.
Nair vai atender: - Renato é a assistente social do hospital e pede para vocês irem até la.
Beatriz: - Tia a senhora fica com as crianças?
Nair – Sim é claro.
Renato: - Vamos eu dirijo.
Vilma: - Eneida e Clovis estão vindos para pegar vocês.
Chegaram ao hospital ansiosos e nervosos. Aguardavam a vinda da assistente social. Beatriz aproveitou para ligar para casa e saber noticia dos filhos:
Julinha pede para falar com a mãe: - Mamãe Samara e Maciel está coma vovó.
A assistente social chama e encaminham para uma pequena sala.
- Meu nome é Clarice e há um mês foi internada uma indigente que se clama Samara, os amigos a trouxeram vendo que ela não melhorava, internaram com o nome se Samara. Esta é assinatura deles: Lourdes e Maciel.
Todos levaram um susto, pela descrição das roupas era Zuleima.
Beatriz chorando diz: - Meu Deus colocaram o nome dela de Samara, é o nome da amiguinha das meninas.
Foram encaminhados para a enfermaria geral reconheceram Zuleima.
Assistente social explica que ela teve um derrame e perdeu a fala e esta com a perna paralisada. A assistência social arranjou uma cadeira de rodas para Samara ou Zuleima, ela já estava de alta e tinha saído com os amigos Lourdes e Maciel.
Renato: - Por favor, alguém sabe onde a ambulância foi busca-la?
Clovis: - Eu conheço o Sr Atílio, um policial aposentado ligarei para ele nos ajudar a encontrar o lugar de onde ela veio. Agora é melhor irmos para casa vem vindo um temporal.
Assim que chegaram em casa começou a chover forte.
Beatriz : - Mamãe deve estar passando frio e fome! Meu Deus.
Valmor: - Querida calma
Vilma: - Porque tudo isso?
Nair: - Nos sempre achamos que Zuleima tinha um segredo, às vezes ela mudava a forma de tratar todos nos, às vezes era gentil e educada, outras vezes era agressiva com todos. Fazemos tudo errado e achamos que ninguém vê ninguém ouve. Achamos que somos deuses, mas, só há um Deus e Ele tudo sabe e tudo enxerga e nos ensina como bom pai que é a sermos dignos da imagem que carregamos que é a do Senhor Deus Pai todo poderoso.
Ana Paula e Julinha: - Nosso Senhor Jesus é um bom filho, bom irmão é a nossa Luz. Ele é obediente a Deus Pai que envia amigos para nos ensinar e proteger.
Nair: - Querida é isso mesmo! E a vida continua sempre!
As meninas correram para o quintal gritando: - Bom dia Sol, boa tarde Vida!
No dia seguinte Clovis vai à casa de Beatriz avisar que já havia falado com o policial e que ele estava averiguando para descobrir quem tinha levado Zuleima.
Vilma e Beatriz choram ao ver a chuva e preocupam-se em saber onde a mãe estaria naquele tempo frio e úmido.
Quando Renato chega do serviço fica com as crianças para Valmor, Vila e Beatriz possam ir procurar pela mãe.
A hora de sair às meninas vem recomendar para a Beatriz que não se esqueça de agradecer e ajudar quem está cuidando da vovó. No caminho encontram-se com  Clovis que também vai ajudar na busca.
Clovis dirige pra a parte mais pobre da cidade.
Clovis: - É por este lado da cidade, La esta meu amigo policial.
Beatriz: - como aqui é pobrezinho, tem tantas ruelas e está começando a garoar.
Clovis: - A policia esteve aqui e foi de uma destas ruelas que a senhora a levou para o hospital. Essas pessoas fazem seus casebres com o que encontram na rua. Trouxeram o café que eu pedi?
Beatriz: - Sim e algo mais. Foi ideia da Ana Paula e Julinha.
Beatriz, Eneida, Clovis e Renato comeram a distribuir os pães, café e cobertores que trouxeram. Eles iam mostrando a foto de Zuleima, que agora se chamava Samara, para todos na esperança de alguém reconhecê.
Beatriz ia explicando a todos:
- Amigos esta senhora é Samara, foi levada ao hospital pela Sª Lourdes e Sr Maciel vocês os conhecem?
Um senhor ouviu e perguntou: - O que vocês querem com eles?
Beatriz: - Eles esqueceram-se do casaco no hospital e gostaríamos de devolver.
Lourdes aproximou se de Eneida e disse-lhe:
- A senhora tem um cobertor a mais, minha irmã está doente na cadeira de rodas e sente frio.
Eneida: - Eu posso levar até la, temos café, Paes e bolachas.
Todos estavam com os corações disparados aguardando que fosse Zuleima.
Lourdes: - Venham comigo, meu marido Maciel é inteligente arranjou uma madeiras e aumentou nossa casa para Samara ter seu próprio cantinho, a pobrezinha não pode trabalhar.
Entraram numa casinha bem simples e havia uma pessoa deitada no chão.
Beatriz colocou gentilmente o cobertor sobre a mulher deitada e afastou os cabelos dela para poder ver seu rosto.
Beatriz: - Mamãe! Mamãe! E a abraçou chorando.
Zuleima não podia falar, mas seus olhos lacrimejaram ao vê-la, tentava dizer “filha”.
Valmor correu para o carro para avisar Vilma.
- Vilma achamos sua mãe!
_ Me ajude Valmor quero vê-la.
Vima chegou a casinha e encontrou a mãe toda suja, sem poder falar e com poucos movimentos nas pernas e com o maxilar fora do lugar.
Vilma agachou no chão ao lado da mãe dizendo: - Mamãe eu ter amo! Eu te amo!
Todos ajudaram a triar Zuleima de la. Chamaram uma ambulância e ela foi levada para o hospital.
Beatriz agradeceu a Sr Maciel e D. Lourdes:
- Jamais esqueceremos o que vocês fizeram por nós!
Lourdes: - Vocês estão levando minha irmã Samara.
- Maciel: - Minha esposa teve uma irmã que morreu ainda jovem com poliomielite, ela só fala nesta irmã.
Lourdes: - Já te disse que eu há vi aqui!
Samara dizia que ia crescer e que íamos trabalhar para comprar uma casinha aqui, mas, ela morreu.
Eneida: - Renato eu acho que este trabalho é de Samara e Maciel, talvez possamos nos unir e ajuda-los há recuperar o tempo perdido.
Zuleima foi para o hospital e ficou internada uma semana fazendo fisioterapia e recebendo o carinho de todos. Ela não podia falar, mas estava sempre de mãos unidas, percebia-se que ela orava o tempo todo. Depois de vinte dias recebeu alta e foi para casa.
As netas a recebeu com alegria:
- Bom dia Vida! A vovó voltou!
Abraçarem a avó que estava emocionada dizendo:
- Vovó não precisa nos contar nada já sabemos de tudo!
Todos da família uniram-se para ajudar Samara e Maciel.
Clovis tinha um sitio com uma pequena casinha nos fundos. Ela foi reformada e pintada para receber o casal.
Foram busca-los e quando viram a casa ficaram contentes.
Clovis e Eneida: - Há muito terreno, vocês podem plantar para vocês e pagaremos um salário para serem zeladores daqui! Vocês aceitam?
Lourdes e Maciel chorando responderam:
- Deus! Deus! Obrigado! Vamos trabalhar! Temos nossa casa!
Ao se despedirem Lourdes fala para Beatriz: - Samara, minha irmã mandou agradecer-lhe, você acredita?
Beatriz; - Acredito sim! E diga a ela que não precisa agradecer, eu que agradeço por tudo.
Ao chegarem a casa encontraram Zuleima deitada. Vilma já havia feito o almoço para todos. Zuleima já conseguia andar com o andador.
Naquela tarde todos estavam juntos e Vilma começou a escovar os cabelos de sua mãe e ela com muita dificuldade segurou no braço de Vilma e disse:
-Perdão filha!
Vilma chorando muito disse: - Eu aceito te perdoo à senhora já sofreu muito.
Zuleima: - Querida você também e por minha causa.
Vilma: - Fui irresponsável, minha intenção era caminhar, me acalmar, espera até que todos se acalmassem, mas fui atingida pelo carro. Mamãe eu e Valmor queremos nos casar com sua benção. Eu já sei que a senhora e Clovis tiveram uma aventura e eu sou o fruto desta aventura. Meu pai Esteves é o maior pai do mundo, por outro lado ganhei mais uma irmã.
Amanda. Precisamos nos entender porque a vida é um fato, e nós somos responsáveis pelos nossos feitos. Temos que viver cada vez melhor para sempre. A senhora é minha mãe e veja o que o medo fez!Eu te perdoo.
Zuleima: - Tudo que eu te disse eu não deveria dizer o vento e o tempo trouxe de volta para mim.
Beatriz: - Olhem! Lucas esta dando os primeiros passinhos! Filhinho vem com a mamãe!
Renato: vem para o papai!
Ana Paula e Julinha: - vem para nós!
Lucas ficou tão ficou indeciso que sentou no chão. Todos começaram a rir!
Zuleima: - Valmor e Vilma eu abençoo o casamento de vocês, quero que vocês sejam felizes. Valmor correu e pegou as alianças pediu para Zuleima colocar as alianças nos dedos dos dois.
Todos aplaudiram, foi uma festa. Clovis, Eneida, Amanda e Matheus chegaram na hora.
- depois de tantos tempos difíceis, temos que comemorar Amanda e Matheus será pais.
Renato: - Parabéns! Mulheres fora da cozinha, hoje, nós os homens iremos cozinhar. Vamos vai fazer pizza.
Na sala as meninas brincando de roda e colocaram o Lucas no meio da roda. Roda pra cá, roda para lá o sol está no meio, para nós estrelas dançar. Roda pra cá, roda para lá, estrelas giram com alegria pela vida.
Nair: - Nunca ouvi está canção de roda!
Beatriz: - Tia não se assuste! Veja os amigos delas Maciel e Samara e Maciel marido de Dª Lourdes.
Vilma: - Não se esqueça de que dona Lourdes teve uma irmã jovem e seu nome era Samara e hoje esse casal são zeladores do sitio de Clovis e Eneida.
Nair: - Acho que nada é coincidência! Esta palavra não existe, a palavra certa é obra Divina, que não entendemos às vezes porque não temos intelecto divino ou tem preguiça de pensar.
Beatriz: - Vilma quando será o casamento?
Valmor: - eu tenho um terreno, ampliarei a casa, venderei minha casa de Belo Horizonte e construirei na frente uma pizzaria. Ate no final do ano casaremos.
Clovis: - Pode contar comigo para levantar a casa e a pizzaria!
Renato: - E comigo para comer as pizzas. Beatriz: - No mês que vem é aniversario de Ana Paula, faremos uma festinha, que tal filha? Você poderá convidar os amiguinhos da sua escolinha!
Ana Paula: - Está bem mamãe.
Depois de dois meses foi feita a festa deaniversario de Ana Paula. Ela quis se fantasiar de sol e sua irmã de estrela, as crianças divertiram-se muito. E Valmor deu-lhe de presente uma vitrola que não parava de tocar músicas para dançar o tempo todo.
Durante a festa Vilma acha que a irmã Beatriz não está muito bem e vai conversar com ela: - Vilma: - Mana você está bem? Parece que está enjoada?
Beatriz: - É Vilma quando estamos grávidas ficamos assim. O Renato esta feliz e eu também!
Zuleima já conseguia andar sem o andador e conseguia falar melhor. Chamou Clovis e Eneida para conversar.
Zuleima: - Eneida até hoje não te pedi perdão, sei que não mereço teu perdão.
Eneida: - Zuleima tive pena de você e Clovis, quando alguém chega a este nível é porque esta perdido e o sofrimento poderá achar uma saída é muito grande. Vocês dois aprenderam com o sofrimento. Eu te perdoo Zuleima, construa a Luz ao seu redor, para você enxergar o caminho que percorrerá de agora em diante.
Zuleima: - Clovis você não sabia que Vilma era sua filha, ela não te chama de pai, não sei como arrumar esta situação, um dia você me perdoará?
Clovis: - Sei que o que nos fizemos foi uma traição, agora temos que corrigir do melhor jeito possível. Peço perdão a Deus e ao meu amigo Esteves, quanto a Vilma não me chamar de pai eu respeito. Esteves foi um ótimo pai, ele queria protegê-la. Eu sei esperar, acho que entendo porque você não me contou, talvez não fosse a hora certa. Não sabemos qual é o tempo certo, a hora certa, talvez seja agora e o pior seria nunca. Eu te perdoo, durma em paz.
Passado nove meses.................................
Renato: - Alguém acuda! Acuda!
Zuleima: - O que foi?
Renato: - Não consigo ligar o carro para levar Beatriz para a maternidade!
Valmor: - Vá para o banco de trás eu levo vocês.
Depois de algumas horas Renato telefona.
D. Zuleima e Vilma eu tive um menino lindo!
Vilma: - Renato calma, não foi a beatriz que teve o bebe?
Renato: - É isso! Sou pai de novo!Avisem as meninas! Lucas ainda é o reizinho da casa e Maciel será o príncipe.
Eneida chega para levar Vilma à maternidade.
Vilma: - Alguém de juízo tem que estar na maternidade.
As meninas: - Tia já que não podemos ir de um beijo no meu irmãozinho Maciel.
Chegando ao hospital foram direto ao quarto onde estavam Beatriz e Renato. Eles já tinham o nome do bebe.
Renato: - Eu e Beatriz queremos que ele se chame Maciel!
Vilma: - Nós já sabíamos, as meninas nos falaram.
Renato: - Eu e minhas filhas misteriosas. Depois de uma semana foi o batizado de Maciel, as meninas estavam serias na igreja.
Beatriz: - Meninas eu queria que vocês agradecessem ao seu amigo Maciel, agora vocês tem um irmãozinho com o nome dele.
Ana Paula e Julinha respondem serias.
- Mamãe Maciel é Maciel!
Beatriz: - O que? Meninas!
Mais tarde Renato vê as filhas conversando ao lado do berço de Maciel: - Você encolheu muito, não vai dar para brincar mais!
Renato: - Dna. Nair aquele amiguinho das meninas poderia nascer novamente entre nós?
Nair: - Quem sabe?
Lucas andava pela casa toda, já tinha quase dois anos completos, todos estavam arrumando-se para o tão esperado casamento de Valmor e Vilma.
Todos foram para a igreja, restando apenas Renato e a família.
Vilma: - Estou linda! Que nervoso.
Julinha: - tia você esta linda, mas o céu ficará mais lindo se você não entrar na igreja sozinha.
Vilma\; - Mas meu pai já está na vida espiritual!
Ana Paula: - Eu estou feliz com meu pai Renato, mas, tia Deus lhe deu outro pai e não é para enfeite.
Julinha: - Se Maciel não tivesse encolhido ele ia te dizer para você fazer o melhor de você para Deus sorrir por você.
Beatriz: - Meninas sua tia está ansiosa fiquem quietas!
O carro chegou você está linda irmã!
Clovis: - Eu trouxe o carro, nos encontraremos na igreja.
Beatriz colocou as daminhas e o pajem Lucas e Clovis os levaria até a igreja.
A noiva a Beatriz e Renato iriam noutro carro.
Vilma: - Renato você poderia deixar o Clovis dirigir este carro?
Renato: - Claro que sim!
Quando Renato pediu para trocar de carro com Clovis ele sentiu uma forte emoção.
Ao chegar à igreja, as daminhas iam à frente e Lucas levando as alianças. Beatriz caminhava ao lado dos filhos jogando pétalas de flores.
Vilma: - Clovis! Clovis! Por favor, me leve até o altar? Eu nunca me casei e estou nervosa.
Clovis: - Eu? Esta bem! Seu pai La do céu ficara contente!
Vilma: - Meu pai que esta no céu é o Esteves, mas, você que está na Terra irá me guiar como meu pai. Logo a musica vai tocar.
Clovis emocionado deu o braço a Vilma e olhando para o alto dizia:
- Obrigado Senhor! Obrigado humildemente te agradeço.
Quando a musica suave começou a tocar as duas meninas foram entrando como princesas sorrindo e acenando para todos. Giravam e levantaram as flores com lindos sorrisos até chegar ao altar.
Mais atrás vinha Lucas, vestido de pajem segurando um carrinho, entrou e foi direto onde estavam as irmãs.
Entraram os padrinhos Renato e Beatriz com Maciel no colo e na mãozinha fechada ele trazia as alianças.
Atrás deles vinha Amanda e Matheus com o bebe no colo dormindo. A porta fechou-se atrás deles e quando abriu novamente começou a tocar a marcha nupcial.
Vilma vinha acompanhada pelo pai Clovis que sempre a acompanhou sem saber que era sua filha. Clovis vinha profundamente emocionado que só quem já sentiu uma emoção assim pode compreender.
Zuleima no altar não continha às lagrimas. Eneida emocionada agradecendo a Deus por tudo estar tomando o lugar certo.
Na hora das alianças abriram delicadamente a mãozinha de Maciel e os noivos o beijaram.
Foi uma cerimônia que estava escrita nos céus, na festa todos dançaram e cantaram, havia bolo e alegria, tudo estava perfeito.
No carro dos noivos amarraram muitas latinhas e escreveram em letras bem grandes “Até que enfim”.
Clovis feliz abraça Eneida e juntos ficam olhando até o carro dos noivos sumir na estrada.
Já fazia dez dias do casamento e os noivos ainda estavam na praia em lua de mel. A vida seguia sua rotina. Num domingo estavam todos juntos almoçando quando ouviram o barulho do carro que ainda conservava as latinhas do casamento amarradas no para-lama.
- Será que vieram do litoral com as latinhas amarradas no carro?
A vizinhança toda saiu para recebê-los com alegria. Foi só abraços daqui e dali.
Valmor correu para as meninas, olhou para o sol e disse: - Bom dia Sol!
Meninas: - Boa tarde Vida!
E assim colocando tudo no seu devido lugar, arrumando erros dali q daqui, Valmor guardou as latinhas para uma nova ocasião.
Abriu à pizzaria, a casa era pequena e aconchegante. E assim que puderam ofereceram um jantar para todos:
Valmor: - Pizza para todos.
Passado seis meses e agora era Julinha que ia para a escolinha. Ana Paula aconselha a irmã e Beatriz leva as duas para a escola.
Renato sempre um pai alegre e bem disposto, estava pintando a casa até que caiu dentro da lata de tinta amarela, fazendo as filhas vibrar de alegria dizendo:
- Papai é o sol! Ah! Ah! Ah!
Julinha der repente ficou quieta, sentiu tristeza.
Zuleima: - O que está acontecendo Julinha?
Julinha: - Vovó desde que Maciel encolheu ele não brinca mais comigo, me sinto só.
Zuleica: - mas, você tem todos nós! Está me dizendo que seu irmãozinho é seu amigo de antes?
Julinha: - É vovó! Você acredita em mim?
Zuleima: - Sim querida acredito depois de tudo que passamos, acredito.
Julinha: - Vovó Samara conversa comigo e Ana Paula, ela disse que a senhora já colocou luz no seu coração, agora você pode voar.
Zuleima: - E quando eu voarei?
Julia: - Quando Samara chegar! Não tenha medo!
Zuleima: - Não Julinha não tenho medo.
Nair chegou contente, estava pretendendo mudar para a cidade. Ela era viúva, os filhos moravam para este lado da cidade e ela estava procurando uma casa por perto da família.
Pela manhã depois de visitar três casas, as meninas levaram Nair á uma casa cor de rosa, linda reformada com um lindo jardim. Depois de alguns dias de negócios comprou a casa rosa focando assim perto de todos.
Ana Paula: - Tia Nair a senhora vai se casar logo?
Nair ria das crianças.
No dia seguinte Zuleima sentiu uma forte dor de cabeça e tonturas e foi deita-se, mas, antes pediu que Vilma fosse vê-la.
À noite Vilma veio visitar a mãe: -
Vilma: - Mamãe a senhora está melhor? Vamos ao médico?
Zuleima: - Hoje eu fui ao médico! Querida te peço perdão! Você estava linda no seu casamento!
Vilma: - Mamãe já são seis meses do meu casamento! Tudo foi maravilhoso! Com Deus tudo da certo! Mamãe você está falando devagar, estranhou Vilma.
Zuleima: - Perdão! Eu te amo!
Vilma: - eu sei!
Beatriz chamou Vilma, mamãe precisa ir para o hospital agora!
Em pouco tempo a levaram, foi diagnosticada derrame cerebral. O medico disse que ela não passaria daquela noite, já que o derrame tinha sido muito forte.
Logo toda a família estava no hospital e ás duas horas da manhã Zuleima morreu.
Mais tarde no velório, Valmor sentou se perto de Vilma com um exame nas mãos.
Valmor: - Querida abra! Deu positivo, você está grávida, tenha forças pelo nosso filho!
Vilma tentava se controlar, todos estavam ajudando neste momento difícil. Ao chegar em casa após o enterro, Vilma deitou-se na cama de Ana Paula, já que havia chorado muito.
Ana Paula e Julinha: - Tia mamãe disse que você está grávida, ontem eu disse para a vovó que ela ia voar porque já tinha colocado luz no seu coração e quando Samara chegar. Titia não fique zangada ou triste, vovó estará bem.
Zuleima acorda na cama dela, na casa de Beatriz, Renato e as filhas.
Zuleima: - Meu Deus quanto eu dormi? Que dor de cabeça era aquela,mas já passou, estou me sentindo bem! Beatriz farei o café!
Vai até a cozinha e não encontra ninguém.
Zuleima: - Onde estão todos?As meninas devem ter ido para a escola e Renato deve estar trabalhando. Não consigo abrir a porta do quintal, são Beatriz e Lucas brincando de carrinho, Maciel está no carrinho dormindo.
Farei o almoço, mas não estou me encontrando nesta cozinha, vou esperar Beatriz chegar.
Der repente ouve barulho de carro. È o Renato que trouxe as meninas da escola.
Zuleima: - Renato, Ana Paula, Julinha, Beatriz! Ninguém me ouve, Maciel voce me vê, que gracinha!
Mas, o que será que está acontecendo? Devo ter feito alguma coisa de errado e todos não querem falar comigo! Vou para o meu quarto dormir um pouco!
Beatriz: - Ontem foi à missa de sétimo dia da mamãe, espero que ela esteja bem, sinto tanta falta dela, não consigo entrar no quarto dela.
Vilma e Valmor chegam tristes, logo chega também Nair entristecida.
Valmor: - Vamos colocar uma musica a vida é alegria.
Julinha: - Acho que vovó está triste!
Zuleima ouve a música e vai para a sala e aproxima-se de Vilma dizendo:
-Vilma não fique sem falar comigo!
Vilma: - Queria tanto que mamãe soubesse que estou grávida, não deu tempo de falar, que Deus a ampare.
Zuleima: - Vilma esta grávida? Que Deus me ampare?
Beatriz: - Sinto falta da mamãe, será que papai a ajudará?
Zuleima: - O que? Elas estão dizendo que eu morri! Deus! Vou para o quarto, não! Não! Estou viva! Já é tarde todos dormem! Vou até a sala.
Ana Paula e Julinha: - Vovó, nós sabemos que você está aqui, esta tudo bem, estamos dormindo. Permitiram-nos vim ver a senhora! Vovó ore! Ore!
Zuleima: - Amo vocês e não quero ir.
Zuelima: - “Meu Deus”! Tu sabes o quanto errei quanto fui injusta, desonrei meu nome de casada! Desonrei minha filha Vilma. Sei que me deste lições, mas tenho medo do espelho da verdade Senhor! Tende piedade de minha alma! Abençoe minha família! O que eu fiz Senhor?
Envia-me tua Luz!’ Ah! Estou deitada, já amanheceu.
- Zuelima, Zuleima..
Zuleima: - Meu deus esta voz eu conheço é Esteves, ele está na sala.
- Esteves: - Zuleima! Calma! Não tenha medo! Você fez o que eu não pude fazer! Contou ao Clovis que ele é o pai da nossa Vilma, apesar do seu medo deu tudo certo.
Zuleima: - Estamos mortos?
Esteves: - Pelo pouco tempo que tenho no mundo de Luz do Senhor sei que o tempo não é o mesmo, a evolução está em nossa alma, em nosso coração que deve estar leve. A Luz Divina é para todos, venha que eu te levarei aos nossos amigos.
Zuleica: - Mas, sair aqui! Não! Esteves quero ver tudo!
Esteves: - Estamos te esperando, seus pais te esperam!
Quando amanhece Nair traz bolo para as crianças contente.
Beatriz: - O que houve tia? Esta tão contente?
Nair: - Vou à igreja, conheci um senhor bem aparentado viúvo também, hoje iremos ao cinema. Querida você tem tempo de pintar minhas unhas?
Beatriz: - Claro tia vou buscar o material. As meninas estão na escola.
Zuleima desce para a sala observa a irmã e filha conversando. Nair sente a presença dela e diz em voz alta.
- Zuleima minha irmã, você viveu todo o tempo de aprendizagem que precisavas, resgatou sua dignidade, tenho certeza que a família te espera, não continue sofrendo aqui.
Você pode ajudar muito, mas, aqui não é mais seu lugar, o tempo mudou.
Beatriz se assusta e diz: - Tia a senhora está falando com a mamãe?
Nair: - Sim! A diferença é o tempo do nosso espírito. O corpo é só uma veste repleto de hormônios e devemos aprender a lidar com nossas emoções. Quando caímos em tentações é porque nos desequilibramos nossos sentidos.
Aqui na Terra os sentidos chegam a ser racionais para alguns com o tempo aprendemos a não dar tanto valor a coisas materiais como antes.
Beatriz: - Me explique melhor tia!
Nair: - Deus é onipotente! Puro Amor! O Senhor Jesus é o puro amor! São divinos, seis sentimentos são divinos concisos, onde há Luz completa e Divina.
Estamos aqui para aprender a desenvolver os sentimentos puros. Para a Luz pura, não existe disfarces, jeitinhos ou maneiras.
Beatriz: - A senhora esta me dizendo que fomos criados à semelhança de Deus e neste estagio da vida é para aprendermos a separar o joio do trigo em sentimentos e ações. Sede perfeitos!
Para não cairmos na escuridão que é o desequilíbrio da alma e que é daí que vem todo o sofrimento?
Nair: - A dor é um remédio amargo que escolhemos através dos nossos erros, para nos dar um limite. Tudo que o senhor criou é lindo e simples.
Zuleima ouviu a conversa, ela agora tinha pouco tempo, mas teve mais de setenta anos para entender, corrigir seus erros e agora tem minutos, segundos para ver uma nova vida que está chegando.
Ela foi para o quarto para pensar.
Quando amanheceu Zuleima estava na expectativa de abrir o quarto e ver uma nova vida.
A casa estava cheia de musica, as meninas estão em casa é domingo, todos vem almoçar.
Zuleima olha pela janela do quarto e vê as crianças brincando.
Ela vai até a sala, começa a orar, não sabe o quefazer.
Aos pouco vem uma moça e diz:
- Ola senhora!
Zuleima: - Quem é você? Não me parece desconhecida?
Samara: - Meu nome é Samara, sou amiguinha das suas netas, Irma de Dona Lourdes.
Zuleima: - Engraçado você me faz lembrar minha mãe terrena. Ela morreu quando eu ainda era pequena, teve tuberculose.
Samara: - Sim querida! Depois ela teve que renascer para ajudar uma amiga que você encontraria: A Lourdes, depois sendo amiga de Ana Paula e Julinha até você voltar para eu te dizer: - Perdão por ter te deixado tão cedo!
Zuleima: - Meu Deus! As meninas disseram que eu voaria quando a Samara chegar! Mamãe é você mais jovem, mas, você é minha mãe!
As duas se abraçam sorrindo, o coração de Zuleima agora está mais calmo.
Zuleima: - As meninas ficaram sem ter ninguém para conversar! Vamos ao jardim?
Samara: - Logo terá alguém! Vamos para casa?
Valmor chega em casa sem fala:
_ Samara deu a luz a Vilma nesta madrugada sou pai!
Renato: - Valmor não seria Vilma que deu a luz a Samara nesta madrugada?
Valmor: - Me deem um abraço.
Todos o abraçaram!
Ana Paula: - Bom dia Vida!
Julinha: - Bom dia Vida!
Lucas: - Bom dia Vida!
Zuleima: - Bom dia Vidas!
.......................................................FIM.
Ditado pelo Espirito de João Harsan
Psicografado pelo médium Esaú Davi.