sábado, 22 de setembro de 2012

"SUBLIME AMOR"




                                                                                                                                                                                                         
Hoje setembro de 2012, meu nome é Ana vivo na esfera da terra, sou adolescente e reafirmo tudo que está escrito nesta mensagem.
Eu reencarnei nesta vida com a esperança de levar amor para aqueles que não conhecem a face do Senhor.
Antes de reencarnar eu trabalhava auxiliando, no plano espiritual cósmico, jovens e crianças.
Nós que entendemos o DIVINO SUBLIME AMOR reencarnamos na Terra em auxilio a todos que necessitam de luz, trazendo a terra o balsamo da verdade e da paz.
Vivo no Brasil com uma família grande, esta passagem tem o intuito de resgatar meu irmão que desde há muito tempo atrás convive com as sombras. Meus pais atualmente estão separados pela falta de Deus, pela falta de amor e pela falta da verdade.
Eu como jovem sempre oro ao Pai pedindo as respostas de nossas vidas.
Escrevo com a intenção de dizer a todos que Nosso Senhor Jesus Cristo nosso Salvador é o puro e Sublime Amor de nossas vidas que Deus nos enviou.
Uma noite antes de dormir clamei a Deus, como em todas as outras noites, e tive um sonho tão real quanto a minha existência atual.
Neste sonho eu vi a minha vida na Terra sempre com a fé viva e foi dentro desta fé viva que encontrei a paz e o amor.
Nasci na cidade de Nazaré, meu nome era Mirian, filha de Tibius.
Meu avô Nicodemos foi quem nos criou, ele nasceu numa cidade mais antiga à margem do rio Eufrates.
Éramos seis irmãos, minha mãe Anat era quem cuidava de todos. Trabalhávamos na lavoura desde que meu pai morrera no mar.
Crescemos com muita humildade, quando meu avô falava de Deus Pai parávamos nossas tarefas para ouvir a verdade suprema: Deus.
Meu avô dizia:
Meus netos e filhos e Senhor nos criou com o sublime Amor. Fomos feitos da terra da vida. Ele nos deu o sopro da vida, mas, não é simplesmente um sopro. Ele nos passou sua força.
Meu avô passava sua emoção e ouvíamos com atenção.
Ele nos dizia que íamos conhecer a LUZ VIVA, que por enquanto esta LUZ era só uma criança que despertaria em todos a BOA NOVA.
Nossa família era muito grande e vivíamos numa pequena vila de pescadores. Um dia estava brincando quando chegou um casal com seu único filho.
Eles eram muito amigos e minha mãe, tia e avó prepararam a refeição com peixes, pães e frutas e forraram o chão com folhas.
Meu avô abraçou o menino com muito carinho e meu tio trouxe um pouco de vinho e a alegria tomou conta de todos.
Após cearmos meu avô trouxe o menino que era quieto e tinha um grande sorriso e nos disse:
-Crianças este é Jesus! Brinquem dentro do nosso terreno.
Eu olhei e perguntei:
- Quem são seus pais?
E Jesus respondeu.
- Meu pai é Jose e minha mãe Maria
- Porque meu avô mandou fazer grande ceia para vocês?
E ele sorrindo me respondeu:
- Hoje eu vim brincar com vocês!
E eu respondi
- Está bem vamos “voar”?
Todos começaram a bater os braços como se fossem asas, estávamos “voando”. Passamos “voando” com os pés no chão ao redor de todo mundo. Ele ria muito quando passava pela mãe dele.
Depois brincamos de quem fazia a melhor imitação de peixe.
Meu avô disse que iam ficar conosco algum tempo e era bom porque tínhamos a mesma idade, sete anos, e adorávamos brincar.
Com o passar dos dias mais gostávamos do nosso amigo. Desenhávamos na areia e ele sempre desenhava estrelas e eu perguntava e ele sorria e abria os braços e girava e todos nós o acompanhávamos.
Os dias iam passando e não percebíamos o perigo da época que vivíamos.
Maria mãe do meu amigo fazia pães para todos. Ela tem uma voz calma e tranquila, trabalhava nos afazeres da família e o pai do meu amigo de brincadeiras estava ajudando a construir algumas casas na vila.
Vinte dias se passaram, meu avô disse que Jesus e seus pais iriam ter que ir embora, mas que logo voltariam.
Amanheceu e tínhamos que nos despedir e estávamos muito tristes e Jesus nos disse:
- Não fique triste eu voltarei.
Colocou na minha mão um pouquinho de terra, mas mesmo assim fiquei triste.
Meu avô vendo que eu estava triste disse.
- Minha neta não fique assim.
- Vovô ele colocou terra na minha mão e disse voltaria para brincar o que quer dizer?
- Minha neta ele quis dizer que onde estivermos ele estará conosco.
Esperamos um bom tempo ele voltar.  E o tempo passou...
Eu já tinha doze anos e ainda brincava no rio e ajudava minha mãe e avô quando nossa vila teve a inspeção dos soldados romanos.
Eles levaram tudo que podiam carregar como pagamento de impostos em outras vilas levou até jovens como pagamento de impostos.
Não podíamos fazer nada fisicamente, meu avô reunia todos da vila para orar e agradecer o pouco que tínhamos.
Ouvíamos uma nova palavra: ESPERANÇA no amanhecer.
Falavam de rumores de perseguição a todos, desde o povo simples e pobre até aqueles que falavam em nome de Deus.
Muitos escondiam em cavernas para não perderem filhos e filhas para os senhores de escravos.
O tempo passou... minha avó não amanheceu conosco, para mim ela tinha “ voado” para longe. Eu estava triste no sepultamento quando olhei para terra e peguei um pouco na minha mão e senti falta do meu amigo de brincadeiras. Onde ele estaria?
Trabalhávamos muito nos campos, meus irmãos eram pastores de ovelhas. Um dia vieram correndo nos avisar que os soldados romanos tinham roubado algumas ovelhas.
Meu avô mandou deixa-las guardadas. Vivíamos sempre pedindo socorro e a benção de Deus. Nunca pedíamos riquezas porque já tínhamos o tesouro de maior valor que era serem filhos de Deus.
Uma tarde vínhamos chegando do trabalho muito cansados e ao entrarmos na vila, minha irmã mais velha Samarah veio correndo nos dizer que nosso amigo e seus pais tinham chegado.
Esquecemos o cansaço e saímos correndo quando vimos Jesus todos nos o abraçamos ao mesmo tempo.
Ele estava mais velho, agora com quinze anos, como eu. Não tínhamos mais tempo de brincar havia mais seriedade, mas sentíamos muita alegria.
Ele estava bem diferente, mais adulto, mas nós, principalmente eu me sentia com sete anos de idade diante dele.
Às vezes eu tinha medo de viver, de estar sentindo alegria e medo de sentir dor.
Eu estava pegando água no poço quando perguntei a Jesus o porquê do medo que eu sentia, não entendia porque eu perguntava isso a ele se tínhamos a mesma idade.
Ele me respondeu simplesmente que tudo passaria muito rápido e a dor não seria tão forte se eu tivesse confiança em Deus.
Mais tarde comentei com meu avô a conversa que tive com meu amigo e era estranho eu sabia que podia confiar nele, mas não entendia o por que.
Minha mãe conversava muito com Maria mãe de Jesus. Elas cozinhavam e costuravam juntas. Todos na vila eram unidos como uma grande família.
O pai de Jesus estava sempre calmo e sereno, trabalhava como pedreiro e carpinteiro sempre vinham pessoas procurando pelos serviços dele. Ele era muito caprichoso.
Jose sempre tinha próximos seus irmãos e sobrinhos e os tratava com muito carinho como um pai. Os jovens e crianças sempre procuravam por ele para pedir conselhos ou para uma simples conversa.
Havia na vila as moças mais velhas que não tinham filhos e ajudava a cuidar dos jovens e das crianças.
Uma destas moças tinha sido casada e tivera um filho, mas, perdeu ambos e sentia uma tristeza muito grande.
Hoje era um dia festivo, casamento de uma prima Rute de dezenove anos e todos ajudava trazendo pães, frutas, vinho, carneiro e peixe.
O ancião da vila estava preparando-se para fazer o casamento. Minha mãe e Maria mãe de Jesus arrumaram o vestido de Rute, ela ganhou um manto azul de Maria mãe do meu amigo.
As bodas já haviam começado, no centro estavam os anciões. Os pais dos noivos trouxeram-nos a presença de todos.
Eu fiquei num canto, ouvindo minha mãe dizer que um dia seria eu.
Não me conformava dos pais da minha prima, agora esposa, com uma nova vida terem ganhado apenas três cabras dos pais do noivo.
As danças haviam começado quando Jesus aproximou-se de mim e perguntou por que tanta zanga minha?
Eu respondi que quando eu me casasse meus pais só ganhariam três cabras.
Ele riu e me disse:
-O problema era o tamanho das cabras, pede para trocar desde já por três vacas.
- Mas as vacas é só para quem era rico!
Fiquei mais brava ainda, enquanto ele ria, eu não parava de pensar no meu valor.
A vida passaria e eu viria a entender que a vida vale muito mais que qualquer troca ou presente.
O tempo passou... E eu já estava com dezessete anos, levava uma vida simples tinha muito amigos todos da mesma idade.
Eu tinha uma irmãzinha de seis anos chamada Miteria que havia amanhecido muito doente, minha mãe deu chá, banhos, mas no dia seguinte ela nos deixou.
Estávamos tristes, mas todos nos consolavam, já era noite e eu não conseguia parar de chorar. E meu amigo sorrindo disse para eu olhar para o céu que minha irmã estaria me olhando e ficaria triste se eu continuasse a chorar.
Perguntei a ele se ela estava com Deus?
E ele sorriu e eu tive certeza que a resposta era sim.
Três dias se passaram, minha mãe e meu padrasto resolveram ir ver o novo barco de pesca que ele ia trabalhar.
Senti um aperto no coração. Meu padrasto era bom e estava triste com a morte da minha irmã que era filha dele com minha mãe.
Quando chegaram onde estava o barco viram o incêndio. Os soldados romanos tinham colocado fogo no barco. Meu padrasto foi defender o patrão e um soldado romano o matou com uma lança, minha mãe entrou em desespero.
À tarde os pescadores trouxeram o corpo do meu padrasto e minha mãe vinha apoiada no patrão chorando muito.
Quando vimos à cena corremos para abraçar minha mãe. Eu perguntava ao meu avô porque tanto sofrimento? Tanta maldade?
Não podíamos trabalhar, vivíamos com medo a nossa vida era clamar ao Senhor.
Meu avô me respondeu:
- Eu sei que você é nova e não entende, mas enquanto não conhecerem ao seu criador só terá pela frente a dor. Haverá tempo que todos não terão o que temos hoje.
- Mas, vovó o que temos hoje além dos soldados romanos?
- Hoje, minha neta temos “a Vida vivendo conosco compartilhando da mesma carne e sentimentos”.
Meu avô sorrindo passava uma certeza chamada fé.
Eu queria entender o que ele me dizia. Mas, fosse o que fosse eu tinha que descobrir não queria perder minha juventude e toda minha vida sem entender o que ele queira me ensinar. Eu pensava:
Será que vou morrer igual a minha irmã e meu padrasto sem descobrir o que seria. Aos poucos a vida retornava ao pouco sentido, caminhávamos por uma fagulha que fazia todos caminharem: era a fé no Senhor Deus.
Depois de meses houve a comemoração da colheita do trigo, havia uma singela ceia. Meu avô me tirou para dançar com muita alegria.
O tempo passou... Agora eu já estava com vinte anos. Meu irmão mais velho e minha irmã haviam casado e eu tinha uma cunhada muito meiga chamada Ivone, mas, tinha medo de tudo e um cunhado que trabalhava muito e logo a família aumentaria.
Aos vinte e três anos eu tinha dois sobrinhos, Mateus filho do meu irmão e Raquel da minha cunhada.
Meu amigo Jesus trabalhava com o pai quando estava em nossa vila.
Às vezes iam para longe, ele tinha o dom de acalmar os corações aflitos. Quando criança sumia de perto dos pais para dar conselhos aos mais velhos, ele era muito inteligente. Uma vez perguntei a ele de onde tirava suas ideias e ele, como sempre, me respondia sorrindo.
Meu avô era orador nas reuniões onde se ouvia a palavra do Senhor Deus. Eu e minha mãe como todas as mulheres podíamos frequentar as reuniões, mas separadas dos homens. Em casa meu avô falava sobre a vida dos nossos antepassados.
Eu estava com vinte e cinco anos e meus tios comentava que já estava passando da hora de eu me casar. Comecei a me apavorar, tinha medo de me casar e ir morar longe da minha família. Queria ficar para sempre neste lugar tão lindo.
Meu amigo e seus pais foram para Jerusalém sabíamos que todos estariam sempre juntos não importava o tempo.
Antes de irem embora abracei os pais do meu amigo e disse:
-Eu não sei qual é o seu segredo, mas, sei que há um, ninguém é assim como ele.
Ele me agradeceu pelos bons tempos de brincadeiras e que eu não deixasse que me roubassem o que eu tinha de mais valor: minha nobreza. Era eu que sorria e Jesus me disse:
-È esta a palavra, és nobre desde o berço, tudo que falas é nobre.
Despedindo ele me disse:
- Não se esqueça das três vacas.
Veio lagrimas em meus olhos, sentia que tudo mudaria, meu coração estava apertado. Fui acompanhando com o olhar até sumirem a estrada.
Alguns dias depois meus tios, meu avô e minha mãe me chamaram para conversar. Era sobre um pretendente, eles falavam, falavam, mas eu não os ouvia.
Uma bela manhã fui ajudar a por as cabras no estábulo e uma delas fugiu. Eu e minha prima corremos atrás dela, mas minha prima desistiu de correr e eu continuei a correr até que um rapaz pegou a cabra para mim.
Agradeci timidamente, ele era falante, contou que era de outra aldeia e que estavam visitando parentes.
Perguntei se ele gostava de cabras. Ele respondeu que sim, mas o negocio da família dele eram vacas.
Voltei para casa contente com minha cabra e minha mãe vendo-me perguntou:
-Minha filha estas ofegante e com um sorriso no rosto o que houve?
-Mamãe a cabra fugiu e tive que correr atrás dela, mas um rapaz me ajudou, ele disse que família dele lidava com vacas.
Lembrei-me do que Jesus disse ao despedir: para eu não esquecer a três vacas.
- Mamãe será que tem a ver com este rapaz?
- Minha filha eu não sei!
Na tarde do dia seguinte fui chamada para uma reunião de família, entrei timidamente e meu avô disse:
- Esta é Mirian minha amada neta.
Eu estava preocupada porque tanta formalidade.
Um senhor olhou-me e disse:
-Chamem meu filho!
Eu estava de cabeça baixa, não levantava a cabeça, não via nada em minha volta, só os pés.
- Este é Rubem, meu filho, ele tem trinta anos, sei que é tarde para casar, mas, ele é meu braço direito.
Meu pensamento saiu correndo e eu me lembrei do meu amigo Jesus e pensei. O que eu faço?
Eu mesma respondi: - nada!
Eu tremia tanto, não olhava para ninguém, reconheci os pés da minha mãe e me acalmei.
As famílias combinaram tudo, em um ano o casamento aconteceria, meu avô ia dialogando com a família dele e seria este o tempo que teríamos para nos conhecermos.
Sai da reunião comprometida com um estranho.
Na hora de dormir, minha mãe foi até o meu leito e disse baixinho:
-Mirian vou te dizer algo que você gostará: o pai do seu noivo nos dará três vacas!
Eu sorri, mas pensei só isso!
Passou um ano e já era o dia do meu casamento minha família tinha recebido as três vacas e durante este tempo não houve mais nenhuma palavra a mais entre eu e meu noivo.
Meu avô sem eu saber foi até a família dele dialogar e para minha alegria ele pediu para vir morar no meu lugar sagrado junto com os meus.
No dia do meu casamento minha família dizia que eu era abençoada. Minha mãe me passou o manto dela mais novo. Na vila tinha muitas pessoas que eu nunca havia visto.
Eu estava calada meu avô e minha mãe me abençoou antes de me levarem até os anciões. Meu avô me disse que confiasse no Senhor.
Na presença dos anciões e do meu noivo permaneci de cabeça baixa, cheguei a fechar os olhos e quando percebi estava casada. Houve dança em nossa homenagem.
Já tinha completado seis meses de casada e ainda me sentia envergonhada na presença do meu marido. Ele gostava muito de trabalhar e adorava conversar. Uma manhã ele me viu rindo para as vacas e queria saber se havia algo errado com elas.
Eu contei sobre meu amigo e ele me perguntou se eu sabia onde ele estava. Respondi que não sabia. Conforme o tempo passava nasceu uma amizade entre nós que se transformou em carinho.
Com mais de um ano de casada eu estava esperando nosso primeiro filho. Ele nasceu num dia de muito movimento, os pais do meu marido mudaram para nossa vila. Os soldados romanos incendiaram tudo que eles tinham, só sobraram os animais.
Meu filho chamou-se Simeão, nome do meu pai, meu marido permitiu porque queria me agradar, éramos felizes, aprendi a amar meu marido.
Quando meu filho tinha dois anos, nasceu nossa filha Maria. Ela tinha problemas de saúde tinha dificuldade para respirar e tinha os olhinhos tristes.
Maria ia completar um ano e eu tinha medo que ela medo morresse em meus braços. Orávamos ao Senhor por ela.
Um dia meu marido veio me dizer que havia um homem que curava as pessoas e fazia milagres.  Eu conversei com meu avô e ele permitiu que levássemos Maria até ele. Ele não demonstrou nenhuma surpresa quando Rubem falou do milagreiro. Meu avô, às vezes, viajava e não nos dizia nada.
Depois de dois dias saímos meu marido afirmou que ele estaria um pouco antes de Nazaré no caminho encontramos muita gente que falava dele.
Perguntei seu nome e me responderam:
- Seu nome é Jesus!
Quanto mais perto chegávamos mais ouvíamos falar dos milagres, perguntei a uma senhora qual era o nome dele e quem eram seus pais.
-Seu nome é Jesus e seu pai é um carpinteiro.
Eu me lembrei da minha infância.
- Será que é Jesus que eu conheço?
Falei para meu marido que sentia que o conhecia e ele respondeu que já havia passado muito tempo, mas, para mim não.
Uma multidão caminhava sem pressa e de repente meu marido parou e me olhou e disse:
-Acho que nossa filha está morrendo em meus braços!
Maria estava nos braço dele muito pálida. Peguei-a no colo e reuni todas as minhas forças e fui andando rapidamente e pensando:
Jesus por favor ajude minha filhinha!
Quando cheguei perto eu fiquei perplexa, pensei em falar dos tempos da nossa infância, mas, na minha frente já não era mais o menino que conheci.
Senti paz e parece que o tempo não existia na presença D’Ele.
Não consegui dizer uma palavra, Ele sorrindo pegou minha filha no colo, ela despertou e colocou as mãozinhas no rosto D’Ele.
Lagrimas rolaram pelo meu rosto, vendo minha filha viva diante, não mais do meu amigo, mas, agora diante da Vida do Supremo Amor.
Ele entregou-me Maria bem, com os olhinhos cheios de vida. Queria dizer algo, mas, a emoção tirou minha voz.
O Senhor Jesus me olhou profundamente e sorriu. Consegui agradecer, mas, muito emocionada entendi o que o meu avô disse.
Quando crianças fomos abençoadas. Não queria mais sair de perto D’Ele, mas, entendi o olhar do Senhor Jesus.
Ele tinha me reconhecido, meu marido abraçou nossa filha emocionado e me perguntou se era o amigo que eu falava.
Respondi que sim, mas, entendi que Ele era o Messias isso eu tinha certeza.
Tivemos que nos afastar meu marido foi falar com algumas pessoas e voltou dizendo que Maria Mãe de Jesus estava ali perto e se eu quisesse nós poderíamos ir revê-la
Eu prontamente disse que sim, andamos muito até chegar a uma pequena vila de pescadores. Fomos perguntando até que um senhor chamado João nos levou até a Mãe de Jesus.
Quando Ela nos viu veio nos abraçar. Ajoelhei-me diante D’Ela e agradeci por tanto carinho. Apresentei minha filhinha Maria e contei toda a minha vida, mas, para minha surpresa Ela sabia de tudo.
Fiquei mais surpresa ainda quando vi meu avô entrar na casa, estávamos perplexos.
Meu avô disse que acompanhou todo o caminho que Jesus fizera e não nos contou nada porque achava que tínhamos que caminhar sem a influencia dele.
Pela manhã levantamos cedo para voltar para casa, mas, nenhum de nós queria voltar. Chegamos à casa ao anoitecer e fomos recebidos com muita alegria.
Minha mãe ficou espantada com todos os acontecimentos, queria conversar com meu avô, mas, ele havia ficado lá, agora sabíamos aonde ele ia quando viajava.
Estávamos mudados, havia mais fé e a certeza que não ficaríamos sozinhos na terra.
Passado um tempo a vida tomaria um novo sentido para todos.
Meu marido chegou cabisbaixo dizendo que tinha algo para contar e que eu ficaria muito triste.
Perguntei o que tinha acontecido com meu coração doendo.
- Jesus foi preso e irá a julgamento!
Abraçamos-nos e pedimos para ir até Jerusalém, meu avô não estava em casa e estávamos preocupados com ele.
Deixamos as crianças com minha mãe e partimos. Eu estava aflita havia inúmeros comentários.
Chegando la fomos à casa do tio do meu marido e ficamos sabendo que meu avô estava bem, hospedado na casa de amigos. Passamos a noite e acordamos sobressaltados com a noticia que Jesus seria crucificado naquele dia.
A multidão seguia os soldados nas ruas, prendiam qualquer um que fizesse um movimento ou falasse algo duvidoso. Meu avô disse que a pessoa que eles conheciam não teve nenhuma chance.
Um homem me empurrou me derrubando e machucou o meu pé, tivemos que andar mais devagar e quando chegamos ao lugar da crucificação Ele estava na cruz.
Ficamos de longe, não permitiam que ninguém chegasse perto, somente quem era parente da família.
Nos orávamos, não dava para ouvir nada que estava acontecendo com Jesus. As lembranças da minha infância com meu amigo vinham a minha memória e eu não consegui conter as lagrimas.
De repente veio uma grande tempestade e meu marido disse que Ele havia morrido. Senti uma dor profunda no meu peito não entendia o porquê de tudo.
Meu marido levou-me no colo para casa do tio dele estávamos tristes e desanimados. Ficamos dentro de casa durante três dias.
Chegou à casa do tio do meu marido um conhecido dizendo que havia boatos que tinham roubado o corpo de Jesus.
No sétimo dia meu marido encontrou com meu avô e trouxe-o para casa. Quando o vi eu o abracei bem forte e vi a expressão do rosto do meu avo, era de paz e calma. Eu perguntei:
- Vovô quem poderia roubar o corpo de Jesus?
- Minha neta o corpo D’Ele não foi roubado! Ele ressuscitou no terceiro dia.
- Vovô Ele é o Senhor! O “Messias”
Abracei meu avô com a esperança que nunca a maldade vencera a Luz Divina, meu coração se encheu de alegria.
A certeza dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus para sempre.
Ele nos deixou uma palavra e ação “Amor”. Não adianta dizer que o amamos se não fizermos nada por nós e por quem amamos, por tudo e por todos.
Quando a multidão movia-se para vê-Lo, levar ou pensar em alguém, isto é o movimento chamado amor. Ele nos deixou a ação chamada “Caridade”, mas antes de tudo fez o povo ter fé.
A fé inabalável, a certeza de que não estamos sozinhos, mesmo que o homem renegue quem o criou. A vida aos poucos retornava a rotina, mas, com uma grande diferença, sabíamos que Ele estava olhando por nós e que Ele voltará no tempo que o homem demonstrar ao Senhor que não poderá viver se Ele.
Como meu avo diz “o tempo aos olhos do Pai será ontem”.
Tive mais quatro filhos, meu querido avô nos deixou com cento e oito anos. Ele foi para nós um pai, amigo e avô. Um homem de fé e resignação na vida.
Eu e meu marido fomos avós, nossa filha Maria teve seis filhos.
De geração em geração ensinávamos quem era o Nosso Salvador Jesus Cristo.
Eu tinha noventa e nove anos e meu marido já tinha nos deixado há quinze anos e meu filho Simeão há dezoito anos.
Amanheci em paz, muito cansada, meu bisneto me levou para ver o rebanho e as plantações.
Tudo estava do mesmo jeito, mas, ouvíamos um nome para sempre impossível de tentar apagar:
Nosso Senhor Jesus Cristo.
À tarde me senti mais cansada e fui me deitar, todas as lembranças vinham em minha memória, principalmente, minha infância quando todos nós, inclusive o menino Jesus brincávamos de voar como pássaros.
Comecei a sorrir, a nossa preguiça de orar, de trabalhar, de compreender a vida, esperamos uma dor nos invadir para reagir.
“Ele” quiz na sua brincadeira de criança mostrar que devemos aprender a amar e como amar para termos as asas da liberdade terrena.
Ouvi a voz do meu avô me chamando.
- Miriam venha aqui fora, esta tudo bem o dia esta lindo e abençoado.
Levantei-me e fui até onde estava meu avô. A sua volta havia um campo de lindas flores. O lugar era lindo eu abracei meu querido avô percebi que não estávamos em casa e perguntei a ele que lugar era aquele tão lindo.
- Minha neta aqui é um jardim e eu chamo de esperança.
Eu sabia que não estava mais na Terra, depois que o Messias ressuscitou disse a quem quisesse ouvir “meu reino não é deste mundo”. Ele subiu aos céus e eu pensava  la no altíssimo há vida porque o Senhor Jesus é vida. Perdi todo e qualquer medo da morte.
Quando Ele ressuscitou Lazaro, onde será que ele estava?
Lazaro ouviu a voz do Senhor e pela sua fé viva e obediência a Jesus era solida e Lazaro voltou ao seu corpo.
Porque eu teria medo de morrer?
Agradeci muito ao Senhor Pai e ao Senhor Jesus por tudo.
Pedir mais o que? Somente benção.
Meu avô me explicou que uma nova cidade espiritual surgiu no Amor do nosso Senhor Jesus.
Haveria mais e mais cidades espirituais, as pessoas que tinham entendido a Boa Nova estavam todos unidos para o grande trabalho pela humanidade para uma evolução da alma até entenderem que no caminho que Jesus nos deixou não existem atalhos, mas um caminho de Amor e Redenção.
Assim o tempo passou, trabalhei e trabalho, quando não estou reencanada na Terra, para levar os ensinamentos de Jesus a toda humanidade.
Depois de algum tempo na vida espiritual e como na Terra a humanidade passava por pestes e guerrilhas e vendo todas as transações que a humanidade sofrera pedi para reencarnar para ajudar. A humanidade prefere sofrer pela dor e não aprender pelo amor.
Todo esse tempo eu tinha prometido a mim mesmo e ao meu avô Nicodemos que resgataria meu irmão perdido nas sombras.
Este irmão tão amado deixou-se levar a muito tempo atrás pelas trevas.
Acompanhei todo o trabalho junto com meu querido avô, meus pais sempre trabalhando na terra, sempre em nome do Sublime Amor.
O tempo tinha passado e eu não percebi que a terra estava em nova crise: a primeira guerra mundial.
Reencarnei junto com vários irmãos espirituais em socorro a humanidade.
Muitos inocentes pagam pelos pecadores, mas, cada um tem sua própria cruz para carregar.
Pedi ao meu avô para reencarnar na Polônia com a esperança de reencontrar meu irmão, eu não sabia o nome dele, mas sabia que iríamos nos encontrar.
Nasci na Polônia em 1922, filha de judeus. Éramos felizes, na Europa.
Falava-se na primeira guerra mundial.
Meu pai era relojoeiro, éramos uma família grande e unida. Fiquei noiva de quem eu amava de verdade. Ele trabalhava com meu pai íamos nos casar e seriamos felizes.
Eu cuidaria do nosso lar e dos filhos que viriam do nosso amor.
Mas eu era jovem, estávamos em 1941, me casaria no próximo ano.
Eu já tinha feito todo o enxoval e moraríamos com meus pais, a família é sagrada e sempre deve haver união.
Meus tios foram presos por ser judeu, nosso país estava sendo massacrado pelos nazistas. Vivíamos uma era de maldade e eu não entendia o porquê.
Meu coração me dizia que eu já tinha sentido essa aflição, viver sob pressão.
Ouvimos gritos e fomos para rua ver o que estava acontecendo. Vimos meu tio e primo sendo espancados por soldados alemães.
Meu tio levantou-se e disse que era um homem de paz, imediatamente ele foi metralhado pelos soldados.
Chegaram caminhões com muitos soldados que desceram e começaram a bater em todos, entraram em nossa casa e quebraram tudo que encontraram pela frente.
Fomos jogados dentro do caminhão, meu noivo e meu pai vinham chegando e também foram presos, desde os mais velhos até as crianças foram presos.
Chegamos a um lugar cercado por arames farpados e tinha vários casebres de madeira. Fomos jogados no chão e pisoteados, do lado de fora varias pessoas com navalhas nas mãos aguardavam para raspar nossas cabeças.
Antes, nos mandaram tirar todas as nossas roupas. Os homens judeus mantinham os olhos fechados por respeito às mulheres.
Rasparam nossos cabelos, minha mãe estava em desespero, após toda aquela agressão fomos levados separados dos homens para um dos casebres.
Havia quarenta leitos tinha um cheiro horrível, mas, o pior era ver minha família passando por tanto medo. Uma senhora gritou que não existia Deus e estávamos desamparados.
Era bem tarde, eu estava deitada e algo me dizia para ter calma. Dormi devido ao cansaço e tive um sonho: Eu estava num lugar lindo e um senhor com um manto antigo veio ao meu encontro sorrindo.
Sorri e pedi para me abençoar e perguntei por que tanta maldade e tanta ira!
Acordamos às quatro horas da manhã com os gritos de comando, iríamos trabalhar cada uma num lugar diferente eu tinha que lavar os oito banheiros. No dia seguinte mais e mais tarefas.
Víamos meu pai, meus irmãos e meu noivo de longe. Neste dia me levaram para uma casa perto de onde estávamos para que eu limpasse a casa. Era a casa do general e sua família.
Cabisbaixa limpei tudo e a noite voltava para juntos de minha mãe e irmãs. A mais velha chorava pela falta do marido e do filho que estavam em Israel. Ela sabia que estavam a salvo, mas, que nunca mais os veria. A mais nova de quatorze anos, menina inocente, orávamos para que não a tirasse de nós.
No dia seguinte às quatro horas da manhã novamente os gritos de comando. Naquela noite dormi junto com minha irmãzinha Anne, meu coração estava aflito.
Entraram dois soldados e arrancaram-na violentamente dos meus braços, ela começou a gritar, minha mãe agarrou-se a ela gritando por Deus.
Eu me ajoelhei diante dos soldados e disse:
-Faço tudo o que me mandarem, mas, por favor, deixem minha irmãzinha.
Veio uma mulher alemã e disse que aceitaria minha proposta. Minha irmã correu para os braços de minha mãe.
Fomos para nossas tarefas e me levaram para a casa do general.
A esposa dele veio falar comigo dizendo que estava muito cansada, que todas as babas do filho dela iam para o forno e ela esperava que eu durasse mais tempo. Olhei para ela sem entender o que ela dizia.
O menino que ia olhar tinha nove anos e era doente, mas, eu não sabia qual era a doença.
Franh era o nome dele, só começou a falar comigo no quarto dia, depois fazia perguntas que eu respondia dentro do que podia responder.
Após o almoço dele, porque ficávamos la fora e nos davam pão duro e água.
Franh desmaiou e a mãe dele desesperou-se chamaram o medico que receitou remédios. Eu não via sentimentos afáveis entre eles.
Passei a noite sentada ao lado da cama de Franh. Quando amanheceu ele estava melhor e me perguntou por que eu não tinha cabelos.
Respondi que assim era mais confortável.
Franh já brincava no jardim comigo e com seus carrinhos.
Na hora do almoço fui para fora da casa esperando meu pão com água, mas, para minha surpresa a empregada me trouxe um prato de comida e um copo de suco.
Pensei na minha família, mas se eu não comesse teria problemas com o general. Ajoelhei-me e agradeci pelo alimento. Agradeci a Eva, mãe de Franh, ela só ouviu e não respondeu nada.
Fazia dias que eu não via minha família, o menino já estava bem melhor, já tinha aulas em casa.
Uma tarde a mãe dele desmaiou e eu ajudei a socorrê-la, mas ela não permitiu que chamasse o medico. Com o passar dos dias percebemos que ela estava grávida.
Franh veio me contar que teria um irmãzinho e me perguntou se eu sabia de onde ele vinha.
Naquele dia me foi permitido voltar ao convívio dos meus familiares.
Encontrei e os abracei, minha irmã mais velha disse que muitos foram levados, mas ela não queria saber para onde.
Pela manhã vieram nos buscar para o trabalho. Quando Franh me viu ficou feliz. Eu achei o menino muito abatido, tentei avisar a mãe, mas ela não deu atenção.
Naquela tarde ele pediu para a mãe dar banho nele. Na banheira ele disse que estava cansado, ela trocou a roupa dele e o colocou para dormir.
Mais tarde pediu que eu chamasse-o para tomar chá.
Quando cheguei perto dele percebi que alguma coisa estava errada.
Ele não respirava, chamei a mãe dele...
Franh havia morrido!
Ela me bateu muito, transferiu toda a dor que sentia para mim. Eu tive pena dela.
Fui levada de volta para meus familiares, contei para minha mãe ela ouviu e chamou todas nós e nos ajoelhamos e oramos pelo menino e sua mãe.
No dia seguinte não nos levaram para trabalhar, nem os homens foram trabalhar.
Eu sentia que alguma coisa iria acontecer. Os soldados alemães vieram nos buscar. Fomos todas agarradas uma nas outras.
Mandaram tirar as roupas e entramos num salão escuro de mãos dadas. Entraram também meu pai, meus irmãos, meu noivo e meus sogros. Não sabia por que estávamos ali, não sabíamos que estávamos num campo de extermínio alemão.
Começamos a sentir muito calor, o fogo tomou conta de tudo eu orava e clamava ao Senhor.
Parecia que estávamos leves, não senti o fogo, me senti carregada por braços fortes e amáveis.
Abri os olhos e vi pessoas vestidas de branco levando no colo todos que estava na sala.
Acordei numa enfermaria, tínhamos sidos acolhidos pelos irmãos espirituais em nome e pelo Amor do Senhor.
Reencontrei meus familiares da terra todos estavam sendo orientados.
Fui a um jardim lindo com flores brancas e azuis, sentado num banco estava meu querido avô, eu havia me lembrado do meu querido avô Nicodemos.
Recuperada de tanta emoção descobri que minha mãe na Polônia era a mesma de Nazaré e o mesmo marido amável, Rubem, era meu noivo. E minha querida irmãzinha Anne foi minha filha Maria em Nazaré.
Todos os trabalhos as lagrimas, todas as dores são pouco diante do que o Senhor Jesus passou na cruz.
Reencontrei meu irmão, ele era o menino doente que eu cuidei e que morreu em meus braços.
Os pais dele por falta total de luz nos castigaram mandando-nos  para a morte dentro do forno.
Mal eles sabiam que estavam nos libertando, e a humanidade continuou seu calvário.
Hoje eu sei que este irmão ainda vive acorrentado vendo de longe a Luz, assim como quase toda a humanidade.
Atualmente meu irmão está reencarnado na Terra e escrevo com a esperança que ele leia e tenha a esperança da verdade de Deus.
Todos os dias oro por ele e por todos aqueles que são meus irmãos. A humanidade precisa conhecer e entender que o Messias veio para nos salvar de toda a ira que existe dentro do nosso ser.
E a vida é a continuarão do socorro Divino a todos os filhos que querem conhecer a Paz do Senhor Jesus.
O objetivo desta mensagem não é trazer indagações e sim para levar a cada um o acalento que por mais difícil que seja a dor todos nós somos filhos de Deus para todo o sempre.

                                                                         Fim.


Ditado pelo Espírito de João Harsan

Psicografado pelo médium Esaú Davi.