segunda-feira, 20 de maio de 2013

'' GIGANTE AZUL''




Sebastian: - Pai! Vamos pescar! Sinto que hoje teremos muitos peixes, será bom.
Dráuzio: - Meu filho, chame a todos não queria ir pescar hoje.
Sebastian: - Por que? Pai, a estória de novo de ouvir o mar, é só um mundão de água com muitos peixes é só isso?
Dráuzio: - Meu filho respeite o mar, este senhor é mais velho do que tudo que existe na terra e os reconhece ao som da nossa voz.
                Sebastian ri muito com o pai e foi chamar os pescadores, o novo pesqueiro era grande seria boa a pesca. Eram 4 horas da manhã todos preparadas para partir, Dráuzio estava observando as ondas, parecia que seu pensamento ia para longe. Os pescadores Dimas e Nicholas estavam ansiosos, eram primos de Sebastian, logo chegou o pai deles Mário, irmão de Dráuzio e dois amigos, Pedro e Ferdinando. Todos muitos ansiosos, o barco pesqueiro Gigante Azul, saia da baia.
Sebastian: - Rapazes café! Onde está meu pai tio?
Mário: - Dráuzio está observando algo, parece que ele não queria vir, o tempo está bom, já levantaram as redes e estão boas, vária qualidades de peixes. Ele já deu ordem e estamos indo mais para o fundo, em alto mar, vamos pegar um peixão, maior que nosso pesqueiro.
Dráuzio: - Amanhã voltaremos para casa, não sinto que devemos vir até aqui.
Dimas: - Nossos espadões estamos indo atrás deles, chega de peixes pequenos, estamos bem.
Mário: - Vejam! Há um cardume grande de peixes marlin. UPA! Vamos pegá-los!
Sebastian: - Pai, no rádio, o Gilberto está falando que ao norte há uma tempestade com ventos fortes!
Dráuzio: - Vamos voltar!
Mário: - Dráuzio deixa ser medroso é só um temporal.
Dráuzio: - O pesqueiro está pesado, já pegamos o que queríamos, vamos voltar.
                Os demais não queriam voltar, queriam atrás dos peixes maiores, já haviam pegado cinco marlins.
Sebastian: - Pai, só mais uma hora prometo, eles acham que o senhor tem medo. Eu e o tio já decidimos mais uma hora e voltaremos, fique na cabine pai.
Dráuzio: - Eu não quero isto! Hoje não poderemos votar! Ouçam-me!
Sebastian: - Tudo dará certo!
                Em quarenta minutos pegaram mais peixes. O vento aumentou muito, muita chuva.
Dráuzio: - O Gilberto está avisando que há um ciclone na nossa frente, vamos voltar agora!
                O pesqueiro sacudia muito e estava muito pesado, mantinham uma velocidade puxando mais os motores. Dráuzio saíra da cabine: - Tenham cuidado; eles estavam enfrentando um ciclone. Sebastian ajudando os pescadores a fechar e amarrar melhor as cordas. Dráuzio deu ordem de todos entrarem na cabine, mas Sebastian estava ajudando a amarrar as cordas quando o vento o empurrou. Dimas e Mário segurando Sebastian, ele foi jogado com o vento para fora do pesqueiro, tentavam desesperadamente segurá-lo. O ciclone estava muito forte, as ondas pareciam gigantes, não conseguiram segurar Sebastian, ele caiu no mar agitado. Todos desesperados. Dráuzio ficou paralisado, ouviu: homem ao mar! Ele sabia que era Sebastian, iluminaram a água com os holofotes e nada de vê-lo. Dráuzio e todos lutando quase sem forças para reencontrar Sebastian.
Mário: - Dráuzio não há sinal dele, Sebastian nós o perdemos!
                Depois de três horas estavam fora do ciclone e nenhum sinal de Sebastian, sem esperanças. Amanheceu e chegaram à baia, pesqueiro pesado o Gigante Azul vencera as ondas, mas perdeu Sebastian. Ao chegar ao porto, familiares e amigos estavam aguardando, pela primeira vez o silêncio tomara conta dos pescadores de toda família. Dráuzio estava arrasado! Como dizer a sua esposa o desaparecimento de Sebastian.
Marilene: - Dráuzio! Eu não quero acreditar, onde está Sebastian? Nosso filho!
Dráuzio: - O mar o levou, ele queria Sebastian, eu não queria ir, nosso filho está no fundo do mar, ninguém pode vencê, o vento e a fúria das ondas como enfrentar?
Marilene chorando muito: - O mar levou nosso filho, mas não te levará, não quero você e todos no mar de novo! A vida é como a fúria das ondas e do vento nos leva para longe de todos!
Mário: - Sei que estão nervosos, mas a vida não é igual ao mar, em toda pesca corremos perigo.
Dráuzio: - Cala a boca! Eu senti no meu corpo e na minha alma que o mar ia levar alguém, ele estava avisando. Não havia nenhuma formação de tempestade muito menos ciclone, estávamos no tempo e na hora errada.
Marilene: - Há tempo para tudo. Meu marido você já pensou que você sentiu que era àquela hora e naquele lugar que nosso filho seria tirado de nós?
Dráuzio? – Não! Não quero ver mais o mar! Vendam, botem fogo no pesqueiro!
                O pesqueiro foi vendido. Marilene e Dráuzio juntaram as economias e compraram uma venda, tendo uma moradia em cima. Três anos depois a dor conduzia a vida de Dráuzio, dois filhos teimosos continuaram trabalhando com o tio Mário em outro pesqueiro.
                Marilene orava muito para ver seu filho de volta! “Senhor da vida sei que meu filho está contigo, mas tem horas que sinto que ele está em alto mar tentando sozinho voltar para casa. Ajude-o Pai! Amém!”
Dráuzio ouvia a esposa orar: – Deus só ouve os ricos, não somos dignos!
Marilene: - Querido! O senhor é vida!
Dráuzio: - Como ele é vida? Ele nos tirou nosso filho, o mar agarrou com suas garras e o levou. Vamos dormir tá tudo fechado!
                No dia seguinte ouviu uma buzina, era sua filha Medina e seu marido Endrezzo chegando.
Marilene abraçou Medina e Endrezzo: - Que maravilha estão de férias?
Medina: - Sim! Mamãe, eu e Endrezzo vamos ficar uns dias se não se importarem.
                Foram recebidos com amor. Endrezzo teve ideias para reformar a venda. Dráuzio emocionado e feliz aceitou as reformas, ouviam-se as risadas. Marilene chamara os rapazes para jantarem. Eram dias sem tristezas. Uma semana que Medina estava em casa fez bolo e doces para serem vendidos na venda, agora um mercadinho.
Marilene: - Filha faz cinco anos que você é casada e não pensam em ter filhos?
Medina: - Eu o Endrezzo mamãe não conseguimos, há noites em que é somente um beijo de boa noite. Já fomos ao terapeuta. Já achei que Endrezzo não me ama, mas não conseguimos e esses pesadelos são horríveis!
Marilene: - Filha me conte!
Medina: - Durmo, ouço vozes no meu quarto, vejo um rosto e vejo uma mulher velha dizendo ao Endrezzo: você não a ama volte para Letícia minha filha.
Medina: - Mamãe, ele acorda indiferente, com dores no corpo, ele fala que só Letícia o ama, mamãe eu sinto que esta mulher existiu e é a mãe da Letícia. Tem dias que Endrezzo acorda com dores de cabeça, é ela falando na cabeça dele. Mamãe vou perder meu marido para o passado seja qual for, ele não me toca, não me olha.
Marilena abraça fortemente a filha Medina: - Filha todos nós precisamos orar aqui em casa. Sua avó dizia que a oração é a porta de Luz ao Pai. Vamos nos juntar para orarmos.
                À noite Marilene e Medina fizeram café, chá, bolo, doces e chamaram a família. Trancaram as portas dos quartos, retiraram o lanche e colocaram uma linda toalha de renda branca, acenderam uma vela, os homens querendo ou não sentaram, eram cinco pessoas. Coube ao Dráuzio orar o salmo 23:                                                                                                                              
“O Senhor é meu pastor; nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.”.
Marilene: - “Senhor Deus! Agradecemos pelo alimento, queremos Pai o alimento espiritual, abrirmos Senhor as portas dos nossos corações de nossa casa a Luz Divina porque Tu Senhor é Luz e Vida. Senhor Jesus Cristo Nosso Salvador nos abençoe, nos abrace com o amor divino. Amém!”.
Mário: - Não sei rezar! Mas obrigado pelo que temos, amém!
                Na semana seguinte de cinco pessoas passaram para doze, algumas choravam por nunca ter orado. Dona Glenice, esposa de Mário disse: - Ai ai, não sei como começar.
                Medina ajudou a dona Glenice unir as mãos:
“Alguém me ouve, minha mão cheira a peixe, mas Deus me fez assim, Deus! Eu achei uma correntinha que era da minha mãe, estava numa caixinha jogado no sótão. Eu pus no meu pescoço. Tenho quatro filhos e seis netos, Deus está aqui! Eu sei que ama a minha família. O Senhor é Meu Pai! Assim seja!”.
                Dona Glenice estava se sentindo mais leve. No dia seguinte no mercado todos trabalhando três vizinhos: - Sr. Dráuzio, dona Glenice disse das orações simples de coração se sentiu leve podemos ir? – Medina ouviu e disse que todos seriam bem vindos.
Dráuzio: - Medina nossa casa não é igreja!
Medina: - Mas todas as casas são de Deus!
                Neste dia da oração eram vinte e três pessoas, alguns em pé, outros sentados, havia chá e biscoitos.
Dráuzio: - Coríntios 13:
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e a inda que tivesse toda fé de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse AMOR não seria nada.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado e não tivesse AMOR, nada disso e aproveitaria.
O AMOR é sofredor, é benigno; o AMOR não é invejoso; o AMOR não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O AMOR nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas, havendo línguas, cessarão; havendo ciência desaparecera;
Porque em parte, conhecemos, e em parte profetizamos.
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino falava como menino, discorria como menino, mas logo cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelhos em enigmas, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o AMOR, estas três, mas a maior destas é o AMOR”.
Somente o amor salva
Dráuzio abraçou a todos e disse: - Todos com orações para Deus e Jesus, simples isto é o amor que nos falta! Ele abraçou a todos.
                Medina pela manhã no café está chorando e não consegue parar.
Marilene: - O que houve filha?
Medina: - Mamãe tive um pesadelo horrível, estava no telhado de casa e via o mar, ouvi a voz de Sebastian lá no fundo, parecia que ele estava nadando.
                Medina se abraçou com a mãe para se acalmar. À noite Endrezzo foi passear com Medina.
Dráuzio: - Estou preocupado com os dois, não sou cego.
Marilene: - Eles estão namorando!
                O telefone toca e Marilene atende Dráuzio só ouve. Marilene fica contente com o telefonema. Ao deitar Dráuzio pergunta a Marilene quem estava no telefone para ela estar tão alegre.
Marilene: - Querido você tem os olhos lindos, adoro suas sobrancelhas, você é o homem mais forte que já conheci, amo sua barriga, um pouquinho, mas amo.
Dráuzio: - Tanto elogios! Hum! Quem está chegando?
Marilene: - Amanhã farei um bom almoço, Medina me ajudará estou pensando em limpar o sótão e deixar tudo limpo.
Dráuzio: - Quem está chegando? Quem dormirá no sótão?
Marilene: - Minha irmã Clarice, viúva e seus dois filhos, Clarinha de seis anos e Marcos com nove anos.
                Um dia de muita limpeza, colocaram as três camas no sótão tudo foi limpo. Do alto da janela avistava-se o mar, tudo em ordem.  
                Clarice chegou com os filhos bem tristes, Medina e Marilene alegres, todos na mesa para almoçar. Clarice tinha perdido o emprego, recebia do salário do marido já falecido, era pouco, o aluguel era alto e acabou pedindo socorro para a irmã Marilene até a situação melhorar.
                Medina e Marilene arrumando a casa para o dia de oração.
Endrezzo: - Vim dizer que há mais pessoas que querem orar, sabia que as pessoas sozinhas não conseguem orar? Onde iremos orar? Aqui é pequeno, não caberão todos. Então eu e Sr.Dráuzio queremos fazer lá fora, ao lado da casa faremos uma cobertura e assim teremos um terraço.
Marilene: - Já está pronto?
Endrezzo: - Não! Mas teremos!
                A noite tinha mais ou menos cinquenta pessoas todas espremidas. Até que Dona Glenice teve uma ideia:
- Amigos, Deus espera sempre filhos em união para orar, clamar o Amor! Ele está vendo que aqui está pequeno, vamos até a praia, ela é deserta e teremos a luz das estrelas até termos o lugar como Endrezzo disse. Todos pegaram banquinhos, cadeiras, uma mesa, toalhas, era uma quadra e meia da praia. A brisa do mar arrumaram tudo, alguns estavam em pé outros sentados, a mesa forrada com uma toalha.
Marilene: - Hoje a vela que acendemos será as estrelas!
Dráuzio chorando: - Marilene não sei se conseguirei me lembro do nosso filho!
Marilene: - Querido nós todos estamos aqui para o Senhor ouvir nossos corações e nosso filho também ouvirá, tudo tem o seu propósito.
                Todos de mãos dadas, cada um agradecendo o seu dia.
Clarice levanta a mão: - Senhor! Sou tua filha, meu marido Antunes está em teu mundo, peço bênçãos para meus filhos e a mim, agradeço pelo bom marido e filho que foi que nossas orações dirijam a ti Senhor! Amém.
Mário: - Eu sou grosseiro. Senhor abençoe-me!
Medina: - Agradeço pela vida! Abençoe a todos nossos irmãos que não nos conhecem, mas conhecemos sua dor que estão nos hospitais, que estão nas prisões, na dor de não conhecer a vos Pai Amor! Aqueles que têm orgulho, onde a humildade se esconde numa sombra do coração, as crianças que estão nos orfanatos esperando um abraço de amor de pais, aqueles que neste momento irão cometer um erro na vida trocando pela Luz do Divino Amor.
Dona Glecina: - Senhor! Pelo o som das orações que falta na humanidade é o amor Senhor! É a falta de humildade em entendermos que somos humanos, simples alunos nesta estrada das estrelas que levam a Vos meu Pai!
Dona Glória: - Eu sou Glória, tenho sessenta e cinco anos, meu marido morreu há quinze dias tivemos bons e maus momentos, sentada aqui com todos, percebo que a vida continua nos céus e na terra precisamos estar unidos para aprender o significado da vida Deus!
Thiago: - Sou filho do farmacêutico, tenho quarenta anos, estava sozinho, triste minha esposa me largou porque não posso ser pai. Senhor Deus! Senhor Jesus! Meu coração diz que há vida me abençoe para minha vida continuar com sentido pleno.
Endrezzo: - Pai! Senhor Jesus! Ilumine-me Senhor! Acho-me indigno! Sou humano querendo aprender, eu perdoo a todos que me fizeram mal, lá longe no tempo, peço ao Pai que está em mim que abençoe o Pai que está em ti! Graças Senhor! peço benção para mim e minha esposa Medina!
Drauzio: - Pai nosso que estas no céu, santificado seja vosso nome, vem a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como nos céus, o pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixei cair em tentação e livrar-nos do mal. Amém.
Marilene: - Salmo 91:
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
Direi ao Senhor: Ele é o meu Deus o meu refugio, a minha fortaleza e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguro: a sua verdade é escudo e broquel.
Não temerá espanto noturno, nem seta que voe de dia,
Nem peste que ande na escuridão, Mem mortandade que assole ao meio dia.
Mil cairão as teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido.
Somente com os teus olhos olharás e verás a recompensa dos ímpios.
Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio! O Altíssimo é a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará a tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão em suas mãos para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e o áspide, calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
Pois que tão encarecidamente amou também eu o livrarei; pó-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com El na angústia, livrá-lo-ei, e o glorificarei.
Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação.”
Clarice: - “Senhor Pai”! Amado Senhor Jesus, Mestre Eterno, somos seus humildes filhos damos graças à luz das estrelas, as luzes divinas, que sejamos abençoados. Seja feita a vontade do Pai sempre! Amém!
                Todos se abraçam, alguns cantaram e em seguida foi servido chá, biscoitos, pães e doces.
Dráuzio: - Marilene! O que está havendo? São orações simples e está chegando mais gente!
Marilene: - Todos precisam de paz, de abraço, de amor, é um momento de união.
Dráuzio: - Se todos fizessem assim, respeitando todas as religiões, orando,refletindo com Deus, estamos começando a ter pontinhos de luz aqui, e se todos orarem vencerá toda a malignidade que há no mundo.
                Clarice arrumou um emprego de arrumadeira na casa dos Sr. Sra. Hardman, família de certo padrão financeiro. Sr. Vincent não ligava para ninguém de fora, somente sua família que o importava, uma bela casa com quadros caríssimos, tapetes persas, entrada para funcionários, eram tratados como robôs. A Sra. Sheila mulher elegante, esnobe, sua atividade era ir a salões de beleza, jantares, almoços, nunca pensaram em caridade com ninguém. Tinham duas meninas Júlia de quatro anos e Gisele de oito anos, as meninas tinham uma babá não podiam sair do jardim, se fazia muito barulho ficavam brincando no quarto.
                Clarice chegava do trabalho triste por ver tanta riqueza, mas o egoísmo, a falta de amor completo tornava a casa fria. Indo para casa, Clarice encontra Thiago ele é alegre, trabalha numa madeireira e fabricam móveis. Clarice e Thiago fazem amizade, começa a levá-la para casa.
                Pela manhã Clarice ao chegar ao serviço fica sabendo que o casal tinham tido uma séria briga e as meninas estavam, com a babá, brincando no quarto. Clarice pede para a cozinheira fazer um bolo para as meninas e um chá para Sra. Hardman, Clarice leva o chá, entra no quarto todo escuro, fechado sem ar.
Clarice: - O chá senhora!
                Sheila esconde o rosto, Clarice percebe que ela esta com a boca machucada. Com dificuldade Sheila toma o chá e pergunta a Clarice se ela é feliz. Clarice responde que sim. Sheila pergunta por quê?
Clarice: - Tenho dois filhos, família e Deus!
Sheila ri: - Você é pobre, não tem dinheiro, não tem marido, não tem nada, deve ter inveja de mim!
Clarice: - Desculpe, mas inveja nunca! Tens tudo e nada, vive no escuro! Precisas de suas filhas, precisas de Deus!
Sheila: - Para que preciso de Deus? Tenho tudo! Tenho empregados, você fala assim porque estou deixando, posso te mandar embora!
Clarice: - Podes me mandar! Mas suas filhas precisam de ti! Elas estão no quarto tristes, agora comendo bolo, choram por ti.
                Sheila se levanta, olha-se no espelho, faz uma maquiagem pede para Clarice pegar uma roupa para piscina. Vai até o quarto das filhas: - Meninas é a linda mamãe! Vamos para piscina! As meninas pulam tanto e ficara a tarde toda brincando com Sheila na piscina e tomam lanche lá mesmo.
                Clarice fica aliviada, agradece a Deus pela alegria das crianças. Indo para casa encontra Thiago relatando o dia no serviço. Ao chegar a casa Thiago convida Clarice e as crianças para irem ao cinema e comerem pizza. Todos aceitam, tornando-se rotina os passeios até Thiago perceber que arrumou seus filhos e pede Clarice e casamento, ela pensa. Todo dia Clarice ora pela família rica, mas completamente pobre de amor.
                Chega o dia da oração, a área ao lado da casa está pronta, todos trazem cadeira, lanches, a mesa. Dráuzio acende a vela que representa a Luz que todos buscam. Cinquenta pessoas orando junto, baixo sem música só com o som do coração. Todos oram! Pai Nosso... Com mãos dadas! Alguns oram com o coração, outros com algum salmo escolhido.
Endrezzo e Medina: - Senhor! Senhor Deus! Senhor! Senhor Jesus! Todos nós irmãos neste lindo planeta azul terra. Precisamos orar e vigiar, vigiarmos nossas ações e palavras. Senhor! Que nossas ações e palavras reflitam o teu nome, as tuas ações. Aceitar o Pai, o Filho é aceitar as leis simples, a principal: o AMOR, que leva a caridade de ouvir, de compreender, de sorrir, de abraças a quem precisa de um simples cumprimento. De um sorriso, de visitar alguém que esteja precisando, a caridade é infinita ações de bem.
Mário: - É tão simples viver! Deus é o Senhor da Natureza! O vento, as águas, vegetações, animais, tudo simples e belo como o Grande Pai!
Clarice: - Senhor! Senhor! Oro para aqueles que se escondem em bens materiais, a falta de amor de amor, isto é solidão. Senhor! Humildemente te peço adentre nos filhos que necessitem de ti Pai! O amor se estenda por toda Terra, amém.
                Todos se abraçam e tomam o lanche.
Endrezzo e Medina: - Meus pais, irmãos, amigos nós queremos dizer que moraremos nesta cidade para que nosso filho ou filha seja criado com muito amor.
                Dráuzio e Marilene levam um susto, mas a alegria toma conta de todos, recebem o carinho de todos.
                No dia seguinte todos têm planos. Endrezzo procura em novo trabalho. Ele e Medina estão afetuosos, fazendo planos para o bebê.
                Clarice continua trabalhando na casa do Sr. e Sra. Hardman, antes dela entrar na casa ora baixinho.
Sheila: - Você fala o que?
Clarice: - Eu oro a Deus! Agradeço a Ele por tudo!
Sheila: - Por trabalhar para mim?
Clarice: - Por poder estar aqui auxiliando, orando, pedindo clemência para sua família!
Sheila: - Clarice nós não precisamos de nada, oração é para os pobres, esperando que alguém lhe dê migalhas de pão, você esta nos confundindo com sua vida sem graça sem marido.
                As meninas adoravam Clarice porque tinham carinho e atenção enquanto a mãe falava ao telefone a maior parte do dia. Mais tarde Thiago veio busca-la para leva-la para casa.
Thiago: - Clarice nos conhecemos há alguns meses tenho uma casa, eu reformo como você quiser, vamos nos casar, as crianças serão meus filhos, já faz três anos que seu marido não está mais aqui, desde que a vi você não sai da minha cabeça e do meu coração.
Clarice: - Thiago, eu aceito me casar com você.
Thiago: - Eu sabia.
                Os dois se abraçam e correm para casa contar.
Dráuzio: - Marilene sinto meu peito apertado, não sei se é alegria ou preocupação.
Marilene abraça o marido: - Está tudo bem querido!
Clarice entra com Thiago: - Temos algo para contar, espero que gostem.
Toda a família: - vão se casar!
Clarice ri: - Não vale!
                Thiago abraça os futuros filhos. Depois da alegria, de toda agitação, Endrezzo e Medina foram dormir.
                Medina teve um sonho! Desce as escadas vai para a rua, vai para a praia, caminhando observa o mar, de longe meio escuro reconhece que é o antigo pesqueiro, ela se assusta, corre para cima de umas pedras, começa a orar quer acordar, mas não consegue. O pesqueiro sumiu, ela desce das pedras, volta em direção a casa e sente que há alguém perto dela: - Quem está aí em nome de Deus? A pessoa aparece.
Medina: - Sebastian! Ela abraça o irmão.
Sebastian: - Não é sonho! Diga ao papai que foi um acidente! Eu voltarei para vocês.
                Medina acordou, correu para o quarto do pai, bateu na porta até abrirem. Dráuzio abre a porta.
Dráuzio: - Marilene é Medina, minha filha você está bem?
                Medina chorava. Marilene foi chamar Endrezzo. Medina mais calma contou o sonho muito real com seu irmão Sebastian. – Papai você acredita?
Marilene: - Querida você está grávida de cinco meses é normal sentirmos falta daqueles que nos deixaram.
Endrezzo: - Farei um suco com sanduiche para você!
Dráuzio: - Depois Endrezzo você fará o suco. Marilene não é assim. Medina acredito em você filha! Eu vendi o pesqueiro porque tenho medo de encontrar meu filho lá dentro, umas duas vezes eu vi o Sebastian nas orações, na praia.
Marilene: - Você nunca falou nada pra mim!
Medina: - Porque papai você ficou calado?
Dráuzio: - Sempre fui visto como rude, porque vocês acham que aceitei orar por nós e por todos que veem, no primeiro dia que orei eu vi minha mãe que já está no mundo de Deus há vinte anos, ela sorrindo, antes eu fechava os olhos e via Sebastian nadando é o que ele não fez, ele me desobedeceu e aconteceu o acidente, quando vi chegar à oração no dia que fizemos na praia, vi mais pessoas que estavam no mundo de Deus. Emocionei-me, porque Deus é vida somos infinito, nós somos infinitos, olha sinta o seu ventre.
Medina: - O bebê está se mexendo! Sinta papai!
Dráuzio chorou: - Posso estar errado, através de deus o mar devolveu Sebastian para nós, é este o recado de seu irmão. Deus é Vida Eterna! Somos feitos com amor! Olhe uma rosa linda perfeita, os pássaros, o céu, o sol, as estrelas, os mares, os rios, tudo enfim feito por Deus. Os cientistas falam em evolução das espécies. Sim, estamos evoluindo para sermos Luz! Nosso Salvador Jesus Cristo é a Luz do mundo. Pensem Ele ressuscitou, subiu aos céus, para o mundo Dele Luz Divina, lá o AMOR rege. Nós, a humanidade é inúmera, não caberíamos numa cidadezinha, deve haver milhares de cidades lindas de luz, porque Deus é Pai! Um bom Pai abriga todos os seus filhos! Ele nos espera voltar, mas antes precisamos evoluir aprender a reger nossos sentimentos, o som do coração que bate em todos nós e em Deus, um só som de AMOR.
Endrezzo: - O sol amanheceu, vamos tomar um café porque daqui a pouco Medina fará o ultrassom e saberemos se é um menino ou menina.
                Clarice chega ao serviço na casa dos Sr. e Sra. Hardman, como sempre orando em silêncio, ao entrar no quarto de Sheila para arrumar o quarto ela encontra a patroa sentada no chão.
Sheila: - Clarice peça para a cozinheira trazer o café para nós três, as crianças dormiram aqui comigo. Eu me meu marido discutimos, ele tentou agredir meus filhos, os protegi aqui. Ele me pediu o divórcio, tem outra. Ele nos quer fora daqui até ele voltar.
Clarice: - Calma! A senhora têm direitos.
Sheila: - Senta Clarice: - a esposa verdadeira dele mora na França, eu fui a secretária dele, meus filhos não são filhos dele, não tenho direito a nada. Levarei tudo que puder me ajude a arrumar as malas.
Clarice: - Para onde irá com as crianças?
Sheila: - Irei para casa da minha mãe! Eu tenho mãe, pai e irmão. Minha mãe é enfermeira, meu pai tem uma oficina.
Clarice: - E o pai das crianças?
Sheila: - Ele gosta de mim, trabalha na oficina com meu irmão, ele não sabe que é o pai das crianças. Eu sempre disse era de Vicente. O que faço?
Clarice: - Sheila seus filhos precisam de um lar, de um pai, de seu amor.
                Sheila chorando muito, dizendo que estava arrependida. À tarde Sheila arrumou tudo no carro, ao se despedir de Clarice chorou.
Sheila: - Clarice você acha que Deus me perdoará? Minha família está me esperando contei que meus filhos são de Daniel, eles ficaram contentes. Ore por mim, ligarei para você. Você Clarice foi a única amiga, talvez você precisasse trabalhar aqui como um anjo.
                Clarice abraçou as crianças e disse que foi bom enquanto durou. Mais tarde o Sr. Hardman chegou, o motorista já tinha falado da partida de Sheila, se trancou no escritório. Depois de uma hora ouviram um tiro, correram, os seguranças arrombaram a porta do escritório e a cena lastimável, Vicent Hardman havia se suicidado. A polícia no local interrogou todos os empregados.
                Foram em silêncio até chegarem a casa. Clarice contou tudo que ocorreu, no jornal a reportagem que Sr.Vicent Hardman havia se suicidado, pois estava falido.
                Depois de dois dias Sheila liga para Clarice.
Sheila: - Eu fiquei sabendo, não sabia da situação financeira, ele andava muito alterado, eu não tinha direito a nada, imagino a esposa e filhos dele ficaram sem nada. Daniel já sabe que é o pai das crianças, está feliz, construirá uma casa, meus pais estão felizes com as crianças. Daniel me perdoou. Ainda acho que você entrou na nossa vida para mudar tudo.
Clarice: - Sheila não sou anjo! Ore ao Pai Santíssimo, você poderia acabar numa situação mais difícil, Ele te protege apesar de seus erros. Viva bem pelos seus filhos seja feliz!
Sheila: - Obrigada por tudo! Perdoe-me! Adeus.
Thiago: - Querida espero que esta moça mude a vida dela e dos filhos.
Clarice: - Espero que sim! Agora estou sem emprego, mas neste tempo arrumarei nossa casa para casarmos logo.
Thiago: - Estou feliz! Como pode estarmos felizes com a infelicidade. De outras pessoas?
Clarice: - É neste planeta a vida tem um equilíbrio de aprendizagem que não entendemos.
                Dráuzio ouvindo tudo que Clarice contara pediu um minuto para que todos se dessem as mãos em oração:
“Senhor! senhor! Deus! Tende piedade dos sofredores, esta família que o vento levou o castelo de areia. Senhor Jesus! Redentor das almas perdidas abrace este teu filho Vicent, que abandonou sua vida por medo por não te conhecer! Tende piedade Senhor! luz Divina! Luz Divina ilumine no Amor Divino a estrada de escuridão que seus filhos escolheram! Amém!”
Endrezzo e Medina: - Família Medina fez o ultrassom! É um menino!
                Dráuzio e Marilene abraçam Medina, ambos choraram de alegria. Todos foram para a cozinha fazer o jantar, colocando a mesa cada um falando mais que o outro.
Medina: - Mamãe onde está papai?
Marilene: - Eu acho que sei onde ele está, ajude aqui a por os pratos e vou até onde seu pai está.
                Depois de duas quadras Marilene encontrou com Dráuzio.
Marilene: - Querido fizeram o jantar, eu vim te buscar, você não está com fome?
Dráuzio: - Querida estava aqui defronte ao mar agradecendo ao Senhor por tantas graças. Marilene eu sinto o Sebastian no ventre de Medina. Ele está voltando.
Marilene: - Querido também sinto é a graça de Deus, mas vamos ter calma e agradecer muito, vamos esperar um sinal.
                Depois de meses uma festa na casa. Era o casamento de Thiago e Clarice, todos estavam contentes, as crianças brincavam de jogar bolo um no outro. Thiago feliz, agora pai de Clarinha e Marcos. Clarice cuidando do seu lar, a casa foi reformada por Thiago. Dois meses de casados, uma família em harmonia toda semana unia-se para oração. Clarice está trabalhando num consultório de dentista como recepcionista.
                Medina esta dobrando as roupas, Endrezzo se arrumando para ir trabalhar, tinham visto uma casa perto, pequena e muitos planos.
Medina: - Endrezzo, hoje você não vai trabalhar!
Endrezzo: - Não? Vou! Estou novo na firma! O patrão não vai gostar!
                Medina aponta para a barriga dela. Endrezzo ri vai até o carro e diz: - Minha charmosa eu venho almoçar!
                Medina apontando para a barriga dela. Ele a beijou entrou no carro, ligou e sorrindo e pensando: esposas grávidas são charmosas! Tadinha apontando para a barriga, o que??? O que??? To indo querida!
                Endrezzo dirigiu duas quadras, estacionou, entrou em casa gritando: Medina, Medina segure a barriga eu cheguei!!
A vizinha: - Endrezzo tá vendo aquele carro é do Sr. Dráuzio ele tá levando Medina para a maternidade.
Endrezzo: - Dona Orquídea obrigado, calma ele levou a barriga da Medina.
Vizinha: - Matheus, meu marido vai te levar e meu nome é Kátia.
                Chegaram à maternidade, Medina foi direto para a sala de parto, Dráuzio e Marilene estavam calmos, chega Endrezzo: - Tudo bem! Tudo bem! Vocês viram a Medina?
Dráuzio rindo: - senta Endrezzo calma! Ela está na sala de parto, respira com calma.
                Depois de duas horas, no dia doze de fevereiro de 1979 nascera Louis Pedro, para alegria da família. Endrezzo estava tão feliz que abraçava todo mundo no hospital.
                Um mês passado era o batizado Louis Pedro, os padrinhos eram Clarice e Thiago. Após o almoço, Dráuzio foi chamar todos para oração:
“Em ti Senhor! somos eternos! Em ti Senhor somos luz eterna! Graças! Graças! Senhor apresento nosso menino a ti, Louis Pedro! Graças! Graças! Senhor!”
                Todos felizes, Clarice entra numa sala reservada para conversar com Thiago, ele fica preocupado!
Clarice: - Thiago tenho algo para dizer a uma semana não sei como, estou preocupada, não aguento mais esta aflição.
Thiago: - Não chore! Seja o que for resolveremos.
Clarice: - Você me promete?
Thiago: - Eu prometo! O que houve? Percebi há uma semana você preocupada.
Clarice: - Você me disse que sua primeira esposa te deixou porque você não podia ser pai, lembra?
Thiago: - Lembro. É fato!
Clarice: - Você viu algum exame na sua mão?
Thiago: - Querida somos pais para que eu devo voltar ao que me feriu?
Clarice: - Thiago eu sou fiel a você, eu te amo! Estou grávida!
Thiago: - O que? Não pode ser! Você fez exame deve estar errada!
Clarice: - Aqui estão três exames, todos positivos. Procure um médico Thiago.
                Thiago abraçou Clarice, ela chorava muito e dizia: Você está desconfiado de mim!
Thiago: - Não querida, o exame está errado.
                Marilene ouviu o choro de Clarice e perguntou o que estava acontecendo.
Clarice: - Minha irmã estou grávida de Thiago meu marido, mas a primeira esposa o deixou porque ele não podia ter filhos.
Marilene: - Calma! Thiago amanhã irá ao médico, talvez ele tivesse algum problema e está curado.
                Clarice não queria voltar para casa, achava que Thiago estava desconfiando dela. No dia seguinte não quis ir trabalhar, se sentia mal, mesmo com o carinho de todos. Thiago tirou folga, foi ao médico, contou tudo do passado e os acontecimentos atuais, fez todos os exames clínicos, pediu para Clarice ir com ele e as crianças para casa.
Dráuzio: - Querida! Thiago te ama, volte para seu lar, ele confia em você. Acho que o passado que está voltando para assombrar vocês. Há fantasmas do passado que retornam para nos atormentar, tudo será resolvido. Confie em Deus!
                Clarice retornou com Thiago e as crianças para casa. Uma semana esperando os exames saírem, Thiago foi ao médico.
                Clarice chegara do trabalho. Thiago sentado no sofá chorando. Ela deixou a bolsa sobre a mesa.
Clarice: - Thiago, meu Deus o que foi?
                Thiago a abraçou beijou seu ventre e disse:
- Meu amor obrigado por você existir! Os meus exames estão normais, nunca tive nada de errado, fui atrás da médica dela, era ela que não poderia ter, mas este não é o caso, descobri com a irmã dela que ela fugiu com o marido dela, aquela ingrata me fez sofrer até hoje.
Clarice o abraçou com amor: - Está tudo bem querido! Vamos ser pais! Você será papai! Se for um menino que nome você quer e se for menina? Vamos parar de chorar, temos muito que fazer, muito a viver.
                Depois de sete meses, em nove de novembro de 1980 nascera Ingride, uma linda menina para trazer mais alegria à família.
Marilene: - Meu Pai, o tempo passou vinte anos, Louis Pedro um belo rapaz, me fez lembrar Sebastian, mas tenho que calar a boca, já estou com setenta e cinco anos, bico fechado. Dráuzio vamos passear um pouco pela praia?
Dráuzio: - Estou indo para a casa dos oitenta anos e quer que eu leve os bancos não é?
Marilene: - Sim! Querido!
                Dráuzio foi à frente e colocou os bancos na areia, foi molhar os pés na água.
Dráuzio: - Mar doce mar, já tive medo de você, depois vim entender que você é um filho obediente do Senhor Deus! Você deve ser o filho mais velho, mais forte, a natureza, não se esquecendo do vento, da terra, do fogo e nós humanidade tão pequenos diante de vocês irmãos colossais. A vida é como as ondas do mar, cada onda tem a sua força de vida de mudar tudo. Sempre mudando, sempre. Estou me sentindo cansado, dois banquinhos me deixaram sem fôlego, olhe o sol! Maravilhoso! Luz! Pura Luz! Como deve ser viajar no sol? Duvido que queime é a Luz do Criador vindo Dele! Marilene tá demorando no telefone, o mar irmão querido você viu toda minha família, com Deus você trouxe meu filho de volta. Ah! Tá vindo meu neto Louis Pedro, como eu estou cansado meu Deus!
Louis Pedro: - Vovô se apoie em mim, o senhor está bem?
Dráuzio: - Meu neto, meu filho você tem vinte anos.
Louis Pedro: - Me abrace vovô, olhe o sol. Quando era criança eu tinha um pesadelo que não fiz o nó de marinheiro certo, mas ele aí o mar foi mais forte do que eu e me puxou com força, mas nadei, nadei até chegar.
Dráuzio: - Senhor! Tu és vida! Obrigado!
Louis Pedro: - Vovô! Vovô! Vovô! Não! Vovô! Não! Não!
                Marilene diminuiu o passo quando viu Louis Pedro abraçado ao Dráuzio deitado na areia.
Louis Pedro: - Vovó! Acho que vovô foi embora! Vou buscar ajuda!
                Marilene se abaixou, beijou a testa de Dráuzio:
- Vá querido! Vá para Deus! Eu te amo! Logo nos encontraremos!
                Quem estava na casa, amigos, vizinhos vieram correndo e encontraram Dráuzio na areia. Marilene ficou olhando para o mar.
                Todos pegaram Dráuzio no colo.
Louis Pedro: - Vovó é adeus?
Marilene: - Não querido! Não querido!
                Cinco anos se passaram, Marilene dormindo ouvindo uma música antiga, ela estava internada com pneumonia, era hora da visita, Clarice estava com ela.
Clarice: - Você está bem?
Marilene: - Dráuzio está na porta, ele está bonito.
Clarice: - Você vai passear com ele?
Marilene: - Vocês ficarão bem! Eu vou!
                Marilene fechou os olhos, Clarice sabia que sua irmã estava bem.
Clarice: - “Senhor! receba em seu mundo de luz minha irmã! Obrigada por todo este tempo que vivemos juntas aprendendo a conhecer o amor em teu Santo Nome. Amém!”.

O mar e o tempo, ondas que trazem e levam as lições da vida. O homem busca vida em outros planetas, não entendeu que a vida começa dentro de cada um. Quando irradiamos amor, levamos amor tudo se transforma. Não temam tempestades, elas passam. Amem mais! Não temam nada porque não estamos sós! Nunca estamos! O mundo foi feito para gerar luz e a semente da Luz chama-se AMOR. O começo de você encontrar o Senhor é a oração. Orando as portas dos céus se abrem e a Luz Divina te iluminará sempre! O mundo precisa ORAR!
Dráuzio Himenes.