quarta-feira, 9 de julho de 2014

'' EU VIVI PARA APRENDER AMAR E PERDOAR''

Vivi como um viajante importuno na terra, não ligava pra nada somente viver gotas de alegria.
Meu nome é Roberto Sá.  Hoje eu teria meus 39 anos. Meu relato é de uma vida sem definição, ou melhor, esbanjei os minutos e segundos da minha vida.
Nasci em são Paulo em 1967, época que todos sonhavam, havia inocência no ar. Meus pais trabalhavam muito!
Meu pai no banco Mercantil e minha mãe na Loja Sears. Era uma época boa quem tinha televisão cores e um telefone era rico.
Tenho na terra dois irmãos, meu irmão é avô, está doente muito.  Minha irmã era linda seu primeiro casamento foi uma festa linda arranquei a gravata do noivo e passei cortando dizendo que era para os noivos, mas, era para mim.
Hoje conto, estou aqui no mundo onde ninguém ou poucos imaginam.  Meu pai, desde que parti se sente culpado não entra no banco para receber, está idoso.  Eu vim indiretamente dizer a ele que ele não teve culpa de nada.
Eu era tão irresponsável na terra que punha fogo em caixa d’água.  Mas, pouco me importava. Tinha quatro namoradas e a todas prometi casar.  Eu!
Eu vivi como um viajante importuno não ouvia meus pais, meus amigos eram minha família.  Ia a bailes era uma farra; mas eu era esperto mandava os outros beberem, mas eu não bebia.

  Aproveitava que minha irmã estava dormindo e cortava os cabelos dela e os colocava na porta da sala.
Ela queria me bater, minha mãe me deixava de castigo. Mas eu não me importava, minha vida era me divertir!   Tinha primos com um pouco com juízo e outros sem nenhum.
Trabalhei numa padaria na esperança de ter algum juízo, eu ia me divertir não prestava atenção ao trabalho e misturei com a massa do pão o tênis velho do patrão.
Ele teve que mandar concertar a maquina e descontou do meu pagamento.  Recusava-me cortar o cabelo prendia com rabo de cavalo. Um dia minha mãe me amarrou na cama enquanto eu dormia o picou meu cabelo no dia seguinte tive que ir ao barbeiro. Eu perguntava para minha mãe:
- Por que eu nasci?
Minha mãe me abraçou e disse:
- Porque Deus me viu triste e me mandou você meu filho!
- Mãe a senhora era triste sem mim?
Ela balançou a cabeça que sim! Ela me emocionou, chorei como ela tivesse me batido.
Quando estava com 15 anos minha mãe morreu do coração, minhas lágrimas era um rio.  Mas eu tinha pai, e irmãos. Minha mãe chamava-se Aliria eu chorava tanto que recusava comer.
 Minha irmã com carinho me abraçava! A minha irmã Fabíola foi mãe para mim, eu a chamava de varíola.  Perguntava-me por que Deus levou minha mãe?
Passou-se dois anos, mas, para mim era como se fosse ontem, não conseguia parar por muito tempo de chorar. Acho que quando alguém nos ama é para guardar no coração.
Minha vida não tinha sentido. Naquele dia, cheguei da loja do meu tio, mais cedo ia dar um susto no meu pai, tirei meu sapato entrei de mansinho, parei na cozinha e vi uma cena:
Meu pai beijando a melhor amiga de minha mãe!  Regina!
Minhas lágrimas eram de ódio! Eu os ouvi conversando:
- Regina guardo segredo e culpa, ela tinha problema de coração e nunca deveria ter nos visto juntos, nos não a vimos nos olhando, só a encontramos no chão, meus filhos nunca devem saber. A amante de meu pai fez o papel de amiga sofrida e de madrinha nossa. Queria explodir, mas minha irmã estava grávida, ela chegou contente dizendo:
-Papai!
A amante de meu pai disse-lhe
- Querida olha que eu comprei!  Roupinhas para o neném!
Fui para meu quarto, daquele dia matei meu pai dentro de mim!
Dormi com ódio!
Meu pai vinha me abraçar eu o empurrava! Cheguei em casa estava a amante de meu pai, ela veio me abraçar a empurrei longe e gritei:
Assassina! Você e meu pai mataram minha mãe! Eu os odeio! A empurrei para fora de casa com tanta violência que ela caiu e quebrou o braço.
Meu pai me disse assustado:
-Meu filho me perdoe! Nunca mais vou vê La!

- Eu os vi pai assassino! Tenho vergonha de ti, você tinha um caso com a melhor amiga de minha mãe mesmo sabendo que ela tinha problema de coração; eu quero que vocês morram!
Fui até a casa da minha irmã casada, reuni os irmãos e contei o que vi. Meus irmãos se revoltaram contra meu pai, o afastaram. A amante dele foi embora da cidade. Meu pai sozinho os filhos viraram as costas. O penúltimo dia que o vi o empurrei!
Ele ficou doente, ninguém se importava! Arrumei uma namorada fui morar com ela. Todos me perguntavam você tem pai? E eu respondia que não ele morreu!
Ele continuou trabalhando no banco.
Mas uma tarde passei perto do banco não olhava para aquele lado, mas, havia um movimento de policiais em frente ao banco.
 Minha namorada pediu que eu desse a volta o banco tinha assaltantes.
Senti um frio!  Meu Deus! Meu pai está trabalhando e tem reféns!
Parei o carro, desci e fui falar com o policial, o refém era o gerente que tinha um revolver na cabeça! Era meu pai!
 Minha namorada disse:
- Fique aqui vamos esperar!
Passaram duas horas e continuava a mesma cena! Fui caminhando para o meio da rua, dei a volta pelos fundos, tinha muitos policiais. Vi meu pai saindo com arma na cabeça o bandido ia atirar! Gritei para o bandido:
 - Olha me leva no lugar do velho, ele não tem valor me leva! O assaltante soltou meu pai e o policial atirou no assaltante corri, mas o assaltante atirou nas minhas costas.
Senti cair no chão, meu pai correu!
- Filho me perdoe!
Eu olhei para meu pai e disse:
- Eu te amo, eu te perdoo!




Acordei num hospital, enfermeiros bons, mas chatos, me diziam:
- Querido você é recém-chegado, precisa de paciência logo estará andando!
Eu respondia grosseiramente:
- Vocês são chatos! À bala não me acertou!Voltei a dormir!
Para mim já havia se passado dias acordei e chamei:
- Moça estou com fome, telefona para minha irmã ela faz um bife acebolado delicioso!
A enfermeira era surda me trouxe um caldo!
Olhe!  Você é osso assim por causa desse caldo tome para você!
Passou uns dias me senti forte, na minha sonolência ouvia uma voz suave parecia orando, eu pense!  Caramba é uma freira!
Olhei para um lado e para outro. Resolvi me levantar! Andei pelo hospital e dei de cara com um enfermeiro.
 - Oh! Cara você vê cicatriz nas minhas costas, poxa foi uma ótima cirurgia!
Quero alta, vou par casa de minha irmã comer um bife eu te levo!
Ele sorriu e disse: - volte a deitar logo terás alguém para conversar!
Respondi: - A freira!  Você quer me corrigir?Quero andar caçar comida!
Ele andava atrás de mim, o hospital lindo! Com imenso jardim e os pássaros andando no meio de todos eram lindos. Eu pensava que meu pai, com remorso, estava pagando a clinica mais cara!
Olhei para o enfermeiro e falei

- Você fica ai que vou achar um telefone. Caminhei todo mundo sorri neste hospital.  Vi uma senhora chorando tive pena e perguntei:
-Senhora alguém está te maltratando? Quer fugir?Estou indo fugir agora a senhora vem comigo?

A Senhora balançava a cabeça que não! Olhou para mim e disse:
- Filho você é lindo! Mas não sabe onde está?
Eu respondi que estava num hospital caro e lindo, mas quero comer o bife que minha irmã faz eu a levo comigo! Quero ver minha namorada, quero dar uns beijos!  A Senhora sabe!
A senhora ria de mim! Querido eu choro por saudade de meu esposo que reencarnou na terra!
Eu disse; - Coitada ele te deu um chute! E a Senhora ainda chora!  Arrume outro!
A Senhora disse: - Não!Meu filho és recém-chegado!
Eu levei um balaço, mas o medico é bom não tem cicatriz nenhuma!
A Senhora me disse que seu nome era Diamantina e nós todos, inclusive você, estamos no mundo da luz longe da terra!
Respondi que devia gastar muita luz mesmo aqui é grande! Então estamos numa cidade serrana porque é alto longe da terra!
Senhora Diamantina: Não! Nós não vivemos mais na terra! Nós morremos!
- Minha Senhora desculpe! Eu não sabia que aqui tinha manicômio, a senhora não pode fugir!
Sai voando perto dela, coitada estava doidinha! Fui andando ouvi me chamarem era a voz da freira, virei e disse: - Senhora não acredito em nada não venha rezar na minha orelha!
A Senhora; você está do mesmo jeito meu filho!
- Todo mundo aqui chama todos de filhos! Senhora minha mãe morreu há anos!
A Senhora sorriu: - filho você não me conhece mais? Olhe para mim!
Eu: - Se eu olhar a Senhora para de me chamar de filho? 
Eu: - Estou olhando bem!
Eu: - Deus o que é isso? Mãeeeeeeee!
Corri todo o jardim o dia todo em todas as alas fora do hospital até cansar e dormir de cansaço numa estrada.  Acordei, pensando no pesadelo que tinha morrido e vi minha mãe. Acordo e vejo minha mãe abrir a cortina fina sorrindo: - Vamos tomar um chá eu mesma fiz?


Eu estava agarrado no meu lençol tremendo. Ela sorria e dizia: - Meu filho sou eu!
Desencarnei, perdoei seu pai!E le que fez mal a ele mesmo eu estou aqui, você apesar da mágoa perdoou seu pai lhe deu a sua vida! Filho isto é amor!
As lagrimas rolavam pela minha face: - Por que eu nasci?
Ela: - Porque Deus me viu triste e enviou você, meu filho!
Eu chorando: - Mamãe é você! Nós dois abraçados eu como criança, mamãe adeus bifes? Namoradas? Ah! Eu morri!  Mas, voce esta aqui comigo! Voce casou?
Ela: - Meu filho que pergunta?
Eu: Mamãe nós dois juntos vamos assustar o pai e a amante dele?
Minha mãe me respondeu muito séria;
- Você é um homem, filho de Deus, vingança são para os fracos e esta senhora já desencarnou está num hospital mais longe!
Eu: - Bem feito! Agora posso arrancar o cabelo dela!
Minha mãe;
- Meu filho eu a socorri ela foi parar nas sombras por tantos erros, agora pela graça de Deus ela esta melhor. Não quero ouvir um pingo de vingança e palavras grosseiras, senão te deixarei aqui sem mim!
Eu: - Não! Minha mãe, até que ela tem lindos olhos, vou me comportar não me deixes, te amo, a senhora me fez falta, me comportarei mesmo morto, mamãe estamos mortinhos, então nada para fazer. Viver de barriga para cima!
Minha mãe: - Levante-se e me acompanhe, vamos conhecer as escolas, o hospital, há muito para conhecer e trabalhar!
Passei a conhecer tudo, cenas de beleza rara, a vida deveria ser boa para todo mundo.
Sorria. Depois de um tempo de tanto estudar, ler, minha mãe sempre me vigiando,veio uma nova professora de música, olhos esverdeados, cabelos cacheados, fala suave, queria aprender logo, ela sempre sorridente, tinha uma paciência em ensinar!  Até que tive coragem de convida-la para dar uma volta no lago. O nome dela é Lemita.

Eu: - Quanto tempo que você esta aqui mortinha Lemita?
Lemita rindo: - Você é engraçado! Não morremos, somos eternos, estou, do seu tempo, a dois mil anos aqui nessas terras, vim de outro lugar, estou à espera do meu marido chegar!
Eu: - O que? Marido chegar! Olha vai ver que ele desistiu é muito tempo para uma linda jovem ficar desamparada há muito lobo por aí!
Limite ria dele: - Aqui lobo? Voce é divertido!
Lemita e eu fizemos amizade.  De repente minha mãe estava na nossa frente e eu apresentei:
-Mãe esta é uma amiga!
Passou um tempo eu estava melhor, já estava até trabalhando na escola com os jovens com os conselhos de minha mãe e Lemita.
De repente ouvi um choro me deu dor no peito, minha mãe passou luz através da imposição das mãos e eu melhorei.
O conselheiro Demétrio veio nos ver.  Era meu pai que estava no hospital muito mal não conseguia se livrar da culpa, precisava de socorro.
 Fui incumbido de ajuda-lo. Vim para terra com minha mãe e Lemita. Minha irmã também tinha câncer de mama, estava em tratamento e ela orava muito e muitos irmãos a auxiliavam. Meu irmão estava forte e já era avô. Meu pai com tanta idade vivia preso no leito, ouvi ele me chamar pedindo perdão. Chorei muito!
Ajoelhei-me, pedi auxilio Divino ao Pai Santíssimo. Os irmãos espirituais estavam ajudando, agora eu fazia parte sem saber dos auxiliadores. Coloquei minha mão na cabeça dele e disse:
- Papai eu te amo! Eu te perdoo! Fui conversando com ele, seu corpo consumido pela doença, senti desespero nele, arrependimento sincero.
Meu pai entrou em coma profundo, não conseguia se desprender do seu corpo terreno, ajoelhei-me orando e pedi intercessão por ele. Senti dentro de mim uma luz, uma força. Sabia que podia fazer.
Peguei meu pai no colo com ordem Suprema e subi com ele no meu colo, todos me acompanhavam orando. Chegamos ao hospital o coloquei na cama me deram ordem de cuidar dele com ajuda de minha mãe e Lemita. Vários dias passaram até ele acordar. Agora era eu que estava cuidando dele como cuidaram de mim quando cheguei, ele não me reconheceu o auxiliei até ele caminhar.
Meu pai: - Você rapaz é bom para mim! Obrigado!Não mereço!
Com o tempo eu expliquei que ele estava no mundo de Luz e Amor. Ele se apavorou achando que Deus ia castiga-lo.
Eu dizia: - Cada um é o seu juiz tudo que passaste foi sua lapidação, mas isso não quer dizer que do Altíssimo não venha lições.
Passado um tempo, nós estávamos no jardim e de repente ele pega minha mão e observa:
- Você tem as mãos do meu filho!  Olhou um sinal que eu tenho de família terrena
 Meu pai finalmente me reconheceu: - Filho é voce!
Eu não me contive e respondi:
- Sim pai sou eu, nos abraçamos como pai e filho, choramos juntos, rimos juntos.
Meu pai: - Você se jogou na minha frente, deu sua vida no meu lugar filho!
Minha mãe chegou de mansinho olhando nós dois, dando graças. Meu pai quando a viu pediu perdão, eu estava vendo uma cena de amor e perdão.
Depois de um tempo todos nós fomos até onde estava a amiga de minha mãe, ela ouviu todos nós a perdoarmos. Uma emoção linda.  Ela iria reencarnar.  Demos um abraço de breve despedida.
Limite me convidou para conhecer a casa dela. Fui com todo respeito afinal eu não era lobo. Uma casa cor de rosa, repleta de flores, perto do lago, arvores e pássaros lindos. Eu disse:
- Seu lar é lindo seu esposo vai amar.
Lemita sorrindo; eu sei que ele vai gostar de cada flor foi ele que plantou comigo! Não é meu senhor marido?
Eu respondi automaticamente: - Sim querida! O que?
Lemita riu e saiu correndo para se esconder.
Eu: - Sou seu marido? Então não é pecado eu gritar: - Lemita eu te amo!
Era só felicidade!
Minha mãe me chamou até o hospital para um novo trabalho, minha irmã tinha chegado!  E tínhamos todo o trabalho de amor.
Afinal, vivemos para amar!


Luz  para Luz!                                                         Fim

Ditado pelo espirito de João Harsan
Psicografado pelo médium Esaú Davi.


terça-feira, 24 de junho de 2014

''ALÉM DAS EMOÇÕES''




-Meu Deus, minha casa está pegando fogo! Preciso sair e pedir socorro!
Quanto mais corro, não vejo ninguém para ajudar!
- Moço, moço, por favor!  Minha casa está pegando fogo meus filhos, não lembro se eles estão na casa.
- Moça! Acalme-se! Vamos entre aqui, irão te ajudar!
- Por favor! Ajudem-me minha casa está em chamas!
- Acalme-se! Já foram socorridos!
- Graças a Deus! Estou cansada de tanto correr para pedir ajuda, você tem certeza que estão sendo socorridos os meus filhos?
- Temos, descanse! Durma um pouco!

- Por favor! Ajudem-me minha casa esta em chamas!
- Acalme-se já passou! Está tudo bem!
- Qual é o seu nome? Quem é você?
- Meu nome é Castro, sou enfermeiro e você lembra-se do seu nome?
- Lembro! Meu nome é Kátia, estão meus filhos? Eles estão neste hospital?
Castro: - Seus filhos estão bem, não neste hospital. Descanse um pouco.
Kátia: - É de dia! Que hospital é esse?
Castro: - Aqui é lindo, chama-se Esperança!
Kátia: - Esperança é o que tenho que ter! Posso ver meus filhos?
Castro: - Seus filhos não estão internados. Você lembra alguma coisa? Pais? Marido? Amigos?
Kátia: - Não sei, não tenho pai, ele morreu, não sei. Eu estou vendo a casa em chamas é a minha me ajude!
Castro: Kátia a casa não está mais em chamas, tudo está bem.
Kátia: - Por favor, o senhor pode ficar ao meu lado?
Castro: - Ficarei! Descanse! Está tudo bem!


Castro: - Que bom Kátia está em pé e na janela vendo o jardim, quer dar uma volta?
-Kátia: - Está bem! Meus filhos estão bem?
Castro: - Sim! Vamos ao jardim? Veja quanta natureza, olha as flores, a vida!
- Que linda moça! Qual é o seu nome querida?
Kátia: - Meu nome é Kátia senhora e qual o seu? A senhora parece ser alegre!
- Querida meu nome é Francisca! Venha, eu e Castro te levaremos para passear, sinto que seremos amigas.
Kátia: - Sinto cheiro e barulho de água corrente.
Castro: - Aqui em baixo tem um riacho é lindíssimo, vamos até lá?
Kátia: - Vamos! Aqui são lindos, os pássaros, que gostoso aqui fora, vejo que todos gostam de vir aqui.
Francisca: - São para renovar as nossas energias.
Kátia: - Meu Deus! Aquelas crianças se parecem com meus filhos, vejo a casa em chamas, me dizem que está tudo bem?
Castro: - Está tudo bem!
Kátia: - Eu tenho a sensação que meus filhos me chamam, eu quero vê-los.
Francisca: - Eu te ajudarei ir vê-los, mas agora tenho um compromisso, vou ao grupo de oração, você quer ir comigo? Orar é bom, nos traz paz, além do Pai nos ouvir!
Kátia: - Eu vou contigo Francisca.
Francisca: - Amigos essa linda moça é a Kátia ela veio orar conosco!
“Aos irmãos oremos pela vida continuada que o Senhor nos ama. Ele é o Pai, Pai Amor, Seu Filho Amado Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador, nos envolve com seu Divino Amor! Amém”.
Kátia: - Todos bebem este suco ele é muito bom! Francisca quando você poderá me acompanhar para ver os meus filhos?
Francisca: - Logo, quando estiveres melhor, mais calma.
Castro: - Vamos descansar um pouco.
Kátia: - Tentarei, mas não paro de pensar neles, bom descanso.
                   Kátia não consegue descansar, vem a sua mente a casa, o fogo, as falas de seus filhos, ela começa a ouvir o choro deles, se desespera. Resolve sair do quarto anda pelo corredor, vai até o salão, um senhor a observa.
- Querida não consegue descansar? O que esta acontecendo?




Kátia: - As saudades dos meus filhos, eles não estão neste hospital, alias, não tenho marca de queimadura, será que eles estão em outro hospital?
- Meu nome é Nelson, vou chamar Castro me aguarde aqui.
Kátia não conseguia se acalmar, foi para o jardim, atravessou o campo, chegou ao portão, começou a andar. Parecia que caminhava há horas, na mente sua casa simples. Chegando à Cidade de Belo Horizonte (MG), procurou a rua e as lembranças vinham.
- Mamãe! Mamãe! Não! Não faz isso!
As crianças: - Papai está trabalhando!
Kátia chega onde deveria ser sua casa, encontrou um prédio no lugar, entrando sem entender nada.
- Meu Deus! O que está acontecendo? Onde estão meus filhos? Minha casa? Que gente é essa?
- Onde estou agora? É a casa da minha irmã caçula Karen! Mãe, mãe, ela e minha mãe Joana, como ela está senhora sentada na cadeira, como está idosa parece que tem setenta anos, minha irmã uns quarenta anos. Não pode ser tenho vinte e oito anos. Estou tendo um pesadelo! Mas meus filhos onde estão?
- Estou num apartamento, quem é esse homem? Meu Deus! É o meu marido Bernardo, ele tem esposa! Está chamando essa mulher de esposa? Ele está chamando essa menina de filha! Ele está com os cabelos grisalhos, meu Deus preciso acordar deste pesadelo, ninguém me vê! O que é isso, aqui está o calendário é quinze de janeiro de 1980! Não! Preciso acordar, eu estou em 1968! Deus me acorde!
- Meu Deus é minha mãe Joana! Ela está deitada dormindo!
- Mamãe! Acorde! Ajude-me! O que está acontecendo?!
Joana: - Karen! Karen!
Karen: - O que houve mamãe?
Joana: - Eu sinto sua irmã Kátia aqui, ela está desesperada, sofrendo, não sabe de nada.
Karen: - Mamãe já passou! Kátia está dormindo, ela acordará quando Jesus voltar!
Joana: - Não! Sua irmã está aqui sofrendo, eu não a vejo, mas a sinto!
Karen: - Mamãe! Faz anos que ela morreu!
Kátia: - Eu o que? Morri? Não! Não! Estou tendo um pesadelo!
Joana: - Ela, pobrezinha precisa de muita oração, colocar fogo na casa com seus dois filhos dentro por causa de ciúmes doentio, Bernardo era fiel, ficou doente, depois de anos se casou, está até hoje quase vinte anos se passaram, imagine a saudade dos filhos e a inconformação de saber que a própria esposa colocou fogo na casa.
Karen: - Mamãe! Ela está dormindo! Eu sei todos nós sofremos, mas, a senhora precisa se levantar, eu preciso de ti.
Joana: - Espero que seu pai Castro e sua avó paterna ajude sua irmã, eu oro o dia todo, sonho com ela andando sem rumo. Meu Deus! Ilumine minha filha Kátia! Castro, seu pai era bom homem, trabalhador e sua avó Francisca foram muito bons conosco, nos ajudou muito. Filha eu sei que não acreditas, mas eu acredito que somos eternos, mas passar a eternidade perdido, não! Jesus! Perdoe minha filha! As crianças a menina mais velha oito anos Karina e o pequeno Miguel com quatro anos são anjos. Senhor! Esses anjos meus netos socorram a Kátia! Em teu santo nome! Em nome de Nosso Salvador Jesus! Kátia! Jesus, filha!
Karen: - Mamãe! Eu estou aqui! Se acalme!
Kátia ao ouvir tudo isso, - Não, não! Eu não coloquei fogo na casa! Não! matei meus filhos!
Na lembrança vinham as imagens dela brigando com Bernardo: - Quem é ela? Quem é a sua amante? Deixa-me cheirar sua roupa!
Bernardo: - Kátia, você é minha esposa, casamos jovens porque amo você!
Kátia: - Não! Você é infiel! Quem é ela? Ele foi trabalhar? Não, não! Ele foi ver a outra!
Pegou a gasolina e colocou em tudo, deitada abraçada com as crianças ateou fogo na casa! Kátia sentia as chamas queimarem, as crianças socorridas espiritualmente.
Kátia: - Não! Não! Meu Deus! Fui eu que matei meus filhos!
Deitada no chão sem forças, as chamas em volta, - socorro! Apaguem o fogo! Meus filhos!
Francisca e Castro: - Kátia querida, não há mais chamas, aceita nossa ajuda! Ore conosco!
“Senhor, envia o bálsamo de tua paz a tua filha Pai”! Ela necessita de ti! Jesus, Nosso Salvador, Senhor da vida, Luz Divina acalme o coração desta filha que precisa de sua divina intervenção.
- Maria, Mãe Santíssima, mãe do Salvador, envia tua luz de amor a tua filha, doente do coração, envia Senhora sua Luz, Misericórdia Divina!”
Kátia começou a se aclamar, não via mais as chamas olhou para o mentor Castro: - Papai me ajude!



Castro emocionado, mas calmo em oração abraçou a Kátia, amparada pelo pai e avó, logo chegaram os enfermeiros espirituais, socorristas que trabalhavam incansavelmente em nome do amor ao próximo. Logo chegaram ao hospital Esperança.
Na enfermaria, Kátia estava deitada numa cama envolvida com muitas luzes, irradiando a luz branca, azul, verde claro, rosa, prata, com oração e amor aos poucos Kátia foi se recuperando. Ao abrir os olhos:
 - Papai, vovó! Ajude-me!
Castro: - Querida, estou aqui sempre estive!
Francisca: - Minha netinha acalme seu coraçãozinho, você está envolvida em nome do Amor Divino.
Depois de algum tempo Kátia conseguia ficar de pé, às vezes, chorava, mas era acalmada pela avó e pelo pai.
Castro: - Querida veja que lindo dia! A beleza da vida é o Senhor Pai Deus e o Divino Amor.
Kátia: - Papai o que eu fiz? Eu estava louca!
Castro: - Minha filha é o desequilíbrio da alma, filha o amor é sagrado, seu esposo era um homem fiel.
Kátia: - Meus filhos não me perdoarão nunca! Então estou morta!
Castro: - Querida! Seus filhos hoje são os filhos de Bernardo e sua esposa atual. Querida a vida é plena, na terra é uma fase de aprendizagem, eu vejo como um grande hospital, aqui é outra fase da vida mais evolutiva.
 Minha filha somos luz, na terra a humanidade está aprendendo a ter equilíbrio das emoções, algumas pessoas tendem ao desequilíbrio de sentimentos levando a consequências doentias.
Kátia: - É o meu caso! Aqui não terei esse desequilíbrio, estou sendo tratada e o amor de todos é maravilhoso. Como tive coragem!
Com o passar do tempo Kátia ficava mais animada, ouvia os conselhos, assistia as palestras. Francisca a orientava em tudo levou Kátia para passear na cidade espiritual Esperança, cidade pequena com praças, casas onde famílias vivem em trabalho mútuo de evolução.
Kátia: - Como pode? Não entendo famílias morando aqui?
Francisca: - Sim querida há famílias de sangue, de coração, épocas longínquas com verdadeiro laço de amor, você gosta desta casa azul?
Kátia: - Sim! Ela parece confortável! Quem mora aqui? A senhora conhece?
Francisca: - Vamos entrar!
Kátia: - Papai?
Castro: - Sim querida, eu, sua avó e meu irmão Rafael, agora ele está trabalhando em outra cidade, mas logo chegará. Entre querida filha!
Kátia: - Meu Deus! Tem sofá, sala, quarto, cama, jardins parece que moramos dentro dele.
Francisca: - A natureza é sábia e nós humanos somos crianças perto da natureza, somos irmãos cada um evoluindo.
Kátia estava se sentindo mais protegida, não tivera mais crises, estava vivendo em paz, ia para a biblioteca ler, estava fazendo amizades. Kátia estava na praça observando o movimento, crianças brincando, começou a se lembrar dos filhos, abaixou a cabeça deixando vir às lágrimas. Veio um rapaz alto, sereno, cabelos e olhos castanhos.
- Olá! Posso ajudá-la? Esta com algum problema?
Kátia: - Todos nós estamos com um grande problema, qual é o seu nome?
Rapaz: - Meu nome é Ronaldo, de que problema estas falando?
Kátia: - Você não sabe? Estamos mortos, o pior pela minha mão!
Ronaldo: - Me desculpe você está me fazendo rir. Isso não é problema é uma alegria.
Kátia se levantou irritada: - Você está rindo de mim e o pior está dizendo que é uma alegria de eu mesma ter me matado?
Ronaldo: - Não quis dizer isso, quero dizer que é bom estarmos vivos aqui, poderia ser pior.
Kátia: - O que tem de pior?
Ronaldo: - Nunca ter nascido, Deus nunca ter nos criado isso é o pior, agora você ter tirado sua vida é triste, mas veja por outro ângulo, estamos aqui neste lindo lugar.
Kátia: - meu Deus! Nunca imaginei depois de morta eu entraria alguém me paquerando da minha tristeza, sabe vá encontrar seus ossos, seu esqueleto por aí e me deixa em paz.
Ronaldo: - O que? Você precisa se encontrar, eu já estou aqui há tempos, você é nova precisa aprender muito e ser educada.
Kátia: - O senhor não está me respeitando, tenho culpa de ser velho chato?
Ronaldo: - Eu só queria ser cavalheiro! Até nunca mais.
Kátia: - Eu que digo até nunca mais!
Kátia voltou para casa furiosa, sua avó Francisca perguntou:
 - Querida, o que houve?
Kátia começou a chorar! Castro entrou, perguntando o que aconteceu!
Kátia: - Fui pra praça veio um velho tentando me namorar não me respeitando.
Francisca e Castro olhando um para o outro.
Francisca: - Querida deve ter sido um mal entendido! Vamos descansar!
Castro: - Mãe Francisca a Kátia não está bem?
Francisca: - Tive uma ideia, ela precisa de um trabalho, a levarei amanhã para a escola das crianças.



Mais tarde Francisca chega com Kátia na escola: - Querida aqui você pode ajudar as crianças nas brincadeiras, ler, gostaria? Sei que se lembrará das suas crianças.
Kátia: - Aceito sim! Talvez elas me ajudem a tirar esta dor no meu peito.
                   Kátia foi apresentada para as crianças, a responsável da escola é Anita. Ambas se tornaram muito amigas, Kátia com o tempo estava se saindo muito bem, adorava trabalhar na escola.
Anita: - Kátia eu também auxilio no resgate dos recém-chegados, você gostaria de participar, mas antes você precisa de orientações.
Kátia: - Vou falar com meu pai, obrigada!
Em outro local, Castro em reunião com os mentores, colocando os problemas do hospital para que possam auxiliar melhor Castro pergunta se alguém quer falar! Francisca chega animada com suco pra todos. Levanta a mão um rapaz.
- Meu nome é Ronaldo, eu preciso de uma orientação!
Castro: - Sim! Ronaldo nos diga!
Ronaldo: - Estão liberando cedo os recém-chegados da Terra?
Francisca: - Não Ronaldo, todos tem o tratamento adequado no que precisam.
Ronaldo: - Então eu sou um convicto azarado.
Castro: - Por que destas palavras?
Ronaldo: - Eu estava apreciando a vista lá na praça, vi uma moça em prantos, cheguei perto dela e me disse que estamos mortos. Eu disse que estava achando engraçado, ela virou pra mim furiosa e me mandou pegar os meus ossos! Essa moça é uma transloucada mentalmente.
Castro: - Calma Ronaldo! Ela deve ter passado uma vida difícil e ainda não está bem, precisa ter paciência com todos.
Francisca: - Castro será que é a Kátia.
Castro: - Talvez!
Mais tarde...
Kátia: - Pai, a Anita me convidou para auxiliar no resgate dos recém-chegados, eu pensei bem e vou aceitar, tive muito carinho de todos menos um paquerador, mas este não conta.
Francisca: - Ótimo querida!
Castro: - Francisca acho que é o Ronaldo do incidente, o que faremos para apagar esta antipatia?
Francisca: - Castro, isso já vem bem antes, Kátia na terra tinha uma obsessão pelo marido, um desequilíbrio, precisamos pensar o que fazer.
Castro: - Podemos colocar Anita e o grupo dela conosco e a Kátia auxiliaria os jovens recém-chegados, assim ela aprenderia a conviver e equilibrar-se.
Anita e Kátia se encontraram na enfermaria, Castro e Francisca participam do grupo. Entram na enfermaria azul: onde jovens rapazes continuam dormindo, alguns desencarnaram por causa de drogas.
Todos inclusive Kátia aprende a unção das mãos, orando com o coração junto ao Pai, clamando para uma melhora dos irmãos. Kátia se sente bem, ajudando se encontra mais calma, mas a vida nos traz surpresas.
Francisca, Castro, Kátia, Anita e o grupo estão na enfermaria branca, o mesmo trabalho feito com muito amor. Kátia está concentrada passando energia a um rapaz e vem em sua mente à lembrança de seu filho antes na terra e a casa em chama. Ela para olha para o rapaz, este acorda e pergunta onde está: - Você está num hospital, está tudo bem, volte a descansar.
Kátia abraça Castro: - Ele é meu filho!




Kátia com o passar do tempo acompanha Paulo em seu tratamento, já no quarto, Kátia se torna amiga dele. Ela faz com que ele se sinta bem. Ela o leva até os jardins, ele se lembra do acidente que o vitimou, aceita a vida que está agora sem nenhum problema.
Kátia: - Paulo você é bem religioso, entendeu facilmente que está no plano espiritual?
Paulo: - Eu entendo, sempre acreditei que Deus é Amor e Vida não nos arrancaria o que Ele nos deu de mais valor, a Vida e o seu Amor. Nós não nos conhecemos em algum lugar?
Kátia: - Em outro dia falaremos sobre tudo, este é Castro, meu pai!
Paulo: - Eu o via nos acompanhando de longe, sei que todos operam com amor de Deus.
Castro: - Paulo é maravilhoso ver alguém falando assim
Paulo: - Desde que eu era menino sentia que precisava ajudar alguém, eu sonhava que morava numa casa que estava pegando fogo, um homem me tirou, mas via uma mulher que não pude ajudar.
Acordava desesperado, meus pais na terra me levaram em uma psicóloga, o mais estranho é que minha irmã tinha um sonho semelhante.
Kátia ouviu se sentiu mal, amparada pelo pai, voltaram para casa.
Francisca: - Querida! Força e coragem, tudo na sua hora, Paulo entenderá.
Kátia: - É a minha vergonha! Meu Deus!
Castro: - Querida! Ore ao Senhor, Ele te guiará como falar com Paulo.




Paulo já estava bem melhor, caminhava pela cidade, fez amizades com Ronaldo, os dois pareciam muito amigos. Paulo já auxiliava nas enfermarias.
Kátia quando viu Paulo trabalhando ficou orgulhosa:
- Paulo que bom você já está auxiliando os recém-chegados em pouco tempo de sua chegada.
Paulo: - Agradeço a todos, a Deus em primeiro lugar. Não esqueço que foram os seus olhos que eu vi primeiro quando acordei, serei eternamente grato. Ah! Este é meu amigo, Ronaldo!
Ronaldo: - Como está? Melhorou a sua cabeça?
Kátia: - A minha cabeça está ótima não me esqueço de nada!
Paulo observando os dois: - Vocês se conhecem?
Kátia e Ronaldo: - Não!
Paulo: - Ronaldo está aqui há muito tempo não é como nós.
Kátia: - Não é mesmo como nós Paulo.
Ronaldo: - Aqui é um lugar de paz, mas alguém entrou na porta por ser atrevida!
Kátia: - Paulo você não pode andar, aprender com pessoas da pré-história.
Paulo vê Castro e o chama.
Paulo: - Castro estávamos tentando conversar, acho que precisamos de orientação.
Castro: - Kátia, Francisca está precisando de ti na enfermaria e Ronaldo aquele menino que você me falou já acordou.
Kátia: - Estou indo, com licença.
Ronaldo: - Até breve!
Paulo: - Castro o que há com Kátia e Ronaldo?
Castro: - Os dois desde que se viram brigam, isto é antipatia.
Paulo: - Já pensou que pode ser ao contrário, amor?
Francisca: - Castro novamente Kátia e Ronaldo se confrontam? Não pode continuar dessa maneira.
Castro: - Tenho uma ideia! Kátia querida, você gostaria de saber de suas vidas passadas, poderíamos ir ao Conselho de Lembranças.
Kátia: - Não! Papai, se esta última eu fui desequilibrada, imagine o que vou descobrir, vou com Anita na escolinha!
Castro: - Está bem querida!
Castro pensa e procura por Ronaldo na enfermaria.
Castro: - Ronaldo estou indo ao Centro de Lembranças, você não que ir para uma visualização de suas vidas passadas?
Ronaldo: - Agradeço, mas não, tenho que dar um jeito agora.
Paulo encontra com Castro, conversando mutuamente sobre vida de Amor que o senhor nos proporciona.
Castro: - A ideia que te falei ambos negou em ir ao Conselho de Lembranças.
Paulo: - Sinto que devo ajudar a Kátia, ela foi a primeira que vi quando acordei, os olhos dela não saem de minha visão.
Castro: - Paulo, quando retornarmos ao mundo espiritual reencontramos pessoas amigas, parente. E nos é colocado à pessoa mais ligada ao nosso coração mesmo quando não lembramos.
Paulo: - Então, Kátia é alguém que eu deveria reencontrar?
Castro: - Paulo, talvez não desta maneira, você é jovem tem um entendimento espiritual, converse com a Kátia.
Paulo: - Posso passar na sua casa para falar com ela?
Castro: - Claro que sim!
Francisca se encontra com Castro: - Você meu filho parece mais preocupado, o que houve?
Castro: Minha mãe, Paulo virá falar com Kátia é necessário!
Francisca: - Está ouvindo é o Paulo na porta! Chame a Kátia! Entre Paulo, uma grande alegria em nossa casa, farei um chá.
Castro: - Vamos sentar! Kátia, Francisca e Paulo na mesa.
Paulo: - Kátia encontrei com seu pai, eu falei que sou grato a todos pelo carinho, ele me explicou que reencontramos com amigos, parentes e você, os seus olhos, foi a primeira visão que tive e não sai de minha cabeça.
Kátia ouvia, entendeu que deveria contar tudo naquele momento, olhando para a avó e o pai.
Kátia: - Paulo, quando cheguei aqui foi diferente de você vim andando pela estrada desesperada, via minha casa pegando fogo e meus filhos lá dentro. Fui recebida com muito amor, muita paciência, foi difícil, mas com o tempo tudo vai se clareando.
Paulo: - É o pesadelo que eu e minha irmã tínhamos meu pai me levou até um psicólogo. Era real!
Kátia: - Paulo foi real, era nossa casa na vida anterior, eu era sua mãe, está difícil contar, mas sinto que é necessário.
Paulo: - Mas, acidente é acidente, eu bati meu carro estava sozinho.
Kátia: - Eu provoquei o incêndio, coloquei fogo na casa com nós três, eu você e sua irmã, por ciúme doentio do seu pai Bernardo, eu queria me vingar, ele não tinha ninguém, era loucura minha.
Castro: - Kátia sofreu muito Paulo!
Paulo: - Nos meus sonhos aquela mulher que cantava para eu dormir, no balanço você nos amou só que amou tanto que não soube equilibrar.
Kátia chorando muito se ajoelhou diante de Paulo: - Perdão! Perdão!
Paulo: - Kátia, minha mãe, agora minha irmã está perdoada, esses olhos só precisa saber se controlar, me abrace.
Francisca, Castro, Kátia e Paulo estavam envolvidos numa grande emoção.
Francisca: - Tenho uma grande ideia, você é ainda meu bisneto, venha morar conosco nesta casa!
Kátia: - Meu Deus! Diga sim Paulo!
Paulo: - Diante de tanto pedido eu aceito.
Castro: - Graças! Senhor!
Francisca contente passou o dia cantando quando viu Ronaldo, pensou e teve uma ideia.
Francisca: - Ronaldo você gostaria de trabalhar comigo no novo grupo, o trabalho é com crianças você tem um jeito com elas.
Ronaldo: - Eu? Se a senhora está dizendo eu aceito, posso pintar meu rosto, cantar, poesias...
Francisca: - Você leva jeito!
Ambos foram à escolinha, nos fundos as crianças estão cantando. Nesta escola, a responsável é a Regina uma senhora simpática que é apresentada ao Ronaldo, ele não pensou duas vezes foi cantar com as crianças.
Francisca para Castro: - Levei o Ronaldo para trabalhar na escolinha da Regina.
Castro: - Esta não é do lado da escolinha onde trabalha a Kátia?
Francisca: - Sim!




Todos trabalhando com muito carinho em seus deveres, a família de Kátia com o Paulo morando junto estava completa. Kátia foi para a escolinha sentava com as crianças, os pais gostavam do jeito que ela as conduzia com carinho.
Anita: - Kátia hoje as escolinhas irão se unir, levaremos as crianças aos campos florais para elas pintarem, brincarem ver os pássaros, nós vamos agora você irá junto.
Kátia: - Eu tinha que fazer algumas coisas, mas está bem eu irei, vou chamar a minha turminha.
Francisca foi até a escola e as crianças já estava indo para os campos florais, viu a neta alegre. Um lugar maravilhoso, um lago azul, milhares de árvores e flores, o canto dos pássaros. Todos juntos, alguns sentado na grama macia, Francisca sentada aproveitando a beleza do lugar e observando algumas crianças cantando.
Kátia: - Vovó que lugar lindo! É abençoado! Estou tão bem! Posso dizer feliz!
Francisca: - Que bom! Anita está te chamando para pintar com as crianças.
Kátia: - Me dê as tintas Anita, vamos pintar neste quadro uma árvore!
Menina Lucinha: - Tia posso te pintar de verde como a árvore?
Kátia: - Pode!
Francisca rindo em ver a Kátia pintada de verde e todas as cores. De longe, uma música meio arrastada: “Oh! Jardim lindo! Que bom! Este jardim é para mim!”.
Kátia: - Que horror! Que voz!
Ela olhou e era o Ronaldo, ele a viu e veio cantar mais perto dela. Kátia ficou irritada.
Kátia: - Pare de cantar! Seu egoísta, um jardim só para você?
Ronaldo: - É! A música é assim e você que acha que é uma árvore ou só quer a árvore para si mesma?
Kátia: - Eu não espanto os pássaros com esta voz horrível!
Ronaldo: - Eles se espantaram com esta árvore desequilibrada!
Kátia se irritou e jogou no Ronaldo tinta verde, ela rindo lhe disse:
- Arbusto! Ele jogou na Kátia tinta rosa e cantando mais alto, Kátia foi jogando todas as tintas e vice e versa. As crianças se juntaram e virou uma guerra de tintas.
Anita: - Francisca vamos parar!
Francisca: - Não! Eles vão se entender.
Ronaldo ria da Kátia, ela furiosa o derrubou, ele pegou a mão dela e foram rolando e acabaram caindo no lago, às crianças numa euforia enorme.
Kátia: - Socorro! Não sei nadar, eu vou morrer!
Ronaldo: - Ah! Ah! Ah! Esse perigo você não corre! Vou te ajudar!
Kátia: - Você é terrível!
“Francisca: - Kátia agradeça ao Ronaldo, ele tirou você do lago”.
Kátia: - Obrigada! E empurrou-o para o lago e correu.
Ronaldo: - Eu vou te pegar e jogar no lago!
Kátia correu tanto que chegou La em cima sem fôlego pensando que escapou do Ronaldo.
Ronaldo: - Hu! Hu!
Kátia dá risada: - Seu atrevido me assustou!
Ronaldo: - Sabe até que você é muito bonita.
Kátia: - Obrigada, para um galanteador você é educado!
Anita: - Vamos turma o passeio acabou.
Kátia e Ronaldo foram conversando e esqueceram tantas brigas. Francisca ficou observando os dois, contou ao Castro e Paulo e eles ficaram animados.
No dia seguinte para a surpresa, na porta da casa estava o Ronaldo:
Ronaldo: - Saudações! Vim ver se a Kátia quer ir para a escola comigo!
Kátia: - Por que você quer me levar?
Ronaldo: - Para você não morrer de medo no caminho!
Kátia rindo: - Está bem! Mas só por agora.
Ele sempre ia buscá-la, no caminho um acha o ponto fraco do outro.
Ronaldo: - Kátia ouviu tudo que você me contou sobre sua vida, é triste, mas agora sei por que é assim, não gostaria de virar uma assada.
Kátia: - Pare! Ronaldo! Respeita-me!
Ronaldo: - Kátia viver é felicidade, nós existimos, deve ter muito pó aí no universo que queria se eu e você. Nós somos privilegiados.
Kátia: - O que você foi antes de chegar aqui?
Ronaldo: - Um malandro.
Kátia: - O que?
Ronaldo: - Um malandro!
Kátia: - É, cara você tem! A verdade!
Ronaldo: - Você está falando com um ladrão mais fino da Inglaterra em 1878.
Kátia: - É, tem jeito! Eu lamento pela vida que você teve! Eu tirei a minha e dos meus filhos.
Ronaldo: - Sofri muito para ter este merecimento de estar aqui, fui ladrão, meu melhor amigo me tirou a vida por causa de joias e você não acredita, tanto trabalho para as joias serem falsas. Fui e sou responsável pelos meus atos, não posso ficar chorando, vamos viver. Agora até mais tarde.
Kátia: - Você tem razão! Obrigada por você me entender, até mais.
Paulo: - Com licença! Kátia preciso falar contigo! Meu pai Bernardo não está bem, me chama toda hora. Está sofrendo e as lembranças da casa com as chamas. Pedi ao Castro e Francisca ajudarem.
Castro: - Vamos até a terra na casa de Bernardo orar, levar um socorro espiritual, você deveria ir.
Kátia: - Eu vou! Ronaldo poderá ir comigo?
Castro: - com o coração levando luz e amor será muito bom!
O grupo se reuniu Castro, Francisca, Paulo, Ronaldo, Kátia e dois médicos para ir ao planeta Mãe Terra.
Ronaldo: - Como tudo está diferente!
Chegando à casa do pai de Paulo, dois mentores Luiz e Maria Guilhermina já estavam esperando-os.
Bernardo estava deitado e o médico terreno lhe disse que se ele recuperasse da depressão ajudaria muito. Todos orando, passando a luz vibratória. Kátia se emociona quando o vê: - Bernardo me perdoe! Perdoe-me; Kátia e todos fazem um círculo com orações enviando luzes dos céus. Luz branca, luz azul, luz verde, luz rosa, formando uma grande energia de paz, amor e serenidade.
Kátia: - O que fazemos é caridade?
Francisca: - Os primeiros atos de caridade foram grandes, o Criador Deus Pai nos criou, antes a Luz e a Vida.
Kátia: - O Senhor Deus é Pai! Amor!
Ronaldo estava muito emocionado, orou muito por Bernardo até vê-lo melhor.
Ronaldo: - Eu gostaria de ficar para ajudá-lo, me deem a chance, nunca fiz nada por ninguém.
Kátia e Paulo pedem para ficar. Todos concordam. Com o término dos trabalhos naquela hora os demais retornaram, mas Kátia, Paulo e Ronaldo ficaram na casa de Bernardo orando e amparando.
 Kátia vê o Ronaldo falar baixinho no ouvido de Bernardo, fica quieta e continua enviando suas vibrações até ver Bernardo em pé, firme, ele está de terno, todos bem arrumados, entram na igreja e era o casamento da filha de Kátia.
Paulo: - Deus abençoe minha irmã! Agora podemos retornar.
Chegando à cidade espiritual Esperança, todos se reúnem para a troca de opiniões.
Castro e Francisca: - Dizem que estão alegres por Kátia.
Kátia: - Ronaldo me desculpe pela xeretice, o que você falava no ouvido de Bernardo?
Ronaldo: - Eu estava o perdoando.
Kátia: - Perdoando o Bernardo?
Ronaldo: - Amigos, hoje ele é Bernardo, mas ele foi John na Inglaterra, éramos ladrões, mas ele me matou pelas joias que mal sabíamos que eram falsas, hoje consigo perdoa-lo.
Paulo: - Meu Senhor dou graças! A vida é uma grande surpresa, como poderíamos imaginar.
Ronaldo: - Agora posso seguir com a vida, gostaria de renascer casar, trabalhar, ser pai, ter uma vida repleta de alegria e deveres.
Kátia: - Você está falando em reencarnar?
Ronaldo: - Sim, eu quero uma nova chance.
Castro disse que iria ajudar Ronaldo. Kátia volta para casa calada. Pela manhã Ronaldo na porta indo buscá-la para a escola. Kátia o acompanha, mas fica muda.
Ronaldo: - Oh! Por que está assim? Fizemos um lindo trabalho!
Ele vê que ela não liga, pula na frente, faz caretas, ela desvia o caminho.
Ronaldo: - Muda! Tá bom você fica mais inteligente muda!
Kátia: - Eu não sou muda! Não sou burra! Só que não entendo aqui você tem tudo, trabalho, paz, alegria o que você vai buscar na terra?
Ronaldo: - O perdão para mim mesmo, tem muita gente que entende, mas se todos falar o mesmo verbo da vida logo tudo será luz! O verbo que falo é Deus!
Kátia chega à escolinha, tenta brincar, volta para casa pensativa. Chega à casa triste, não aceitou ir para a escola trabalhar, não quer ver ninguém. Castro, Paulo e Francisca se preocupam.
Castro: - Ronaldo, Kátia está assim desde que você disse que iria reencarnar, fizemos de tudo, mas o único que ela brigando ou brincando ouve é você.
Ronaldo: - Eu sinto isso! Na praça quando a vi na primeira vez que a vi, cabisbaixa, eu pensei porque aquela bonita está assim? E agora?
Paulo: - Abra a porta e vá falar com ela!
Ronaldo foi até a casa, abriu a porta cantando alto, batendo na porta do quarto. Kátia aparece na porta.
Kátia: - Alguém disse que você é mal educado, vá pegar seus ossos.
Ronaldo riu: - Kátia, vamos pra terra, vamos descer limpar os nossos corações, esse convite não faço para qualquer morta! Vamos! Vamos ter uma família!
Kátia o olhou bem: - Aqui tenho tudo!
Ronaldo: - Eu sei! Mas não temos momentos para lembrar, você tem uma casa pegando fogo, eu como ladrão, vamos ter nossa história de vida, você pode confiar em mim!
Kátia: - Duvido!
Ronaldo: - Você sabe que sim! Vamos bonita! Vamos ter nossa história!
Kátia: - Ronaldo vamos, eu não sei por que, mas vamos fazer a nossa história dar certo!
Ronaldo e Kátia foram contar a novidade para todos.
Castro e Francisca: - Só vocês que não perceberam, estamos contentes, não teremos que armar situações para uni-los. Algum tempo atrás, antes da vida de Ronaldo ser ladrão, um casal chegou aqui do mesmo jeito era época na terra de 1520, naquela época nós sabíamos de dois jovens que queiram competir, quem dançava mais, quem viajava mais, tudo que havia debaixo do sol da época, brigavam e se reconciliavam separados em vida ou ele ou ela ficavam tristes. Um é a luz do outro, espero que nesta, ambos se entendam.
Kátia: - O senhor está dizendo que esse casal somos nós?
Ronaldo: - Perfeito! Mudaremos os senhores verão!
Francisca: - Com toda certeza!
Paulo: - Estou feliz! Ficarei orando e aguardando o retorno!
Kátia: - Mas que época desceremos?
Francisca: - Calma! Logo chegará!
Ronaldo: - Quero que casemos cedo para não dar tempo dela encontrar com ninguém!
Kátia: - Eu tenho certeza que você será alto, magérrimo.
Ronaldo: - Acho que sim, de tanto você me mandar pegar os meus ossos!
Castro: - Ronaldo ouça você é o primeiro para reencarnar, na cidade de São Paulo, Brasil, família humilde, pai e mãe trabalham fora, você será feliz, estamos em 20 de abril de 2001! Ronaldo! Até em breve!
Kátia: - Nós nos encontraremos Ronaldo!
Castro: - Kátia você reencarnará em Santo André em 13 de janeiro de 2003, seu pai trabalha e estuda, sua mãe cuida da sua futura avó materna são bons de coração, há equilíbrio na família.
Kátia: - Pai Castro e vovó Francisca eu os amo! Vocês estarão aqui quando eu voltar?
Francisca: - Sim! Querida iremos te acompanhar sempre.
Paulo: - Kátia dará certo, você será feliz eu estarei aqui esperando por vocês, se eu tivesse na terra uma mãe outra vez seria você.
Kátia: - Tudo isso que vivemos é amor! Amor!
Castro e Francisca: - Amor sempre amor!
Nossa Kátia e nosso Ronaldo desceram na terra com esperança em resgatarem a história deles. O mundo é outro! Alguns têm muita esperança outros nenhuma. Alguns não têm fé, outros têm fé para a humanidade inteira.
                   Eles verão a queda da humanidade, as lágrimas das mães, os corações de pais arrancados. Muitos não mais orarão irão preferir a era da tecnologia.
Lembrem-se tecnologia não tem alma! A humanidade está caminhando para aprender a ter equilíbrio de sentimentos, alguns amam com toda a força, outros odeiam com muito mais força. Enquanto mães querem ser mães e não podem, outras jogam fora seus filhos, é o tempo da desumanidade. Na época amiga há mais de dois mil anos, havia sacrifícios humanos, havia escravidão humanas, mas a maioria não sabia ler e escrever. Hoje, no tempo atual muitos sabem ler e escrever até mais que dois idiomas, a inocência foi deixada de lado. Deus está acima qualquer idioma, mas está sendo deixado de lado. Muitos falam que esta terra é da humanidade e não de Deus.
Mas esqueceram de que vivem dentro de um grande organismo chamada Terra, Mãe Terra e que foi criada por Deus Todo Poderoso. Ela é tão natural quantos todos os seres viventes. Está acordada, ouvindo e vivendo tudo. A humanidade se esqueceu de ter respeito com a Mãe Terra.
Ela própria ensinará a humanidade o que é ser gigante, e o homem na sua pequenez aprenderá que por mais alto que sejam os edifícios, por mais tecnologias que tenha, há tempo para tudo, para viver, tempo para plantar, tempo para colher, tempo de nascer, tempo de partir. Tudo está nas leis divinas mesmo antes do homem chegar aqui. Se perguntarem a este casal que está na terra o que é amor? Eles te responderiam: - olhe para nós! Se perguntarem aos céus o que é o Amor! – te responderiam para pensar: o amor existe desde que o Senhor Deus Pai fez a luz, aquele instante é eterno! Então somos Eternos Filhos de Deus!
Como este casal e todos da humanidade aprenderão que o tempo é necessário para ter o bom equilíbrio, o lado da luz eterna, a entender e vencer o desequilíbrio de emoções que atualmente vivem ao lado da escuridão, que não seja eterna, porque a Sabedoria Divina ensina todos no silêncio. Deus e sua Divina Sabedoria, suas obras são majestosamente magníficas.
Mas para entenderem tudo, o homem vive num período de tempo a conhecer seus limites.
O Amor Divino do Grande Senhor Deus, que arquitetou tudo abençoe a todos! Estejam em paz porque tudo que vocês veem é naturalmente uma obra Divina.
 Ore humanidade para viver com Deus.
Castro, Francisca e Paulo e todos aqui que os esperam com amor, vivem e regozijem no Amor de Deus.
Se vocês virem um casal como descrito realmente, podem se eles, vivendo por amor e pelo Amor de Deus.
                               Luz para Luz!