"Minha vida eu
não deveria contar...."
Minha vida eu não
deveria contar, mas me disseram que seria um desabafo e até uma lição para
ninguém se tornar o que me tornei por falta de humanidade ou excesso de
egocentrismo.
Meu nome Jose
Francisco, casado com uma linda mulher, seus olhos tão azuis como o céu,
cabelos cor de mel, alegre seu nome era Luiza. Eu a amava mais do que a mim. Só
existia na minha vida Luiza. Eu era formado em engenharia. Os anos 30 era para
quem tinha dinheiro. Achava-me o melhor de todos. Construi uma mansão em são Paulo
e nosso casamento foi um grande acontecimento. Meus pais Manuela
e Pedro Mendes foram enérgicos na educação minha e de meus irmãos, mas nosso
caráter ninguém ensina nascemos com ele.
Eu tinha um caráter torto por minha total
responsabilidade como todos os seres humanos. Alguns têm o caráter voltado à
emoção que nos torna um pouco melhores aceitando qualquer imperfeição do outro,
mas eu não!
Minha irmã Cecilia
tinha medo de mim porque eu a trancava num quartinho de dispensa , tirava a lâmpada
e a deixava por horas sem me preocupar o tempo que ela estava no escuro. Eu me divertia!
Quando adulta ela
casou cedo com dezenove anos me disse:
- Casei-me para ficar
livre de você, és um monstro!
Quanto aos meus dois irmãos
nos dávamos bem, mas não pediam nunca opinião para mim.
Meu irmão Rodrigo era professor em direito:
Eu: - Irmão querido
por que de palavras horrendas comigo? Por que eu tentei joga-lo da escada por causa de uma ex-namorada? Era
eu ou você? Venceste irmão está casado com ela.
Meu irmão Eduardo era tranquilo e as mulheres se jogavam aos pés dele estava
solteiro , gostava de mim , mas eu tinha receio da conversa dele com minha
esposa. Ela o achava de coração bom. Não gostava disso.
Trabalhávamos juntos e nosso ideais eram quase
iguais, menos se o caso era dinheiro.
Minha cidade estava
crescendo era a época perfeita para me tornar rico sem escrúpulo nenhum.
Na construção valiosa
da cidade meu pai fechou um contrato com valor bem abaixo que eu almejava.
Sabia se demorasse a construção eles exigiriam rapidez eu entraria com o dobro
do valor. Foi assim que me enriqueci. Meu pai descobriu vinte anos depois:
- Você é minha desonra! Trabalhei honestamente
meu nome tem valor!
Jose Francisco: - Papai por isso é tão medíocre, caridoso com
entidades. Dividir tudo é burrice. Sempre fui assim. Nunca vou mudar!
À noite meu pai teve
um enfarte, morrera de madrugada. Quando me avisaram eu pensei:
- Tudo é meu!
Minha mãe após o enterro
me chamou e disse:
- Jose Francisco seu
pai antes de ter o enfarte estava nervoso me disse que se aborrecera contigo, me
pediu para tira -lo da presidência da empresa.
Se ele morresse ele faria o que um pai
tinha que fazer de dar um susto. O que aconteceu?
Jose Francisco - Mamãe querida não é hora para esta terrível
conversa vamos deixar a memória de meu pai intacta.
Manuela: - Vamos para casa quero saber o que houve
para seu pai morrer assim.
Jose Francisco: - Está bem a senhora esta me pedindo.
Chegamos a casa agora
de minha mãe. Ela mandou fazerem um chá.
Pediu para irmos para
sala de escritório que foi do meu pai. Minha mãe estava abatida visivelmente.
Senti um incomodo no escritório. Olhei a foto de meu pai. Confesso que me emocionei,
mas nunca poderia deixa- lo me vencer apesar de morto.
Minha mãe: - Estou esperando me diga agora!
Jose Francisco: - Mamãe é difícil eu neste momento falar o
que descobri sobre meu pai. Mas está pedindo! Descobri que papai fazia negócios
fora do correto. Ele demorava na construção, depois que reclamavam pedia o
triplo do valor pedido conversei com
calma com ele pedi para ser honesto.
Manuela se curvou chorando,
dissera que sentira a presença do marido.
- Estás mentindo meu
filho! Sinto isso.
Jose Francisco: - Não é hora de conversarmos sobre isso
imagine papai aqui. A senhora sempre com
crendices de vida após a morte. Por favor, a senhora não é pobre para acreditar
nessa bobeira. Aceite papai era desonesto.
Manuela segurou no
braço do filho puxando-o para baixo na
altura do ouvido e disse:
- Jose Francisco estou aqui! Morri para seus olhos, mas estou vivo, mas
você não me vê. Naquela sala estava eu e você. Confessou seu erro está sendo medíocre
filho.
Eu levei um susto, para
mim era meu pai puxei meu braço e minha
mãe disse que sentiu tontura. Estava assustado, mas tinha que ser firme.
Jose Francisco: - Mamãe está cansada vá descansar.
Manuela: - Do que estávamos falando?
Jose Francisco: - Sentaste
dizendo que estava com tontura.
Fui para casa
dirigindo com a sensação que meu pai estava no carro, eu ri! Impossível!
Durante meses procurei
fazer o melhor sorrir, ser tolerante, ser honesto e isto era um era um fardo.
Minha esposa estava alegre veio me dar a noticia estava grávida. Levei um susto.
Estava em casa meu
irmão chegou para nos visitar. Mostrou os desenhos para minha esposa. Comecei a
refletir porque ele veio mostrar esses desenhos ridículos para ela? Não estava gostando.
Nosso filho nasceu saudável colocamos o nome dele de Lucas Perguntei a Luiza
porque escolheste Lucas?
Luiza : - Tive um sonho
que um senhor amável disse que se
tivesse que mudar seu nome seria Lucas. Ele me pareceu ser bom. me disse que
tudo renasce para um bem maior.
Jose Francisco: - Besteiras!
Mas agora está registrado, se eu soubesse deste sonho tinha recusado este nome.
Luiza: - Nosso filho
não é um negócio, às vezes você parece ser insensível.
Jose Francisco: - Não ligo para suas palavras
pela sua beleza!
Luiza: - Não sou suas obras,
sou sua esposa.
Jose Francisco: - Nunca falaste assim comigo é por causa do
meu irmão Eduardo?
Luiza: - Está sendo ridículo! Meu Deus! Está ciúmes do
seu irmão, você é um doente.
Jose Francisco: - Eu observo
você e ele conversando parece que tem particularidades entre os dois. Tome
cuidado comigo eu posso virar um lobo.
Luiza: - Eu vou embora
desta casa!
Jose Francisco: - Não irá Lucas é meu filho ele será meu herdeiro!
Você pode ir, mas Lucas fica.
Luiza: - Nunca sairei
daqui sem meu filho. Vá dormir em outro quarto!
Luiza vai à casa da
sogra leva seu filho . É recebida com
carinho por Manuela. Ela chora muito é abraçada pela sogra.
Manuela: - O que está
acontecendo Luiza?
Luiza : - Sei o que
vou dizer é difícil acreditar,mas seu filho me mandou ir embora de casa sem o
Lucas.
Manuela: - Deus meu! Qual o motivo?
Luiza: - Ele tem ciúmes
do Eduardo perdoe me por dizer este absurdo. Eduardo é um ótimo cunhado e ama o
Lucas
Meu marido enlouqueceu
começou com uma conversa de um sonho que tive antes de Lucas nascer. Um homem
bondoso me disse se pudesse mudar seu nome seria Lucas. Jose Francisco mudou me
disse que seria um lobo.
Manuela: - Não volte para casa até eu conversar com
meu filho. Luiza, meu marido não gostava do nome dele e dizia se pudesse mudar
de nome seria Lucas que era o nome do avô dele. Acredito na vida após a morte
para mim é uma mensagem que iremos definir, mas por enquanto faça o que estou
te dizendo. Vá para um hotel o motorista te levará
ELuiza: - A senhora está me assustando, farei isso,
mas eu vim com meu motorista.
Luiza chega ao hotel
muito triste e preocupada. Aguardando o
chamado de Manuela.
Três horas depois entra no quarto do hotel
Jose Francisco nervoso pega o menino no
colo e arrasta Luiza para o carro. Ela desesperada segura o filho nos braços. E
seu marido falando com raiva:
- Esqueceste quem paga o salário do motorista
sou eu minha mãe não pode comigo ela está velha.
Luiza volta para casa
se sentindo ameaçada por todos. Dorme no quarto do filho abraçada a ele.
Lucas abraça a mãe:
- Mamãe! E Luiza chora muito.
No dia seguinte Eduardo
entra na casa do irmão dizendo:
- Cunhada abra a porta
meu irmão está louco!
Ela abre a porta e
pede para o cunhado ir embora.
Eduardo diz que não
vai embora e que ele veio buscar ela e o filho por ordem da mãe dele.
Dona Manuela já esta
chegando Eduardo tinha vindo na frente.
Luiza arruma
rapidamente uma mala com algumas peças de roupa dela e do filho.
Mas como o próprio
Jose Francisco disse: - Quem paga os
salários dos empregados sou eu. É ele, o patrão.
Quando Luiza com o filho no colo e Eduardo começam a
descer a escada encontram Jose Francisco que
vinha subindo e chamando o irmão.
Jose Francisco: - Você é amante de minha esposa, traidor, você
nunca prestou, tenho duvidas até que Lucas seja meu filho.
Luiza manda o marido
calar a boca.
Gabriel: - Você esta doente! Precisa de socorro,
jamais faria isso, deixa eu te ajudar.
Jose Francisco chega à
beirada da escada e da uma tapa no rosto de irmão.
Eduardo fica no chão
pedindo socorro ao irmão.
Jose Francisco dá vários
chutes no irmão. Luiza começa a gritar por socorro, mas ninguém socorre.
Eduardo levanta rápido
e pede novamente para o irmão parar.
Lucas no chão vendo
tudo, olhando para o pai, sem piscar.
Luiza tenta separar os
dois, mas o marido a empurra contra a parede.
Luiza cai no chão sem
forças para levantar. Jose Francisco pega um vaso e vai em direção a esposa com
intenção de bater nela. Eduardo empurra o irmão que chega à beirada da escada.
Lucas chega perto da
escada chama o pai desse modo:
- Filho pare!
Jose Francisco se assusta do modo que o filho o chama. Ele
reconheceu que era o pai dele. Perde o equilíbrio e cai da escada.
Manuela esta parada na porta vendo tudo imóvel.
Eduardo corre o irmão
esta vivo, mas inconsciente.
Chama uma ambulância e
Jose Francisco é levado para o hospital.
Na queda ele quebrou a coluna em varias partes.
Ficou entre a vida e a
morte por vários dias. Os médicos disseram à família que ele ficaria tetraplégico,
se sobrevivesse.
No passar de seis
meses, Jose Francisco voltaria para casa, o quarto no primeiro andar já estava
arrumado e com enfermeiro a disposição.
Ele estava debilitado
em uma cama, poderia mexer os olhos e falar, mas não expressava nenhuma
palavra.
Passado alguns dias
todos ouviram da casa, os gritos de Jose Francisco.
Correram até o quarto,
e viram lagrimas nos olhos dele.
Luiza chegara ao lado
da cama e disse:
Jose Francisco eu te
perdoo, não vou te abandonar, o perdão que te dou é pelo nosso filho.
E todos tiveram a certeza da existência da vida
além vida.
Era nítidos a
expressão do Jose Francisco a falta de aceitação e o ódio que sentia.
Manuela ia todos os
dias no quarto do filho orar por ele.
Ela dissera ao filho:
- Eu sei que não
aceitas, mas as orações são para seu bem.
O medico dissera a família,
que ele poderia durar meses ou dois anos, pois estava sendo prejudicada a
circulação, afetando os rins e o coração.
Ninguém escondia isso
dele.
Luiza todo dia deixava
a porta do quarto aberta para o pequeno Lucas
ver o pai.
O menino ainda
pequeno, quando chegava perto do pai, com sua mãozinha pequenina, apertava a
mão do pai.
Luiza entendia que ele
queria dizer: - Papai estou aqui.
Entra Manuela e vê a
cena entre o pai e o menino
Ela se emociona e diz
baixinho:
- Eu tenho certeza que
meu neto é reencarnação de meu marido.
Eu Jose Francisco, no
estado que me encontrava eu sabia que era meu pai, lembrara na hora que ele disse:
- Filho para!
Não tinha me
abandonado e sabia de meus limites
Eu não aceitava meus
limites, um homem com tanto dinheiro e poder, cair de uma escada, ficar imóvel,
não aceitava ser um vegetal. Eu queria ter o poder novamente, tudo tinha mudado
em minha vida.
Meu irmão tomava conta
da empresa, até o meu filho ser adulto.
Luiza agora pagava
todas as contas de todos os funcionários, mas demitiu todos os funcionários que
trabalhou na casa. E contratou novos.
Os meses iam passando
e eu ficara pior. Tinha chegado dos Estados Unidos uma cadeira nova para mim.
Colocavam-me no
terraço do meu quarto, mas eu não contei a ninguém que minha mão direita eu já
conseguia movimentar levemente.
Estava sozinho e fazia
muito esforço para minha mão ter mais movimento, pois eu pensava: Vou vencer
todo mundo!
Meu filho Lucas, ao
meu lado, disse baixinho:
Lucas: - Não faça
isso!
Eu não podia correr da
cadeira e tinha medo do meu filho. Ele me olhava não como filho, mas como meu pai.
Ele vinha sentava na
poltrona e ficava com os olhos fixos em mim, me vigiando. Queria terminar com
isso.
O enfermeiro leva a cadeira comigo até o
corredor, para que eu visse la de cima,
o jantar aqui em baixo, com a família.
A minha mão esquerda já
estava com um pouco de movimento e eu consegui chegar com muito esforço até a
trava de segurança da cadeira de roda. O enfermeiro me deixou La e desceu para
buscar o suco que eu pedi.
Consegui destravar a
cadeira, eu procurei com mais esforço, mexer na roda.
Queria dar um fim a
tudo, e consegui.
A cadeira veio à baixo
e meu corpo foi lançado caindo sem vida.
O pior de tudo que eu
sabia que tinha morrido. Eu deveria comemorar afinal eu venci. Não estava mais
naquela prisão.
Acordo e vejo o pior pesadelo
de todos os tempos.
Eu estava jogado no
meio de um lamaçal sem poder me mexer. Na minha visão parecia que eu via
serpentes passar por cima de mim. Eu fitava de novo e não estava mais la, eu não
podia sair .
De longe eu vi duas pessoas,
pareciam que estavam com as roupas brancas, eu queria mexer, falar, mas não
conseguia.
Nunca pensei que fosse
chamar por este nome, mas gritei em minha mente: - Deus! Ajude-me!
As pessoas que eu vi chegaram
perto de mim, se abaixaram e disseram: -Você quer sair daqui?
Eles não eram
socorristas, eram pessoas que estavam melhor que eu, me puxaram e saindo do
lamaçal e riam. Eu os ouvia falarem
- O que você fez para
ser um vegetal?O que você fez? Tenho certeza que ele teve uma vida muito boa,
olha o terno dele. Vamos tirar esse terno e levar para alguem que esta por ai,
e faremos um favor.
E me deixaram jogado numa
poça, tipo de um fio de água, mas estava limpa.
Eu pensei comigo, me abandonam,
mas não estou na lama, teria que fazer esforço novamente para me mexer, pensei:
- Será que Deus me
ouviu naquela hora?
Então vou usar o nome
de Deus como meu exercício e comecei a
pensar e logo a falar: - Deus! Deus!
Agora meu braço direto
estava começando a mexer os dedos, não podia desistir.
Havia horas que eu
dormia e via a empresa, e um rapaz tomando conta da empresa, os olhos eu
reconheci, era Lucas já adulto.
Havia passado muito
tempo, senti que tudo tinha mudado.
Ele estava casado,
estava feliz.
Acordei e pensei o que
esta acontecendo? Será que é o tempo? O que esta acontecendo comigo?
Meu outro sonho: - Eu
parecia ver minha mãe em um lugar bonito, mas não era nossa casa. Então acordei
chamando: - Mãe! Mãe!
Agora eu tinha duas
palavras: Deus e minha mãe Manuela.
Meu braço direito já
estava mexendo com muito esforço, eu consegui virar meu rosto para o chão e me
arrastar com um braço só. Era muito difícil.
Eu senti minha mãe me
chamando:
Manuela: - Jose
Francisco meu filho!
Pela primeira vez em
minha vida, eu chorei.
Chamei pela minha mãe.
Eu estava de cabeça
baixa, água vinha em meu rosto, pouca água. Vi de longe algumas pessoas se
aproximando desta vez eu gritei: - Deus,
que seja minha mãe e comecei a gritar: - Manuela!
Senti algumas pessoas
me pegarem e colocarem em uma maca, dormi.
Senti que estava sendo
levada, a luz vinha em meu rosto, acabei dormindo.
Acordei estava em uma
cama, com roupas limpas, tudo claro, pessoas vestidas como enfermeiros dizendo
que tudo ficaria bem, o pior havia passado.
Eu pensava: como o
pior já passou? Eu não estava em casa vinha em minha mente a lembrança da
cadeira caindo da escada.
Mas o que aconteceu?
Se eu morri porque estou vivendo, se não morri onde estou?
Tinha que lutar e
descobrir o que estava havendo comigo.
Vinham enfermeiros e
de suas mãos saia luzes que entravam em mim.
Às vezes sentia dor
como se fosse um remédio para cicatrizar feridas, mas quem pode curar feridas
da alma?
A enfermeira parecia
que estava vindo em minha direção.
Ela: - Jesus! Meu filho! Jesus.
Eu começava a ouvir a
oração dessa enfermeira ao meu lado.
Naquela manhã eu
estava me sentindo melhor e mais forte. Ela veio orar de novo com sua voz doce:
Jesus!
Eu abri os olhos olhei
de lado e a reconheci: era minha mãe Manuela.
Ela olhou pra mim e
disse: - Reconheceste-me, meu filho amado.
Sem eu querer, mais
sentindo as lágrimas desceram em meu rosto.
Jose Francisco: - Mãe
o que eu fiz?
Manuela: - Meu filho!
Hà sempre um recomeço, Deus nos perdoa, mas seu coração precisa se tornar puro
com o arrependimento sincero chega de sofrimento meu filho.
Eu pedira a minha mãe:
Jose Francisco: - Mãe
ore por mim, me ensina a orar.
Todos os dias minha
mãe vinha e nós dois orando. Eu já conseguia mexer os braços. Naquele dia ela
chegou eu sorri e disse a ela: - Posso
pedir um favor? Dê-me um abraço.
Nos dois chorando, eu
a abracei e ela me abraçou.
Começamos a orar
novamente. Veio um novo enfermeiro. Passava luz em minhas pernas e dizia: - Tudo
ficara bem na Graça de Deus, tudo é luz, tudo é amor.
Nesta hora eu acordei
com ele falando e segurei na mãe dele e reconheceria aquela mão em qualquer
lugar do mundo.
Jose Francisco: - Eduardo! Meu irmão!
Ele sorriu e disse: -
Reconheceste-me irmão.
Perdoe-me Eduardo, eu
era um louco numa terra de louco.
Eduardo: - Logo estará andando e você conhecera um
novo mundo, que é tão antigo quanto a nossa existência. A base de tudo é o
amor.
Manuela chegou sorrindo
muito emocionada, olhando a cena de longe.
Ela perguntou ao Jose
Francisco:
- Quem é à base do amor meu filho?
Eu sem hesitar
respondi pela primeira vez: - Jesus,
mãe!
Passado mais uns
poucos dias senti um beliscão na planta do meu pé.
Era Eduardo rindo dizendo:
- E ai meu irmão sentiu?
Jose Francisco: - Senti
irmão!
Meu irmão disse para sentar com auxilio dele. Ele
e minha mãe do meu lado me segurando, primeiro passo foram dados, segundo,
terceiro passo. Eu ria como uma criança que acabara de nascer, eu podia andar.
Minha mãe e meu irmão
me ajudaram ate chegar la fora. Vi um lindo jardim com flores que nunca tinha
visto, pensei: - Como fui errante.
Ajoelhei-me no chão
que era grama, chorei olhei pra cima, Deus obrigado!Deus perdão!
Agora sei quem é o
senhor, Jesus Cristo peço a ti senhor Jesus que me salve, salve minha alma,
salve todas as almas que estão na escuridão.
Passado pouco tempo, estava
sentado no jardim, olhando crianças correndo , vinha subindo uma moça no jardim
e disse a ela: nossa, mas que encanto!
Mas que encanto de
moça. Ela estava ao lado de minha mãe, transmitia luz, paz, com um lindo
sorriso e olhos azuis como o céu. Era Luiza!
Chorei como um menino pedi
perdão e ela me disse:
Luiza: - Tudo foi
lição para todo mundo, você esta perdoado há muito tempo.
Eu perguntei: - E Lucas?
Luiza: - Ele esta
muito bem.
Manuela, Luiza e
Eduardo dizem a Jose Francisco: - Hoje na Terra como deveria ser todos os dias,
é um dia importante e vamos levar para você ver o Lucas.
Os três fizeram um
circulo. Abraçando-me pediram para fechar os olhos e orar. Pediram para abrir
os olhos, a cena que eu vi.
Era outra casa, seis
jovens, alguns casados, crianças, correndo pela
casa.
Mesa linda arrumada
tinha muitos enfeites, eu perguntei: - Oque esta acontecendo aqui?
Minha mãe: - Meu
filho, como nós dissemos, aqui é natal como deveria ser todos os dias, que você
esta vendo são seus netos e bisnetos. Perguntei para minha mãe: - Onde está Lucas?
Eduardo respondeu:
- Você não reconheceu aquele velinho
sentado na ponta da mesa? É o Lucas! Ele está nos vendo.
Lucas disse á família:
- Vamos para a ceia, porque hoje é
natal, como todo o dia deveria ser porque Jesus nasceu para nos salvar e eu com
meus olhos vejo meu pai, meu filho salvo e todos aqueles que sempre amei “SALVE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, NOSSO
SALVADOR” e todos na mesa, e nós
dissemos: - Amém!
Este foi o natal de
2014
Eu, que desci no fundo
do poço, entrei num mar negro, mas a Mão
de Deus me salvou.
Luz para Luz!