Marcílio, com vinte e cinco anos. Mora em São Paulo no ano de 1960. Vida simples de lavoura,
sua irmã Efigênia vendia flores.
Sr. Vitório, pai de família, tem uma mercearia e vivem dela.
Residem atrás da mercearia e tem uma lavoura onde vendem o que colhem. Seus
avós Mercida e Tomé são avós amorosos e sempre a noite no jantar a família se
reunia para orarem.
Marcílio falava textos da bíblia e explicava como alguém
que já conhecia o que lera, sua família tinham muito orgulho.
Sr. Tomé ouviu Marcílio chorar no quarto e foi ver o que
estava acontecendo.
Marcílio: - Vovô sinto meu peito doer. É saudade meu avô,
saudades de meus companheiros.
Sr.Tomé: - Saudades? Que companheiros? Meu neto você tem
uma família que te ama, você sempre foi assim, precisa arrumar uma namorada.
Marcílio: - Vovô!
É uma saudade especial! Meus amigos companheiros! Queria voltar no
tempo.
Sr.Tomé: - Meu neto vamos orar e depois você vai dormir,
amanhã é outro dia!
Marcílio se acalmou e ao deitar pediu a Deus para mostrar
se ele merecesse o porquê de tanta dor no seu peito e quem eram os companheiros
que sentia falta. Conseguiu dormir um sono profundo, sentiu o cheiro do mar. Em
seu sonho estava andando pela beirada do mar, areia nos pés, roupas longas.
Tinha barba, olhou para suas mãos grandes, sentia alegria. Sentiu um abraço: - VAMOS
SIÃO, ANDA LOGO O MAR NOS ESPERA!
Ele entendeu que era o seu nome SIÃO. Um barco de pesca
antigo com oito pescadores. – VAMOS SIÃO!
Dentro do barco, redes antigas, sentia a força do mar,
auxiliou a puxar a rede e veio muitos peixes. Saulo um dos pescadores disse:
- È a metade vai para eles.
Chegando à areia, cansados mais contentes pela bela
pescaria e era dia de dar metade do pescado para o oficial romano.
Mesmo assim, não perderam a alegria e se uniram com
outros pescadores, Sião (Marcílio) ouvia um dos pescadores de outro grupo de
dizer: - “HOMENS UM DIA TUDO ISSO MUDARÁ, JÁ ESTÁ ENTRE NÓS AQUELE QUE NOS
TIRARÁ DA ESCRAVIDÃO. AQUELE QUE VEIO DO CÉU, PREDESTINADO COMO ESCRITO NAS
LEIS SAGRADAS.”.
Tadeu: - Este homem nos tirará da escravidão como?
Remiel: - Ele mostrará a todos a Lei Suprema, vive entre
nós!
Sião (Marcílio): - Onde Ele está? Ele é soldado? É
romano?
Remiel: - Não! Ele é como nós! Homens! Mas tem autoridade
dos céus! Como descreve os profetas!
Rubem chegou dizendo: - Ele está lá do outro lado,
conversando com todos que querem ouvir e entendê-lo. Vamos amigos! Vamos
irmãos!
Sião (Marcílio) foi junto com os seus amigos unindo-se a
mais pessoas que não dava para contar. Sião ouviu uma voz forte de autoridade,
segura lhe trazendo algo dentro de si. Sião (Marcílio) ouviu: “DEEM
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E O QUE ESTA EM SEUS CORAÇÕES NINGUÉM PODE TIRAR DE
TI!”.
Sião (Marcílio) pensou: - tirar o que de mim?
Ele se assustou quando chegando perto dele a voz segura
respondendo o que pensara. “NINGUÉM PODE TIRAR DE TI O QUE PERTENCE
AOS CÉUS”
Sião olhou e não conseguia dizer nada, mas ouvia: “A
RIQUEZA DA TERRA FICA NA TERRA, O QUE PERTENCE AOS CÉUS, O REINO DA LUZ ETERNA,
NINGUÉM NO MUNDO PODE TIRAR DE TI!”.
Marcílio foi acordando com o seu pai chamando-o e as
palavras não se esqueceu:- “NINGUÉM, NO MUNDO, PODE TIRAR DE TI O QUE
PERTENCE AOS CÉUS!”.
Sr. Vitório, pai de Marcílio: - Vamos filho temos muito
que fazer! Bom dia filho!
Marcílio: - Bom dia meu pai!
Marcílio passou o dia feliz, trabalhou contente. Beijou a
mãe, a irmã e a avó. Os familiares acharam que Marcílio estava bem.
Sr. Tomé: - Meu neto você hoje está bem! Sonhou com
alguma garota?
Marcílio: - Não vovô! Sonhei com meus amigos!
Ao deitar, Marcílio não conseguia dormir, pensava na
noite anterior. Logo amanheceu e a rotina do trabalho.
Foram à missa depois do trabalho. Foi apresentada ao Marcílio,
Selma, moça linda, cabelos castanhos, olhos verdes. Selma falava tanto sobre
tudo, desde música, cinemas, livros que queria ler e seus pais não a deixavam.
Os pais de Marcílio convidaram Selma para jantar no dia
seguinte. Após o jantar deixaram Marcílio e Selma conversando. Marcílio era
educado e ria muito com Selma. Três dias seguidos, Marcílio e Selma passeavam e
conversavam. As famílias estavam contentes.
Selma encantadora, sempre com novidades e com sua alegria
conquistou Marcílio. Depois de quinze dias Marcílio a pediu em namoro e o sim
de Selma foi tão alto que os pais dela ouviram e aplaudiram.
Marcílio chegou a casa contando que estava namorando com
Selma e teve um jantar especial para comemorar. Ao deitar, Marcílio fez sua
oração, olhou pela janela do quarto e o mesmo sentimento, voltou a orar e
dormir profundamente.
Sonhando! Sião (Marcílio) Ele estava dentro de uma casinha
humilde, o assoalho era de terra batida com pouquíssimo mobiliário quase sem nenhum
adorno. Era um cômodo pequeno com portas e janelas estreitas, um tipo de
cozinha com alguns sacos de grãos e esteiras ou pele de animais que eram
estendidas no chão à noite para dormirem e durante o dia ficavam enroladas num
canto do cômodo. Num canto havia algumas pedras em circulo com
outra por cima
onde era aceso o fogo para fazer as refeições. Possuía uma escada externa que
dava acesso a outro cômodo coberto onde sua família dormia, ele e seu irmão
dormiam embaixo em cima das palhas, ele estava vivendo o momento que via,
sonhava. Era bem cedo e sol ainda não tinha nascido quando foram para o barco,
os pescadores estavam esperando por eles. A rede veio pesada de peixes. Sião
(Marcílio) e todos estavam alegres. Chegaram à areia ao lado de outros barcos.
Sião reconheceu a voz da Autoridade Firme. Sião olhou, o andar firme, alegre,
teu olhar firme, seguro, ouvia os pescadores dizerem que Ele estava junto com
os pescadores. Sião olhava com carinho e seu amigo Rubens perguntou: - Sião!
Você sabe qual o nome dele?
Sião (Marcílio) - Sim! É Jesus! Mudará o mundo! Minha vida, sua vida
e a de todos.
Rubem: - Você está chorando!
Sião (Marcílio) – Quando acordo sinto falta
Dele e de vocês meus amigos!
Rubem: - Amigo irmão vamos comer, o sol te
castigou!
Sião (Marcílio) ria: - Não! Estou emocionado,
não quero acordar!
Todos se uniram para cear e cantavam músicas
lindas:
“O MAR AZUL, OS CÉUS NOS TROUXE O QUE HÁ VIDA
PRA VIDA! ALÉM DO MAR, ESTA A VERDADE, AS BENÇÃOS DE NOVAS TERRA!”
Ouvindo a canção foram ouvir a voz da
Autoridade:
“NÃO TEMAM A
ESCURIDÃO, A LUZ ESTÁ ENTRE VÓS! O PARAISO ESTÁ EM TI, NA SEGURANÇA DA
EXISTÊNCIA DO CRIADOR, DEUS! NÃO TEMAM OS LOBOS! O TEMPO PASSARÁ. EU ESTAREI
SEMPRE COM CADA UM DE VOCÊS, SE PERMITIREM EU ESTAR!” “HAVERÁ NOVAS TERRAS,
NOVOS RUMOS DO CAMINHO, MAS EU NÃO PASSAREI! NÃO TEMAM A ESCURIDÃO, A LUZ
HABITA DENTRO DE CADA UM! O QUE SALVARÁ A TI É A TUA FÉ! DEIXE SEUS CORAÇÕES
SER A MORADA DO SENHOR DEUS! NÃO TEMAM OS TEMPOS, TUDO PASSARÁ, SÓ FICARÃO EM
PÉ AQUELES QUE GUARDAREM MINHAS PALAVRAS! HAVERÁ HOMENS QUE TENTARÃO SE IGUALAR
AOS CÉUS, NÃO OS OUÇAM, PORQUE ESTOU CONTIGO SE PERMITIREM! O TEMPO PASSARÁ,
MAS AQUELES QUE OUVIREM A
PALAVRA NÃO SE ESQUECERÃO!”.
Amanhecendo e a mãe de Marcílio o chamou.
Marcílio: - Mamãe te amo! Vamos tomar café e
ao trabalho!
Marcílio parecia feliz e todos achava que era
a namorada Selma.
Selma estava empolgada e sonhava em casar-se
com Marcílio. Família de ambas as partes colaboravam para este acontecimento
logo.
Marcílio estava ajudando na reforma da
mercearia e terminando a floricultura da irmã que ficava ao lado. A
floricultura pronta e com o término da reforma da mercearia estava tudo
arrumado. A mãe de Marcílio teve uma grande ideia em fazer um jantar para todos
e pediu para chamar a família de Selma.
À noite, todas as mulheres na cozinha
preparando o jantar. O pai de Marcílio foi conversar com ele. Todos esperavam o
resultado da conversa.
Veio o jantar. Duas mesas grandes com
diversos pratos, tudo enfeitado. As famílias unidas. Sr. Tomé pegou um bom
vinho e a casa estava bem alegre. Marcílio desceu contente, conversando com
todos e deu um beijo no rosto de Selma. Fizeram a oração como de costume.
Marcílio: - Por favor! Hoje é um dia
especial, com a nova mercearia, a inauguração da floricultura, mas tem mais um
motivo para ser especial --- Marcílio olha firme para a Selma --- Selma, você
aceita ficar noiva e casar comigo?
O sorriso de Selma irradiava alegria: - Sim!
Claro que sim! Já tenho até o vestido de noiva!
Todos riram. Marcílio retirou do bolso duas
alianças que eram de seus pais de noivado gravados o amor, tradição de família.
Marcaram o casamento para depois de seis meses.
Foi uma noite maravilhosa e Marcílio foi
levar Selma para casa.
Selma: - Estou feliz! Está tudo tão rápido e
você está feliz Marcilio?
Marcílio: - Sim! Mas um pouco preocupado!
Selma: - Preocupado com o que?
Marcílio: - Em deixar de sonhar com meus
amigos e alguém especial!
Selma: - Agora que somos noivos você pode me contar
esses sonhos. Confia em mim! Seremos marido e mulher!
Marcílio: - Está bem eu vou te contar!
Selma ouvia todos os sonhos, um por um e
ficou encantada: - Meu Deus não parece sonho, mas sim uma lembrança.
Marcílio: - O que você quer dizer?
Selma: - Parece que você viveu naquela época
e conheceu Senhor Jesus.
Marcílio: - Tenho a sensação que estou
vivendo tudo e não quero acordar.
Selma: - Marcílio são lembranças fortes!
Marcílio: - Tenho a sensação que tenho que
escolher lá ou aqui.
Selma: - Não! É um sonho com lembranças
fortes daquela época. Eu entendo logo nos casaremos e teremos nossa vida,
nossos filhos e você logo perceberá que foi o passado ou sonho.
Marcílio se despede de Selma, mas não gostou
do que ouviu. Perder o contato com seus companheiros e com Ele!
Foi para casa, trocou de roupa, orou e
dormiu. Sono tranquilo e pesado.
Sião (Marcílio) é acordado pelo pai: - Vamos
filho estamos atrasados.
Era de madrugada. Colocou a túnica, a mesma
sandália e foi sentir o ar puro, o cheiro do mar se sentia feliz. Cantava junto
com os pescadores e ouvia dizer os milagres que Jesus realizava.
Rubem: - Sião! Ele ressuscitou esqueci o nome
dele...
Sião (Marcílio): - Lázaro!
Rubem: - Este é o nome! Acho que precisamos
escondê-lo, é muito perigoso!
Tamir - O que é isso? Esconde-lo? O que você
acha Sião?
Sião (Marcílio): - Ninguém pode esconder a
Luz!
Os pescadores ficaram olhando um para o outro
sem entender. A tarde chegou e pararam a pescaria. Estava boa.
Rubem: - Hoje não compensa ficar mais tarde,
é dia de pagar!
Sião (Marcílio): - Dai a César o que é de César!
Rubem: - Mas não é certo tenho impressão que
Ele quis dizer algo mais!
Sião (Marcílio): - Ele quis dizer o que é da
terra é da terra, é o que dos céus é dos céus.
Rubem: - Não entendi. Não posso viver na
terra e no céu.
Sião (Marcílio) riu: - Não! Os pertences da
terra são da terra como os impostos, as leis dos homens, mas o que pertence aos
céus ninguém nos tira, nossa fé e amor levaremos conosco para sempre.
Tales: - Então, não morremos pelo o que Ele disse?
Sião (Marcílio): - Não! Aos olhos humanos
sim, mas aos olhos dos céus não!
Rubem: - Preciso pensar! Vamos até o alto da
cidade, precisamos ver as nossas famílias.
Ouviram comentários que Jesus estava perto e
tinha curado um homem cego.
Rubem: - Mas, ouvi que o outro que não
enxergava não foi curado por quê?
Sião (Marcílio): - é porque este não teve fé!
Rubem: - Sião o que é fé?
Sião (Marcílio) fé é a convicção total em
Deus, é a sua vida entregue a Deus e a seu enviado.
Tamir: - É profundo o que você fala irmão! Vejam,
“Ele está perto daqui vamos até lá”.
Jardim das Oliveiras! Sião (Marcílio) junto
com seus companheiros aproximou-se ouvindo as palavras Dele. Voz firme, forte e
afetuosa, abraçado com as crianças.
Sião (Marcílio) o olhava, queria chegar perto,
mas era muita gente, os apóstolos trouxeram um cesto de pães. Sião viu os pães
serem distribuídos a toda multidão e até ele recebera um pão. Sião abraçou o
pão e chorou. Comeu com tanto sabor e agradeceu. – eu não quero acordar!
Marcílio foi sacudido pelo pai e pelo avô: -
Marcílio! Marcílio! Acorde! Meu Deus! Marcílio!
Marcílio sentiu um puxão e acordou com as
lágrimas nos olhos.
Pai e avô: - Meu filho! Pensamos que você não
iria acordar!
Marcílio sentia o gosto do pão na boca e
olhava o pai e avô: - Eu não queria voltar!
Sr.Tomé: - O que é isso meu neto? Olha, hoje
é sua folga! Tire o dia para descansar, ou então, vai ver a casa que Selma quer
que você conheça, vá meu neto.
A família ficou assustada. Foi falar com o
padre e a resposta é que Marcílio estava ansioso para o casamento e isso
tranquilizou a família.
Marcílio foi ao encontro da noiva Selma e
foram ver a casa. Ambos gostaram, iam pintar e daria tempo, pois faltavam cinco
meses para o casamento.
O tempo foi passando e os móveis estavam
comprados. Selma, sua mãe e a mãe de Marcílio estavam vendo os detalhes para o
casamento. Marcílio não sonhara mais, pois estava com muito serviço e os preparativos
do casamento não o deixava dormir. Faltava um mês para o casamento e os
convites foram distribuídos e presentes chegando, todos ansiosos.
Marcílio não conseguia dormir e sua avó fez
um chá de camomila. Conversando com a avó, perguntou qual era o tamanho de sua
fé com relação a Deus.
Avó: - Meu neto! Fé não se mede, se sente!
Tenho 1,50 de altura, com minha fé, Deus está dentro de mim e então tenho
quinze metros de altura, chego até as nuvens!
Chegou o dia do casamento. Oito de maio,
cinco horas da tarde. Selma entrando na igreja, uma noiva linda, sorridente de
braços dados com o pai.
Marcílio está paralisado com a beleza de sua
futura esposa, disseram sim, perante a Deus e a todos. Agora marido e mulher. A
festa linda, todos felizes, o corte do bolo, a valsa, tudo lindo. Mas Marcílio
tinha uma preocupação. Selma notou. Não foram viajar longe, foram para casa dos
padrinhos, na praia tranquila e os dois estavam felizes. No segundo dia,
Marcílio foi andar na beirada da praia.
Marcílio: - Meu Senhor! Não voltarei mais te
ver! Senhor me ouça, não me deixe só!
Selma atrás dele: - Marido! Amor, bom dia!
Marcílio: - Bom dia, querida! Vem sentir o
cheiro do mar.
Selma: - Eu fiz o café! Vamos correr e o
último que chegar é mulher do padre.
Selma e Marcílio correram e chegaram juntos.
No dia seguinte a mesma cena. Marcílio não acordava
Selma, ia andar pela praia. Selma foi atrás dele e a mesma brincadeira, só que
Selma chegou e Marcílio caiu com a mão no peito sentindo dor.
Selma chamou ambulância e avisou a família.
Marcílio foi levado ao hospital. Ficou internado e a família chegou
desesperada, estavam em lua de mel.
O doutor Miguel: - Boa tarde! Sou o médico de
Marcílio, sou cardiologista e ele esta com pressão alta e há uma anomalia no
coração e será operado! É muito grave!
Antes da anestesia, Marcílio estava consciente
e sabia o que estava acontecendo e pediu para Selma não chorar.
Marcílio foi levado para o centro cirúrgico.
Orou rapidamente e dormiu com a anestesia.
Sião (Marcílio) sente o cheiro do mar, estava
dormindo na praia e o pai o acordou: -- Sião, você está bem? Meu filho você
anda cansado, hoje você não vai pescar, vá para casa. --- Sião obedeceu o pai
resolveu ajudar a mãe com as cabras.
Sião: - Mãe! A senhora é feliz aqui?
Mãe de Sião: - Meu filho somos felizes,
gratos, pois temos um pedacinho de chão, uma família, só que temos que orar sem
ninguém saber meu filho. Não podemos falar em Deus. Mas, lá quando você for avô
tudo será mudado.
Sião: - Mãe e se a humanidade se espalhar
para o mundo um dia, como à senhora acha que será?
Mãe de Sião: - Meu filho somos a humanidade,
não pode espalhar muito porque pode se conhecer outras coisas e se perder no
caminho, você é sonhador.
Sião: - Mãe, a senhora é inteligente. Posso
andar um pouco?
Mãe de Sião: - Vai meu filho, mas não longe!
Sião foi até os amigos. O barco já tinha
chegado e estavam conversando contentes com outros pescadores de outros barcos.
Sião chegou perto: - Que bom ver vocês!
Todos riram: - Sião só hoje é sua folga! Seu
pai disse que você estava estranho. Sião riu.
Todos: - Vejam quem está vindo! Ele! Veio ver
os amigos.
Sião paralisado, Ele passou ao lado,
sorrindo. Sião com os olhos lacrimejados chegou perto e colocou a mão na túnica!
- Senhor!
Ele, Jesus, virou para Sião: - O que houve
com tua vida?
Sião: - Senhor! É um sonho, são lembranças!
Jesus sorriu: - É tudo! A melhor parte de sua
vida!
Sião: - Posso escolher onde ficar?
Jesus: - Sião! Todos têm um tempo de vir e
voltar! Mas todos para o mesmo ponto de reencontro, a LUZ!
A multidão foi levando Jesus.
Sião: - Preciso pensar. Eu o reencontrarei, é
isso!
Acordou ouvindo Selma o chamar. Marcílio!
Marcílio! Meu esposo volta para mim!
Marcílio abriu os olhos: - Selma!
Selma: - Graças! Graças a Deus!
Marcílio: - A cirurgia acabou?
Selma: - Foi ontem que você operou. Já faz
mais que vinte e quatro horas e você não acordava.
Passado um mês, Marcílio teve alta. A família
o recebeu com alegria. Ninguém fazia barulho para não o incomodar. Agora
Marcílio estava vendo os presentes que não tinham sido abertos. Casa linda,
tudo novo, sua recuperação rápida, mas deveria tomar cuidado.
Depois de dois meses, começou a trabalhar na
mercearia com serviços leve no caixa. A rotina vinha, trabalho, casa, família,
a recuperação. Dois meses se passara. Selma entra em casa contente, estava
grávida de um mês, não sentia nada. Marcílio ficou feliz. Depois de oito meses
nasceu Daniel, o primogênito de Marcílio e Selma. Estavam todos felizes.
Depois de dez dias, Daniel foi batizado pelos
pais de Marcílio e teve um almoço em família.
Depois de oito meses, Sr Tome faleceu no
hospital, ele tinha câncer, sabia, mas não quis se tratar, achou que ele
merecia e nunca se queixou de nada.
Todos sentiram a falta do Sr. Tomé, mas
Marcílio tinha a certeza que seu avô estava bem.
Daniel ia fazer um ano. O pequeno ria sozinho
e Marcílio ouviu e veio devagarzinho e viu claramente seu avô Tomé brincando
com bisneto.
Marcílio: - Vovô!
Sr.Tomé sorrindo: - Meu bisneto é lindo e sempre
que posso venho vê-lo! Estou feliz! A vida de luz é maravilhosa!
Marcílio: - O senhor falou Luz?
Selma: - Amor, com quem você está falando?
Marcílio: - Com Daniel, ele é a luz de nossas
vidas!
Já era tarde e todos foram dormir. Marcílio e
Selma oraram.
Marcílio dormira profundamente...
Acordara dentro do barco Sião (Marcílio), os
pescadores este é o trabalhador, pescador de verdade! Vamos ao mar!
Sião grita bem alto: - Vamos amigos!
Rubens: - Ontem teve temporal em alto mar,
mas seu pai adivinhou em você não ir, o barco quase virou e de repente acalmou
tudo! Olha a rede! Puxem!
Sião ajudando a puxar a rede e pensou ‘aqui
não tenho problema de coração’
Logo chegaram à praia. Ficou sabendo de um
milagre, a filha de Rubem que não andava, se arrastava no chão, estava
andando. Rubem largou tudo, saiu correndo para casa. Mais tarde, os amigos
chegaram à casa de Rubem e o encontraram chorando, sua filha de onze anos
andando, girando de alegria. A esposa de Rubem disse que Jesus pediu água e ela
foi dar água a Ele. Jesus viu a menina se arrastando no chão na terra sorrindo
para Jesus. Ele se abaixou, abriu os braços sorrindo e disse: -
VENHA PARA MIM FILHA!
A menina se levantou do chão e foi até Ele
abraça-lo. Sião e todos se ajoelharam e oraram. Rubem com o rosto no chão
estava agradecendo.
Selma: - Marcílio! Marcílio! Acorde!
Marcílio: - Selma, que horas são?
Selma: - São sete horas! Marcílio já fiz o
café, sua avó está no hospital com gripe forte e está internada desde ontem à
noite.
Depois de três dias a avó de Marcílio
desencarnou.
Marcílio estava tranquilo, consolava a mãe: -
Mamãe, vovó está bem! Ela está com o vovô, está na luz da vida!
Mãe e filho abraçados!
Com a mãe mais calma, Marcílio conta para ela
os sonhos com Nosso Senhor Jesus, quando ele sonhava seu nome era Sião um
simples pescador.
Os dois juntos oraram até quase amanhecer.
D.Rita (mãe de Marcílio): - Meu filho é
lindo! É sonho firme, é real, são lembranças que está dentro de ti, você sente
falta de seus amigos, agora entendo. Eu te entendo!
Marcílio estava calmo, contara a sua mãe de
manhã. Chegou a casa e Selma sabia que a mãe dele precisava de carinho e ela o
recebeu com um grande abraço.
Depois de dois meses, uma nova notícia, Selma
estava grávida e a felicidade batia na porta.
Com sexto mês de gestação, Selma sonhou que estava
andando pela praia e veio um senhor sorrindo: - Selma, você é feliz agora? Está
esperando uma menina.
Selma: - Quem é o senhor?
Senhor: - Meu nome é Rubem, seu marido me
conhece, também sou pescador e você Selma é a minha filha que caminhou para o Senhor
Jesus. Você não andava Selma você é um dos milagres de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Seu marido te contará. Mas ele terá que retornar para nós continuarmos
trabalhar na luz.
Selma: - O senhor está me dizendo que meu
marido vai morrer?
Rubem: - Fale o que te disse ao teu marido
quando sua filha tiver três anos de idade.
Marcílio: - Selma! Selma! Querida, oh meu
amor!
Selma acordou, abraçou e beijou seu marido.
Marcílio: - O que houve? Hoje foi você!
Selma fez o café chorando.
Marcílio: - O que houve Selma? Você não pode
se aborrecer, está grávida!
Selma: - Marcílio, você conhece o pescador
Rubem?
Marcílio levou um susto: - Selma! Senta
querida, se acalma!
Selma: - Eu tive um sonho forte, estava na
praia e veio um senhor dizendo que era pescador e que você o conhecia. E que eu
era a filha daquela época que Nosso Senhor Jesus fez o milagre, que andei até
Ele, Nosso Senhor, um dos milagres. E disse que eu teria uma menina e que você
sabe.
Marcílio ficou paralisado.
Selma: - Querido você está bem?
Marcílio: - Sim! Estou! Um pouco confuso, mas
estou. Eu sonhei, eu vi o passado, o nosso passado. É tudo real!!!
Selma: - Sim!
Marcílio: - Rubem te disse mais alguma coisa?
Selma pensou: - Não! É tudo lindo! Conte-me o
que faltou todo esse tempo! Por favor!
Marcílio: - Vamos então...
Depois de uns meses, nasceu a menina de
Marcílio e Selma.
Marcílio e Selma: - Nossa filha se chamará
Maria Esperança.
Marcílio estava feliz vendo seus filhos
crescerem.
Trabalhando na mercearia que prosperou e seu
irmão o auxiliando, sua irmã Efigênia que aumentara a floricultura se casara há
um ano. Maria Esperança com um ano, cabelinhos castanhos dourados, cacheados na
ponta, olhos cor de mel, sorri como uma rosa.
Selma olhava a alegria de Marcílio brincando
com as crianças, não tinha coragem de contar o que o pescador Rubem tinha
falado.
D.Rita vendo a tristeza de Selma chamou-a e
perguntou o que esta acontecendo e a resposta foi: Nada.
D.Rita: - Meu filho me contou dos sonhos dele
e do seu quando você estava grávida de Maria Esperança. Selma o que há mais que
você não contou?
Selma chorando.
D.Rita: - Filha estou aqui, divida comigo!
Selma: - Sr. Rubem, o pescador disse que
quando a Maria Esperança tiver três anos, Marcílio iria embora com eles, pois
precisavam estar unidos pra trabalhar para a Luz.
D.Rita a olhou: - Selma quem é a Luz?
Selma: - Nosso Senhor Jesus Cristo! – se
ajoelhou e chorou!
D.Rita: - Filha é a vontade do Pai e não a
nossa. Marcílio é um dos pescadores entre mil que precisam se unir para o bem,
para a luz.
O tempo passara. Maria Esperança estava completando
três anos, era o dia do aniversário dela, uma linda festinha, com todas as
crianças da família e amigos. Marcílio estava feliz, parecia um menino
brincando com Daniel e Maria Esperança.
Maria Esperança abraçada ao Marcílio: -
Papai!
A felicidade reinava no lar com as crianças
correndo e a família unida.
Selma: - D.Rita, Maria Esperança tem três
anos e Marcílio está ótimo!
Dois meses depois do aniversário, Marcílio e
Selma recebeu o convite de passar o fim de semana na praia, as crianças ficaram
contentes.
Selma: - Deixamos ir para outra época!
Marcílio: - Querida você vai dizer não as
crianças? Olha os rostinhos delas!
Selma: - Está bem. Vamos arrumar as malas.
Marcílio: - Papai, mamãe! Vamos para a praia
e logo estaremos aqui de volta, três dias voam.
D.Rita abraçou Marcílio e sentiu um aperto no
peito: - Marcílio meu filho! Eu te amo! Até a volta!
Marcílio, Selma e as crianças partiram.
D.Rita ficou orando e às vezes chorava.
Chegaram à praia e logo arrumaram tudo. Foram
dar uma volta era de noite. As crianças dormiram logo.
Sábado feliz! As crianças brincando na praia.
Maria Esperança ria quando via as ondas chegarem a suas perninhas. Daniel corria
lindo sábado.
Selma estava alegre preparando o almoço. Era
domingo, as crianças estavam felizes. A tardezinha voltaria. Marcílio olhou o
mar, o cheiro do mar, as crianças entraram para almoçar.
Selma: - Querido vem almoçar!
Marcílio: - Eu já vou!
Marcílio olhando no horizonte avistou um
barco pela manhã, na hora do almoço estava mais perto, perto, olhou e estava na areia.
Marcílio ficou parado: ‘ eu conheço esse barco!’ Marcílio ficou olhando quando desceram
do barco os pescadores amigos.
Todos: - Sião! Sião! Viemos te buscar! Vamos
pescador! As lágrimas desciam pelo rosto de Marcílio, olhou para a casa e lembrou-se
das palavras de Jesus.
Os pescadores: - Sião vai ficar parado ai?
Vamos!
Marcílio deu um passo e era agora Sião, com
sua túnica, cabeludo, barba, olhou as sandálias e abaixou as tiras dos pés.
Pescadores: - Vamos Sião!
Sião: - Vamos amigos! Temos muito que fazer!
--- todos se abraçaram --- Vamos Jesus nos espera! Vamos Sião!
Sião estava livre, feliz. Entrou no barco com
os pescadores cantando. Feliz! Livre para a Luz!
O barco foi para o alto mar da estrela de Luz!
Para Luz!
Selma olhou pela janela e viu Marcílio caído
na areia. Ela sabia que ele tinha acompanhado os amigos. Selma orava.
Daniel foi à janela: - Mamãe olha o barco,
papai está lá!
Ela nem saiu de casa, ligou para a família e
chamou a ambulância. Sabia que seu marido havia partido para ser feliz! Para
Luz!
LUZ PARA LUZ!