Meu nome é Luiza,
nasci em no dia 03 de maio de 1970 numa cidade do interior do estado de São
Paulo.
Sou uma adolescente
feliz, acho mesmo que já posso governar minha vida, sou inteligente e conheço o
mundo lá fora.
Minha família é
bonita, meu pai trabalha muito e minha mãe Arlete é uma ótima cozinheira, faz
doce e compotas deliciosas e tem vários dons.
Resolvi escrever para
que todos saibam que a eternidade não dói, mas, a teimosia dos jovens pode
causar muita dor para aqueles que amamos.
Tenho irmãos e o mais
novo é lindo, esperto e inteligente chama-se Lucas.
Meus pais trabalham,
eu estudo, mas, quero uma vida melhor, quero conhecer as capitais do mundo
inteiro.
Em 1984 eu conheci o
Douglas, um jovem sonhador, três anos mais velho que eu, me enamorei por ele.
E ele também queria ir
embora do interior e viver grandes aventuras.
Eu penso como sair da
minha cidade e deixar minha família.
Um dia minha mãe estava
costurando e veio à vizinha e contou que havia me visto conversando com
Douglas.
Minha mãe me deu uma
bronca, dizendo que ele era um rapaz agressivo e violento e me fez prometer que
não ia mais falar com ele. Que ela sentiu um aperto no peito quando viu o
rapaz.
E que em troca da
minha promessa ela não contaria nada para o meu pai.
Eu prometi mesmo sem a
intenção de cumprir. Ela cumpriu a promessa e ninguém da família ficou sabendo.
Vou para o colégio e
ao invés de entrar para aula eu saio com Douglas, vamos passear, ele me promete
o mundo e eu gosto de ouvir e até acredito em tudo que ele me diz.
Às vezes, à tarde, vou
ao mercado perto de casa para minha mãe, mas, para me encontrar com Douglas
comecei ir num mercado mais longe.
Sempre levo comigo meu
irmãozinho Lucas e dou doces para ele assim ele não contará para minha mãe que
eu me encontrei com Douglas.
Sempre me encontro com
meu namorado e na maioria das vezes com meu irmãozinho Lucas, ele é uma criança
e não falará nada para minha mãe.
Quando chego em casa
minha mãe pergunta onde eu estive e eu minto dizendo que fui levar Lucas para
passear.
Vejo a luta diária de
minha mãe, meu pai da muitas dores de cabeça para ela. Vejo a tristeza nos
olhos dela, mas ela sempre está alegre e eu sempre mentindo.
Tenho uma família
grande tios, tias, primos e avós alguns já me viram no centro da cidade com
Douglas.
E quando me
perguntaram quem era eu disse que era um colega e tínhamos ido fazer um
trabalho de escola.
Minha mãe é
equilibrada ela é o esteio da família e confia em mim. Eu cheguei a mentir
dizendo que não via mais o Douglas.
Numa tarde eu demorei
a encontra-lo havia familiares de São Paulo em casa e eu não pude sair.
Bateram no portão e eu
fui atender era uma colega que vinha trazer um recado de Douglas perguntando se
eu havia esquecido do nosso encontro.
Eu disse que não podia
ir porque estávamos com visitas.
No dia seguinte à
tarde eu encontrei-me com Douglas que estava totalmente descontrolado.
Eu me assustei com a
atitude dele.
Douglas: - Luiza você
acha que eu sou palhaço?
Luiza:- Não! estávamos
com visitas em casa e eu não pude sair, minha mãe precisava de mim.
Fiquei apavorada, ele
estava estúpido, não acreditou no que eu disse e disse que se ele soubesse que
eu estava traindo-o ele me mataria.
Não acreditei, achei
romântico, para mim Douglas me amava. Quando cheguei a casa minha mãe
perguntou-me porque eu estava tão tensa.
Luiza:- Nada mamãe! É
que eu fui visitar uma amiga que estava doente. A Aparecida.
Combinei com a
Aparecida para que dissesse que fui vê-la.
Minha mãe encontrou-se
com ela e perguntou e ela confirmou minha mentira.
Nós jovens,
inconsequentes, achamos que podemos enganar os nossos pais mentindo. Isso nos
faz sentir que somos superiores a autoridades dos pais.
Achamos que nunca
seremos descobertos e que tudo ficará bem e que nunca o pior baterá em nossas
portas porque sabemos mentir.
Confesso que menti
varias vezes para meu contento e de Douglas e arrastava comigo meu irmãozinho
Lucas.
Minha casa sempre
tinha problemas que iam sendo resolvidos como podíamos.
Minha mãe sentia-se
angustiada, no café da manha ela contava os pesadelos que tinha.
Arlete:- Eu tive um
pesadelo horrível, que da nossa casa ouvimos um barulho estrondoso e caia sobre
nós uma tonelada e terra e eu não conseguia segurar as mãos dos meus filhos.
Mamãe contou o sonho
para minha tia Alice e ela a acalmou. Mamãe sentia que a morte a levaria.
Eu via minha mãe orar
varias vezes na cozinha, costurando...
Um domingo ela me
abraçou e disse:
Arlete:- Filha você
está bem? Você está escondendo algo de mim?
Luiza:- Não mamãe!
Eu fiquei triste
comigo mesmo, menti novamente, mas, quem ia saber?
Na verdade eu tinha
pena da minha mãe, ela era lutadora e meu pai sempre dando dor de cabeça com a
bebida. Ela era maltratada desde verbalmente até fisicamente. Quando ouvíamos
as brigas sabíamos que meu pai havia bebido.
Minha mãe não queria
que sofrêssemos e eu queria ter alguém que me amasse e ser feliz. Se me casasse
seria diferente. Meu pai com o tempo teve o caminho que ele mesmo escolheu.
Passou o tempo meu lar
sempre com as mesmas dificuldades, mas, eu não ligava, muitas vezes, para as
tristezas eu sonhava.
Num dos encontros com
Douglas ele pediu-me uma prova do meu amor por ele.
Eu entendi e disse que
não! Ele tinha que esperar.
Ele ficou nervoso me
sacudiu e disse que me mataria se eu tivesse outro.
Fiquei assustada e
decidi terminar tudo entre nós.
Luiza:- Douglas vá
viver sua vida e eu vou viver a minha, está tudo acabado entre nós, minha mãe
tem razão.
Levei minha vida
normalmente, mas pensava em quanta mentira tinha dito para minha mãe.
Os dias foram passando
e um dia eu e meu irmãozinho saímos, mas, em questão de dez minutos estaríamos
de volta.
Estávamos a algumas
quadras de casa quando Douglas apareceu subitamente na minha frente me dando um
grande susto e rindo de mim.
Luiza:- Douglas me
deixe em paz!
Douglas:- Vou te
deixar para sempre!
Senti algo no meu
corpo, queria correr, mas, não conseguia, queria gritar, mas, não podia.
Meu corpo caiu no
chão, meu irmãozinho gritou com os olhos assustados. Senti-me ferida, coração disparado,
metade de mim queria ficar no chão e a outra sentia leve.
Senti-me mais leve que
o ar, sai correndo até em casa entrei pela porta e disse:
Luiza:- Mamãe algo
aconteceu, mas estou aqui! Meu Deus me esqueci do Lucas!
Olhei para minha mãe e
a vi gritando, os vizinhos a abraçando, toda a família junta.
Eu ouvia o choro de
todos e me perguntava por quê?
Para mim todos haviam
descoberto minhas mentiras e estavam me ignorando.
Vi minha família num
velório, mas, de quem? Será do meu irmãzinho?
Não ele está ali! Acho
que fui longe demais ninguém quer falar comigo.
Chegarei perto do
caixão para ver quem esta la.
Estou mesmo esquisita
está moça parece comigo!
Luiza:- Meu Deus! Sou
eu! Não! Não!
Mamãe! Pai! Lucas! Ouça-me
eu estou viva.
Passei minha mão pela minha
roupa e vi minha mão suja de sangue.
Cai no choro, senti
tonturas, fui amparada por um senhor com roupa clara.
Luiza:- O senhor é
medico? Estou machucada e tenho um pesadelo, eles acham que eu morri.
O senhor:- Vamos
cuidaremos de você!
Quando acordei eu
estava num quarto claro tinha uma janela perto da minha cama dava para ouvir os
passarinhos cantando e o senhor estava sentado numa cadeira.
O senhor:- Querida
como está se sentindo?
Luiza:- Estou zonza!
Sonhei que eu estava andando apoiada no senhor, olhava para três e via um
velório, um enterro. Eu estou viva ! ah! Ah! O que houve comigo?
Qual é o nome do
senhor, minha mãe vai lhe agradecer por me ajudar, tudo isso é loucura!
O senhor:- Meu nome é Francisco.
Luiza:_ O senhor é
medico?
Sr. Francisco:- Não!
Eu procuro ajudar a quem precisa e principalmente uma mocinha linda!
Luiza:- Mas, o senhor
quem é? Por favor, chame minha mãe?
Sr Francisco:- Sou um
amigo e sua mãe está descansando.
Luiza:- Ela tem uma
luta em casa, mas, aqui é um hospital e logo irei embora.
Sr Francisco:- Sim
aqui é um hospital onde todos recebem cuidados como eu recebi.
Luiza:- O senhor está
internado aqui há muito tempo? O que houve?
Sr Francisco:- Querida
menina eu já estive aqui recebendo cuidados há uns cinquenta anos, acho que é
isso mesmo, agora eu ajudo a quem precisa.
Luiza:- Mas, o que
aconteceu com o senhor?
Sr. Francisco:- Eu
sofri um acidente de trator, ele queria ser mais rápido que eu porque era
natal.
Luiza:- Meu Deus ainda
bem que o senhor ficou bom!
Sr. Francisco:- Minha
menina você está me fazendo rir. Agora procure descansar.
Eu fiquei quieta na
minha cama, comecei a pensar no senhor Francisco, há mais ou menos cinquenta
anos que ele sofreu um acidente de trator e está tão bom,
Então eu também
ficarei boa. Dormi e sonhei com minha mãe chorando desesperada com muita
tristeza dizendo:
Arlete:- Luiza minha
filha!
Acordei rápido, sentia
um peso no peito, levantei e fui até a porta e vi uma linda senhora com um
perfume suave de flores me dizendo:
- Querida meu nome é
Fátima, sou auxiliadora aqui e vim vê-la.
Luiza:- Por favor! Eu
já estou recuperada, sonhei com minha mãe e ela não sabe que estou aqui
poderiam avisa-la?
Fátima:- Querida sua
mãe está tendo parentes e amigos para ajuda-la e ela sabe que alguma forma você
está aqui. Quando for a hora nós te levaremos para vê-la.
Luiza:- Eu não aceito!
Ela me levou para o
jardim amavelmente e veio o Sr. Francisco sorrindo.
Sr. Francisco:- Como
você está Luiza?
Luiza:- Eu estou bem,
mas, quero que minha mãe venha aqui me ver.
Sr. Francisco:-
Querida ela não pode vir aqui por enquanto, você precisa ter calma.
Voltei para minha
cama, deram-me um suco e eu dormi novamente.
Novamente ouvi minha
mãe em prantos. Sonhei com Lucas ele me parecia aéreo.
Lucas:- Maninha porque
ele te matou?
Dei um pulo da cama e
corri para o jardim vi o Senhor Francisco sentado ao lado da Sra. Fátima.
Luiza:- Eu morri? Não
mintam! Não mintam!
Sra. Fátima:- Querida
seu corpo foi muito ferido, você teve hemorragia, seu corpo não aguentou, você
não está num hospital terreno, aqui é um hospital espiritual!
Luiza:- Eu morri...? Mas,
eu sou jovem! Não eu não morri vocês estão mentindo.
Minha mãe veio na
minha mente, corri com toda a força de querer vê-la e dizer que eu estou viva!
Não sei como entrei
pela sala da minha casa e senti um aperto no peito, minha família estava
triste, meu irmãozinho estava mudado, estava isolado do mundo.
Entrei em desespero,
jogava bibelôs no chão, chutava as pessoas que via, beliscava, na tentativa de
me fazer notar, até que meu irmão me sentiu.
Lucas:- Mamãe a Luiza
está aqui!
E eu gritava
desesperada.
Luiza:- Eu estou viva!
Diga que estou viva!
Arlete:- Filho sua
irmã morreu nas mãos daquele filho do cão, mas, ele vai pagar!
Eu ouvi tudo e senti a
dor de minha mãe e de toda a família! Cai no chão e chorei! Ouvia meu
irmãozinho dizer:
Lucas:- Mamãe a Luiza
está chorando!
Eu estava ao lado do
meu irmãozinho.
Sr. Francisco:- Venha
comigo, assim a sua dor aumentará a dor de todos.
Luiza:- Eu sou
responsável! Eu menti! Minha mãe está sofrendo, meu irmãozinho parece doente.
Sr. Francisco:- Vamos!
Eu prometo que você virá vê-los, mas, quando melhorar.
Retornei ao hospital
triste, tive uma recaída, segundo a Sra. Fátima, cheguei a ter um tipo de
delírio.
Descrevia o que me
ocorrera. Os auxiliadores passaram muito tempo orando, me energizando com as
mãos, a luzes Divinas que todos nós precisamos.
Acordava e pedia para
ir ver minha casa e me entristecia, pedia socorro na terra para alguém dizer
que eu estava viva de uma forma mais verdadeira.
Como eu disse antes,
nós, quando somos crianças mentimos para nossos pais. Quando derrubamos um vaso
e culpamos o irmão mais novo, depois quando adolescentes mentimos para nos
divertir e quando achamos que somos donos de nós mesmos queremos ser gigantes
no mundo, mas, esquecemos que o mundo é mais velho que nós.
E esquecemos que Aquele
que tudo criou tudo vê.
Há cientistas que tem
a tese que Deus é uma energia, ou que antes do big bem existir havia o nada e
então não havia ninguém, ou seja, nenhum Criador.
Em Coríntios I
capitulo 13, descreve a magnitude de Deus e não há nenhuma tese cientifica que
permanecerá diante do Senhor Deus.
Eu menti achando que
poderia esconder minhas atitudes, ter um mundo para mim.
Ou podem me dizer que
meu lar estava sempre em desequilíbrio por ter um pai alcoólatra.
Mas a mentira é o
desequilíbrio que nos leva a ruína, mesmo que seja a mentira branda que é dita
para amenizar uma situação.
Aprendi com minha dor
que a verdade deve prevalecer sempre. Meu irmãozinho ficou doente por ver meu
assassinato, sou responsável por isto.
Depois de algum tempo
eu voltei para ver meus familiares. Douglas foi preso, já houve o julgamento,
mas, a lei do meu país o fez ser livre por bom comportamento.
E minha mãe teve de
vê-lo na frente dela, se passando por um bom rapaz.
Ela em sua dor de mãe,
meu irmão na dor de ser pequeno e não poder me defender e eu na minha dor de
culpa por não ouvir os conselhos.
Oro por todos que sofrem,
mas, aprendi que sofremos porque não entendemos Deus. Ele não quer nosso
sofrimento, mas, nós achamos que sabemos mais da vida que o Senhor.
Escrevo esta minha
verdade para ajudar os jovens que acham que são gigantes e a todos que buscam o
sentido da vida.
Hoje não estou mais no
hospital Esperança, moro com o Sr. Francisco e mais dois parentes na Cidade das
Orquídeas.
Aqui é lindo há
cachoeiras, rio azul esverdeado, jardins lindíssimos as casa são agrupadas por
cores, casas branca, azuis, esverdeadas e rosas. Não estamos mortos, estamos
vivos no mundo de Deus Pai, há bibliotecas, musicas maravilhosas, escolas e
muito mais.
Eu estou aprendendo
com muito carinho a socorrer os recém-chegados e também auxiliando na terra meu
irmãozinho Lucas.
Ouvimos muito sobre o
perdão, o perdão é Divino.
Quando perdoamos
colocamos dentro de nós o balsamo da paz, mas, para isso temos que nos preparar
porque tem que vir do coração.
O coração é o órgão
que Deus nos deu para termos boas ações e luz, mas, para isso temos que abrir as
portas e as janelas do coração e o Senhor entrará em nossas vidas.
Não foi só o Douglas
que errou, eu o deixei pensar que tinha poder sobre mim. Não entendia que quem tem poder sobre nós é
quem nos criou.
Então eu o perdoo de
todo o meu coração que pertence ao Senhor Deus e nosso Salvador Jesus Cristo. E
estarei aqui para recebê-lo quando ele chegar porque precisará de ajuda.
Aprendi que a caridade
é a nossa virtude mais simples e sincera e deve ser simples como a brisa.
Quando fazemos o bem a alguém, seja até mesmo um bom dia ou uma visita no
hospital ou o melhor que pudermos saber o mundo não deve saber e então Deus
saberá que é verdadeiro.
O melhor da vida é não
fazermos Deus chorar por nós.
Quando estiver em
duvida sobre qualquer ação pense:
- O que farei para que
Nosso Pai e Nosso Senhor Jesus não chore por mim. Tenha certeza que assim fará
o melhor.
Toda dor é curada quando
aceitamos ajuda. E Senhor Deus conversa com todos seus filhos, envia
mensageiros naturais como um pássaro, uma borboleta. Ele se faz presente na
mensagem que necessita.
Estou feliz em poder
estar te ajudando. Na terra eu era feliz, hoje eu entendo mais a vida e posso
dizer que sou mais feliz.
O amor é para todos
porque Deus os ama.
Até um dia! Amigo ou
amiga!
..............................................FIM......................................
Ditado pelo espírito
de João Harsan.
Psicografado pelo
médium Esaú Davi.