Rio
de janeiro 1940:
Numa
linda e magnífica mansão há muitas festas com danças, lindas musicas e todos
luxuosamente vestidos era a família perfeita.
Guilherme
é o mais velho dos quatro filhos, casado com Helena e pai de dois filhos.
Sua
esposa sempre sonhou ser dona da mansão e de tudo mais que a família possuía.
Augusto
Cesar casado com Marlene e pai de Laura, criança mimada, que tinha todos seus
desejos atendidos pelo avô.
Marlene
tinha consciência que era casada com um homem rico e vivia para a empresa da
família, não saberia viver fora da empresa.
Hoje
era o dia do casamento de Cinthia Maria e Armando, havia uma grande festa na
mansão.
Lidiane
a filha mais nova, estava estudando, não gostava de festas era tímida e amava
sua família e seus pais eram sua vida. Era uma pessoa caridosa e benemérita.
A
festa transcorria pelos salões, salas e jardins todos se divertindo muito.
Senhora
Márcia, a matriarca da família foi falar com Cinthia.
Sra.
Márcia: - Minha filha você é a noiva mais linda que eu já vi!
Cinthia:
- Mamãe sou linda mesmo o papai ainda não me deu o anel de diamante que ele me
prometeu me dar no dia do meu casamento.
Senhora:
Márcia: vou procurar seu pai ele deve estar com amigos divirta-se hoje é seu
grande dia.
Sra.
Márcia atravessou o salão de festas cumprimentando a todos.
-
Obrigado por estarem conosco neste lindo dia!
De
repente todos ouviram um estampido!
Sra.
Márcia: Meu Deus! É um tiro! veio de fora?
Guilherme:
- Não veio daqui de dentro da mansão!
Foi
uma correria, mas, Cinthia pediu que a musica continuasse.
Sra.
Marcia, Guilherme e Augusto sobem as escadarias abrindo todas as portas dos
quartos. No quatro do casal viram Sr Rubens caído no chão.
Guilherme:
Pai! Meu Deus! Chamem um medico é nosso pai caído na cama com um tiro no peito.
Augusto
debruçou sobre o pai desesperado.
Augusto:
- Pai!.
Sr.
Rubens: Perdoem-me e fechou os olhos para sempre.
Sra.
Márcia aos prantos corre pelos corredores gritando.
-
Mataram Rubens!
Todos
no salão pararam, Cinthia desmaiou, a festa é interrompida.
Rodolfo,
irmão de Rubens apressa-se em dizer:
-
Ninguém sai da mansão! A policia está vindo.
Norberto,
um médico amigo da família que estava na festa sobe correndo as escadas para
Socorrer,
mas, quando o examina vê que já esta morto.
A
policia chega e começa a investigar tudo e todos, a noiva em seu quarto
dormindo sob o efeito de tranquilizantes.
Depois
de horas a policia começa a liberar os convidados que lentamente vão embora
chocados com o acontecimento.
A
linda mansão está passando por uma grande tempestade.
A
tarde foi o enterro do patriarca da família, os filhos, principalmente Cinthia
não conseguia entender o que tinha acontecido.
Depois
do enterro todos tristes e abatidos ao invés de estarem comemorando o casamento
estavam todos abatidos.
Guilherme:
- Quem poderia ter feito isso?Papai não tinha inimigos!
Passado
algum tempo e a policia ainda não tinha chegado há uma solução para o crime.
Cinthia
não viajou na sua lua de mel e a vida ia voltando ao seu ritmo normal, afinal a
empresa tinha que ir em frente.
Sra.
Márcia: Rodolfo você tem ideia de quem poderia ter matado Rubens?
Rodolfo:
- Eu não sei, mas, você já pensou em suicídio?
Sra.
Márcia: - Suicídio? Não! Por quê? Imagine! Rubens era o homem! mais forte que
eu já conheci!
Na
manha seguinte durante o café da manhã Augusto relata:
Augusto:
Tive um pesadelo horrível! So9nhei que estava aqui em casa e ouço papai me
chamar. Vou até o porão ao lado da garagem e caio num lamaçal, peço socorro e
quem me tira de lá é o papai.
Sra.
Márcia: Esqueça foi só um pesadelo por causa de tudo que estamos passando, já faz
seis meses que seu pai se foi.
Um
dia Lidiane esta visitando o orfanato Santa Maria de Lourdes quando a diretora
Carmem lhe diz:
-
Lidiane você tem um bom coração as crianças te adoram!
Lidiane:
- Elas me fazem sentir alegria, aquela esperança que temos dentro de nos
reacende com o sorriso delas! Carmem porque que o Luizinho esta me olhando
daquele jeito? Foi o único que não veio até aqui! Vou até la falar com ele.
Luizinho
tem oito anos é um menino muito sensível adora desenhar e pintar.
Lidiane:
- O que foi querido?
O
menino olha diretamente para os olhos dela e diz:
Luizinho:-
Lidiane minha filha me perdoe!
Lidiane:
O que?
O
menino sorrindo diz:
Luizinho:
- O que foi tia? Vamos brincar?
Lidiane:
- O que você me disse?
Luizinho:
quer brincar comigo?
Carmem
veio até Lidiane e perguntou:
-
O que aconteceu?
Lidiane:
- Luizinho me chamou, alias, disse minha filha me perdoe!
Carmem:
calma! Você anda com muitos problemas deve ter entendido mal. Veja o menino
está desenhando com os coleguinhas, foi um mal entendido.
Quando
chegou em casa Lidiane contou para a família o que tinha acontecido com o
menino.
Cinthia:
- Lidiane isso é que dá você ser tão boa, você está enlouquecendo!
Augusto:
Eu também não estou bem tenho todo pesadelos.
Márcia:
Por favor! Vamos jantar.
Na
manha seguinte tio Rodolfo chega com a noticia que Valentina, sua irmã e o
esposo Carlos, estão chegando de Portugal.
Li
Diane: Tia Valentina vindo depois de quase um ano após a morte do papai, ela
era irmã dele, na época disse que estava muito ocupada e não pode vir no
sepultamento de papai.
Cinthia:
- Ela é chique, continua sendo nossa tia, quem morreu foi o papai.
Laura:
O que será que a titia vai me trazer de Portugal?
Marlene:
Pare com isso minha filha!
Márcia:
eu tenho que dizer algo, na semana que vem o advogado virá ler o testamento de
Rubens.
Cinthia:
- Será que a tia está vindo buscar sua fatia?
Rodolfo:
- Cinthia respeite sua tia ela não precisa de nada, me disse por telefone que
precisa conversar conosco. Neste fim de semana saberemos.
Helena:
- Augusto sinto em meu coração algo mais, uma dor, não sei explicar vou a
igreja todos os dias orar muito, não me sinto bem morando aqui.
Augusto:
- Helena você é muito linda, mas se impressiona com tudo, aqui temos tudo!
Helena:
Você não pensa no que aconteceu no casamento da Cinthia?
Augusto:
- Não quero pensar.
Chegou
o fim de semana e Rodolfo e Guilherme foram ao aeroporto receber os tios.
Rodolfo:
- Guilherme acho que tudo mudará na nossa vida.
Guilherme:
Tio porque está falando assim? Parece que o senhor sabe de algo e não quer nos
falar.
Rodolfo:
Olha só seus tios chegaram:
Rodolfo:
Valentina, minha irmã, esta elegante como sempre. Carlos, meu cunhado que bom
que estão aqui!
Carlos:
- Meu cunhado há quanto tempo!
Valentina:
- Meu irmão! Que saudades!
Ao
chegarem à mansão foram recebidos com alegria de alguns e preocupação de
outros.
Márcia:
- Valentina e Carlos é bom te-los aqui.
Valentina:
Quando Rubens morreu eu tinha sido operada só agora que estou recuperada é que
pude viajar. Queria que o casamento da
Cinthia e Armando fosse maravilhoso.
Cinthia:
- Foi sim tia! Tirando o ocorrido, mas passou!
Lidiane:
- Tia que bom que está aqui!
Valentina:
Nos estamos felizes por estar aqui!
Após
o jantar a família estava reunida, cada um falando do ultimo ano, quando Laura
interrompeu perguntando!
Laura:
- Tia Valentina trouxe algum presente para mim?
Marlene:
- Perdoe Valentina!
Carlos:
- Temos sim querida Laura trouxemos este presente para você! Abra!
Laura:
- Mas que lindo pacote.., mas,.. é um livro?
Carlos:
- Este livro fala de um pescador de almas e sua essência divina de amar a todos
e a tudo.
Cinthia:
Ora, mas que é esse tio?
Carlos:
Jesus Cristo! Vejo que não o conhece!
Valentina:
- Precisamos conversar com todos, queremos uma reunião de família.
No
dia seguinte após o almoço todos se encaminharam para a biblioteca aguardando
Valentina e Carlos.
Márcia
e Rodolfo pediam calma a todos quando os tios entrassem na sala.
Márcia:
- Por favor, comecem todos estão muitos ansiosos.
Carlos:
- O que temos para falar vem do dia que Rubens morreu de um modo inesperado.
Márcia:
- Até hoje a policia não nos disse nada, estamos aguardando, eu gostaria de
saber quem o matou e por quê?
Valentina:-
Eu e Carlos vivemos numa crença de vida eterna. Acho que quando me casei com
Carlos e fui morar distante de todos, primeiro em Portugal e depois na frança,
tive que aprender a ter fé. Precisei ir para longe e passar por momentos difíceis
com minha saúde para aprender a ter fé em Deus.
Nesta
fé, quando adoeci encontrei pessoas amigas que me mostraram que a vida é eterna
e somos responsáveis pelo que vivemos, como o caso do meu irmão Rubens.
Carlos:
- Quando chegamos aqui nos assustamos com o materialismo e egocentrismo de
alguns membros da família que vivem sem Deus. Vivem somente para o beneficio
próprio, o verbo que se usa neta casa é: “eu quero, eu posso”.
Guilherme:
- Mas o que isso tem a ver com o dia da morte do meu pai? Vocês sabem quem fez
isso? Digam para todos saberem?
Valentina:
- Tem tudo a ver, meu irmão Rubens me mandou duas cartas, aqui estão elas.
Na
primeira carta ele relata que tinha feito um grande mal a todos, tinha dado uma
vida luxuosa, sem limites para nada e na época, estava vivendo uma crise
difícil e não sabia como dizer para a família que não poderiam continuar
vivendo no luxo que estavam acostumados.
Na
segunda carta chegou no dia seguinte da morte dele, era uma carta de despedida.
“Minha
irmã Valentina,
Obrigado
por me socorrer, ajude minha família se puder até o dia dos advogados lerem o
testamento, se puder ajude-os”.
Augusto:
- Mas o que ele quis dizer?
Carlos:
- Aqui estão as duas cartas. Rubens não soube administrar bem seus bens, gastou
muito mais do que deveria.
Guilherme:
- Tio o que está nos dizendo?
Valentina:
- Seu pai estava endividado, vendeu quase todos os bens da família, o ultimo
feito que ele fez sem poder com a nossa ajuda foi o casamento de Cinthia.
Cinthia:
meu casamento?
Matou
meu pai, ele não teve tempo de me dar meu anel de diamantes que me prometeu.
Carlos:
- Cinthia você evita a dor da partida do seu pai porque ele não te deu o anel
de diamantes. E se eu te disser que ele não tinha como comprar o anel!
Valentina:
- A festa do seu casamento com Armando fomos nós que custeamos tudo.
Lidiane:
- Meus tios estão dizendo que meu pai estava falido? E como que até hoje
estamos levando nossa vida nos mesmos padrões de sempre?
Valentina:
- Porque eu, Carlos e Rodolfo até hoje estamos custeando todas as despesas da
casa conforme seu pai nos pediu. E como ele nos pediu para estarmos aqui no dia
da leitura do testamento. Viemos antes para termos a oportunidade de
conversarmos antes para que vocês não tivessem um choque na hora da leitura do
testamento.
Márcia:
- Rubens perdeu tudo e eram vocês que estavam nos amparando até hoje? Então porque
alguém o mataria?
Guilherme:
- Algum credor?
Valentina:
- Não!
Rodolfo:
- Meu irmão suicidou-se! Eu temia que ele fizesse isso, ele estava envergonhado
e humilhado.
Cinthia:
- Mentiroso! Alguém o matou, vai ver que foi o tio Rodolfo!
Rodolfo:
- Basta Cinthia! Vocês não se importam em saber da administração da empresa,
tudo ficou nas mãos dos advogados, tivemos que vender quase tudo, imóveis,
terrenos e lojas. A principal loja e a fabrica de calçados foi vendida para o
Carlos e Valentina.
Lidiane:
- Meu Deus!
Márcia:
- Eu vou esperar o laudo da policia e os advogados, ainda não me disseram nada!
Rodolfo:
- Márcia, minha cunhada, faz meses que a policia já fez o laudo da morte do
Rubens como suicídio e eu como advogado não permiti a divulgação do laudo pelo
escândalo que seria, sei que meu irmão preferiria que fosse assim.
Guilherme:
- Não pode ser!
Laura:
- Somos pobres mamãe?
Marlene:
- Tudo ficará bem filhinha.
Valentina:
- Entendo os sentimentos de todos sei que Rubens estava desesperado.
Eu
acredito na vida após a morte, ele ajudou vocês a viverem num mundo de ilusões
materiais, errado ou não, agora ele precisa que vocês o perdoem para ter paz.
Cinthia:
- Você é louca?
Carlos:
- Sei que é confuso e sabíamos que seria difícil nos ouvirem, mas, é a pura
verdade!
Lidiane:
- Tia Valentina o que você quer dizer sobre meu pai?
Valentina:
- Na carta ele pediu que viéssemos ajuda-los. Tenho tido pesadelos que ele está
num lamaçal, eu tento ajuda-lo, mas não consigo tira-lo de lá. Ele esta
desesperado precisando do perdão de todos para ter chance de obter o próprio
perdão.
Lidiane:
- No orfanato um menino olhou para mim e disse:
-
Minha filha me perdoe! Era papai?
Valentina:
- Pelo que entendo talvez sim, acredito que sim. Ele suicidou-se e deve estar
desesperado, isto é contra a lei Divina. Só quem poder dar ou tirar a vida é Deus.
Marlene:
- Eu vou sempre a igreja orar, mas não me sinto bem nesta casa.
Augusto:
- Tia Valentina estou confuso tive um pesadelo parecido com esse que contou,
preciso pensar.
Márcia:
- Li as cartas que trouxeram, mas, na terça feira os advogados farão a leitura
do testamento e eu gostaria de ir falar com o delegado antes. Por favor,
Rodolfo você pode me levar até a delegacia?
Rodolfo:
- Está bem!
A
noite não foi tranquila para ninguém na mansão todos se recolheram mais cedo.
Pela
manhã Márcia e Rodolfo foram para a delegacia.
A
família estava perplexa não queiram aceitar uma verdade tão difícil.
Valentina:
- Meus sobrinhos a maioria de nós, seres humanos, preferimos ouvir uma bela
mentira a aceitar uma verdade difícil de nossas vidas. É difícil acordar, mas,
não é impossível. Todos nós continuaremos a viver consertando nossos erros
passados.
Lidiane:
- Somos todos responsáveis pela atitude do papai. Era confortável viver sem querer saber de
onde vinha todo nosso conforto e luxo que vivíamos. Achávamos-nos poderosos.
Rodolfo
chegou com Márcia da delegacia. Ela chorava muito havia recebido a confirmação
que o marido havia se suicidado. Lidiane e Valentina a abraçaram tentando
consolar.
Tanto
tempo havia se passado, tinham tantas perguntas e estavam obtendo as respostas
mais difíceis de suas vidas.
Augusto:
- Amanhã é o dia da leitura do testamento, se ele existir!
Márcia:-
Meus filhos sugiro que descansemos, amanhã será um dia difícil para todos.
Valentina
e Carlos pediram a todos juntos na sala que fizessem uma oração. Aceitaram orar
o Pai Nosso, mas não com fervor, ainda achavam que tudo que ouviram era um
grande engano.
Pela
manhã o advogado ligou confirmando que viria a tarde para fazer a leitura.
Márcia
aceitara que Valentina orasse por todos e Marlene e Laura foram à igreja.
Há
tarde os advogados chegaram e foram conduzidos à biblioteca onde foram
recebidos por Márcia.
-
Boa tarde! Está na hora dos senhores dizerem tudo que precisamos ouvir.
A
ultima a entrar na sala foi Cinthia e o marido.
-
Senhoras e senhores o Sr. Rubens deixou muitas dividas. Mas também deixou um
documento dando plenos poderes ao Sr. Rodolfo para resolver o que fosse
necessário.
Assim
sendo foi vendida a fabrica para a Srª Valentina e a mansão e os carros foram
vendidos para o Sr. Rodolfo para pagar as dividas.
Fez
– se um grande silencia na sala. Os advogados após a leitura retiraram-se
silenciosamente deixando cada um com seus pensamentos.
Márcia:
- Não somos mais ricos como antes, nem mesmo esta casa é nossa mais! Então é
tudo verdade? O que faremos agora?
Lidiane:
- Mamãe poderia ser pior, tio Rodolfo não nos colocará para fora de casa.
Rodolfo:
- Não eu nunca faria isto desde que fiquei viúvo vocês são tudo para mim,
sempre foram.
Augusto
e Guilherme estavam mudos sem reação nenhuma.
Cinthia
chorava abraçada ao marido. Marlene orava e Laura continuava sentada como se
não tivesse entendido nada que foi dito naquela sala.
Carlos:
- Vocês tem a casa se quiserem poderão continuar aqui.
Augusto:
- è, mas a fabrica é sua?
Márcia:
- Cale-se Augusto, você e seu irmão nunca quiseram saber de nada, seu pai viveu
trabalhando...
Augusto:
- Só falta à senhora dizer que sou culpado da morte do papai.
Márcia:
- Sim! Você, eu e todos nós. Seu pai perdeu o limite porque nós não tivemos
nenhum, suas esposas gastavam com joias, viagens e festas. Nós fizemos Rubens
chegar ao fundo de poço. Ele tomou tal atitude por nossa culpa agora temos que
nos levantar e viver com o que temos.
Cinthia:
- A senhora quer dizer nada!
Márcia:
- Vá trabalhar Cinthia faça algo produtivo para viver. O certo é entregarmos a
fabrica e as lojas para seus tios. Pensei bem e quero vender a mansão.
Guilherme:
- seremos empregados dos tios.
Carlos:
- Todos vocês tem estudo se quiserem trabalhar em outra empresa entenderemos,
mas, se quiserem ficar terão que seguir nossas regras, vamos ter que mudar
tudo.
Márcia:-
tudo mudara em primeiro lugar, Marlene vamos à igreja que quero mandar rezar
uma missa para o Rubens e todos nós iremos.
Passado
alguns dias a mansão foi colocada à venda e por ser num ótimo bairro logo uma
construtora se interessou para construir um conjunto de prédios.
A
família aceitou a proposta e ficaram sem saber para onde ir, a ideia era
comprar uma casa bem menor e pagar algumas dividas.
Cinthia
e o marido discutiam muito ele estava sempre ausente e aos pouco foi
abandonando- a agora que estavam pobres. A austeridade de Cinthia estava
terminando, o sofrimento a envolveu até que numa tarde ela pediu para tia
Valentina orar com ela.
A
família não queria separar-se compraram uma casa menor, sem luxo, sem os
grandes jardins, mas confortável para a família.
Valentina
e Carlos compraram um apartamento próximo dali.
Depois
de dois anos de tantas mudanças na vida, chegou o dia da mudança para a casa
nova. A maioria dos moveis foram vendidos para antiquários ficaram apenas com o
necessário e com os moveis menores.
A
mansão já estava vazia e Márcia observava tudo, levando as plantas e as flores.
Márcia:
- Eu me lembro de quando Rubens comprou esta mansão, era de um barão, meus
filhos nasceram e cresceram aqui.
Rodolfo:
- Foi por causa desta mansão e tudo que ela representa que Rubens tomou a
atitude que tomou, mas, não é tarde para renascer. Veja como esta a Cinthia,
mais humilde e a Lidiane que sempre teve a alma caridosa esta suportando tudo
com paciência, somente a Laura, tão mais nova continuam intragáveis.
Márcia:
- até eu Rodolfo, será que ainda há tempo para mudar? Será que o Rubens sabe o
que esta acontecendo?
Rodolfo:
- Acho que é uma mudança para todos é melhor aprenderem a conviver juntos e eu
preciso viver minha vida, ainda é tempo.
Márcia:
- entendo, vamos então para nova casa!
Na
nova casa moraria Márcia, seu filho Guilherme com a esposa helena e seus dois
filhos.
Cinthia
agora separada do marido e Lidiane, a filha caçula.
Augusto
e Marlene com a filha Laura foram morar num apartamento. Augusto não aceitara
trabalhar com o tio, estava trabalhando numa outra empresa. Laura sua filha
única com o tempo teve que aprender a ser mais humilde e ceder em seus
caprichos.
Valentina
e Carlos estavam sempre por perto auxiliando a todos.
Lidiane
continuava a trabalhar na fabrica que agora pertencia aos tios e ajudando
orfanato.
Cinthia
que nunca havia trabalhado, com o tempo vendeu suas joias e fez faculdade de
historia e depois de algum tempo já lecionava. Depois de dois anos de separação
conheceu Fausto, um professor de matemática e
apaixonaram-se. Casaram-se em uma cerimônia simples somente para os
familiares.
Guilherme
continuou a trabalhar na mesma empresa e junto com sua esposa Helena levam uma
vida mais simples e depois de um ano de saírem da mansão compraram sua própria
casa.
Lidiane
conheceu um jovem medico Dr. Jonas, pediatra e pretendiam casar-se em um ano.
Os
tios com seus estudos espirituais procuravam ajudar quem queria entender as
leis da vida eterna.
Numa
tarde foram conhecer o orfanato onde Lidiane
ajudava e ao conhecerem o menino Luizinho agora com dez anos, muito inteligente, e
decidiram adota-lo.
Em
casa Márcia ora cuidava das plantas, ora na igreja, mas todos os domingos a
família se reunia para almoçar.
Naquele
fim de semana Cinthia e Fausto felizes deram a noticia que ela estava grávida.
Foi
um momento de muita emoção, pela primeira vez Cinthia era humana e simples.
Lidiane
e Jonas marcaram o casamento para dali um ano, seria uma cerimônia simples.
Valentina
e Carlos convidaram todos para orarem na casa deles junto com algumas pessoas.
Valentina pegou um livro que eles não conheciam “O evangelho segundo o espiritismo”
e começaram as orações. Era uma grande mudança para todos.
Nesta
noite Lidiane teve um sonho: Ela orava muito e entrou num hospital, achou que
sua mãe estava internada. Ao entrar era um quarto confortável e viu que era seu
pai que estava ali.
Rubens:
- Filha você está aqui! Eu errei muito, sofri muito, ao invés de ter forças
para enfrentar a crise, deixei meu orgulho falar mais alto, perdi a noção de
tudo e tirei minha vida acabei no lodo. Ouvia as orações que vocês faziam por
mim, meu coração esteve com vocês o tempo todo, vocês se libertaram dos meus
erros. Agora estou aqui neste hospital onde todos são muitos caridosos.
Lidiane:
- Papai nos perdoe, os erros foram de todos, acumulamos nossos luxos em cima do
senhor, todos estão aprendendo, esta tudo mudado.
Rubens:
- Filha eu voltarei para a família, terei uma nova etapa de aprendizagem, meu
nome será Daniel você saberá que sou eu. Agora você precisa voltar eu estou
bem.
Lidiane
acordou e não se esqueceu das palavras do pai, tinha certeza que tinha falado
com ele. Contou para sua mãe o nome que ele havia dito que teria na terra, mas,
pediu à mãe que não contasse a ninguém o nome que o pai havia lhe dito.
Passado
um mês, Cinthia foi levada a maternidade onde nasceu um lindo menino, os pais
ainda não sabiam o nome que dariam ao menino.
Marlene
chegou para visitar e levou a Bíblia que caiu no chão ao abrir a bolsa.
Marlene
pegou a bíblia e disse: - Olha só onde abriu, que seu filho seja forte e tenha
muita fé em Deus como o profeta Daniel.
Cinthia:
- Eu achei o nome para meu filho, será Daniel, que ele enfrente com fé todos os
infortúnios da vida.
Márcia
ouviu e chorou muito contou para Lidiane : - Filha eu acredito no seu sonho,
não foi sonho, Cinthia escolheu o nome do bebe, será Daniel.
Lidiane:
- mamãe! É o papai voltando! Meu Senhor é real!
Valentina
chegou com Carlos avisando que Rodolfo estava no hospital, não se sentia bem,
era o coração. Toda a família foi para o hospital.
Rodolfo:
Márcia me perdoe se eu errei!
Márcia:
- Nos agradecemos todo o amor que tens pela família.
Li
Diane: - Tio Rodolfo a vida continua, meu pai voltou como Daniel filho da Sentir,
não tenha medo de nada porque também não é hora de ir embora. O senhor ira no
meu casamento.
Rodolfo:
- Já que é uma ordem, esta bem eu irei!
Na
mesma madrugada o telefone toca era tio Carlos avisando que tio Rodolfo havia
morrido. A emoção dela foi envolvida com as orações para o tio.
Lidiane:-
mamãe era o tio Carlos ao telefone avisando que tio Rodolfo viajou para a paz.
Marcia
ouviu aprendera a orar era outra mulher, de oração, de amor e de fé. Aprendeu
com a vida que há outra porta não precisamos ver, mas sentir que Deus não nos
deixaria sozinhos, em outra porta a vida segue.
Depois
de alguns meses chegou o dia do casamento de Lidiane. Ela estava vestida com um
lindo
e
simples vestido. As crianças do orfanato foram os pajens e daminhas.
Augusto
entrou com ela e na metade da nave da igreja e Guilherme a conduziu ao altar.
A
cerimônia religiosa foi linda e o pequeno Daniel jogava beijinhos para a noiva sem
parar. Lidiane entendia o que estava acontecendo era o que mais importava.
A
vida é maravilhosa para todos que amam e aprenderam a amar ao Senhor Deus e sua
obra Divina: a vida e o amor.
O
Senhor Deus inicia a vida com todo o Amor divino que Ele nos tem, mas como bom
Pai nos ensina ter equilíbrio emocional para chegarmos à plenitude de nossa
evolução.
A
vida sempre se refaz, sempre! Porque Deus Pai é vida e enviou como fonte de
amor Seu Filho, nosso Amado Senhor Jesus Cristo!
Deixem
a esperança tomar conta de sua vida, que a fé seja suas pernas e a Luz Divina
esteja em seus olhos.
Porque
somos filhos de Deus Eternamente.
Rodolfo
...........................................................................................................................................................
A
vida de todos mudou com o passar dos anos. Daniel filho de Cinthia e Armando tornou-se
um menino envolvente amava muito sua mãe, mas tinha um grande carinho pela tia
Lidiane.
Aos
sete anos de idade passeando com Cinthia e Márcia passa em frente ao local onde
era a mansão.
Daniel:
- Mamãe eu já morei aqui e todos nos fomos felizes!
Cinthia:
- Meu filho são prédios!
Daniel:
- Não! Antes tinha uma casa enorme e você nasceu nela.
Márcia:-
Daniel o que você se lembra?
Daniel:
- Que eu era um homem egoísta, mas hoje, antes de tudo sou feliz.
Cinthia
perguntou assustada: - Querido antes do que?
Daniel:
- Antes de eu cair no poço sem fundo, quando você se casou mamãe. Agora sou seu
filho e você me ama?
Cinthia:
- Meu filho eu te amo, antes de você nascer eu era uma pessoa ruim e egoísta.
Mas,
como você se lembra do meu casamento com seu pai? E como você era um homem?
Querido quem andou te falando essas coisas?
Daniel:
- Mamãe antes você era a minha Cinthia e hoje eu sou seu Daniel.
Márcia:
vamos tomar sorvete?
Lidiane
chegou contente pulando de alegria: - Mamãe eu e Jonas temos uma linda noticia.
Márcia:
- Com essa alegria toda, você será mamãe?
Lidiane:
- sim mamãe!
Mais
tarde Cinthia contou para Lidiane sobre o passeio e o que Daniel disse.
Cinthia:
- Minha irmã você acha tem algum problema?
Lidiane:
- nenhum problema! Daniel ter ama e nos ama é presença de Deus, você ainda terá
muitas surpresas com ele.
Márcia:
- Marlene ligou avisando que Laura está no hospital e os médicos disseram que
ela tem um tumor no cérebro inoperável. Vamos visita-la no hospital.
Laura
havia mudado um pouco, sentia muitas dores de cabeça, desmaiara em casa, seus pais
estavam desesperados.
Ela
foi medicada e ao melhorar um poço teve alta hospitalar e ficaria em casa aos
cuidados da mãe.
Laura:
- /mãe eu vou morrer? Estou com medo.
Marlene:
- minha filha você ficará boa.
Cinthia
e Daniel foram visita-los e Daniel disse-lhe:
-
Laura não tenha medo você é muito amada todo ficará bem aqui ou lá.
Laura:
- Do que você está falando? Eu não tenho nada!
Depois
de quatro meses Laura piorou, os pais a levaram em bons médicos e a resposta
era sempre a mesma.
Num
domingo de manhã no hospital Marlene sentada ao lado da filha percebeu que ela
havia morrido.
Marlene
não se desesperou, apesar da dor de mãe, era sua única filha e ela agradeceu a
Deus por sua Laura ter vivido mais perto dela nos últimos meses.
Marlene:
-‘’ Meu Deus eu entrego tua filha Senhor, perdão se eu não soube ensina-la a
doçura do amor, Contigo sei que ela estará bem.
Amém’’
Daniel
abraçou Marlene dizendo: - Ela ficará bem!
Mas
como a vida tem suas dores e alegrias chegou o dia do nascimento de Raquel,
filha de Lidiane que era uma linda menina e trouxe alegria e felicidade a todos.
Um
dia Cinthia foi ao quarto de Daniel e viu-o conversando com uma cadeira.
Cinthia:
- Daniel você está falando com a cadeira?
Daniel:
- Não mamãe! Estou conversando com meu irmão!
Cinthia:
- Querido você não tem irmão!
Daniel:
- Cinthia é o Rodolfo, meu irmão ele sempre vem ver se estou bem!
Cinthia
não teve reação ficou parada sem saber o que dizer. Foi quando ouviu sua mãe
chama-la.
Cinthia:
- Mamãe Daniel está no quarto conversando com uma cadeira, ele diz que é seu
irmão Rodolfo, será que é um amigo imaginário?
Márcia:
- Querida filha! Com o passar da vida acredito que somos passageiros de idas e
vindas de outro lugar em outro tempo, outro espaço....
Cinthia:
- Mamãe sei que a senhora já tem certa idade e que passou por muitas coisas difíceis,
mas o que ta me dizendo?
Márcia:
- Estou dizendo que o Rodolfo é real, é seu tio Rodolfo que veio falar com o
Daniel neste tempo.
Cinthia:
- Daniel disse que é seu irmão, mamãe o irmão do tio Rodolfo é o papai e Daniel
é Daniel.
Márcia:
- Minha filha antes dele ser seu filho, esteve conosco e viveu com o nome de
Rubens seu pai, tirou a própria vida, nada mais natural que retornar para a família
que ele ama, estou falando de reencarnação. E Rodolfo foi irmão de Rubens,
simples e natural.
Cinthia:
- Mamãe você não está bem! Vou ao supermercado quer alguma coisa de lá?
Márcia:
- Passe numa livraria e traga um livro deste gênero que explica tudo que te
falo e que você não quer entender e ouvir.
Cinthia:
- Estou saindo mamãe!
Alguns
dias mais tarde Augusto e Marlene foram visita-los e trouxeram uma bonequinha
para Raquel.
De
repente chegou Carlos, Valentina e Luizinho contentes contando sobre o passeio
de barco que fizeram.
Marlene
observando a alegria de Valentina perguntou-lhe.
Marlene:
- Valentina como você fez para adotar o Luizinho? Minha casa sem a Laura está
vazia.
Carlos:
- Têm tantas crianças precisando de amor e carinho, vocês têm condições, pensem
na alegria que darão a vocês e as crianças.
Marlene:
- Conversarei com Augusto, se preciso for mudaremos de apartamento é bom mudar
de ares.
Daniel
ouviu e disse: - Laura está bem ela irá se encontrar!
Todos
ficaram impressionados com as palavras de Daniel.
No
outro dia Cinthia amanheceu calada, arrumando o uniforme de Daniel para leva-lo
a escola quando o menino perguntou.
-
Mamãe porque está triste?
Cinthia:
- Não estou triste, só sinto saudades do meu pai! Vamos para a escola.
Daniel:-
Mamãe você tem algumas moedas? Preciso comprar um presente para uma amiga.
Cinthia
riu: - Aqui está, mas quem é essa menina? Hein Daniel?
Ela
ficou na porta da lojinha enquanto o menino comprava o presente. Ele saiu muito
serio com uma caixinha na mão e guardou na bolsa da escola. E ela achou
engraçado.
No
fim da tarde ela foi busca-lo e não aguentou a curiosidade e perguntou:
- Daniel a menina gostou do seu presente?
- Daniel a menina gostou do seu presente?
Ele
rindo pediu para sentar na praça perto de casa. Cinthia estava preparada para
ouvir a estória dele sobre uma garotinha.
Cinthia:
- Então o que você deu para a menina? Ela gostou?
Daniel:
- Eu vou saber se a menina vai gostar agora!
Cinthia
olhou para o menino perplexa sem entender nada. Daniel tirou a caixinha da
bolsa e com a mão fechada estendeu-lhe a caixinha.
-
Cinthia muito surpresa abriu a caixinha, tinha um anel de plástico, muito bem
feito e até gracioso, ela olhou para o filho sem entender.
Daniel:
- Este anel é simples, o diamante está no meu coração Cinthia.
A
praça e o tempo giraram na visão de Cinthia e ela lembrou
Da
cena do seu casamento, do anel de diamantes que esperou do pai. As lagrimas
rolaram pelo seu rosto. Cinthia abraçou o filho emocionada.
Cinthia:
- Meu Deus eu achava, meu filho, que a vida era à base de luxo e você hoje está
me ensinando que o amor é o diamante da vida!
Daniel:
- Ainda não entendeu?
Cinthia:
- Entendi! Meu filho você é o meu diamante,
eu te amo.
Daniel
sorria: sempre te amarei
Cinthia
contou para sua mãe e irmã o que Daniel fizera mostrando o anel que ela nunca
tirava do dedo.
Márcia:
Lidiane, Daniel foi claro e sua irmã não entendeu.
Lidiane:
- Ela entendeu, mas está se protegendo, antes a vida dela era os diamantes e
luxos, papai nos deixou e retornou para nós e hoje ele é a joia da vida dela.
Ele esta ensinando a ela com amor o que é a vida.
Márcia:
- será que alguma família passa ou passou por estas experiências reais?
Lidiane:
- Creio que sim! Olha o que éramos no passado e hoje.
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Raquel
já estava com cinco anos era uma menina alegre, já tinha um irmãozinho de um
ano chamado Miguel. Estavam brincando com as bonecas sendo observadas por
Daniel, agora com treze anos.
Márcia
se sentiu mal e Cinthia chamou a ambulância para leva-la ao hospital.
Daniel
aproxima-se dela e fala no seu ouvido:
-
Obrigado por me entender!
Márcia
abre os olhos e sorri. Foi levada ao hospital e não retornou para casa, mas foi
para um lugar especial.
Acordou
depois de um longo sono, num quarto simples.
Márcia:
- Por favor, você é a enfermeira.
Clara
– Sim! Meu nome é Clara! Está sentindo-se melhor senhora Márcia?
Márcia:
- Estou! Não sei o que aconteceu comigo! O mal estar passou, posso me levantar?
O mal estar já passou, que perfume delicioso! São flores, posso ir ao jardim?
Clara:
- Sim, vamos! Vou lhe ajudar!
Márcia
caminha com calma.
-
Clara, sinto vontade de te perguntar, mas acho que estou tão bem como não tive
antes, acho que está vindo ao meu encontro um grande amigo. Meu Deus! Tudo é
muito natural!
Rodolfo:
- Márcia vejo que estás bem! Chegaste há pouco tempo, seja bem vinda!
Márcia:
- Por que não estou assustada? Eu sei que todos em casa estão bem! Agradeço a
vida por ter me ensinado a mudar e ao meu neto que foi meu marido Rubens, ele
sofreu pelo materialismo, não queria que passássemos o que ele passou, mudou a
vida, retornou para nós, envolvendo-nos com seu amor inocente!
Rodolfo:
- A vida é uma dádiva eterna! Vamos passear, tenho muito que te mostrar...
Márcia:
- Meu cunhado eu tinha muito que aprender. Aliás, todos nós aprendemos a viver,
com as nuances do tempo para sempre. Amém!
Rodolfo:
- Entre o chão que pisamos e os céus que vemos há vida!
Márcia:
- Aleluia!!!