quinta-feira, 12 de setembro de 2013

''DOE AMOR, DOE VIDA, VIVA COM AMOR''

.- Meu Deus já andei tanto! Mas para onde? Será que fugi do hospital? Minha cabeça dói!
- Mas o que é isso? Meu carro está acabado! Policia?
Foi aquele caminhão, aquele homem deve ser o motorista, ele está bem!
E meu irmão Dimas? Dimas! Eu estou bem, acho que me levaram para o hospital, me levantei ,estou andando um poço confuso.
Dimas: - Porque o policial está se levantando? O que é isso?
Dimas – Meu irmão Jose Luiz vinha de São Paulo dirigiu a noite toda, estava chegando a casa..
Jose Luiz: - Mas?Quem é aquele coitado deitado no chão?
Dimas: - Andei tanto, estou cansado, ainda bem que tudo esta bem.
Policial: - O senhor precisa ver o corpo do seu irmão agora!
Dimas: - Quero sim! Por favor! Meu deus é o Jose Luiz! O que direi para a família?
Jose Luiz: - Dimas quem é este? O0 coitado parece com alguém que eu conheço? Comigo? Não! Levanta corpo!
Sr policial me ajuda a me levantar! Dimas me bata! Não!’   o que é isso? Não! Não guarde este corpo no carro funerário! Eu não estou morto!
Jose Luiz: - Irei até minha casa para esclarecer tudo.
- Dulce! Dulce! Minha esposa esta uma confusão, houve um acidente com meu irmão Dimas e havia um corpo parecido comigo, lógico que é alguém muito parecido comigo. Querida levante-se!
Luiz Carlos: - Mamãe o café esta pronto
Dulce: - O que você esta fazendo aqui?
Kátia: - Mamãe eu trouxe o café!
Dulce: - Kátia já esta cordada que horas são? Seu pai já chegou?
Jose Luiz: - O que esta acontecendo? Dulce, meus filhos eu estou aqui! Alguém me ouça!
Luiz Carlos: - mamãe o tio Dimas ligou, houve um acidente grave com eles!
Dulce: - Meu Deus! Seu pai se machucou? Em que hospital ele esta?
Kátia, minha filha não chore, se acalme.
Luiz Carlos: - Papai não resistiu, ele estava dirigindo e o caminhão bateu do lado do motorista, o tio Dimas sofreu ferimentos leves.
Dulce – Não! Abracem-me meus filhos.
Luiz Carlos: - Lucas foi ao encontro do tio Dimas ajuda-lo com as providencias.
Luiza: - Dona Dulce acalme-se vamos orar.
Kátia: - Você pensa em orar para que meu pai está morto!
Luiz Carlos: - Minha esposa esta tentando nos acalmar, e orar sim precisamos ter forças e para ter forças é preciso ter Deus.
Dulce: - Vou me levantar logo me arrumarei.
Luiza: - todos da família já foram avisados, logo estarão aqui, são sete horas da manhã.
Jose Luiz inconformado sentou-se na cama do casal em seu antigo quarto, vendo a família falar, alguns choravam.
Ele cansou de chamar, viu quando sua tia Clara entrou pela casa e começou a observa-la.
Dona Clara: - Meus queridos acalmem seus corações a partida de Jose Luiz foi rápida sem sofrimento. Orarei para meu irmão orem comigo: “Senhor Jesus abençoe o Jose Luiz para que ele obtenha a luz divina e que seja amparado pelo amor Divino, agradeço por todos esses anos que ele viveu conosco”. “Amém”
Jose Luiz ouviu a oração: _ Meu Deus estou tendo um pesadelo ou minha família enlouqueceu, se morri não existo mais e vou desaparecer.
Deus! Não quero desaparecer! Vão me esquecer! Estou tão cansado vou deitar na cama só um minuto e quando acordar tudo não terá passado de um pesadelo.
Depois de um curto tempo Jose Luiz abriu os olhos ouvia vozes vindas da sala foi devagarzinho até onde dava para vê-los. Via vulto de pessoas, sentiu no coração um sentimento, uma comoção que não entendia.
Jose Luiz: - Meu Deus estou sentindo medo! Que sensação! O que é isso? Um velório, meus filhos estão chorando, minha esposa está orando, quanta gente meu Deus. Dimas não está aqui! Foi ele que morreu e na minha dor eu troquei tudo.
Sentiu um grande alivio, afinal não via o irmão então podia chegar perto do caixão e orar por Dimas.
Jose Luiz: - Dimas eu fiquei confuso, meu irmão, vá com Deus sentirei sua falta. Nossa você está com o meu melhor terno!
Não! Este é o meu rosto! Meu Deus é meu corpo! Não! Não vou desaparecer! Eu estou vivo!
Jose Luiz ouviu as orações, os choros sinceros de seus filhos e esposa, a firmeza de sua tia. Ele correu até ela dizendo:
- Tia estou vivo, não deixe morrer! Diga a todos que é um pesadelo!
Dona Clara orando: - Senhor ampare meu irmão com sua luz de amor.
Ele deve estar aflito sem entender o que esta acontecendo, ele era apegado á matéria e a família. Senhor o perdoe!
Jose Luiz: - Deus me perdoar? De que? Quem está chegando?
Entra no salão uma moça de cabeça baixa, acompanhada por uma mocinha aparentando quinze anos, ambas parou ao lado do caixão, a menina chorava muito.
Jose Luiz:- meu Deus! Acho que é bom agora, neste momento eu estar morto!
Kátia aproximou-se das duas dizendo: - Obrigado por terem vindo ao velório do meu pai! Vocês são filhas de algum amigo dele?
A mais velha respondeu: - Eu me chamo Vânia, sou a irmã mais velha esta é minha irmãzinha Jessica, não somos filhas de nenhum amigo do seu pai.
Kátia: - São vizinhas?
Vânia: - Não! É melhor conversar em outra hora eu só vim trazer Jessica.
Kátia: - Não tem outra hora, aqui estão à família e os amigos dele. Quem são vocês?
Luiz Carlos: - Kátia o que é isso? Todos estão olhando, respeite as pessoas estamos no velório do papai.
Kátia: - Eu quero saber quem são elas!
Jessica chorando muito disse: - Ele também era meu pai.
Luiz Carlos e Kátia ficaram sem reação por alguns minutos, mas Kátia logo rebateu:
- Quero ver seus documentos? Sua mentirosa meu pai era um homem integro!
Vânia com as mãos tremula tira da bolsa alguns documentos e mostra a Luiz Carlos.
Luiz Carlos: - Kátia a Jessica está registrada com o sobrenome do papai, é filha dele, nossa meio irmã.
Kátia: - Papai não nos enganaria e não trairia a mamãe.
Dimas entra no salão neste momento e vê a cena. Aproximando-se de Jessica diz:
Dimas: - Jessica você está bem querida? Sei que é difícil, mas você não está desamparada.
Luiz Carlos e Kátia atônitos falam quase ao mesmo tempo:
- Tio o senhor sabia de tudo? E nunca nos contou? Por que esta traição?
Dimas: - Aqui não é hora nem o local para termos esta conversa. Agora vocês sabem que tem uma irmã. Eu respeitei seu pai e a família depois conversaremos sobre isto.
Dulce: - Kátia o que está acontecendo?
Luiz Carlos: - Kátia está inconformada mamãe vamos para sala ao lado para tomar um cafezinho.
Kátia: - Elas têm que irem embora!
Dona Clara - Não sei o que está acontecendo, mas aqui e agora todos são bem vindos, vamos nos acalmar precisamos ter paz no coração.
Dimas: - Concordo com tia Clara.
Jose Luiz: - Não! Não! Jessica minha filha me perdoe, vou desaparecer e deixar a dor eu não quero mais morrer!
Dulce: - Agora é a hora mais difícil, penso nos meus filhos, Tia Clara a senhora sempre com suas boas palavras.
Dona Clara: - Dulce a vida nos coloca em situações difíceis, para mim são testes para nós, a humanidade testar a fé, nossa capacidade de compreensão, equilíbrio e sentimentos.
Dulce: - Agora está difícil só com o tempo.
Jose Luiz: - Perdoe-me Dulce, perdoe-me! Meu Deus estão fechando o caixão! Não! Não vou conseguir respirar! Parem não me enterre, eu vou desaparecer!
Jessica: - Meu Jesus o tempo que estive com meu paizinho, jamais vou esquecer. Estrelinhas de Deus ilumine o meu pai no céu!
Kátia: - Adeus papai!
Luiz Carlos: - Meu pai que o senhor encontre com meus avos e tenha paz.
Após o enterro todos entraram nos carros, exceto Dimas que foi abraçar Jessica amparada por Vânia.
Seguiram todos para suas casas, alguns emocionados, Kátia chorava, mas, não compreendia seus sentimentos.
Jose Luiz – Estou respirando, não me aconteceu nada! Será que desaparecerei logo? Não posso ficar aqui. Na sua mente vinha à lembrança da sua família. E agora o que vou fazer? Vou caminhando para onde?
Ele avistou uma igreja com a imagem de Nossa Senhora de Fátima, aproximou-se e ajoelhou diante da imagem e deixou toda a emoção vir à tona.
- Meu Pai me perdoe! Queria gritar para todos, alguns acham que morreu enterra e acabou se enterra junto os pecados, mas, não estou inteiro com uma grande dor no peito. Mãe Santíssima! Socorra-me!
Nunca fui de orar, quando minha mãe estava comigo ela orava, dizia que até dormindo deveríamos orar. Quando eu era menino eu orava, cresci e só me lembrei de me preocupar com coisas terrenas. Deus me ampare! Jesus! Salve-me de mim mesmo e de toda minha ignorância.
De repente ele começou a ouvir uma voz conhecida de muito tempo atrás.
Helen ice: - Jose Luiz meu filho!
Jose Luiz: - Mãe! Mãe! Não chegue perto de mim, você morreu há vinte anos, se eu te abraçar estarei concordando que não estou mais na Terra.
Helenice: - Filho estamos vivendo no mesmo estagio de vida!
Jose Luiz: - que estagio é este?
Helenice: - O estagio da Luz, meu filho, o corpo terreno pertence ao planeta Terra, onde aprendemos a equilibrar nossos sentimentos e quando deixamos a Terra nosso corpo de luz esta livre para eternidade, alguns chama este corpo de luz de alma. Aceite meu abraço, meu filho pegue minha mão.
Jose Luiz: - Posso só toca-la?
Helenice: - Sim! Feche os olhos já que tem tanto medo de sua mãe.
Jose Luiz fechou os olhos e sua mãe o abraçou, ele chorou muito dizendo: - quanta saudade da minha mãezinha!
Helenice: - Meu filho tudo ficara bem, você não vai desaparecer. Nosso Senhor Deus é vida, a vida eterna. Deus é amor,
A vida na espiritualidade é para todos, é natural como o sopro da vida. Você orou clamou pelo Senhor. A oração é o balsamo da alma a ligação entre os homens e o Senhor Deus Pai Todo Poderoso.
A eternidade é para todos, vamos comigo há lugares lindos quero te mostrar.
Jose Luiz: - Como existem lugares assim?
Helenice: - Nosso Pai, Nosso Senhor Jesus dizia que Seu reino não é deste mundo, o mundo de amor, de perfeição e de luz onde todos é uma grande irmandade. Há amigos por todos os lugares vivendo em planos espirituais emanando Luz para a terra, de braços abertos a todos que retornam para as terras de Luz. Venha comigo, você será bem recebido, você entenderá aos poucos. Vamos caminhar.
Jose Luiz: - O que está acontecendo? Estou me sentido longe, tudo está ficando lá embaixo, não pode ser este túnel que eu ouvi falar, é de Luz, mas, não da medo, quantas pessoas estão caminhando por passarelas, estou vendo a Luz do sol, um gramado, jardins, dois prédios? Como? Estamos no céu? Acima da Terra é o céu?
Helenice: - A Terra não está no meio do espaço, na via láctea. se alguém vê-la de longe dirá q  eu é o céu e muitos oram em direção a Terra .Tudo filho vem do mesmo corpo celestial: os céus, você entenderá daqui algum tempo.
Jose Luiz: - Posso sentar neste banco? Estou cansado e perplexo.
Jose Luiz: - mamãe aquele homem sorrindo que esta vindo eu conheço, Meu Deus é o papai!
Jorge Paranhos: - meu filho!
Jose Luiz: - Pai!
Pai e filho se abraçaram emocionado e Jose Luiz sentiu-se novamente como um menino no colo do pai.
Jose Luiz: - preciso voltar para a Terra, deixei problemas graves que preciso tentar consertar.
Helenice: - Você meu filho, para retornar para a Terra precisa de cuidar, ter forças para ajudar a todos.
Jorge: - Meu filho venha conosco, aqui é a sala dos cuidados, deite-se um pouco, eu e sua mãe oraremos por você.
Jose Luiz ouviu e fez o que seus pais pediram, deitou-se e conseguiu relaxar disse que sentia um perfume de flores e acabou dormindo.
Helenice|: - deixarei o Jose Luiz contigo e irei ate a Terra, pedirei orientação, Clara está na Terra quem sabe ela me ouvirá. Meu coração diz que Kátia dará muito trabalho.
Na casa terrena de Jose Luiz se passou uma semana da partida do chefe da casa. Os filhos estão em silencio e Dulce estava mexendo nos armários quando entra Luiza, sua nora, dizendo:
Luiza: - Dona Dulce vim ajuda-la oGabriel esta dormindo.
Dulce: - Gabriel meu netinho só tem quatro meses e não poderá conviver com o avô. Deus quis assim.
Eu não posso mais continuar a abrir o armário e ver as roupas do meu marido, não sei o que fazer! O que você acha Luiza?
Luiza: - A senhora poderia doar para alguma entidade carente, muitas precisam de roupas.
Dulce: - Farei isso, vou ter forças e colocar tudo nas caixas para a doação.
Luiza: - E eu a ajudarei.
Neste momento Kátia chega do serviço e pergunta: - O que vocês estão fazendo?
Luiza: - Estamos colocando as roupas do seu pai nas caixas, sua mãe vai doa-las.
Kátia: - Mamãe não de nada pra ninguém pique todo, rasgue assim.
Dito isto pegou uma camisa do pai e começou a rasga-la.
Dulce: - O que é isso minha filha? Seu pai morreu involuntariamente, acalme-se, ele sempre te amou, viveu por nós, sua família.
Kátia: - Não! Não! Fomos enganados, no velório apareceu a Jessica.
Luiza: - Cale a boca Kátia ainda não é hora.
Luiza ligou para o seu marido: _ Luiz Carlos a Kátia está descontrolada, venha para cá, Ela rasgou algumas roupas do seu pai e esta falando sobre a Jessica para sua mãe, venha logo!
Kátia: - Tio Dimas sabe do que eu estou falando, gritava, esta Jessica apareceu no velório chorando, mostrou documento registrado ela é filha do papai.
Luiza: - Kátia pare! Respeite sua mãe! Ainda não é hora!
Dulce: - Minha filha seu pai nunca me traiu.
Kátia: - Ele ter enganou, têm uma filha de quatorze anos.
Dulce: - Pare Kátia! Pare por favor!
Luiz Carlos chegou na hora e abraçou a mãe dizendo:
Luiz Carlos: - Mamãe fique calma a Kátia está nervosa, Luiza faça um chá.
Dulce: - Meu filho a Kátia está falando de uma menina Jessica que foi ao enterro de seu pai, dizendo que é filha dele.
Kátia - Fala do documento! Ela é a filhinha do papai!
Dulce foi ficando pálida e desmaiou chamaram a ambulância e ela foi levada rapidamente para o hospital. Luiza avisou a família do acontecido e logo todos foram para o hospital.
Luiz Carlos foi conversar com o cardiologista, ele disse que era hipertensão devido a toda a tensão passada nos últimos dias e que deveria passar a noite no hospital em observação.
Luiza ficaria com ela e Kátia voltou para casa acompanhada pela tia Clara.
Dimas foi ao hospital e pedia para Kátia se controlar que toda a família conversaria para resolver aquela delicada situação.
No dia seguinte Dulce volta para casa e pede para Dimas contar toda a verdade por mais dura que seja.
Dimas chega à casa do irmão muito pensativo e preocupado.
Dulce: - Dimas gostaria, não!,Quero saber sobre esta menina Jessica, se é mesmo filha do Jose Luiz e qual é a verdade. Para mim meu marido sempre foi fiel, nunca demonstrou nenhum sinal de infidelidade.
Dimas: - Por mais que pareça ruim a situação vou lhe contar tudo. Soube da existência da Jessica há cinco anos. Meu irmão te amava muito e a toda família, sempre amou. Há quinze anos, Camila que trabalhava na mesma empresa que Jose Luiz, perdeu o marido e os pais num acidente de carro. Ela ficou só com a filha menor, Vânia, e única na época.
Camila entrou em depressão, tentou varias vezes o suicídio, estava fazendo o tratamento, mas sempre foi fraca em seu espírito e começou a ingerir bebida alcoólica. Era carregada para casa completamente embriagada.
Jose Luiz e Lucélia, irmã de Camila fizeram de tudo que podiam para ajuda-la. Jose Luiz então resolveu afastar-se dela.
Um dia Camila ligou dizendo que iria se matar, estava sozinha em casa. Meu irmão ligou para mim, mas naquela noite eu estava na formatura da minha filha e Jose Luiz foi até la.
O apartamento de Camila estava todo quebrado, Vânia chorava de fome. Ele fez o jantar para a menina e a alimentou. .Jose Luiz fez um café bem forte e deu para a Camila. Depois de algum tempo ela parecia mais calma e ofereceu uma xícara de café para ele.
Ele aceitou, mas, assim que tomou começou a sentir tonturas, ela o levou para a cama.
No dia seguinte ele amanheceu sem roupas, ligou para mim assustado e eu fui rapidamente para la. Jose Luiz estava com o halito de bebida alcoólica, sem as roupas e Camila deitada totalmente fora de si.
Liguei para Lucélia para da mãe e filha. Meu irmão estava desesperado sem se lembrar do que tinha acontecido. Eu pedi a ele que se esquecesse de tudo e nunca mais fosse ao apartamento para ajuda-la.
Após dois meses, Camila começou a perseguir o Jose Luiz dizendo que estava grávida dele. Ele desesperado começa a pagar todas as despesas dela. Na época ele não me contou porque teve medo.
No dia que Jessica nasceu ela ligou muitas vezes até ele ir até la, na maternidade ele assumiu a menina sem fazer perguntas. Ela tentou muitas vezes tirar a paz do Jose Luiz.
Há cinco anos ele me ligou desesperado dizendo que Lucélia havia dito que Camila havia sumido. Ela chamou a policia, ajudei meu irmão procura-la, mas a policia a encontrou morta perto de casa por overdose de drogas. Lucélia então ficou com Vânia e Jessica.
Mas, hoje Lucélia está com câncer. Vânia estuda, faz faculdade de direito e Jessica está terminando o segundo grau, com a ajuda de Jose Luiz, até hoje.
Vânia e Jessica amaram Jose Luiz como um pai. Lucélia atualmente está internada num hospital muito mal.
Está é a verdade que meu irmão ocultou por respeito, medo ou por amor a vocês.
Dulce e a família ouviram tudo, mas não sabiam o que dizer.
Kátia: - Espero que Camila esteja no inferno.
Luiz Carlos: - Não diga isto! Ela era uma alma perturbada, agora temos que pensar no que fazer, papai foi uma vitima.
Dulce: Não há muito que pensar a única vitima é a Jessica.
Camila era desequilibrada, revoltada com a vida e com Deus. Ela transferiu toda a revolta que sentia pela vida e por Deus para seu pai e para todos que a cercavam.
Kátia: - Se a senhora esta dizendo que a Camila jogou a raiva dela sobre os ombros do meu pai e até fez uma armadilha para ele, então tenho razão o lugar dela é no inferno.
Tia Clara: Ninguém tem que ir para o inferno. Camila já viveu o próprio inferno com seu desequilíbrio emocional. Deus tem piedade de todos os seus filhos. Acredito que há algo que desconhecemos, só Deus sabe o porquê de tudo. Temos que pensar em Jessica, pelo que Dimas falou sua tia Lucélia está morrendo.
Dulce: - Preciso pensar no que fazer!
Luiz Carlos: - Mamãe estou do seu lado. Papai confiou demais, se envolveu sem querer se envolver.
Tia Clara: - Não concordo! Ele poderia naquela noite ligar para Lucélia ficar no lugar dele, Jose Luiz teve paciência, ele sem perceber estava ligado à Camila por piedade. Não sei, nenhum homem em sã consciência teria um desejo ardente por uma mulher fora de si, alcoolizada. Pobre Jose Luiz! Que Deus o abençoe! Agora os dois estão no mundo espiritual.
Kátia: - Credo! Meu pai não está no inferno, eles nãovão se encontrar.
Luiz Carlos: - O que faremos? Devemos assumir a ajuda financeira a Jessica?
Kátia: - Ela é uma desconhecida!
Dulce: - Kátia querendo você ou não ela é sua irmã por parte de pai.
Quero conhecer a Jessica.
Dimas: - Tem certeza cunhada? Ela é educada e muito sofrida.
Tia Clara: - Irei com você Dulce, vamos resolver logo, assim ajudaremos quem está no céu. Na verdade sempre achei que quando estamos nesta Terra devemos fazer algo de bom para o próximo, assim muitos “nós” são desmanchados e o céu fica mais azul.
Dulce: - È Clara, agora o céu esta cinza para mim! Vamos então?
Dimas: - Eu vou leva-las até a casa delas.
As duas arrumaram-se para ir até o lar de Jessica. Kátia era contra e se recusava dar qualquer passo para ajuda-la
Luiz Carlos resolveu acompanhar a mãe e a tia.
Chegaram num conjunto de casinhas bem simples, elas moravam no fundo da casa. Quando Jessica viu a família do seu pai no portão ficou assustada.
Dimas: - Vânia nós viemos conhecê-las e conversar, podemos entrar?
Vânia: - Sim, perdoe-nos a nossa casa é simples. Estava me arrumando para passar a noite no hospital com tia Lucélia. Entrem!
Foram entrando, Dulce sentia seu coração disparado. Clara estava calma, orava baixinho e Luiz Carlos só observava.
Entrou numa pequena sala com um sofá, uma televisão pequena, a cozinha era no corredor com uma pia e um fogão. Do lado uma geladeira pequena e antiga, um pequeno quarto e o banheiro fora da casa.
Vânia: - Desculpem não temos cadeiras para todos, mas a duas senhoras podem senta-se, vou chamar Jessica que esta no quarto.
Jessica veio para sala e quando viu Dimas o abraçou, ela já ia completar quatorze anos.
Dimas a apresentou para todos. E Dulce tomando a palavra disse:
- Jessica você é muito bonita!
Jessica - Papai nunca falou de mim para vocês?
Dulce: - Não!
Jessica: - Ele falava de vocês para nós, dizia que todos eram bons e que um dia eu os conheceria.
Vânia: - Vou fazer um cafezinho! Vocês aceitam?
Clara: - Sim! Nos aceitamos.
Luiz Carlos: - O que meu pai falava de mim para você?
Jessica: - Que eu tinha um lindo irmão e muito bom de coração.
Vânia trouxe o café nos copos, pedindo desculpas por não ter xícaras.
Dulce: - Posse ver onde você dorme Jessica?
Vânia permitiu e Jessica levou Dulce a um pequeno quartinho que só tinha uma cama onde dormia Lucélia e dois colchões no chão.
Sobre o colchão de Jessica via-se alguns livros. Não havia guarda roupas, as roupas ficavam em caixas de papelão.
Dulce sorriu e agradeceu voltando para a sala.
Vânia estava com o coração disparado e logo foi dizendo seu maior medo:
- Vocês não vieram tirar minha irmã de mim?Não é?
Dimas: - Calma esse não é nosso pensamento, viemos apenas para conhecê-las.
Vânia: - Eu quero uma vida melhor para nós três, mas está difícil, parei a faculdade há dois anos, na verdade mal comecei.
Dulce: - Mas o Jose Luiz ajudava vocês financeiramente?
Vânia: - somente para pagar o aluguel, minha tia nunca permitiu que ele ajudasse mais. Dizia que ele tinha uma família que precisava dele, mas nunca faltou comida para minha irmã. Agora, me desculpem, mas tenho que ir para o hospital.
Dulce: - E a Jessica ficará aqui sozinha?
Jessica: - Sim! Não estarei só, estarei com Deus!
Um olha para o outro e Dulce olha para Jessica:
- Vânia, por favor, deixe-nos levar Jessica para passar a noite em casa?
Dimas: - Eu lhe asseguro.
Vânia: - Você quer ir Jessica?
Jessica: - Não sei!
Dulce: - Olha se você for eu posso lhe mostrar as fotos do seu pai, conversaremos e amanhã eu a trarei de volta!
Vânia: - A senhora traz ela mesmo de volta?
Dulce: - Sim você tem minha palavra.
Jessica: - Então eu vou.
Finalmente chegam em c asa e Jessica olha admirada a casa que era do seu pai.
Dulce olha para Jessica e sorri e ela se assusta e pergunta por que ela está sorrindo?
Dulce: - È engraçado quando você entrou senti alegria vou preparar o jantar, mas antes tomaremos um lanche.
Jessica entrou e sentou-se no sofá junto com Luiz Carlos, que logo recebe um telefonema e sai da sala para atender.
Neste momento chega Kátia:
_ Quem é você? Pergunta para Jessica.
Jessica: - Oi! Meu nome é Jessica e você é a Kátia, você é bonita como na foto que papai me mostrou. Você tem cabelos lindos!
Kátia: - Você não vai me dobrar como sua mãe que enganou meu pai.
Dimas chega à sala neste momento e repreende a sobrinha:
_ Kátia ela não tem culpa de nada!
Kátia: - Olha tio ela nasceu? Como?
Jessica: - Desculpe! Ficarei quieta, mas, você tem uma boa mãe, ela esta na cozinha fazendo o jantar, eu não tive minha mãe. Ela não sabia o porquê ela existia e muito menos teve qualquer sentimento por mim. Você teve seu pai o tempo todo.
Dimas abraça Jessica e manda Kátia ir para o quarto dela.
Tia Clara: - Eu não sei de onde ela puxou este gênio, mas acho que vocês irão se dar bem!
Jessica: - Ficarei aqui só hoje, minha irmã precisa de mim e quando a tia Lucélia sair do hospital eu cuidarei dela.
Neste instante chega Dulce trazendo uma bandeja com suco, bolo e bolachas.
Dulce: - Olha o lanche!
Jessica: - Nossa que jantar legal!
Dulce: - Este é só um lanche, o jantar ainda vai demorar um pouco.
Dulce mostrou algumas fotos e a casa para a menina. Jessica só olhava sem dizer nada.
Jessica: - Onde vou dormir?
Tia Clara: Hoje eu vou dormir aqui e você dormira no mesmo quarto comigo.
Quando o jantar foi servido, todos se sentaram e Kátia sentou-se por ultimo à mesa e mantinha os olhos cravados em Jessica que mantinha calada.
A certa altura do jantar Jessica não se contendo perguntou:
- Kátia porque você me olha tanto?
Kátia: - Você percebeu? È para você manter distancia de mim!
Jessica: - O que nos separa é a largura da mesa.
Luiz Carlos com um sorriso no canto dos lábios responde:
-Jessica você é inteligente!
Jessica: - Acho que puxei a inteligência do papai, porque o outro lado do cérebro está parado.
Clara sorrindo puxa a conversa para outro rumo temendo a tensão no ar.
Clara: - Jessica o que você gosta de comer? Que tipo de comida?
Kátia adiantando-se responde:
- Eu adoro massas e saladas!
Jessica: - dona Clara o que tiver para cozinhar está bom!
Kátia: - Menina porque você não diz ‘o que tiver na mesa’.
Jessica: - Porque na minha casa não tem uma mesa linda como esta mesa de família.
Um pesado silencio segiu-se a estas palavras. Luiz Carlos demonstrou espanto, Dimas ficou satisfeito e Dulce não parava de observar a menina.
Assim que o jantar terminou Jessica dirige-se a D. Dulce dizendo:
_ Obrigado pelo jantar! Eu posso ir me deitar agora? Porque assim eu vou poder rezar pela minha ti Lucélia.
Dulce: Claro, já estão preparando o quarto para vocês.
Clara e Jessica foram para o quarto e Jessica quando viu a cama exclamou: - Que lindo! É macio, muito fofo!
Trocou suas roupas e sentou-se na cama e orava baixinho.
Clara sentando ao lado dela diz: - Jéssica hoje vou te ajudar, vou orar até dormirmos.
No dia seguinte quando Clara acordou viu a cama de Jessica arrumada levanta-se e quando desce as escadas vê Jessica ajudando
Zuleica, a empregada da casa, pondo a mesa para o café da manhã.
Jessica: - Bom dia! Onde está o tio Dimas?
Dulce: - Ele foi ontem para casa e hoje dever ter ido trabalhar e agora o Luiz Carlos foi para casa dele.
Kátia: - bom dia para todos! Jessica você ainda não foi embora?
Jessica: - Não fiquei esperando você acordar para lhe dar bom dia!
Dulce e Clara se olham admiradas.
Dulce: - Após o café eu te levarei para casa, Jessica e logo você verá sua irmã.
Jessica: - A Vânia é minha irmã – mãe e aqui tenho irmãos.
Kátia: - Não sou sua irmã! E sua mãe está no inferno!
Dulce: - Há horas na vida que temos que dizer:
- Kátia, cala sua boca!
Kátia: - Por quê? Esta estranha entra em casa, senta-se no sofá, come, dorme e esta encantando a todos. Eu sou sua filha! Não está impostora. Garota espero que você vá acompanhar sua mãe no inferno!
Jessica chorando responde: Minha tia Lucélia fala que Deus não deixa ninguém no inferno porque Ele ama a todos e que se o inferno existisse todos estaríamos lá, porque Jesus, o Filho de Deus foi crucificado por todos nós. Minha mãe era doente, Ele sabe que ela precisa Dele, e você também Kátia, você é minha irmã, papai falava de você. Dona Dulce, por favor, me leve para casa?
Dulce: - Kátia não foi está educação que você recebeu! Esta amargura que você está sentindo te deixará doente. Vamos Jessica!
Dimas chegou neste momento e observou que Kátia parecia que ia explodir de tanta ira.
Ao chegarem à casa de Jessica encontrou-se com Vânia que havia acabado de chegar do hospital, mas, que teria que retornar, porque a tia havia piorado e Jessica ficaria sozinha.
Dulce: - Vânia, por favor, deixe a Jessica ficar comigo estes dias!
Vânia: - A Jessica lhe dará trabalho e sei que ela não é aceita pela Kátia e não tiro a razão dela, não entendo como à senhora não falou nada contra nós, não blasfemou. Pensei que quando visse minha irmã iria se revoltar e questionar a paternidade de minha irmã!
Dulce: - Não posso dizer nada! Jessica é o meu marido de vestido.
Não preciso de nenhum exame e nenhuma pergunta para ter a certeza que ela é filha dele. Só preciso organizar minhas ideias, e enquanto vocês estiverem passando este período difícil deixe a Jessica ficar comigo.
Vânia: - Por quê? Ela ficará bem! Deixarei lanche pronto para ela.
Dulce: - Não quero tira-la de você, preciso conhecê-la.
Vânia: - e também conhecer a si própria! Está bem, mas, qualquer problema traga-a de volta. Ela ficará por três dias.
Enquanto Jessica conversava com Vânia no quarto, Clara questiona Dulce: - O que está acontecendo com você?
Dulce: - Eu sempre tive o nariz empinado, nunca ajudei ninguém. A Kátia é como eu era no passado e meu marido tentou me ajudar.
Não sei ao certo o porquê aconteceu tudo, mas meu coração está em paz desde que vi a Jessica.
Voltaram para casa de dona Dulce e Jessica ia pensativa sem dizer uma palavra.
Ao chegarem elas encontram com Kátia que não estava com fisionomia muito calma. E dirigindo-se a Jessica explode:
Kátia: - Vá embora intrusa! Vá para o inferno, lá que é seu lugar.
Jessica: - Kátia vou orar por você, falas tanto em inferno que eles vão ouvir e podem te levar com eles.
Luiz Carlos riu da irmã e disse:
- È mana você está correndo perigo com essa sua língua.
Dulce: Jessica você ficará aqui por alguns dias.
Neste momento chega Luiza e se apresenta: - Oi Jessica, meu nome é Luiza sou esposa do Luiz Carlos, meus filhos estão com minha mãe, você gostará de conhecê.
Os dias iam passando e Jessica estava sendo tratada com carinho.
A empregada da casa estava arrumando toda a casa e quando chegou ao quarto de Kátia deparou-se com uma enorme bagunça. Havia roupas espalhadas pelo chão e pela cama.
Jessica vendo a bagunça começou a organizar e limpar o quarto, deixando tudo limpo e arrumado. Oquarto agora estava perfumado.
Quando Kátia chegou a casa foi conversar com a mãe:
-Mamãe esta empregada deixou o meu quarto todo arrumado e perfumado.
Dulce: - Não foi a empregada que arrumou tudo, foi a Jessica que fez questão de arrumar tudo para você.
De repente a campainha toca e era Vânia que tinha vindo buscar Jessica.
Quando a menina vê a irmã corre para ela e a abraça.
Jessica: - Vânia você andou chorando? Aconteceu alguma coisa com a tia Lucélia?
Vânia: - Sim! A tia piorou o medico deixou você entrar para vê-la por isso vim te buscar.
Dulce e clara ouviram a conversa e resolveram ir até o hospital com elas.
Dimas resolveu leva-las e Dulce aproveita para pedir para Vânia deixa-la ver sua tia.
Vânia: - Dona Dulce o medico permitiu que a senhora fosse vê-la.
Dulce entra no quarto e fica consternada ao ver Lucélia respirando com auxilio de aparelhos, muito fraca sem conseguir dizer nada.
Dulce: - Lucélia eu sou a esposa do Jose Luiz, pai da Jessica!
Lucélia abriu os olhos e entendeu o que Dulce dissera e segurava a mão dela levemente.
Dulce emocionada diz: - fique com nosso deus, você ficará boa, quero dizer, não tenha medo! Descanse. Eu cuidarei da Jessica e da Vânia.
A enfermeira entra no quarto e pede que ela saia para as sobrinhas entrarem.
Dulce sai emocionada e quando chega à sala de espera fala para Dimas: - Eu queria dizer tanta coisa, mas, só consegui dizer que cuidaríamos das duas.
Dimas:- elas precisaram de nós.
Passado duas horas o médico veio avisar que Lucélia havia falecido.
As meninas choravam muito e Vânia não sabia o que fazer porque não tinha condições de pagar o sepultamento da tia.
Dimas: - fique tranquila que eu cuidarei de tudo.
Após o enterro Jessica e Vânia voltam para a casinha onde moravam com a tia, queriam ficar sozinhas e unidas.
Passou uma semana e Dimas foi visita-las.
Vânia relata que Jessica ainda chora muito de saudades da tia e que ela teria que voltar a trabalhar e Jessica ficaria sozinha em casa até as aulas começarem.
Passaram-se mais alguns dias e Dimas vota á casa delas para visita-las novamente.
Encontra Vânia abatida e cansada e relata que o proprietário da casa aumentou o aluguel e ela não sabe se conseguirá renovar o contrato da casinha. Jessica ainda chorava quando falava na tia.
Ao sair da casa de Vânia, Dimas dirige pensativo lembrando como tudo havia começado e lembrando-se do irmão, não vê o semáforo e bate o carro ficando inconsciente.
Ele é levado para o hospital e fica inconsciente por alguns dias, havia batido a cabeça fizeram muitos exames e levou quinze dias para acordar.
Quando acordou lembrou-se das meninas e ansioso pede a Luiz Carlos que vá até a casa delas para saber noticias.
Luiz Carlos vai até a casinha de Vânia e não as encontra. A vizinha conta que as duas estavam morando num quartinho com banheiro nos fundos de um cortiço.
Luiz Carlos fica chateado e resolve ir contar para sua mãe o que está acontecendo.
Luiz Carlos: - Mamãe, amanhã o tio Dimas estará de alta do hospital e ele me pediu que fosse ver Vânia e Jessica.
Fui até La e fiquei sabendo que elas não moram mais na casinha, a vizinha me contou que elas estão morando num cortiço perto dali.
Dulce e Clara ficam penalizadas, Kátia ouve a conversa e diz:
- Elas estão morando onde o dinheiro delas da para pagar, nos podemos nos juntar e pagar um local melhor para elas morarem.
Mãe e tia ficam de boca aberta ouvindo o comentário dela. Será quer era a mesma pessoa que estava falando?
Dulce comenta com Clara que estava pensando em fazer alguma coisa pelas meninas e que tendo uma casa nos fundos da sua casa estava pensando que elas poderiam morar num lugar maior e que assim Jessica não ficaria sozinha e que assim ela ajudaria nos estudos de Jessica que ela considerava muito importante. Que conversaria com a família sobre este assunto.
Clara: - Dulce você é a dona da casa, deve fazer o que você quiser.
Luiz Carlos: - Eu concordo! Vamos La e que Deus nos ajude!
Quando chegaram a casa delas, Vânia foi logo se apressando em dizer:
- Agora moramos neste pequeno quartinho, mas vocês são bem vindos.
Dulce: - Agradeço muito, Vânia vim aqui para lhe dizer que moro numa casa grande e sei que vocês não aceitariam morar conosco, mas nos fundo tem uma casa boa e vocês estarão mais bem acomodadas. Jessica pode estudar e você pode trabalhar sossegada. Você só tem dezoito anos e Jessica treze, gostaria de poder ajuda-las, são muito novas para viverem sozinhas.
Vendo a expressão de duvida de Vânia, Luiz Carlos apela para Jessica:
- vamos Jessica converse com sua irmã.
Jessica: - Mas a Kátia não gosta de mim.
Luiz Carlos: - Ela gosta só dela, mas Kátia não pode dar mais problemas eu arranjarei um marido para ela!
Jessica rindo responde: - Você é bem humorado!
Vânia: - dona Dulce não podemos pagar o aluguel desta casa que está me oferecendo.
Dulce: - A casa está fechada e não cobrarei aluguel nenhum e se você se sentir e sua irmã não se sentirem bem vocês poderá mudar e até La você arrumara um emprego melhor. Sei que sua tia Lucélia ficaria melhor se vissem que vocês estão amparadas.
Vânia: - Está bem! Vamos pela minha irmã.
Luiz Carlos: - Vamos pegar suas roupas e deixem todo arrumado que amanhã peço para alguem vir buscar seus pertences.
Vânia: - Aqui não é assim, para sair daqui tenho que levar tudo que é nosso senão correrei o risco de voltar amanhã e não encontrar mais nada do pouco que temos.
Luiz Carlos telefona para um conhecido traze uma caminhonete para levar tudo naquela hora mesmo.
Luiz Carlos: - dentro de meia hora meu amigo estará aqui, levarei mamãe e tia Clara e volto para buscar vocês está bem?
Vânia: - Esta bem! Assim iremos arrumando tudo.
Dulce e Clara chegaram a casa e foram abrir a casa dos fundos.
Tinha dois quartos, sala espaçosa, uma cozinha grande, banheiro com banheira e área de serviço fechada. Era toda murada e havia sido pintada há pouco tempo.
Logo ouviram o barulho do carro trazendo as duas meninas e seus poucos pertences.
As meninas acharam a casa linda e Dulce fala:
- Jessica, poderemos arrumar seu quarto como você quiser!
Vânia: - Dona Dulce agradecemos muito, mas quero arrumar um serviço para poder comprar nossas coisas melhores para nossa casa. Não sei como agradecer, mas posso limpar sua casa, lavar as roupas e passa-las.
Dulce responde: - Não Vania1 aqui temos auxiliares da casa que nos ajudam muito, agora vá arrumar sua casinha. Vocês aceitam jantar conosco?
Vânia: - Podemos jantar aqui mesmo?
Dulce: - Esta bem! Vou mandar uma mesa com quatro cadeiras que esta na cozinha, mas que ninguém usa esta só de enfeite, e tenho uma cama guardada, vocês aceitam?
Jessica: - Sim senhora! Obrigada.
Luiz Carlos levou a mesa, as cadeiras e a cama e mais tarde o jantar.
Ele estava em silencio, mas estava satisfeito.
O tempo passou cada um tinha seus afazeres, ate que um dia receberam um telefonema do colégio de Jessica, dizendo que ela sentia dores no quadril, dores nas pernas e na cabeça que chegou a desmaiar.
E havia sido levada para o hospital. O primeiro a chegar foi Luiz Carlos que conversou com o medico e que Jessica deveria ficar internada para observação.
Depois de alguns dias o medico relata que Jessica tinha um serio problema de renal e que logo começaria a fazer hemodiálise, que só melhoraria com um transplante de rim.
Vânia se desespera com a situação da irmã e se oferece para doar o rim para ela. O tratamento começa e os exames para ver a compatibilidade de Vânia. Depois dos exames descobrem que Vânia não é compatível para o transplante.
Para sua surpresa todos da família se prontificam a fazer os exames, mas ninguém é compatível.
Kátia foi a única que se recusou a faze r o exame e fala para a mãe: - São apenas três horas na maquina de hemodiálise e que para ela não seria nada.
Luiz Carlos ouve o comentário de Kátia e se enfurece:
- Kátia você não tem amor por ninguém, toma cuidado que a vida é uma grande faculdade.
Dias depois Kátia começa a ter pesadelos que estava num barco, mas que o barco estava numa lama e havia mãos que a puxavam para baixo e ela não consegui gritar. Acorda assustada e vai contar para sua mãe o sonho que teve.
Dulce: - Seu coração de fel está te levando para o fundo das almas perdidas.
Kátia sai pensativa, não consegue ter uma manhã tranquila no trabalho e resolve ir ao hospital por causa do pesadelo, conversa com o medico para saber se é compatível, mas faz o exame somente por fazer porque não tem intenção de ajudar.
È realizado os exames e Kátia vai embora pensando que ficou livre dos pesadelos e que estava sendo muito boa em fazer os exames.
No dia seguinte, Vania esta no quarto de hospital com Jessica, orando quando entra o medico dizendo que acharam um rim compatível agora era só a pessoa aceitar. As duas não entenderam o que o medico quis dizer.
Doutor Alexandre liga para de Dona Dulce procurando por Kátia e a mãe relata que ela estava dormindo. O medico conta para Dulce que Kátia fez o exame e que é compatível para fazer o transplante de rim para Jessica. Que Kátia deveria ir ao hospital o quanto antes.
Dulce leva um susto e vai ao quarto da filha e acorda Kátia dizendo:
-Filha o doutor Alexandre ligou e disse que você é compatível para o transplante de Jessica. Estou emocionada, você sem falar nada deixou a Luz Divina entrar em seu coração. Você será uma doadora viva de amor.
Kátia Pula da cama rapidamente dizendo: - Nunca! Fiz os exames apenas para os pesadelos pararem. Não diga a ninguém, pode esquecer!
Dulce: - Fará um bem deus te abençoará, ela é sua irmã.
Kátia: - Me deixe em paz!
Kátia muito nervosa se arruma pega a moto de Luiz Carlos e sai em alta velocidade. Correndo muito pela avenida não consegue parar e capota varias vezes. Kátia fica estendia na avenida, logo chega o socorro, a família é avisada e todos comparecem ao hospital.
Kátia sofreu ferimentos graves e esta muito mal. De madrugada o medico doutor Vitor avisa a família que Kátia não resistindo aos ferimentos veio a falecer.
O desespero toma conta de todos. Dona Dulce como mãe manda chamar o doutor Alexandre, ele lembra-se de Kátia.
Dulce pergunta se ainda é possível doar o rim de Kátia para Jessica.
O medico disse que sim, ainda era possível salvar Jessica.
Quando amanhece o dia Kátia já tinha deixado a Terra e Dulce assina a permissão de doação dos órgãos de Kátia.
Jessica é preparada para cirurgia. Vai para o centro cirúrgico e tudo transcorre bem no transplante de rim.
Enquanto os familiares esperam a liberação do corpo de Kátia, Dulce ora pedindo a Deus piedade para filha.
Enquanto na terra há um conflito de emoções, no plano espiritual, na cidade de Rosa branca, Kátia dorme tranquilamente. Irmãos espirituais cuidam dela com amor.
Ela acorda e vê uma enfermaria ampla, lembra-se do acidente e chama um rapaz: - Oi! Lembro-me da moto que peguei, não tenho carta de habilitação, mas depois não sei mais o que aconteceu. Mas ante disso minha mãe queria que eu doasse um rim para minha tal irmã.
Não te conheço, mas você pode telefonar para minha casa e dizer que esta tudo bem. Dona Dulce me dará uma bronca! Meu irmão está pagando este hospital?
-Kátia meu nome é Evandro, este hospital é para todos, aqui a base é o amor, você ficará bem. Seus familiares sabem que você, de certa forma está bem.
-Kátia: - Evandro eu quero ver minha família! Você telefona?
Evandro: - Não posso telefonar você terá que esperar a hora certa.
Kátia levanta-se já zangada e diz: - Olha eu não vou esperar um enfermeiro qualquer fazer o que quer, eu quero telefonar agora!
Levantou-se e foi caminhando e chegou ao jardim, Evandro a seguia em silencio.
Helen ice acompanhou Kátia e disse:
- Querida você quer passear? Olhe os jardins daqui são lindos.
Kátia: - Oh! Senhora! Quem é você? Eu quero ver minha mãe!
Helenice: - Agora você não poderá vê-los, você não está mais na Terra!
Kátia rindo diz: Oh! Gente esta velha esta dizendo que estou em outro planeta! A senhora é louca?
Helenice: - Kátia você não vive mais na Terra, você sofreu um acidente de moto, não resistiu, aqui é um hospital espiritual.
Kátia desesperada grita: - Louca, sua louca!
Jose Luiz- Filha! Filha! Se aclame!
Kátia virou de costas e viu seu pai Jose Luiz! Com o susto ela desmaiou.
A levaram para o leito onde todos impuseram as mãos sobre Lea passando através de suas mãos a energia e a Luz que Deus Pai colocou dentro de cada um de nós quando nos deu o sopro da vida Luz e Amor.
Mais tarde Kátia acordou com seu pai Jose Luiz ao seu lado, ela chorava muito e abraçou seu pai dizendo: - Papai que saudade! Não deixe me levar para o fundo da lama. As almas me pegaram!
Jose Luiz: - Quando desencarnei dei muito trabalho, mas com o tempo, serenidade e humildade no coração comecei a entender que tudo que devemos viver a base deve ser o amor. Estou aqui te protegendo.
Kátia chorava muito.
Dona Helenice chegou com um alegre sorriso dizendo:
- Nossa menina levada acordou!
Jose Luiz: - Kátia está linda senhora é usa avó, minha mãe.
Kátia: - Me desculpa!
Jose Luiz e Dona Helenice sorriem e dizem: - Graças a Deus!
Kátia: - E a Jessica? Eu não queria doar o meu rim e agora?
Jose Luiz; - Dulce teve coragem e mesmo na dor doou seus órgãos carnais para aqueles que precisam inclusive para Jessica e mais pessoas que hoje oram por você.
Kátia: - Oram por mim! Meu Deus!
Helenice: - Kátia no passado, em outras vidas, você não teve nenhum equilíbrio emocional, jogou sua irmã, que se chamava Amely, do penhasco para se casar com o noivo dela. Amely é Jessica.
Deixaste algumas pessoas na miséria para ter bens, hoje são as pessoas que receberam seus órgãos carnais.
Jose Luiz: - Entendeste Kátia?
Kátia: - La dentro de mim o desprezo que eu sentia não sei se era pelas pessoas ou por mim. O que posso fazer? Mamãe deve estar desesperada!
Jose Luiz: - Acalme-se você aprenderá a orar e frequentará os grupos de oração a partir de amanhã.
Jose Luiz: - Vamos orar juntos? “Pai! Senhor Jesus de Nazaré, nosso Salvador, pedimos bênçãos e piedade para aqueles que não entendem que só há um caminho de vida: o Amor.”.
Evandro convida Kátia para auxiliar os jovens que chegam da Terra devido a acidentes, ela ouvindo e dando seu testemunho seria de grande ajuda. Uma ajuda mutua.E para surpresa de Jose Luiz ela aceitou e foi levada para ajudar com as crianças.
Passara um ano na vida espiritual. Kátia pediu licença para vir a Terra para rever sua família. Seu pai achou ótima a ideia.
Evandro e Helenice ajudariam na viagem. No alto do morro das rosas há uma escada para um morro chamado pico da neblina, chegando La mentalizariam sua casa, seria rápido. Teria que ter força e coragem. Chegaram a casa e encontraram alegria, era o aniversario de Dulce e toda a família estava reunida. Dona Clara sentiu a presença de todos e falou para Dulce que agradeceu a Deus pelo presente.
Havia criança correndo pela casa, era a filhinha de um aninho de Vânia que havia se casado. Jose Luiz vendo, estava feliz e agradecia a Deus. Quando ele viu Jessica com seu noivo toda feliz, seu coração encheu-se de alegria.
Dimas: - Meu Deus! Parece que meu irmão esta aqui, um brinde para você meu irmão, Kátia deve estar dando trabalho, mas diga a ela que eu a amo muito.
_ Jose Luiz: - Eu sei irmão! Obrigado!
Helenice: - Meu filho a filhinha de Vânia é a Camila, agora ela terá o amor que tanto precisa.
Jessica foi para o quarto para retocar o batom, estava radiante, olhando-se no espelho, estava linda, cabelos longos. Olhou-se novamente e no lugar dela viu Kátia no espelho. Jessica sorriu e Disse:- Kátia!
Kátia: - Obrigado pela chance que você está me dando de te dar amor quando eu falhei.
Jessica: - Esta bem irmã estaremos sempre junta! Uma parte sua está comigo agora.
Kátia: - Seja feliz e nada de moto!
Jessica: - Sim! Sim!
Mais tarde Jessica contou a Dona Dulce que tinha visto Kátia no espelho e que ela estava bem. Jessica Havia sentido o amor da irmã.
Dona Dulce e tia Clara se abraçaram, era o melhor presente que tinha recebido.
Kátia: - Papai está tudo em ordem como Deus quer e não como queremos!
Jose Luiz: - Sim! Esta tudo bem.
Helenice: - Vamos voltar para casa?
Chegaram a casa contentes e aliviados. Evandro diz: -
- Tenho uma surpresa para vocês! Acompanhem-me até o parque das rosas brancas. Entraram numa casinha branca cheia de flores lindas com dois arcos de rosinhas meninas.
Evandro: - Esta casa é de vocês! Logo chegaram mais irmãos e novos trabalhos, um novo horizonte está chegando.
Meus Irmãos:
Eu sou a Kátia Cristina Batista, fui rebelde porque não entendia a dimensão do Amor, fui egoísta, achava que o mundo girava em minha volta. Agora sei que todos nos fazemos parte da mesma ligação, anéis entrelaçados, nas terras, nos águas, no cosmos somos um só porque temos Alguém que nos ama muito mais que imaginamos; Deus Pai que enviou seu filho amado nosso salvador Senhor Jesus.
Espero que esta mensagem possa ajudar a todos. E se você tiver um mal dentro de si,mude, mude para o bem, sempre a tempo de mudar!
Sejam felizes na Paz de Deus!Não no mundo de ilusões e de egoísmo, mas no mundo do coração repleto de Amor Divino.
Porque meu irmão, que lê esta mensagem, tem muita Luz, muito Amor dentro de ti!


Ditado pelo espírito de João Harsan

Psicografado pelo médium Esaú Davi.


























































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