sexta-feira, 6 de abril de 2012

O RENASCER DE ANNE JAMIE

                             
                   ESTADOS UNIDOS 1980.


                                                 
Meu nome é Anne Jamie, tenho dezesseis anos, moro com meus pais e um irmão e irmã. Somos presbíteros. Sou romântica e sonhadora, espero o dia que encontrarei o grande amor da minha vida.
Conheci um lindo rapaz e estamos namorando! Acho que ele me ama.
Fomos ao baile, estava tudo perfeito, me sentia muito feliz.
Começamos a namorar e nosso namoro foi ficando cada vez mais impetuoso até não conseguimos mais esperar e fizemos amor. Foi maravilhoso!
Passaram-se dias e, no colégio me senti muito mal. Chamaram minha mãe que me levou ao medico preocupada.
O médico disse que eu estava grávida. Minha mãe se desesperou,mas, não contou nada pro meu pai.
O convenceu de mandar-me para casa da uma tia materna, Roby que era solteira, advogada que morava na Filadélfia.
Minha tia era católica e me aceitou querendo que eu tivesse meu filho, que ela me ajudaria. Eu falava com meus pais por telefone, estava bem com minha tia.
Comecei a fazer um curso de estilista. Com sete meses de gestação cheguei em casa e encontrei minha tia caída no chão.
Chamei por socorro e a levei para o hospital, ela teve um enfarto.
Avisei minha mãe que veio me ajudar. Minha tia Roby era maravilhosa, depois de um mês voltou para casa e me pediu para cuidar do meu filho.
Com nove meses de gestação minha tia teve outro enfarto e foi levada para UTI, vindo a falecer.
Agora então meus pais já aceiravam meu bebe!
Na semana que meu filho Thomas nasceu, meus pais, sofreram um grave acidente de carro vindo a falecer. Ficamos só eu, meu filho e meus irmãos. E eu com a difícil tarefa de cuidar de todos.
Estava desempregada sem saber que caminho tomar. Fui procurar uma amiga de minha tia Roby, ela era assistente social e poderia me ajudar.
Depois de muito pensar e chorar decidiu falar com Joan sobre adoção. E com muito sofrimento entrguei meu filho para adoção.
Thomas tinha um sinal de nascença em forma de coração em cima do coraçãozinho dele. Chorei muito!
E o tempo passou.., depois de dois anos eu estava empregada, ganhava bem,fui promovida e pensei : já posso buscar meu filho!
Fui atrás da Sra. Joan, amiga da minha tia, mas para minha tristeza Thomas havia sido adotado.  Tentei de tudo para achá-lo, mas foi em vão, não consegui encontrá-lo. Fiquei desesperada.
Minha irmã Ruth era católica e diante do meu sofrimento me disse para orar para mãe Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. E eu orei com ela!
O tempo passou, minha irmã se casou e meu irmão estava estudando direito. Conheci um bom rapaz que me amava então me casei com ele.
Em 1987 nasceu minha filhinha Anne, linda e esperta, andou e falou cedo. Quando Anne tinha seis anos veio correndo e colocou a cabecinha no meu ventre e chamou:
-Thomaz!  Eu fiquei assustada, mas meu marido achou que ela estava pedindo um irmãozinho. Logo depois eu engravidei e tive um lindo menino que chamamos de Adam.
Um dia fui buscar Anne na escolinha, chamei por ela varias vezes e ela não me respondeu. A professora trouxe-a até onde eu estava ela entrou no carro emburrada, coloquei o cinto e fomos pra casa.
Chegando em casa perguntei-lhe:
- Anne porque você não veio quando te chamei? Porque está tão zangada?
- Mamãe meu nome é Roby!
Eu desmaiei! Meu marido achou que era stress!
Adam vivia brincando, mas Anne olhava para mim e chorava. Eu a abracei e ela me disse:
-Você foi fraca eu pedi para você cuidar do seu filho!
Tive uma crise de nervos.
Em 1999 Anne tinha melhorado comigo, me abraçava e dizia que me amava. Era excelente aluna, queria estudar direito, fazia aulas de equitação.
Meu filho Adam teve um sonho e veio me contar:
-Mamãe sonhei que estava dirigindo e veio um caminhão e bateu no meu carro, e eu e minha esposa morremos.
Eu não tinha forças para falar, meus pais haviam morrido num acidente igual ao que ela me relatava.
Minha irmã acreditava na vida além da vida, ela lia muitos livros sobre esse assunto e me dizia que “todos nós não sumimos, apenas mudávamos de planeta”. Dizia-me que alguma coisa muito difícil iria acontecer nas nossas vidas, para tia Roby voltar a terra como Anne e papai como Adam, mas eu tinha medo.
Ela trouxe-me um livro que tinha comprado de um médium brasileiro chamado Chico Xavier que eu lia, mas, o medo continuava!
Meu marido e eu trabalhávamos com moda, tínhamos lojas. Mudamos então para uma grande casa.
Anne tinha então quatorze anos e Adam tinha doze anos e era o casamento do meu irmão.  Adam levaria as flores e Stella, minha sobrinha de seis anos levaria as alianças.
Estávamos ensaiando com ela como levar as alianças até os noivos e de repente ela se virou para nós e disse:
-Não se preocupe eu sei carregar alianças, aprendi quando fui casada com o pai de vocês!
Eu e Ruth tomamos um grande susto e bebemos uma garrafa de vinho e riamos e pensava quem poderá nos ajudar?
No altar cochichamos no ouvido uma da outra: O livro do médium explica!
Todos nos olhavam sem entender nada e nós jogamos beijos para todos.
Depois de dez dias, estávamos na piscina tomando sol quando Anne se aproximou e disse-me:
-mamãe todos nós erramos, mas, te amamos e estamos todos juntos, Thomaz voltará, mas, depois de um tempo você vai embora e me abraçou.
Contei para Ruth o acontecido e ficamos sem entender.
Alguns dias mais tarde, veio à amiga de tia Roby pedir para adotarmos uma menina de dezesseis anos, que havia sido abandonada pelos pais aos onze anos por ser paralitica.
Fomos conhecê-la, seu nome era Mary Victory, tinha longos cabelos castanhos, olhos verdes e meigos.
Nossa família se apaixonou assim que a vimos, e lutamos para adotá-la. Quando ela veio pra nossa casa a colocamos no primeiro andar num quarto perto do de Anne e Adam.
Victory adorava ler poesias, desenhava muito bem, e a colocamos em aulas de pintura.
O que será que Deus nos reservava? No aniversário de Vic convidamos os filhos dos nossos amigos, era sua primeira festa de aniversário. Foi maravilhoso ver a felicidade dela.
Ruth resolveu contratar um fisioterapeuta para Vic.
Eu estava um dia no trabalho quando o celular tocou era Anne dizendo que Vic tinha conseguido mexer devagarzinho a perna dentro da piscina. Larguei tudo e corri pra casa.
Vic estava na piscina com o fisioterapeuta muito feliz e todos nos muito alegres.
Ajudamos a tirar Vic da piscina enquanto o fisioterapeuta Mark com versava com meu marido.
Mark veio caminhando em direção a Vic, com uma toalha no ombro, falando carinhosamente com Vic e de repente a toalha caiu e eu abaixei-me para pega-la. Quando levantei-me Mark me agradeceu e eu olho para ele e vejo um sinal em forma de coração e cima do coração dele.
Gritei: - é meu filho Thomaz! E desmaiei! Acordei no hospital. Fiquei internada, sentia-me muito fraca, mas achava que era pelo excesso de trabalho. Fiz vários exames e aguardava o resultado.
Mais tarde, meu marido e meus irmãos vieram me ver e chegou o médico com os resultados dos exames dizendo que eu tinha câncer no aparelho digestivo já em estado avançado e com metástase, faria quimioterapia, mas tinha só um ano de vida.
Lembrei-me das palavras de Anne e sabia que me restava pouco tempo. Voltei para casa e resolvi contar ao meu marido sobre Thomaz.
Ronald, meu marido chorou muito porque não era o pai dele e conversando com Mark descobrimos que os pais adotivos dele haviam se separados e ele não os via mais.
Eu e Ruth contamos tudo ao Mark e ele aceitou fazer o exame de DNA, que para nossa alegria deu positivo.
Então meu irmão e Ronald lutavam na justiça para mudar o nome de Mark para Thomas e que ele tivesse nosso sobrenome. Foi uma grande mudança para todos nós.
Passados dois meses, começamos a notar olhares apaixonados entre Vic e Thomaz.
Até que Anne lhes disse: - vocês têm que se casar, apesar de serem novos, estava esperando há muito tempo.
Minha saúde piorou, voltei ao medico e ele me deu só mais dois meses de vida.
Thomas e Vic resolveram se casar com o pastor e um padre, seria uma grande festa em casa.
Adam e Anne entraram escondidos no hospital para me contar as boas novas.
Recebi alta e voltei para casa.Tudo estava arrumado para o casamento de Vic  e Thomas. A nossa sala tinha virado uma capela enfeitaram tudo com muitas flores. Então me lembrei que havia pedido a Mãe de Deus um milagre e havia conseguido! Estava emocionada. Fui ver Vic ela estava linda com seu lindo vestido de noiva, sentada em sua cadeira  e eu também em minha cadeira de rodas com poucas forças.
Meu marido levou Vic nos braços até o altar onde haviam colocado duas cadeiras para ela e o seu noivo.
E eles disseram sim para o Amor, se casaram numa cerimônia linda.
Depois da cerimônia teve uma linda festa. Anne e Adam não saíram de perto de mim, não consegui comer o bolo, me sentia fraca.
Os noivos resolveram não viajar e decidimos todos dormir na sala que tinha se transformado numa capela. Todos juntos, os noivos, eu, meu marido, minha irmã, Anne e Adam.
Abracei a todos! Ao abraçar Anne ela me disse: - mamãe! Não tenha medo minha sobrinha!
Abracei Anne /Roby! Olhei para cada um, mas estava muito cansada e com sono, então dormi.
Acordei, estava de pé, vi meu corpo e entendi!...Estava pálida e horrível com uma peruca. Todos dormiam.
Um senhor se aproximou e disse-me:
-minha querida você cumpriu tudo, sou seu avô, e este é um Mentor espiritual chamado Albert.
Eu perguntei-lhe:
-Eu cumpri ou arrumei?
Albert me respondeu:
-Você arrumou, Maria Veictory era sua filha e era apaixonada por Thomas, um rapaz de família pobre.
Você era de família rica e não queria que sua filha se envolvesse com Thomas. Como você percebeu que sua filha estava apaixonada por Thomas, decidiu arranjar um noivo para sua filha.
No dia casamento você viu Thomas, saiu da igreja o chamou e tirando uma pequena arma da sua bolsa, atira no coração de Thomas.
Mas, sua irmã, que era Roby nesta vida, como te amava te ajudou a levar o corpo e jogar no poço.
Seu pai, que hoje é Adam, viu tudo e você lhe perguntou:
-O senhor vai nos entregar?
-Não!
Voltaram para igreja e o casamento começou, era o ano de 1874.
Quando ele terminou de contar eu me desesperei, chorei muito! Pedi perdão e chegando perto do meu corpo, levantei minha mão e bati no meu rosto.
Aproximei-me e beijei cada um deles. E pensei:
Todos se uniram por amor!
Acompanhei meu avô e Albert para uma nova etapa de minha vida.



Ditado pelo Espirito de João Harsan






Psicografado pelo médium  Esau Davi
                               











domingo, 1 de abril de 2012

**CHARLES ALBERT**

               

Londres, 11 de março de 1949.

Mary Jeanne e Philip August se casaram  no dia 11 de
março numa cerimônia simples.
Ela era costureira e doceira e ele guardava suas
economias para fazer a especialização de motorista de
taxi, afinal na Inglaterra a lei exigia que se estudasse
para ser motorista de taxi. Em 1952 Philip já estava
formado quando nasceu seu primeiro filho David que foi
recebido com muito amor e alegria.
Em 1955 a família tinha conseguido comprar sua casa
própria. Foi quando nasceu Stephane linda e saudável.
Apesar de tudo estar muito bem Mary tinha pesadelos
terríveis que acordava gritando. Seu marido conversava
com ela até se acalmar e dormir.
Um dia Mary entregou suas costuras e deitou-se no sofá
da sala, onde as crianças brincavam com seus
brinquedos, acordou gritando assustando as crianças
com seus gritos e choro. As crianças começaram a
chorar de medo da mãe. A vizinha ouviu e veio
correndo para acudi-los. Ligou para irmã de Mary a
professora Vitoria que com paciência conseguiu acalmar
a todos e fazer com Mary lhe contasse seus pesadelos.
Mary então relata que sempre tem o mesmo pesadelo:
Sou uma condessa francesa e tinha um casal de filhos. Eu
não gostava muito dos meus filhos.
O menino tinha cinco anos era muito levado e eu não
gostava. Um dia senti muita raiva porque ele escondeu
minha pulseira. Entrei na sala de banho, a babá estava
dando banho, a mandei ela sair e perguntei:
-Gustave onde está minha pulseira?
- Não sei mamãe
Fiquei furiosa bati a cabeçinha dele na banheira até
esfacelar, o chão da sala ficou coberto de sangue.
Paguei bem a babá para levar o corpo e por ao lado dos
cavalos na cocheira como se Gustave fosse montar.
Até a roupa de montaria eu peguei com calma!
Vitória ouve e fica boquiaberta com os detalhes, mas diz
a Mary que é só cansaço.
No dia seguinte Vitoria procura o médico da escola onde
trabalha e o medico aconselha levar Mary ao medico.
Ela então chama o cunhado e relata todo o acontecido e
a orientação do doutor da escola para levá-la ao medico.
Philip fica preocupado com os detalhes de horror do
pesadelo de Mary.
Passaram-se trintas dias, no aniversário de Stephane,
Mary estava bem não tivera mais pesadelos.
Fizeram um lindo jantar e um grande bolo feito por
Mary, o marido e a irmã estavam mais calmos.

Dois meses depois a paz reinava no lar. Nas folgas de
Philip levavam as crianças ao parque.
À noite recebem os sogros de Mary para jantar.
Sra. Grace toda alegre levou uma torta de maça que
todos adoraram. Mary observou que a sogra estava com
uma linda pulseira e elogiando-a ao irem embora. Então
a Sra. Grace tira a pulseira do seu pulso e da à Mary
dizendo:
- Ela é sua pela excelente mãe e esposa que você é.
Philip pediu à esposa que devolvesse a pulseira porque
pertencia a avo dele.
Mary então respondeu:
-Você não acha que eu mereço um lindo presente da sua
mãe? . Foi uma leve discursão, mas no dia seguinte
estavam calmos.
Passaram-se quinze dias. Mary com muitas costuras e os
afazeres da casa, ela manda as crianças tomarem banho
e se encaminha para atender o telefone.De repente as
crianças entram correndo pelo quarto, vestidas só com a
toalha de banho, brincando.
Ela sobe e vê as crianças brincando em seu quarto e a
caixa de jóias, que tinha só a pulseira, aberta e
pergunta:
-Onde está a pulseira?
Stephane responde: - voou pela janela!
Mary perde a cabeça, bate nos filhos e eles correm e ela
ameaça – vou matá-los!

As crianças gritam por socorro enquanto Mary atira
tudo ao chão. A vizinha veio corre em socorro das
crianças e chama a policia que leva Mary para o
hospital restringida na maca. A policia liga para o
marido e Vitória e  relata o que aconteceu.
Mary segundo o psiquiatra teve um surto psicótico
ficando internada por dois anos.
Ninguém havia encontrado a pulseira. As crianças
precisaram de tratamento psicológico para perder o
medo da mãe e sempre tinha da família e uma auxiliar
na casa.
Em 1959 Mary se recuperou e voltou para casa.
Passado um ano Mary estava bem, recebia o carinho do
marido que sempre lhe dizia que a amava muito.
Em 1961 Mary passou mal, levada ao medico, e para
surpresa de todos estava grávida. Era abril ela com
quatro meses de gestação tivera outro pesadelo e
acordou gritando e foi levada ao psiquiatra pela irmã
Vitoria. Onde ela relata que desta vez quando ia bater a
cabeça do menino na banheira avista Gustavo de pé
dizendo que não poderia mais matá-lo.
O psiquiatra diz que é sinal que o medo mais profundo
do seu inconsciente será superado.
Em nove de setembro com nove meses de gestação Mary
é internada passando muito mal. No parto nasce um
menino, mas ela tem uma hemorragia.
O medico comunica a Philip que Mary está fora de
perigo, mas havia um problema com o menino que ele
não sabia diagnosticar.
Philip e vitoria dormem no hospital, pela manha veio a
doutora Senize conversar com eles.
-Eu sou neurologista e está área é nova, o senhor já tem o
nome do bebe?
-Pensei em Charles Albert!
A doutora responde
-È um nome forte, ele será um guerreiro. Charles nasceu
com síndrome de Down, ele terá dificuldades, mas o
amor resolverá tudo.
Depois de quatro dias Mary apresenta melhora e Philip
conta que o filho tem síndrome de down.
Mary chora, mas diz ao marido que ela é a culpada e o
marido retruca que não
-Sim eu sei que ele é Gustave que veio para me salvar.
Depois de uma semana foram pra casa e bebe chorava
muito e Mary o pegou no colo dizendo:
-Charles não tenha medo de mim sou sua mãe e aprendi
com a dor na minha mente. Gustave me perdoe!
Charles parou de chorar, ela o amamentou, todos da
família ficaram perplexos.
Charles já tinha cinco anos quando falou pela primeira
vez:
-Mamãe!  Mary o abraçou e disse repete Charles;
_mamãe! A família se emocionou, ele jogava beijos para
todos, abraçava até quem não conhecia.
Com nove anos o colocaram numa escolinha. Numa
tarde Charles voltou chorando da escola e conta para
mãe que uma menina tinha lhe chamado de retardado.
Na mesma hora ela foi até a escola e na diretoria a
diretora lhe diz:
- Eu sei a senhora tem razão, mas Charles é mentalmente
doente.
Mary chama a policia e da queixa de maus tratos.
A família tinha amigos num jornal da cidade que
fizeram uma matéria sobre o preconceito contra Charles
Albert.
Desde então os pais não tinha coragem de mandá-lo
para escola.
Nesta época o marido de Vitoria recebeu uma
indenização trabalhista e queria abrir um negocio no
comercio.
Vitoria teve a idéia de abrir uma escola para crianças
especiais junto com sua irmã Mary. Fez então um curso
de especialização e depois de um ano abriram a
escolinha Charles Albert. Ele foi o primeiro a ser
matriculado.
Depois de um ano já havia quarenta crianças
matriculadas na escola e Mary trabalhava como
voluntaria.
Na formatura do primeiro grau Charles então com treze
anos estava feliz e seus pais emocionados.
Um jornalista lhe perguntou:
_ O que você quer ser?
Charles respondeu depressa: _ quero ser feliz!
Ele fazia seus irmãos rirem adorava musica, dançava e
cantava com os irmãos e adorava ver os shows na praça
com seus pais.
Quando tinha dezessete anos ele e Stephane estavam
arrumando o jardim quando ele veio trazendo nas mãos
a pulseira perdida.
Mary a pegou e Charles disse:
- mamãe não!
Ela entendeu e disse ao marido para devolver a sua mãe.
Sra. Grace quando viu a pulseira disse ao filho:
-Philip jogue fora ou enterre, ela já trouxe muita
tristeza a todos. Esta pulseira veio acompanhando
minha há a séculos era da sua tetravó, ela era francesa,
dizem que da nobreza, enlouqueceu matou o filho. A
baba contou ao meu tetravô porque ia ser decapitada e
então ele mandou decapitar a esposa porque foi ela que
matou o próprio filho.
Philip chegou em casa pálido, abraçou a família, e Mary
lhe disse – o que houve você viu um fantasma?
Philip então contou o que sua mãe havia lhe relatado e
Mary respondeu:
_ todos esses anos e sua mãe com a resposta.
Vitoria disse então Mary foi  a tetravó da Sra. Grace?
Ou a pulseira é responsável por tudo?
Charles que estava vendo televisão veio perto deles e
respondeu:
-Não! Eu fui o triste Gustave e hoje sou Charles feliz!
E voltou a ver televisão deixando todos perplexos.

Num domingo Charles passou mal e foi levado ao
hospital para realizar exames e Charles diz aos pais:
-Mamãe e papai eu os amo, mas vou deixá-los, mamãe já
aprendeu a amar.
Os pais respondem:- não é só uma gripe, você vai ficar
bom!
O cardiologista disse o diagnostico: o coração dele está
maior que o normal e ele não têm muito tempo de vida.
Os pais não se continham em lagrimas. Charles teve alta
e continuou o tratamento em casa. Tomava os remédios
no horário certo. Os vizinhos tinham carinho por ele e
traziam biscoitos, bolos e doces para ele.
Ele gostava de desenhar e fazia toda a família em
dezenas de desenhos, cantava , era feliz.
Aprendeu a orar e no almoço com a família pediu para
fazer a oração:
- Deus Paizinho do céu, obrigado Por ser feliz, amo o
mundo todo, amo o jardim, a escolinha, as estrelas, o sol,
Só Paizinho que eu não tenho um cachorrinho. Amém
À tarde quando a avo Grace veio vê-lo trouxe um
cachorrinho para Charles e perguntou a ele qual era o
nome que daria ao cachorrinho?
- O nome dele será happy! Vamos tomar banho comigo?
Tudo que ele fazia era junto com happy o cachorrinho
dormia com ele.
Três meses depois todos se levantaram de manhã, menos
Charles e Happy.
Philip foi até o quarto e chamou: - Charles você está
atrasado para o café! Happy ao lado da cama
balançando o rabinho.
Mary fica parada na porta. Ambos se ajoelharam ao
lado da cama e dizem
-Charles te amamos! Os irmãos entram e os pais lhes
dizem
_Queridos Charles foi passear com Deus nas estrelas.
Toda a família abraçada a Charles, todos os vizinhos,
taxistas, jornalistas acompanharam o adeus a Charles.
No jornal saiu à matéria “Hoje o céu está feliz porque
uma estrela voltou para o Paizinho do céu”.
Não foi a síndrome de down que levou Charles Albert,
mas, seu coração que tinha um amor tão grande que não
coube na Terra.
Passaram seis meses, Mary ainda era voluntaria na
escolinha, fazia bolos e doces todos os dias para as
crianças e passeava com happy.
Naquela tarde eles sentiram um abraço. Mary disse;
- Philip, Charles está aqui, eu estou sentido alegria veja
como happy pula!
Philip responde:
-Eu sei! Estou sentindo também!
E Charles diz:
-Ele sentiram que estou feliz! Vou levar este amor para o
mundo inteiro! Vamos Matheus?
_ Charles eu sou apenas um mentor e você quer andar o
mundo inteiro? Vamos entrar num acordo.
- Matheus com amor é sempre mais amor!

                                 Ditado pelo Espirito
                                          
                                                                 João Harsan






                    Psicografado pelo médium
                                                        Esaú  Davi




O DESTINO DE AKILA

                 
Meu nome é Akila que quer dizer “pássaro veloz", vivia numa linda ilha com meus pais e irmãos .Éramos livres como pássaros vivíamos em paz. Éramos alegres, tínhamos danças aos deuses e festas maravilhosas. Eu estava comprometida com Talu, jovem forte e belo da minha tribo.
 Dias antes meu irmão tinha visto um grande barco na praia. Mas estávamos alegres minha irmã dera a luz a um grande e lindo menino.Amanheceu os mais velhos foram caçar, eu e mais irmãos tomávamos banho no rio.
Faltavam três dias para minha união com Talu.
De repente ouvimos uma grande gritaria e depois o silencio. Minha irmã Dana com o bebe no colo.  Entramos no mato e chegando à aldeia vimos Tatian, mãe de minha mãe ferida. Havia brancos por todo lado querendo se enriquecer com nosso povo!
Morreu a grande Mãe! Enrolamos os mortos os cobrimos com flores e os entregamos ao rio. Acreditávamos que quando chegassem às quedas eles estariam no GRANDE POVO!
Fomos todos amarrados e dormimos perto do rio. Os brancos com suas roupas estranhas abriam nossas bocas e cutucavam nossos dentes. Pegaram o recém nascido e colocaram de cabeça pra baixo, minha irmã, então pegou uma faca e matou o branco.Pegou seu filho e fugiu para o mato  , mas, eles a perseguiram e a mataram.Jogaram seu filhinho no chão e eu lentamente me abaixei e o puxei para mim. Foi então que veio um branco e brigou com a raça deles.Começamos a andar  e para o pequeno não chorar, com medo que o matassem, o colocava em meu seio mesmo sem ter leite.Chegamos a um grande barco,rasgaram nossa roupas,vi meu pai ,irmãos e Talu acorrentados.
Jogaram-nos no fundo do barco todos acorrentados por dias e dias para nos alimentar jogavam restos de alimentos pelos buracos e bebíamos água da chuva e eu dava pro bebe. E pensava por quê?
Não tinha leite para amamentá-lo e muita vez dava-lhe minha urina para matar a sede. Ele dormia por dias e dias eu o alimentava com o restos dos brancos.
Alguns de nos morreram no caminho e foram atirados ao mar. Finalmente o alçapão abriu e nos tiraram acorrentados. Descemos nos deram terra para comer e dei também para o bebe. Eu o chamei de Oatan ou Valente.
Lavaram-nos e nos levaram a um lugar que tinha muitos brancos com grandes roupas estranhas, eu achava que se vestiam assim porque tinham vergonha de si mesmos.
Entendi que estávamos sendo vendidos. Ficamos o dia todo acorrentados sob o sol, sem água ou comida. Tentaram separar Valente de mim achando que éramos mãe e filho fomos os últimos. A tarde veio um temporal e assim eu e Valente pudemos toma água da chuva.
De repente           parou uma “coisa” puxada por cavalos tinha uma branca La dentro e fez sinal me puxaram e fui colocada numa carroça com grades onde tinha vários africanos.
Depois de um tempo chegamos a uma grande fazenda. Fomos arrastados e colocados na senzala acorrentados  pelos pés.
Entramos na casa grande pelos fundos, entendi que a branca era baronesa. Uma escrava mais velha arrumou uma roupa e um saco e colocou Valente amarrado a mim com a boquinha amarrada, eu o soltava e colocava no meu seio.
Trabalhei na cozinha da casa grande e quando podia roubava pedaços de comida e punha embaixo do seio e quando voltava para senzala eu dava para Valente que dormia amarrado a mim. No dia seguinte a escrava velha “Suan” me disse: - você tem que amamentar seu filho! Seu leite está vazando. Assustei-me! Suan permitiu que eu ficasse por um tempo La fora, olhei para meu seio apertei e saiu leite. Mas como?Valente mamou nos meus seios e eu chorava!
A baronesa veio à cozinha e pediu para pegar Valente no colo, fiquei apavorada, mas entreguei o menino a ela.
Ela o segurou por instantes e depois disse: - Mãe toma seu filho! Depois Suan me contou que ela tinha perdido duas barrigas. Ela era boa, mas o marido não.
O tempo passou comecei a servir a mesa.
Valente ficava dormindo num cesto escondido na cozinha.
Um dia a baronesa ficou muito doente e Suan foi cuidar dela e o barão entrou na cozinha me olhando de um feito que me dava muito medo. Suan rezava para Deus pela saúde da baronesa e perguntei:
-Quem é esse Deus? È um dos nossos? E ela respondeu:
-Você não está mais na África aqui tem igreja, Ele criou tudo que existe.
-Ele nos fez escravos Suan?
Um dia estava na cozinha limpando e não vi quando o barão entrou, ele me agarrou e me violentou, senti muita dor, quando descobriu que era a minha primeira vez me soltou. Gritei e chorei por dentro. Lavei-me com as águas dos potes. Fui para a senzala, Valente não dormiu queria brincar.
Amanheceu me deram ordens de ir trabalhar na lavoura.
Passei na capela e vi a cruz e o pobrezinho crucificado. Pensei: pobrezinho! Eu não tenho pregos nas mãos! O que você fez?
Comecei a ir à capela orava para Jesus! Pobrezinho te livre da cruz! Uma tarde levei uma flor à capela der repente à porta abriu-se era o barão. Ele me bateu ameaçou tirar meu filho e me violentou novamente. Foi embora rindo! Senti vergonha, mas, olhei Jesus preso na cruz, me envergonhei. Pensei vou tirá-lo daí.
Na lavoura passou o tempo Valente andava e os irmãos escravos ajudavam a cuidar dele. Um dia me senti mal desmaiei. Suan me disse que eu estava de barriga me perguntou de quem era e eu chorei.
Ela me abraçou chamou seu irmão e fingimos que ele era o pai do meu filho. Zuar me tratava bem e acabamos sendo um casal de verdade. Meu filho nasceu na senzala e o batizamos com nome de Jotan.
Quando a baronesa ficou boa soube do meu segundo filho. Passaram sessenta dias Jotan era moreno claro e o escondíamos. Decidimos que devíamos fugir eu Zuar e as crianças, mas fomos pegos. Zuar morreu no tronco com cem chibatadas, eu e meus filhos fomos trancados na solitária até o barão voltar de viagem. No dia seguinte a cela foi aberta era a baronesa, voltamos para senzala. Fui à capela visitar o Pobrezinho Jesus. Dizia aos meus filhos que Ele sofria mais que nós. Valente tinha então quatro anos e me disse:- mamãe eu ouvi o pobrezinho dizer que tudo mudará.
O barão voltou doente com muita febre e logo morreu. Acompanhamos o enterro de longe.
Voltei a trabalhar na cozinha. O irmão da baronesa queria vender valente, corri até a baronesa me ajoelhei aos seus pés e implorei pelo meu filho. Ela me respondeu:
-Você já fala bem o português, sabes que não puder ser mãe, e o seu segundo filho é do barão? Abaixei a cabeça e ela me disse – ele é moreno claro tem todo o jeito dele. Sei que você não tem culpa ele fazia filhos para nascerem mais fortes e serem mais caros no comercio. Ele vendeu mais de quarenta e cinco filhos que eu sei, não pude fazer nada.Deixe eu criá-lo ele irá em boas escolas na cidade, abrirei uma escola na fazenda e Valente poderá estudar.Meu irmão esta indo para Espanha e se casará.
E assim aceitei. Passaram-se anos.
Meu filho Valente estudou, trabalhou na fazenda e com dezoito anos se casou. Jotan passou estudando fora e me mandava cartas. Eu não sabia ler, então esperava a sobrinha da baronesa, a professora da escola da fazenda Maria Carolina. Levei as cartas para ela ler e descrevia a cidade do rio de janeiro. Ele dizia que me amava e sabia do sacrifício que eu havia feito por ele.
Passaram muitos anos...Valente havia se casado e tido uma linda menina.
Recebemos a ultima carta de Juan dizendo que logo chegaria.
Mas, uma tristeza tomara conta de todos os escravos. Suan estava muito doente. Ela era minha amiga/irmã e tinha me ajudado a criar meu filho Valente.
Depois de quatro dias, Sua morreu em meus braços, olhando pela janela, um passarinho que cantava.
Ela me disse baixinho: - Ele veio-me dizer que estou livre!
A baronesa colocou flores em seu tumulo.
Alguns dias depois fiquei responsável pela cozinha com a ajuda de minha nora. Tinha chegado uma carroça de outra fazenda com grãos que trocávamos por café. Fui averiguar e vi um escravo velhinho e resolvi levar-lhe água.
Quando ele tirou o chapéu eu o reconheci, chorávamos muito.  Era meu pai com noventa e dois anos. A emoção tomou conta de nos e ficamos abraçados chorando de alegria.
Meu pai me contou que dois dos meus irmãos tinham fugido para Palmares. Ele reconheceu Valente que se aproximava e sorrindo lhe disse:
-você foi salvo porque se alimentou da urina de sua mãe e contou-lhe que era meu sobrinho e tudo que passamos.
Ele me abraçou carinhosamente e disse: - mamãe!
Passaram dez  dias eu estava ajudando a trazer as verduras para cozinha quando a baronesa me chamou na capela que havia sido lavada e colocado bancos novos, tinham colocados muitas flores, ia ter uma missa por ordem da baronesa.
Ela fez sinal para que eu me sentasse ao seu lado, estávamos aguardando a chegada do padre. De repente começaram a tocar os sinos da igreja e entraram as crianças brancas e negras trazendo o padre.
Eu estava orando de cabeça baixa, ainda me confundia com a oração, mas a voz firme e calma do padre me fez olhar!
-Pobrezinho Jesus os homens brancos e negros Te tiram da cruz, dos pregos!
O padre era meu filho Jotan!  Quando acabou a missa Jotan ,agora padre João de Jesus me abraçou e disse.
-Mãe querida te peço sua benção!
E virando-se para a baronesa disse:
-Minha querida madrinha!
Jotan me levou até a cruz e vi que Jesus não estava lá.
- Filho você o tirou da cruz?
-Não mamãe!  Eu aprendi toda a vida de Jesus e sei que Ele não está mais lá.
Os anos se passaram veio à lei Áurea, na fazenda nós não sabíamos de outras leis. Estávamos livres!
A baronesa dividiu as terras para quem quisesse ficar. Tínhamos uma casa, eu meu filho Valente com sua esposa e filhos. João de Jesus morava na casa da igreja.
Um dia a baronesa não acordou, morreu dormindo. A sobrinha e o marido tomaram  conta de tudo. Logo vieram os italianos, eram
alegres, não tinham correntes. Mais de dez anos se passaram.
Eu colhia flores para a capela quando vi meu pai, minha irmã, meus irmãos e Suan colhendo flores comigo.
Entramos na capela meu pai disse:
-Vamos colher mais flores em outro lugar, lá as flores são mais lindas!
Eu respondi:
_vamos! Olhei para trás e vi meu corpo deitado no altar.
Olhei para Jesus!
-O senhor me libertou agora plantarei flores porque Te conheço Meu Senhor Jesus, viemos de correntes porque não te conhecíamos!
                                
                                          Luz para Luz!