sexta-feira, 6 de abril de 2012

O RENASCER DE ANNE JAMIE

                             
                   ESTADOS UNIDOS 1980.


                                                 
Meu nome é Anne Jamie, tenho dezesseis anos, moro com meus pais e um irmão e irmã. Somos presbíteros. Sou romântica e sonhadora, espero o dia que encontrarei o grande amor da minha vida.
Conheci um lindo rapaz e estamos namorando! Acho que ele me ama.
Fomos ao baile, estava tudo perfeito, me sentia muito feliz.
Começamos a namorar e nosso namoro foi ficando cada vez mais impetuoso até não conseguimos mais esperar e fizemos amor. Foi maravilhoso!
Passaram-se dias e, no colégio me senti muito mal. Chamaram minha mãe que me levou ao medico preocupada.
O médico disse que eu estava grávida. Minha mãe se desesperou,mas, não contou nada pro meu pai.
O convenceu de mandar-me para casa da uma tia materna, Roby que era solteira, advogada que morava na Filadélfia.
Minha tia era católica e me aceitou querendo que eu tivesse meu filho, que ela me ajudaria. Eu falava com meus pais por telefone, estava bem com minha tia.
Comecei a fazer um curso de estilista. Com sete meses de gestação cheguei em casa e encontrei minha tia caída no chão.
Chamei por socorro e a levei para o hospital, ela teve um enfarto.
Avisei minha mãe que veio me ajudar. Minha tia Roby era maravilhosa, depois de um mês voltou para casa e me pediu para cuidar do meu filho.
Com nove meses de gestação minha tia teve outro enfarto e foi levada para UTI, vindo a falecer.
Agora então meus pais já aceiravam meu bebe!
Na semana que meu filho Thomas nasceu, meus pais, sofreram um grave acidente de carro vindo a falecer. Ficamos só eu, meu filho e meus irmãos. E eu com a difícil tarefa de cuidar de todos.
Estava desempregada sem saber que caminho tomar. Fui procurar uma amiga de minha tia Roby, ela era assistente social e poderia me ajudar.
Depois de muito pensar e chorar decidiu falar com Joan sobre adoção. E com muito sofrimento entrguei meu filho para adoção.
Thomas tinha um sinal de nascença em forma de coração em cima do coraçãozinho dele. Chorei muito!
E o tempo passou.., depois de dois anos eu estava empregada, ganhava bem,fui promovida e pensei : já posso buscar meu filho!
Fui atrás da Sra. Joan, amiga da minha tia, mas para minha tristeza Thomas havia sido adotado.  Tentei de tudo para achá-lo, mas foi em vão, não consegui encontrá-lo. Fiquei desesperada.
Minha irmã Ruth era católica e diante do meu sofrimento me disse para orar para mãe Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. E eu orei com ela!
O tempo passou, minha irmã se casou e meu irmão estava estudando direito. Conheci um bom rapaz que me amava então me casei com ele.
Em 1987 nasceu minha filhinha Anne, linda e esperta, andou e falou cedo. Quando Anne tinha seis anos veio correndo e colocou a cabecinha no meu ventre e chamou:
-Thomaz!  Eu fiquei assustada, mas meu marido achou que ela estava pedindo um irmãozinho. Logo depois eu engravidei e tive um lindo menino que chamamos de Adam.
Um dia fui buscar Anne na escolinha, chamei por ela varias vezes e ela não me respondeu. A professora trouxe-a até onde eu estava ela entrou no carro emburrada, coloquei o cinto e fomos pra casa.
Chegando em casa perguntei-lhe:
- Anne porque você não veio quando te chamei? Porque está tão zangada?
- Mamãe meu nome é Roby!
Eu desmaiei! Meu marido achou que era stress!
Adam vivia brincando, mas Anne olhava para mim e chorava. Eu a abracei e ela me disse:
-Você foi fraca eu pedi para você cuidar do seu filho!
Tive uma crise de nervos.
Em 1999 Anne tinha melhorado comigo, me abraçava e dizia que me amava. Era excelente aluna, queria estudar direito, fazia aulas de equitação.
Meu filho Adam teve um sonho e veio me contar:
-Mamãe sonhei que estava dirigindo e veio um caminhão e bateu no meu carro, e eu e minha esposa morremos.
Eu não tinha forças para falar, meus pais haviam morrido num acidente igual ao que ela me relatava.
Minha irmã acreditava na vida além da vida, ela lia muitos livros sobre esse assunto e me dizia que “todos nós não sumimos, apenas mudávamos de planeta”. Dizia-me que alguma coisa muito difícil iria acontecer nas nossas vidas, para tia Roby voltar a terra como Anne e papai como Adam, mas eu tinha medo.
Ela trouxe-me um livro que tinha comprado de um médium brasileiro chamado Chico Xavier que eu lia, mas, o medo continuava!
Meu marido e eu trabalhávamos com moda, tínhamos lojas. Mudamos então para uma grande casa.
Anne tinha então quatorze anos e Adam tinha doze anos e era o casamento do meu irmão.  Adam levaria as flores e Stella, minha sobrinha de seis anos levaria as alianças.
Estávamos ensaiando com ela como levar as alianças até os noivos e de repente ela se virou para nós e disse:
-Não se preocupe eu sei carregar alianças, aprendi quando fui casada com o pai de vocês!
Eu e Ruth tomamos um grande susto e bebemos uma garrafa de vinho e riamos e pensava quem poderá nos ajudar?
No altar cochichamos no ouvido uma da outra: O livro do médium explica!
Todos nos olhavam sem entender nada e nós jogamos beijos para todos.
Depois de dez dias, estávamos na piscina tomando sol quando Anne se aproximou e disse-me:
-mamãe todos nós erramos, mas, te amamos e estamos todos juntos, Thomaz voltará, mas, depois de um tempo você vai embora e me abraçou.
Contei para Ruth o acontecido e ficamos sem entender.
Alguns dias mais tarde, veio à amiga de tia Roby pedir para adotarmos uma menina de dezesseis anos, que havia sido abandonada pelos pais aos onze anos por ser paralitica.
Fomos conhecê-la, seu nome era Mary Victory, tinha longos cabelos castanhos, olhos verdes e meigos.
Nossa família se apaixonou assim que a vimos, e lutamos para adotá-la. Quando ela veio pra nossa casa a colocamos no primeiro andar num quarto perto do de Anne e Adam.
Victory adorava ler poesias, desenhava muito bem, e a colocamos em aulas de pintura.
O que será que Deus nos reservava? No aniversário de Vic convidamos os filhos dos nossos amigos, era sua primeira festa de aniversário. Foi maravilhoso ver a felicidade dela.
Ruth resolveu contratar um fisioterapeuta para Vic.
Eu estava um dia no trabalho quando o celular tocou era Anne dizendo que Vic tinha conseguido mexer devagarzinho a perna dentro da piscina. Larguei tudo e corri pra casa.
Vic estava na piscina com o fisioterapeuta muito feliz e todos nos muito alegres.
Ajudamos a tirar Vic da piscina enquanto o fisioterapeuta Mark com versava com meu marido.
Mark veio caminhando em direção a Vic, com uma toalha no ombro, falando carinhosamente com Vic e de repente a toalha caiu e eu abaixei-me para pega-la. Quando levantei-me Mark me agradeceu e eu olho para ele e vejo um sinal em forma de coração e cima do coração dele.
Gritei: - é meu filho Thomaz! E desmaiei! Acordei no hospital. Fiquei internada, sentia-me muito fraca, mas achava que era pelo excesso de trabalho. Fiz vários exames e aguardava o resultado.
Mais tarde, meu marido e meus irmãos vieram me ver e chegou o médico com os resultados dos exames dizendo que eu tinha câncer no aparelho digestivo já em estado avançado e com metástase, faria quimioterapia, mas tinha só um ano de vida.
Lembrei-me das palavras de Anne e sabia que me restava pouco tempo. Voltei para casa e resolvi contar ao meu marido sobre Thomaz.
Ronald, meu marido chorou muito porque não era o pai dele e conversando com Mark descobrimos que os pais adotivos dele haviam se separados e ele não os via mais.
Eu e Ruth contamos tudo ao Mark e ele aceitou fazer o exame de DNA, que para nossa alegria deu positivo.
Então meu irmão e Ronald lutavam na justiça para mudar o nome de Mark para Thomas e que ele tivesse nosso sobrenome. Foi uma grande mudança para todos nós.
Passados dois meses, começamos a notar olhares apaixonados entre Vic e Thomaz.
Até que Anne lhes disse: - vocês têm que se casar, apesar de serem novos, estava esperando há muito tempo.
Minha saúde piorou, voltei ao medico e ele me deu só mais dois meses de vida.
Thomas e Vic resolveram se casar com o pastor e um padre, seria uma grande festa em casa.
Adam e Anne entraram escondidos no hospital para me contar as boas novas.
Recebi alta e voltei para casa.Tudo estava arrumado para o casamento de Vic  e Thomas. A nossa sala tinha virado uma capela enfeitaram tudo com muitas flores. Então me lembrei que havia pedido a Mãe de Deus um milagre e havia conseguido! Estava emocionada. Fui ver Vic ela estava linda com seu lindo vestido de noiva, sentada em sua cadeira  e eu também em minha cadeira de rodas com poucas forças.
Meu marido levou Vic nos braços até o altar onde haviam colocado duas cadeiras para ela e o seu noivo.
E eles disseram sim para o Amor, se casaram numa cerimônia linda.
Depois da cerimônia teve uma linda festa. Anne e Adam não saíram de perto de mim, não consegui comer o bolo, me sentia fraca.
Os noivos resolveram não viajar e decidimos todos dormir na sala que tinha se transformado numa capela. Todos juntos, os noivos, eu, meu marido, minha irmã, Anne e Adam.
Abracei a todos! Ao abraçar Anne ela me disse: - mamãe! Não tenha medo minha sobrinha!
Abracei Anne /Roby! Olhei para cada um, mas estava muito cansada e com sono, então dormi.
Acordei, estava de pé, vi meu corpo e entendi!...Estava pálida e horrível com uma peruca. Todos dormiam.
Um senhor se aproximou e disse-me:
-minha querida você cumpriu tudo, sou seu avô, e este é um Mentor espiritual chamado Albert.
Eu perguntei-lhe:
-Eu cumpri ou arrumei?
Albert me respondeu:
-Você arrumou, Maria Veictory era sua filha e era apaixonada por Thomas, um rapaz de família pobre.
Você era de família rica e não queria que sua filha se envolvesse com Thomas. Como você percebeu que sua filha estava apaixonada por Thomas, decidiu arranjar um noivo para sua filha.
No dia casamento você viu Thomas, saiu da igreja o chamou e tirando uma pequena arma da sua bolsa, atira no coração de Thomas.
Mas, sua irmã, que era Roby nesta vida, como te amava te ajudou a levar o corpo e jogar no poço.
Seu pai, que hoje é Adam, viu tudo e você lhe perguntou:
-O senhor vai nos entregar?
-Não!
Voltaram para igreja e o casamento começou, era o ano de 1874.
Quando ele terminou de contar eu me desesperei, chorei muito! Pedi perdão e chegando perto do meu corpo, levantei minha mão e bati no meu rosto.
Aproximei-me e beijei cada um deles. E pensei:
Todos se uniram por amor!
Acompanhei meu avô e Albert para uma nova etapa de minha vida.



Ditado pelo Espirito de João Harsan






Psicografado pelo médium  Esau Davi
                               











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