segunda-feira, 11 de junho de 2012

LIÇÕES DA VIDA.



Meu nome é Yasmim, nasci em Nova Déli e sou a filha mais nova de uma família de quatro irmãos. Meus pais são americanos e Henry, meu pai trabalha numa grande empresa. Minha mãe chama-se Emily e cuida de mim. Meus irmãos chamam-se: Paul,
Hermann, Lindsay e Catherine. Moramos nos Estados Unidos e às vezes em Nova Déli
Eu nasci em 10 de maio de 1960 e todos os meus irmãos são perfeitos.
Quando minha engravidou de mim ficou muito feliz. Ela tinha ido à Nova Déli com meus irmãos para ver meu pai, estava no quarto mês de gestação.
Meu pai tem um amigo indiano que se chama Chandresh e minha mãe fala que é um homem que intui as energias que nos rodeiam. Minha mãe o conheceu num almoço da empresa e quando ele a viu a cumprimentou com muita educação e gentileza.
Na hora do chá ele se aproximou e disse aos meus pais.
-Senhora acredita nos dizeres que as energias naturais dizem e nos nossos antepassados?
- Acredito em Deus, não entendo, mas sei que tudo tem o seu motivo para acontecer.
-A senhora está gerando uma menina que precisará de toda a família, de toda a atenção e cuidados especiais. Tudo que fazemos e dizemos flui no tempo e no espaço, é a causa e o efeito. Somos responsáveis pelo nosso caminho. Não estamos aqui por acaso, precisamos entender um mundo que não vemos, mas, que está agindo em tudo.
- O que o amigo está falando? Está assustando minha esposa!
- Perdoe-me, disse Chandresh, quero apenas ajudar a vocês e a sua filhinha que está chegando. Orem para seu Deus, em qualquer relegião ou crença o mais importante é o amor. Só o amor salva, não é assim que o cristianismo ensina?Somos eternos, mas responsáveis por tudo que fazemos. Sejam serenos! A grande Divindade que habita em todos nós os abençoe! E se precisarem de mim estarei aqui.
Meus pais ficaram preocupados e minha mãe resolveu retornar aos Estados Unidos.
Mas, no dia da viagem, ela sentiu-se mal, estava hipertensa e foi hospitalizada não podendo viajar. Minha família ficou em Nova Déli.
E quando minha mãe sentiu as contrações fizeram os exames e optaram pela cesariana.
Quando nasci Os médicos não me mostraram para minha mãe quando fui retirado do ventre dela. O Dr. Thompson levou meu pai a uma sala reservada para conversar.
Meu pai estava nervoso perguntando sobre mim e minha mãe.
- Sua esposa está bem! Vocês são pais de uma menina.
- Graças a Deus! Achei que tinha acontecido algo de ruim! Posso vê-las?
- Sua esposa logo voltará ao quarto, mas, sua filha precisará de cuidados e de exames. O senhor terá que ser forte, ela vai precisar muito de todos vocês, ela nasceu sem os braços e as perninhas.
- O que o senhor está me dizendo doutor?
- Sua filha será avaliada, é uma falha na formação genética, ainda precisamos averiguar.
Meu pai ficou perplexo e assustado. Foi ver minha mãe que estava bem, mas, dormia profundamente.
No dia seguinte ele voltou ao hospital e minha mãe já estava acordada, então ele decidiu contar-lhe a verdade.
-Emily ganhamos uma linda menina que está passando por exames.
- Porque exames? Eu já sei o nome dela será Yasmim, não vejo a hora de vê-la correndo pela casa.
Meu pai começou a chorar e minha mãe perguntou-lhe.
- Henry porque está chorando?
- Querida nossa filha nasceu com problemas ele precisará muito de nós. Ela nasceu sem os bracinhos e as perninhas.
Meus pais abraçaram-se e choraram muito. Pediram ao médico para me ver e me trouxeram toda enrolada em lençóis. Meus pais não sabiam o que fazer comigo.
O médico relatou que pelos exames eu não tinha nada que pudesse explicar a má formação genética.
Depois de uma semana tivemos alta hospitalar. A irmã de minha mãe chegou ao hospital, tendo conhecimento do meu estado, para ajuda-los. Meus pais ainda não tinham
Me pegado no colo.
Minha tia me pegou com carinho e disse-me:
- Minha doce menina seja bem vinda, não se preocupe tudo ficará bem, você é o nosso amor.
Fomos pra casa, meu pai contratou uma enfermeira para junto com minha tia cuidar de mim nos primeiros seis meses.
Susan resolveu conversar com os pais de Yasmim, visto que eles não se aproximavam da filha.
- Henry e Emily a menina chora muito, ela precisa sentir o amor de vocês, não tenham receio, peguem-na no colo, Nós estamos bem, mas, ela precisa de todos tratem-na normalmente, deixem todos conhecê-la e os irmãos pega-la no colo.
Antes deste dia meus pais não deixavam meus irmãos chegarem perto de mim.
Eles, meus irmãos me pegavam com amor, cantavam para eu dormir e penteavam meus cabelos. Minha tia comprou muitas almofadas para me apoiar.
Quando eu fiz sete meses estava recostada nas almofadas quando fui escorregando e cai com o rosto na cama e comecei a chorar muito alto.
Num impulso minha mãe veio correndo e me pegou no colo.
- Filhinha! Filhinha! Está tudo bem! Perdoe-me! Ela chorou muito e quando se acalmou me deu leite e eu comecei a sorrir para ela.
Ela me olhou como se me visse pela primeira vez e disse.
- Querida como você tem olhos lindos!
Meu pai chegou e viu minha mãe comigo no colo e ficou parado na porta olhando para nós duas.
Minha mãe aproximou-se dele e me colocou em seus braços e eu continuei a sorrir.
- Filhinha que lindo sorriso você tem!
Depois deste dia sempre me seguravam no colo e conversavam comigo.
Quando completei um ano minha fez um lindo bolo, meus pais me pegaram o colo, eu estava feliz, sorrindo para todos.
Eu só saia de casa para ir ao médico e mesmo assim enrolava-me em mantas para ninguém me ver.
Numa saída dessas tiveram que trocar minhas fraldas. Minha mãe foi para uma sala reservada e quando estava me trocando entrou uma mãe acompanhada por uma senhora e me viram e sorrindo disseram para minha mãe.
- A senhora é abençoada, sua filha é uma deusa menina trará alegria, vida e luz é uma troca de bênçãos.
Rapidamente minha mãe me tirou de la e fomos para casa.
A noite meu pai veio acompanhado pelo Sr. Chandresh, e ele muito amavelmente disse.
- Sejam abençoados! Querida criança não tenha medo tudo é para nossa perfeição.
- Me responda Sr. Chandresh, como perfeição? Milha filha é imperfeita, hoje duas mulheres a chamaram de deusa. Eu não sei se acredito mais em Deus.
- Senhora entendo sua dor, mas, ela é perfeita. Há pessoas que tem olhos e não enxergam, tem ouvidos e só ouvem o que querem ouvir, tem braços e abraçam a ilusão e nunca abraçaram um pai, mãe ou um filho. Tem língua para falar asneiras ao vento, tem pernas para caminharem por caminhos tortuosos. Yasmim é perfeita.
Ela está cumprindo uma missão difícil, mas, não impossível, está se purificando e elevando sua alma e de todos ao seu redor.
- Amigo desculpe-nos, ainda é difícil para nós lidarmos com essa situação,mas, você sempre será bem vindo em nosso lar. Resolvi ficar aqui até aprendermos a conviver com esta situação que é difícil para nós todos.
- È um renascimento! Cada um tem sua ferida para cicatrizar, mas, pelo que sinto sua família encontrará o modo certo de viver.
Eu já estava completando dois anos, meus irmãos me deram presentes, minha mãe e minha tia fizeram um bolo e o Sr. Chandresh trouxe sua esposa e seus dez filhos.
Foi uma alegria e senti minha alma feliz.
Assim passaram-se os anos, eu era muito bem tratada pela minha família, mas não
saia de casa, somente quando ia ao médico.
Com cinco anos via meus pais ora chorarem, ora disfarçavam, mas, meus irmãos cantavam, brincavam com bonecos todos pintados. Eu já falava bem e cantava as musicas que ouvia.
O tempo passava lentamente para mim, agora eu tinha oito anos tinha cabelos cacheados e olhos azuis, mas tinha que esperar alguém me trocar com fraldas que eram adaptadas para mim. Eu ouvia tia Susan orar muito só que meus pais não oravam.
O comentário da semana era a visita da irmã do meu pai, Mary e seu marido Jonathan.
Depois de oito anos sem conhecer quase ninguém, para mim era um acontecimento especial. Meu pai foi busca-los no aeroporto e minha mãe disse-me:
- Yasmim se sua tia Mary não comportar-se direito não ligue ela é desajustada.
Eu estava no quarto jantando com a ajuda de Lindsay que sempre me tratava com carinho e alegria, quando os ouvi chegar.
De repente entraram no meu quarto meus pais e meus tios.
Eu os recebi sorrindo e disse:
- Oi!
- Oi bonequinha do tio, olha o que eu trouxe para você! E colocou uma caixa na minha frente. Lindsay adiantou-se e abriu a caixa para mim e disse:
- Olha Yasmim! É um ursinho de pelúcia.
Eu fiquei feliz e respondi:
-Que fofinho! O nome dele será fofinho.
Minha tia também me deu uma caixa de presente e minha mãe abriu e olhou para tia Mary. Era um par de sapatinhos cor-de-rosa.
Eu comecei a rir e disse para minha tia.
-Titia eu não uso sapatos!
- Queridinha desculpinha eu não sei onde estava com a cabeça, me dê que eu jogarei no lixo e comprarei outro presente.
- Não precisa tia, minha boneca precisa de um sapatinho.
Depois de quatro dias eles voltaram para os Estados Unidos e só depois de um ano minha mãe ficou sabendo que ela estava grávida de seu primeiro filho, mas, caiu da escada e perdeu a criança.
Numa bela manhã perguntei para minha mãe:
- Mamãe eu não vou para escola?
- Querida eu estava pensando em contratar uma professora para você aqui em casa.
O que você acha?
- Ah! Mamãe eu queria ir para a escola!
- Querida aqui na Índia as crianças menores de quinze anos estudam em casa e mesmo assim é difícil conseguirem estudar. È melhor que a professora venha aqui em casa.
- Está bem! Mamãe porque você não ora? Não me fala de Deus?
-Porque, bem querida eu acho que você poderia ser mais feliz. Olha agora tenho que ir fazer o almoço.
Depois de dois dias veio à professora Thassy, ela chegou sorrindo e me abraçou.
Muito bonita com longos cabelos e olhos castanhos e me explicou que eu poderia aprender tudo que ensinava na escola: historia e geografia etc.
Colocou uma lousa no meu quarto, ela lia e mostrava gravuras e eu repetia tudo.
Começou a escrever as palavras e eu viajava no meu pensamento ouvindo as historias
que ela contava.
Aprendi a ouvir musica e sentir com o coração a aula de historia para mim era uma aventura, afinal eu já estava com doze anos e a professora, na aula sobre a historia francesa, trouxe perucas para que eu entendesse melhor as explicações dela.
À noite eu ficava imaginando o mundo que eu poderia ver e aprender. Todos da família
vieram me beijar e me parabenizar pelo meu aprendizado.
Finalmente consegui dormir profundamente e tive um sonho. Eu estava na França, tinha pernas e braços usavam roupas lindas, perucas, fazia uma pinta no meu rosto e andava numa linda carruagem. Morava num lindo castelo, vi um homem beijando minha mão que estavam com lindas luvas e me chamava de duquesa.
Quando entrei no castelo percebi os detalhes da decoração em dourado, uma empregada que chamei de serviçal trouxe quatro crianças que me abraçaram, mas, eu as empurrei.
Acordei com minha mãe me chamando para tomar o desjejum. Contei para ela sobre o meu sonho e todos me disseram que era por causa das aulas de historia sobre a frança. Quando Thassy chegou contei a ela o meu sonho e ela ficou espantada porque havia detalhes no meu sonho que ela não tinha me falado, como as luvas que eu vi no sonho.
A família do Sr. Chandresh veio nos visitar e para mim era uma festa, minha mãe ficava inquieta, mas, eu adorava porque eram amigos e me tratavam como igual.
Thassy continuava com as aulas e eu queria escrever então ela teve a ideia de colocar o lápis na minha boca e segurando um à folha eu consegui escrever a letra A e com muita calma e temo consegui escrever meu nome. Ela chamou meus irmãos e eles pularam tanto de alegria que minha tia Susan veio saber o que estava acontecendo e quando viu o meu nome escrito por mim pulou de alegria também.
Pegou o telefone e avisou meus pais que eu havia escrito meu nome. Meu pai mandou fazer um quadro que ficava fixo na cama e prenderia as folhas mais perto de mim, trouxeram lápis maiores e começou minha aventura.
Passado uma semana escrevi uma cartinha para o meu pai dizendo:
- Papai venha almoçar comigo. Yasmim!
O motorista levou até o trabalho dele e meu pai quando leu ficou emocionado e mostrou para todos e foi para casa almoçar comigo e com toda a família, menos minha mãe que estava nos Estados Unidos.
Sempre me levavam para sala ou para o quarto, mas, nunca no jardim. Eu pedi aos meus irmãos que me levassem ao jardim e Paul me levou e me colocou sobre as almofadas. Eu olhei o jardim, as flores, a luz do sol e quando percebi estava chorando e uma borboleta pousou em mim e eu disse.
- Oi! Sou Yasmim!
Eu já estava com quatorze anos e sempre ouvia minha família comentar sobre os Estados Unidos, e suas viagens.
Thassy teve uma grande ideia:
- Yasmim você gostaria de pintar? Eu conheço uma professora muito calma que poderia te ensinar.
- Gostaria de tentar, mas, quem é a professora?
- Eu! disse Thassy sorrindo, mas depois do meu casamento e quero que você vá com sua família.
Depois de dois dias Thassy trouxe seu noivo para conhecermos. Seu nome era Rashsan. Ele disse-me:
- Yasmim, a Thassy fala muito de você, estou contente em conhecê, queremos que todos fossem ao nosso casamento serão três dias de festa.
- Como Yasmim irá? Três dias de festa é muito cansativo! Disse minha mãe.
- Ela poderá ficar na casa de Thassy e será muito bem tratada. Disse Rashan.
- Mamãe e papai, por favor, deixem-me ir, tia Susan e Lindsay poderá ficar comigo. Por favor!
Tia Susan aceitou e meus pais depois de muita relutância aceitaram. Meu pai nos levou a casa de Thassy, era uma casa grande, ora eu estava no colo dos meu pai, ora no colo dos meus irmãos. As irmãs de Thassy me pintaram e pentearam meus cabelos quando me vi no espelho não acreditei.
O casamento foi lindo, os noivos estavam lindos havia pétalas de flores jogadas por onde eles passavam teve um banquete, a festa foi três dias, tia Susan e Lindsay aprendeu a dançar foi tudo maravilhoso.
Um sobrinho de Thassy de dezessete anos, kadamesh, me achou linda, me chamou de deusa e eu fiquei muito envergonhada.
Passaram-se os três dias de festa, retornei para casa contente. Fui dormir feliz, dormi profundamente e sonhei com a França. Eu estava na cama deitada com muito sangue, senti que tinha abortado e ouvi dizerem que já era o terceiro aborto.
Depois vi uma menina linda de doze anos me chamando de mamãe, entrei no quarto e a vi com minhas joias, arranquei violentamente as joias do pescoço dela e a atirei pela escadaria. No sonho ela quebrou as pernas, ficou boa, mas, ela ficou com dificuldade para andar. Acordei apavorada eu só sabia orar três palavras, custei a me acalmar e voltei a dormir profundamente. Novamente sonhei com o mesmo lugar, agora eu estava no jardim escondida agarrada a outro homem que era meu amante. De repente eu comecei a discutir com ele e o apunhalei mortalmente, os serviçais sumiram com o corpo. Acordei gritando, minha mãe e Lindsay vieram me socorrer eu estava molhada de suor, deram-me um banho. E eu dizia:
- Mamãe o sonho foi tão real, eu já tive braços e pernas, mas, era má, assassina.
Minha tia trouxe um chá calmante e ficaram comigo até eu me acalmar.
Mamãe proibiu as aulas com Thassy.
Tive febre alta, levaram-me para o hospital, fizeram exames, mas, não acharam nada.
Nos três dias que fiquei no hospital recebi muitas visitas. Voltei para casa e assim que mamãe e papai viajaram, tia Susan chamou Thassy. Ela trouxe todo o material de pintura, agora usávamos o método de escrever para pintar. Trouxeram telas, pinceis e tintas, no segundo dia de aula eu derramei a tinta toda em mim e na professora, riamos muito.
Com nove dias consegui pintar o sol na tela, era minha primeira pintura, fiquei muito feliz e foi fácil pintar, era só desenhar um O e preencher de amarelo por dentro e “puxar” amarelo para fora, amei meu sol. Thassy ia virando a tela para me ajudar.
Eu já ia fazer quinze anos, e Thassy me convidou para almoçar na casa dela, e eu fui com minha tia. No final do almoço a família de Thassy me levou a um parque, vendaram meus olhos, paramos e reconheci o colo do meu pai quando tiraram a venda todos os meus amigos estavam presentes, era minha festa de quinze anos, estava tudo enfeitado e maravilhoso, chorei, ri, foi uma noite perfeita.
No dia seguinte minha irmã me dando banho e eu não parava de cantar e Lindsay me perguntou:
- Tudo isso é felicidade Yasmim?
- Sim! Naquele sonho que tive, tenho certeza que era eu mesma, senti isso. Todos falam que não sabem dos seus erros, mas, sabemos sim, ninguém tem culpa por eu ser assim, eu sou a culpada.
- Mana eu acredito que antes de raiar o sol a noite já prevaleceu. Assim é a vida, mas, seja como for você é a alegria da nossa família.
- Mamãe precisa entender que Deus não tem culpa, tinha que ser assim para eu aprender a valorizar a vida e o amor.
- Os humanos sempre põem a culpa em alguém e é sempre em Deus, talvez porque achem que Ele é inatingível. Disse Lindsay.
Agora eu já tenho dezessete anos, escrevo com ajuda, mas escrevo, já consigo pintar flores, adoro musica, canto, não tenho braços e pernas, mas balanço meus cabelos e depois alguém me penteia.
Escutei o barulho da chuva, achei lindo, por aqui é difícil chover. Recebi uma cartinha de Kadamesh dizendo que queria casar-se comigo e iria falar com papai. Contei para tia Susan e ela me disse:
- Querida se você aceitar ele vai casar com você, comigo e com toda a família.
- Eu sorri, estava só eu e tia Susan em casa, eu estava na sala e o telefone estava do meu lado e começou a tocar, eu chamei, chamei e ela não respondeu. Olhei e vi a mão dela estendida no chão do corredor, me desesperei. Comecei a balançar meu corpo para o lado esquerdo onde estava o telefone, consegui tombar meu corpo ao lado do telefone, e com a língua liguei para o papai. Ele atendeu achando que era a tia Susan.
- Alo Susan?
- Papai, papai socorro!
Em pouco tempo papai entrou pela porta junto com o motorista e chamou a ambulância. O motorista me levantou e papai me enrolou numa manta e me levou com eles até o hospital, fiquei no carro com o motorista até mamãe e os outros chegarem.
Depois de um tempo papai veio até o carro e me disse que tia Susan tinha um problema no coração e que ficaria internada por alguns dias.
- Papai eu quero vê-la, me leva até lá. Ele me pegou no colo, todos ficaram me olhando, o medico permitiu que fosse vê-la.
- Tia a senhora ficou emocionada com o pedido de casamento?
- Fiquei! Mas, já estou bem!
Na saída uma estrangeira me viu sair do quarto no colo do meu pai e disse.
-Coitadinha! que doença você teve para perder as pernas e os braços? É contagioso?
- Não é minha tia que está doente!
- Não é você?Ela respondeu.
Lindsay interviu e disse:
- Senhora a sua língua que está doente! A mulher foi embora tão rápido que nos ficamos rindo.
Voltamos para casa e mamãe ficou no hospital com a tia Susan.
- Papai me ensina a orar! Eu preciso aprender e Deus nos ouvirá.
- Meu bom Deus eu não te chamo há muito tempo! Minha filha Yasmim e eu Te pedimos
Que a tia Susan fique boa. Senhor obrigado pela linda filha que me enviastes!
Meu pai me abraçou chorando e disse-me:
- Filha Deus criou o mundo todo, tudo que vemos e o que não vemos por não querer enxergar. Ele enviou Nosso Senhor Jesus Cristo para nos salvar. O mundo sem Ele não tem encanto, perdão, luz vida e amor.
- Papai Ele ouvirá nosso pedido. Eu sinto que precisei ser o que sou hoje para no mundo Dele ter minhas pernas e meus braços, porque não tive alma e coração, eu sinto você acredita?
- Sem querida! Eu te amo filha.
- Eu também te amo papai.
Depois de uma semana tia Susan estava em casa sã e salva. Ela me encheu de beijos e contou para todos sobre o pedido de casamento, todos ficaram me olhando, e eu com um sorriso sem graça.
Thassy veio para nossas aulas e me contou que estava grávida, fiquei muito feliz por ela. Contou-me que sabia do pedido de casamento e eu sorria sem graça.
Nesta noite, Lindsay e Catherine veio dormir em meu quarto, o quarto delas estava em reformas. Dormi um sono gostoso e tive o mesmo sonho, no mesmo lugar.
Eu estava surrando as crianças e perguntava quem tinha pegado meu colar, as crianças até urinaram de medo. Peguei um punhal e encostei no rostinho do menor para me dizer onde estava o colar, o pobrezinho vomitou e passou mal, as crianças começaram a gritar e a menina do meio disse que ia contar para o pai que eu estava grávida de outro amante, e eu comecei a espanca-la.
A porta abriu-se e o duque entrou parou atrás de mim e me segurou pelos braços, pediu socorro para as crianças, ele tinha ouvido tudo e me deu uma surra com chicote e pontapés no meu ventre, a menina mais velha pediu que ele parasse, eu estava ensanguentada e me levaram para a cama.
Sentia dores horríveis, estava com hemorragia, chamaram alguém para orar e eu cuspi nesta pessoa. Ouvi que eu estava morrendo e o duque aproximando o rosto do meu disse que queria que eu fosse para o inferno que ele cuidaria das crianças. No sonho eu ouvi as crianças orarem baixinho e morri.
Levei um susto e acordei gritando, me abraçaram, enxugaram minhas lagrimas, me deram banho, mamãe fez um lanche e colocaram musica até o amanhecer. Acordei chorando e com febre.
Papai chamou um medico deram-me calmante e dormi tranquila. Quando acordei estávamos recebendo a visita do Sr Chandresh e sua esposa, ela trouxe-me flores estava ciente dos meus pesadelos. Perguntei se sabiam se era eu no sonho.
- Yasmim o que passou, passou se foi você o tempo encarregou-se de corrigir as marcas que ficaram. Hoje você está corrigindo-se como nos todos, como a natureza, o planeta, o cosmos que está em constante evolução. Quando nosso coração fala o que está errado o melhor remédio é nos corrigirmos, quando não se tem limites à vida nos impõe limites. Somos seres limitados quando queremos ser o Supremo, mas, somos ilimitados quando percebemos que tudo que vemos, sentimos e que aprendemos se torna um caminho do bem para toda eternidade.
- Estão me dizendo que tudo que fazemos há retorno? Perguntei
- Quando plantamos o bem colhemos o bem, mas, se plantamos as sementes do mal colheremos no tempo espinhos até aprendermos semear a luz para colher estrelas.
Dias depois papai e mamãe viram dizer que toda a família iria para os Estados Unidos, somente tia Susan ia ficar por que resolveu ter aulas de pintura.
No dia da viagem eu estava nervosa, não ficaríamos muito tempo, entrei no avião no colo do meu irmão, todos me olharam, me arrumaram confortavelmente, mas, eu ouvi comentários dos passageiros. Depois de horas chegamos a Chicago e fomos para casa dos meus avós maternos, eu ainda não os conhecia, só os via em fotos, cartas e eles também. Eu estava apreensiva pensando em como me receberiam.
Entrei na casa no colo do meu pai, ele me colocou no sofá, já apropriado com varias almofadas e meus avós me olhavam sem saber o que fazer.
- Vovó Nathaly pode me abraçar, eu não quebro!
- Querida neta como você é linda, eu não pude viajar para conhecê-la, como você vê já tive um derrame e uso bengala, esta é minha companheira.
- Vovó pelo menos você tem braços e pernas para apoiar na bengala.
- Querida você é linda, disse vovô Antony, e tem um lindo sorriso.
Depois de uma hora eles me abraçaram com cuidado, almoçamos todos juntos, exceto meus avos paternos que deram uma desculpa para não irem.
Pedi para meus irmãos irem vê-lo pelo papai e depois de tanto falar eles foram.
Quando voltaram trouxeram meus avos Sarah e Jonas, entraram e foram educados e quando me viram disseram:
- Nossa netinha você é linda! Eu sorri e disse:
- É vovô e vovó não da para dizer se sou baixa ou alta.
Logo foram embora e nos dez dias que ficamos pouco apareceram. Ouvi o comentário do meu avô paterno com papai.
- Meu filho você não é eterno, as crianças já são adultas e precisam viver, não podem cuidar dela a vida toda. Precisa coloca-la numa clinica com todos os cuidados, aqui mesmo, seu lugar é aqui conosco, ela ficará um pouco na clinica e um pouco com vocês.
No dia seguinte meu pai comprou as passagens de volta para casa, sentimos falta da nossa casa, dos nossos amigos. Chegamos e tia Susan ficou feliz, mas, percebeu que não voltamos muito animados, estávamos cansados, fomos dormir e papai e mamãe veio me dar um beijo de boa noite e eu aproveitei para perguntar se eu atrapalhava a vida deles e que ouvi a conversa entre papai e vovô. Eles me abraçaram e papai disse:
- Yasmim somos uma família em Deus!
- O que eles sentem é medo, preconceito o que é?
- Querida é a incompreensão humana, há pessoas na vida que acham que são melhores que as outras e não entendem que todos nós voltaremos para terra de onde viemos, como cinzas, alguns voltaram para Deus outros serão simplesmente cinzas.
O tempo passou meus irmãos Paul, Catherine casaram-se. Thassy ganhou um lindo menino, agora tudo estava bem, eu já conseguia pintar melhor duas telas de tamanho pequeno.
Eu estava com vinte e um anos, Catherine ganhou uma linda menina chamada Cristine e Amanda ,esposa de Paul tinha um menino chamado Matheus.
Quando fiz vinte e dois anos meu irmão Hermann casou-se com Samy e depois de sete meses tivera Aline. Descobrimos que tia Susan estava namorando o motorista desde quando ela passou mal. Fomos à casa do meu irmão Paul para um almoço, vi as crianças correndo, eu olhava com felicidade meus sobrinhos brincando, um abraçando outro e pensava:
- Deus é isso! Vida! Amor e perdão!  O Senhor me perdoou.
Acordei no outro dia cansada, Catherine colocou a mão em mim e percebeu que eu estava febril e muito cansada, deram-me medicação, mas a febre não baixava e o cansaço era muito grande.
Thassy chegou animada perguntando se íamos pintar?
- Não! Hoje estou muito cansada.
Minha mãe veio contente trazendo peixe que eu gostava tanto, mas, recusei porque estava cansada demais para comer.
Levaram-me ao hospital, fui internada, fiz vários exames, deram medicação e dormi.
Acordei no dia seguinte com meus pais ao meu lado.
- Mamãe, papai o que eu tenho?
- Você não tem nada! Mamãe respondeu.
Mas, os olhos dela estavam vermelhos de tanto chorar. Tive alta e fomos para casa, todos estavam me esperando, as crianças correndo, o sorriso da tia Susan.
- Yasmim vou me casar! Disse feliz.
Eu sorri e disse para ela casar-se logo antes que o noivo fugisse. Depois de um mês ela se casou com cinquenta e oito anos e ele com cinquenta e nove e foram morar conosco. Voltei a me sentir mal, chamei papai e pedi que me contasse a verdade e papai chorando me disse:
- Filha seu coração está doente, mas você está fazendo o tratamento.
- Este problema é de família não é?
- Sim minha filha.
-Estou indo embora não é?
- Meu Deus! Sim!
Abraçamos-nos e eu disse que amava toda a família e ele disse que também me amava.
- Querida vamos parar de sofrer, amanhã você estará bem.
No dia seguinte amanheci melhor, papai foi trabalhar, mamãe saiu com Catherine.
E Paul me levou para o jardim e eu observava enquanto as crianças brincavam correndo imitando um avião.  Senti uma pressão no peito, um cansaço, as flores, o vento tudo vinha em minha mente, em meu coração, até o pedido de casamento. Senti um sono tranquilo. Adormeci.
Tive um lindo sonho, que eu estava andando, senti a grama, muitas pessoas ao meu lado sorrindo. Veio uma menina correndo e me abraçou e eu tinha braços para abraça-la, meu coração começou a bater forte, mais pessoas vieram me abraçar.
Ouvi um choro em minha mente, retornei para o jardim e vi tia Susan chorando, papai, mamãe, meus irmãos, Sr. Chandresh, todos, olhei para a cadeira era eu morta.
Senti um aperto no peito, mas, ao mesmo tempo paz! Eu tinha entendido, tinha deixado uma linda historia de vida, para viver outra, agora sem defeitos físicos ou emocionais.
Agradeço a Deus por ter me dado à chance de aprender a amar, pela família maravilhosa e por todos os momentos que vivi.
Vi quatro crianças me dando as mãos sorrindo, eu já sabia quem era.
Era oito de março de 1983, o dia que ganhei minhas pernas, meus braços e um novo coração com muito amor.
Sou Yasmim para sempre, filha de Deus Pai e meu salvador Senhor Jesus Cristo.
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Ditado pelo espírito João Harsam

Psicografado pelo médium Esaú Lopes.


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quinta-feira, 7 de junho de 2012

            O EREMITA

O eremita forçado a sair de sua solidão 

porque perdera sua ilha de ilusão,

sentira fome e sede e lhe deram água

e alimento, sentiu frio e cansaço e lhe deram um agasalho e uma         cama

quentinha, ficou doente e alguem o curou.

Depois de dias percebeu que uma vila inteira tinha acolhido-o  e agora ele conhecia caridade, fé e amor quando ele precisou. 

Entendeu, finalmente, que ele fazia parte da familia humanidade e que foi criado por Alguem chamado Deus! E Ele é Amor!


IRMÃOS PARA SEMPRE.


Rio de Janeiro – Brasil – 1945

Meus pais nasceram no Brasil, eram alegres, casaram-se muito cedo.
Minha mãe Ana Julia, linda em seus dezenove anos. Meu pai João Pedro
Era simpático, moreno de olhos verdes e era mecânico.
Casaram-se no dia dezessete de maio, no cartório sendo oferecido um almoço.                                   
Para padrinhos e familiares,
Às dezessete horas realizou-se o casamento numa pequena igreja em uma cerimônia simples. Minha mãe não levou o bouquet, as flores que a levaram tal era seu nervosismo.
Meu futuro pai no altar estava pálido de tanto nervoso.
Eu ainda não nasci, estou acompanhado pelo mentor Vinicius que me está orientando, afinal estou conhecendo meus futuros pais.
João Pedro que será meu pai, na vida anterior foi meu irmão Antonio e vivíamos em Portugal.
Morremos juntos num terremoto, mas, prometemos que cuidaríamos um do outro. Sinto que ele precisará de mim.
Em Portugal, Antonio teve um inimigo e se não fosse pelo terremoto ele teria sido assassinado por Manoel, que o odiava.
Manoel tinha uma noiva chamada Margarida, que estava apaixonada por Antonio.
E tinham combinado em fugir, mas, veio o terremoto e acabou com os sonhos de todos.
Vinicius pediu que eu observasse a noiva que será minha mãe, e eu a reconheci como sendo Margarida.
A moça que meu irmão outrora tinha se apaixonado agora seria sua esposa, minha futura mãe.
Houve uma pequena festa após o casamento, não tiveram lua de mel, depois da festa foram para casa.
Na pequena casa que pertencia à avó materna de minha futura mãe, com dois quartos e uma pequena sala ficava o presente mais valioso e idolatrado que ganharam no casamento, um radio que enchia a casa de sons de alegria.
Vinicius veio me buscar dizendo:
- Vamos? Gostou dos seus futuros pais?
- Sim gostei! Sinto que algum acontecimento virá, mas, prometi ao meu irmão que sempre seremos amigos. Vinicius não nos veremos mais? Qual será meu nome?
- Calma! Estarei contigo e seremos amigos para sempre. Quanto a seu nome que tal Ferdinando?
Passaram-se doze meses na Terra e eu já estava preparado.
Meus futuros pais estavam bem, amavam-se e faziam amizade com todos.
Por enquanto eu estava como mentor deles, quando ouvi uma briga, meu futuro pai com o vizinho, briga de homens, com socos e pontapés.
Minha mãe correu e meu futuro avô segurou meu pai e os vizinhos também.
- João Pedro se acalme, disse minha futura mãe, desde que você conheceu Isaac.
Que vocês dois brigam e agora chegaram a se bater.
- Ana Julia não gosto dele e não quero você cumprimente-o.
No dia seguinte acompanhei Ana Julia ao mercadinho e ela foi falar com a esposa de Isaac.
- Marta peço desculpas pelo meu marido, ele não pode ver seu marido que a briga começa.
- Estou casada há um ano e nunca vi Isaac agir assim, ele fala dormindo, diz coisas estranhas como; Antonio vou te pegar, mas não conhecemos nenhum.
Antonio. Quero engravidar, mas preciso ter calma, vou a igreja orar e pedir a.
Intervenção Divina.
- Não sei se você sabe, mas, eles brigam em qualquer lugar.
- Meu Deus, Marta eu não sabia, isso me dá medo, também quero ter um filho.
Posso ir com você na igreja?
- Sim!  Esta casa que moramos é dos meus pais se nós mudarmos teremos que pagar aluguel e os tempos está difícil.
Percebi que Marta e Ana Julia tornaram-se amigas e iam sempre à igreja.
- Meu amigo seu trabalho já começou, entendeste que Isaac foi Manoel, os dois.
Precisam se harmonizar para não acontecer o pior, está é sua missão. Disse-me Vinicius.
- Como? Logo reencarnarei, serei um bebe, estarei só e indefeso?
- Você não estará só. A humanidade sempre acha que está só, mas Deus sempre está presente.
Ferdinando todos nós somos anjos de Deus. Cabe a nós escolhermos serem anjos
De Luz ou da escuridão. Está é a grande briga da humanidade temem o apocalipse, mas está dentro de nós o fogo ou o paraíso, as trevas ou a luz.
Temem por doenças, forças da natureza, mas, o pior inimigo ou o melhor amigo vive dentro de cada um. Quando temos Deus temos limites, reflexão, humildade em aceitar os remédios amargos da vida.
Quando a escuridão habita a alma não há limite, tudo é permitido.
O juiz mora na nossa consciência, nos julgamos e escolhemos as dores ao invés do Amor.
O amor é o remédio Divino para todas as feridas da alma que na terra ou nos céus refletem no corpo físico e até espiritual.
È mais fácil negar a existência do Divino Deus, porque a maioria da humanidade vê Deus Pai como um gênio da lâmpada mágica. Ou negam porque temem saber que tudo que existe tem um Dono: Deus Pai e Deus Filho.
- Entendi! O Senhor Pai dará o remédio para Isaac e João Pedro.
- Sim! Ferdinando está chegando a sua hora e a minha, estaremos juntos.
- Vinicius não me deixe com está missão difícil!
- Ferdinando seu nome mudará e o meu também, então numa palavra nos reconheceremos: “Irmãos para sempre”. Até Breve!
Vinicius me abraçou e foi embora.
A mentora Maria Luiza veio me buscar dizendo:
-Vamos! Fique feliz você será o tratamento para uma ferida.
Ela me levou para um lugar chamado Luz e Amor para a preparação para minha descida para a Terra.
Deitei-me numa plataforma de luz, ouvi uma musica suave, como um coro de anjos cantando e adormeci.
Enquanto isso Ana Julia almoçava com João Pedro, ouvindo o radio quando se queixou de enjoo e com muito sono.
No dia seguinte ela foi visitar a mãe e desmaiou. A família preocupada a levou para o hospital. Depois do exame o medico veio falar com João Pedro.
- O senhor e sua esposa serão pais, meus parabéns, sua esposa está grávida de seis semanas.
A alegria tomou conta da casa, João Pedro pintou a casa, fazia tudo que Ana Julia pedia, ela fez um reposo forçado porque o marido não deixava que ela fizesse nada.
Passara-se cinco meses e numa tarde Ana Julia foi ao mercadinho e encontrou Marta.
As duas ao se verem começaram a rir, estavam grávidas do mesmo tempo de gestação.
- Parabéns Ana! Eu e Isaac estamos felizes. Eu sabia que estava grávida tive um sonho lindo. Sonhei que estava num lugar com muitas flores e veio um rapaz louro me dizer que tudo passaria, até me lembro do nome dele: Vinicius.
- Estranho eu senti meu bebe chutar quando você falou no sonho.
È sinal que nossos bebes estão felizes. Bem agora tenho que ir, despediu e Ana Julia voltou para casa contente.
No dia seguinte, casualmente, encontraram-se novamente na igreja orando pedindo e agradecendo pelas benções recebidas.
Ana Julia sentiu as primeiras contrações e foi levada ao hospital maternidade.
Logo a família estava reunida ansiosa pelo nascimento. Na sala de espera do hospital João Pedro encontrou-se com Isaac, nervoso também porque sua esposa estava também em trabalho de parto. Olharam-se, mas, não brigaram.
-Isaac é sua esposa que está aqui?Vejo você nervoso?
- sim! É nosso primeiro filho.
As famílias de ambos os observando de longe, sem que percebessem, com medo de brigarem, mas, espantaram-se em ver que tudo estava em paz.
Depois de duas horas veio um médico e dirigindo-se a João Pedro disse:
- Parabéns!  O senhor e sua esposa ganharam um lindo menino, sua esposa está bem e logo a enfermeira virá busca-lo para vê-los.
Depois de mais uma hora outro medico veio e dirigindo-se a Isaac disse:
- Senhor Isaac sua esposa passa bem, é um lindo menino. Parabéns aguardem para vê-los.
Isaac chorou! E João Pedro ficou emocionado.
- Somos pais! Graças a Deus!
Era dia cinco de novembro de 1947 e eu deixara de ser Ferdinando e aguardava
Para saber meu nome. Depois de dez dias voltamos para casa, agora eu estava materializado num mundo materializado.
Um berço, rostos embaçados, mas sentia o amor vindo dos meus pais.
Meu pai me pegou o colo e me disse:
- Filhinho seu nome será Francisco, porque São Francisco de Assis amou a natureza e a Deus e eu quero que você seja um homem que ame tudo que Deus criou. Você é o tesouro do papai e da mamãe.
Depois de vinte dias fui batizado, na igreja, minha mãe me balançando, senti a água na minha cabeça e ouvi uma voz dizendo:
“Você é filho de Deus Pai e de Deus Filho para todo sempre.”
Do outro lado da igreja havia outro batizado, era do filho de Isaac e Marta, cujo nome era Matheus e chorava muito.
Quando Marta se aproximou de Ana Julia o bebe parou de chorar e eu senti alegria.
Com um ano meus pais me levaram para passear na pracinha, encontramos os pais de Matheus. Agora nossos pais já conversavam com calma.
Ano após ano nossos pais se encontravam na mesma praça agora já tinha cinco anos e brincávamos juntos e os pais já se davam bem.
Passado cinco anos, eu já com dez anos, tinha uma irmãzinha de dois anos, linda chamada Ana Clara que era a alegria da casa.
Uma bela manhã de domingo fui jogar bola na pracinha, a bola rolou para o meio da rua, e eu corri atrás da bola sem olhar para os lados, veio um carro e me atropelou, era o carro de Isaac.
Ele assustado me levou para o hospital e logo chegaram meus pais.
Meu pai nervoso discutiu com Isaac, perdeu a cabeça e esmurrou –o.
Depois de meia hora, com a intervenção da família, acalmaram-se.
Quando de repente entra Marta no hospital com Matheus desmaiado nos braços
E os médicos correndo para socorrê-lo.
Enquanto isso o medico veio avisar que eu havia quebrado as duas pernas. Teria que fazer uma cirurgia e ficaria algum tempo internado.
Acordei após a cirurgia e perguntei para minha mãe:
- Mamãe como está o Matheus?
- Filho como você sabe que o Matheus está aqui?
- Mamãe vá vê-lo.
- Está bem, daqui a pouco quando seu pai chegar eu irei.
Meu pai chegou trazendo um carrinho de presente para mim.
- Papai eu tive culpa, desobedeci, foi um acidente. O senhor Isaac não teve culpa, por favor, deixe mamãe ir ver o Matheus.
- Como você sabe sobre o Matheus? Sua mãe pode ir vê-lo.
Depois de algum tempo minha mãe voltou abismada dizendo que Matheus estava bem, e que os médicos fizeram todos os exames e não encontraram nada de errado, amanhã ele terá alta.
- Francisco ele mandou te dizer “Irmãos para sempre”, e que você entenderia.
Eu sorri la dentro de mim, meu irmão espiritual não tinha me deixado, entendi que nos dois tínhamos a missão de unir as famílias.
No quarto de Matheus, os pais conversavam com ele.
- Meu filho você tem um irmão mais novo que é o Paulinho e que te ama.
Sabemos que você e Francisco nasceram e foram batizados no mesmo dia, mas, ele não é seu irmão.
- Mamãe lembra que antes de você ficar grávida de mim você teve um sonho
Que estava num lindo lugar e um rapaz falar contigo? Eu sou Vinicius e vim acabar com esta guerra entre papai e o pai do Francisco.
Nós somos amigos a muito tempo de vidas passadas. Papai precisa entender que tudo é eterno, o que somos e que podemos nos tornar melhores que hoje.
- Eu nunca contei esse sonho para nenhum de vocês.
Isaac é verdade, eu e Ana Julia íamos à igreja pedir intervenção divina para que
houvesse paz entre vocês. Deus ouviu nosso clamor.
- Vocês estão me assustando, me diga algo que eu entenda. Disse Isaac.
- Papai você tinha pesadelos com Portugal, terremoto e tinha um inimigo chamado Antonio.
-Meu Deus!  Eu nunca contei como era o pesadelo para sua mãe, às vezes tenho a sensação que tudo vai cair em cima de mim. È verdade Marta.
- Papai, todos nós somos anjos amados de Deus! Alguns seguem os ensinamentos do Senhor e outros caem na escuridão, mas, Deus com seu Amor Divino espera que todos retornem para casa sem mácula.
Marta e Isaac se abraçaram e choraram muito e abraçaram Matheus dizendo:
- Ficamos com tanto medo de te perder! Senhor obrigado! Abençoa-nos.
No dia seguinte após a alta, Matheus e seus pais foram até o quarto de Francisco.
Matheus foi direto abraçar Francisco dizendo
- Irmãos para sempre! Os dois falaram ao mesmo tempo felizes apesar do grande susto que passaram.
Marta e Ana Julia disseram que continuaria com as orações, porque os seus filhos mostraram que os céus nos ouvem.
- Isaac me perdoe, fiquei nervoso, tive medo de perder meu filho.
- Você está perdoado João Pedro, Matheus nos disse algumas coisas que me fez pensar. Eu tinha pesadelos com terremoto em Portugal, sentia raiva de um tal de Antonio, acho que era você, parece maluquice, mas, acredito no que meu filho disse. Peço perdão por todo mal que te fiz no passado.
- Meu Deus!  Isaac, às vezes tenho a impressão que o chão vai se abrir sob meus pés, penso que é porque estou trabalhando muito, mas ouvindo você falar senti algo que não sei explicar. Guardamos medos que não entendemos e pelos nossos filhos e por nossas famílias eu te perdoo de tudo do passado e do acidente do Francisco, aliás, ele me disse que me desobedeceu e que tudo não passou de um infeliz acidente. Estou me sentindo aliviado.
- Eu também, respondeu Isaac.
Enquanto Francisco esteve internado as famílias se confraternizaram em visitas a ele.
Logo teve alta e voltou ao colégio que Matheus também estudava.
As famílias tornaram-se grande amigas. Francisco e Matheus cresceram, estudaram,casaram-se e tiveram filhos e netos.
Um senhor sentado na praia com os netos ao seu redor brincando ao sol; é Matheus, alguns anos mais velhos, era dezembro de 2008.
De repente sentiu um forte dor no peito, pegou o celular que ainda não sabia lidar muito bem e chamou seu grande amigo Francisco.
- Francisco, meu irmão, estou na ambulância e meus netos estão comigo.
- Velho irmão já estou indo, disse Francisco.
Eu Francisco, acompanhado pelo meu filho e minha esposa Carmem, cheguei ao hospital e corri para saber noticias do meu velho amigo e irmão.
Fiquei sabendo pelos filhos de Matheus que ele tivera um enfarto.
Quando ele melhorou um pouco me chamou.
- Matheus deixe de ser teimoso, fale baixinho.
- Francisco sabe quem está aqui sorrindo? Os ex-briguentos! Nossos pais que agora são amigos. Deu tudo certo, até breve irmão.
- Cala a boca, você não vai embora, logo é natal Matheus.
- Irmão eu verei o natal com luz verdadeira e não num pisca-pisca.
- Virei vê-lo amanhã!
- Até amanhã irmão.
Fui para casa com o coração apertado. À noite o telefone tocou e Carmem foi atender, mas, eu já sabia.
- Francisco estão avisando que Matheus partiu.
- Sim, mas, não para sempre.
Passado dias da partida de Matheus, era ano novo, entrada de 2009.
Os fogos de artifícios brilhando e eu pensava que a humanidade aplaude os fogos, mas, quando entenderá que a verdadeira Luz deve vir de dentro de nós?
Quando entenderão que Deus é Amor e Luz? Enquanto brindam os céus trabalham pela salvação de todos. Os anjos cantam louvando ao Senhor Pai.
Somos todos anjos de Deus, como seria bom se toda a humanidade deixasse de lado todo o orgulho, vaidades e começassem a ver a vida com a simplicidade que Nosso Senhor Jesus nos ensinou. E caminhassem com as sandálias do pescador.
Em julho de 2010, fiquei sabendo que tinha câncer de fígado. Minha família se desesperou. Carmem minha esposa orava muito. Fiz todo o tratamento calmamente e tentava acalmar minha esposa dizendo a ela que somos como pedras e para tornar-se cristal precisamos nos lapidar.
Francisco você tem medo?
- Medo! Não! Peco ao Pai que se for do meu merecimento que eu tenha Luz.
Mas, sei que precisamos orar por todos, porque muitos têm medo de morrer, mas, não tem medo de perder as asas dos anjos que somos.
Quando tive alta do hospital fui levado para o apartamento do meu filho de frente para a praia com toda a família a minha volta preocupados comigo.
E eu só orava pedindo misericórdia ao Pai para todos que não conhecem o Vosso amor.
Em novembro, dia sete eu estava deitado na sala do apartamento, vendo o sol e o mar, estava me sentindo cansado, com muito sono, quando ouvi a voz do meu velho amigo.
- Francisco está tudo bem!
Eu dormi profundamente e quando dei por mim estava do lado do meu corpo doente. Entendi tudo, vi minha esposa e filhos chorarem, mas, sem desespero. Me sentia leve, pleno, olhei para o lado e vi meu pai João Pedro e minha mãe Ana Julia acompanhados por Matheus. Eu finalmente podia ir embora.
Na vida quando se faz tudo com amor, você não parte definitivamente, deixamos obras de carinho. Ninguém pode passar neste planeta Terra, que Deus fez com todo seu amor sem deixar nada. Eu deixei meu bom dia a todos por onde passei. Orei por todos! Procurei ajudar sem fazer alardes!
Procurei, assim como você que está lendo, viver para Deus e ter a certeza que para sempre somos todos irmãos. A morte não é o fim e sim um grande começo!
                                                                                               Fim.
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Ditado pelo Espírito de João Harsam

Psicografado pelo médium Esaú Davi.














segunda-feira, 4 de junho de 2012

Estava sentada na estrada sem saber para onde iria
névoa, sozinha, medo,sem esperança,
Antes fora egoista, fria, em nada acreditava,
algumas pessoas passavam por mim e nada faziam
Também nunca fiz nada por ninguem, andei, sorri, 
estava perdida, chorei, porque luz não havia pra que?
Um homem me perguntou se eu queria água, respondi
 que sim, estava repleta de feridas, meu braço morto
e  de mim vinha um odor terrivel.
Este estranho me deu água e pão, cheguei a um campo
fui recebida, este homem que eu ninca vira cuidou de 
mim, dormi, acordei, após dias me levantei e sai, vi 
e senti o perfume das flores.
Este homem socorria a todos, deixei meu orgulho 
e fui agradecer e perguntar que milagre era aquele,
Percebi no sorriso e no olhar daquele estranho que 
tudo era ilusão, meu orgulho e vaidade.
Eu antes estava morta, agora vivo comtemplando a vida verdadeira.
Aquele homem com seu olhar de amor é o Senhor da Luz, Jesus.
Cuidou de mim como um Pai, hoje eu cuido de todos, sem olhar a quem.
                                                                Ditado pelo Espirito de Maria Luiza.