quinta-feira, 7 de junho de 2012

            O EREMITA

O eremita forçado a sair de sua solidão 

porque perdera sua ilha de ilusão,

sentira fome e sede e lhe deram água

e alimento, sentiu frio e cansaço e lhe deram um agasalho e uma         cama

quentinha, ficou doente e alguem o curou.

Depois de dias percebeu que uma vila inteira tinha acolhido-o  e agora ele conhecia caridade, fé e amor quando ele precisou. 

Entendeu, finalmente, que ele fazia parte da familia humanidade e que foi criado por Alguem chamado Deus! E Ele é Amor!


IRMÃOS PARA SEMPRE.


Rio de Janeiro – Brasil – 1945

Meus pais nasceram no Brasil, eram alegres, casaram-se muito cedo.
Minha mãe Ana Julia, linda em seus dezenove anos. Meu pai João Pedro
Era simpático, moreno de olhos verdes e era mecânico.
Casaram-se no dia dezessete de maio, no cartório sendo oferecido um almoço.                                   
Para padrinhos e familiares,
Às dezessete horas realizou-se o casamento numa pequena igreja em uma cerimônia simples. Minha mãe não levou o bouquet, as flores que a levaram tal era seu nervosismo.
Meu futuro pai no altar estava pálido de tanto nervoso.
Eu ainda não nasci, estou acompanhado pelo mentor Vinicius que me está orientando, afinal estou conhecendo meus futuros pais.
João Pedro que será meu pai, na vida anterior foi meu irmão Antonio e vivíamos em Portugal.
Morremos juntos num terremoto, mas, prometemos que cuidaríamos um do outro. Sinto que ele precisará de mim.
Em Portugal, Antonio teve um inimigo e se não fosse pelo terremoto ele teria sido assassinado por Manoel, que o odiava.
Manoel tinha uma noiva chamada Margarida, que estava apaixonada por Antonio.
E tinham combinado em fugir, mas, veio o terremoto e acabou com os sonhos de todos.
Vinicius pediu que eu observasse a noiva que será minha mãe, e eu a reconheci como sendo Margarida.
A moça que meu irmão outrora tinha se apaixonado agora seria sua esposa, minha futura mãe.
Houve uma pequena festa após o casamento, não tiveram lua de mel, depois da festa foram para casa.
Na pequena casa que pertencia à avó materna de minha futura mãe, com dois quartos e uma pequena sala ficava o presente mais valioso e idolatrado que ganharam no casamento, um radio que enchia a casa de sons de alegria.
Vinicius veio me buscar dizendo:
- Vamos? Gostou dos seus futuros pais?
- Sim gostei! Sinto que algum acontecimento virá, mas, prometi ao meu irmão que sempre seremos amigos. Vinicius não nos veremos mais? Qual será meu nome?
- Calma! Estarei contigo e seremos amigos para sempre. Quanto a seu nome que tal Ferdinando?
Passaram-se doze meses na Terra e eu já estava preparado.
Meus futuros pais estavam bem, amavam-se e faziam amizade com todos.
Por enquanto eu estava como mentor deles, quando ouvi uma briga, meu futuro pai com o vizinho, briga de homens, com socos e pontapés.
Minha mãe correu e meu futuro avô segurou meu pai e os vizinhos também.
- João Pedro se acalme, disse minha futura mãe, desde que você conheceu Isaac.
Que vocês dois brigam e agora chegaram a se bater.
- Ana Julia não gosto dele e não quero você cumprimente-o.
No dia seguinte acompanhei Ana Julia ao mercadinho e ela foi falar com a esposa de Isaac.
- Marta peço desculpas pelo meu marido, ele não pode ver seu marido que a briga começa.
- Estou casada há um ano e nunca vi Isaac agir assim, ele fala dormindo, diz coisas estranhas como; Antonio vou te pegar, mas não conhecemos nenhum.
Antonio. Quero engravidar, mas preciso ter calma, vou a igreja orar e pedir a.
Intervenção Divina.
- Não sei se você sabe, mas, eles brigam em qualquer lugar.
- Meu Deus, Marta eu não sabia, isso me dá medo, também quero ter um filho.
Posso ir com você na igreja?
- Sim!  Esta casa que moramos é dos meus pais se nós mudarmos teremos que pagar aluguel e os tempos está difícil.
Percebi que Marta e Ana Julia tornaram-se amigas e iam sempre à igreja.
- Meu amigo seu trabalho já começou, entendeste que Isaac foi Manoel, os dois.
Precisam se harmonizar para não acontecer o pior, está é sua missão. Disse-me Vinicius.
- Como? Logo reencarnarei, serei um bebe, estarei só e indefeso?
- Você não estará só. A humanidade sempre acha que está só, mas Deus sempre está presente.
Ferdinando todos nós somos anjos de Deus. Cabe a nós escolhermos serem anjos
De Luz ou da escuridão. Está é a grande briga da humanidade temem o apocalipse, mas está dentro de nós o fogo ou o paraíso, as trevas ou a luz.
Temem por doenças, forças da natureza, mas, o pior inimigo ou o melhor amigo vive dentro de cada um. Quando temos Deus temos limites, reflexão, humildade em aceitar os remédios amargos da vida.
Quando a escuridão habita a alma não há limite, tudo é permitido.
O juiz mora na nossa consciência, nos julgamos e escolhemos as dores ao invés do Amor.
O amor é o remédio Divino para todas as feridas da alma que na terra ou nos céus refletem no corpo físico e até espiritual.
È mais fácil negar a existência do Divino Deus, porque a maioria da humanidade vê Deus Pai como um gênio da lâmpada mágica. Ou negam porque temem saber que tudo que existe tem um Dono: Deus Pai e Deus Filho.
- Entendi! O Senhor Pai dará o remédio para Isaac e João Pedro.
- Sim! Ferdinando está chegando a sua hora e a minha, estaremos juntos.
- Vinicius não me deixe com está missão difícil!
- Ferdinando seu nome mudará e o meu também, então numa palavra nos reconheceremos: “Irmãos para sempre”. Até Breve!
Vinicius me abraçou e foi embora.
A mentora Maria Luiza veio me buscar dizendo:
-Vamos! Fique feliz você será o tratamento para uma ferida.
Ela me levou para um lugar chamado Luz e Amor para a preparação para minha descida para a Terra.
Deitei-me numa plataforma de luz, ouvi uma musica suave, como um coro de anjos cantando e adormeci.
Enquanto isso Ana Julia almoçava com João Pedro, ouvindo o radio quando se queixou de enjoo e com muito sono.
No dia seguinte ela foi visitar a mãe e desmaiou. A família preocupada a levou para o hospital. Depois do exame o medico veio falar com João Pedro.
- O senhor e sua esposa serão pais, meus parabéns, sua esposa está grávida de seis semanas.
A alegria tomou conta da casa, João Pedro pintou a casa, fazia tudo que Ana Julia pedia, ela fez um reposo forçado porque o marido não deixava que ela fizesse nada.
Passara-se cinco meses e numa tarde Ana Julia foi ao mercadinho e encontrou Marta.
As duas ao se verem começaram a rir, estavam grávidas do mesmo tempo de gestação.
- Parabéns Ana! Eu e Isaac estamos felizes. Eu sabia que estava grávida tive um sonho lindo. Sonhei que estava num lugar com muitas flores e veio um rapaz louro me dizer que tudo passaria, até me lembro do nome dele: Vinicius.
- Estranho eu senti meu bebe chutar quando você falou no sonho.
È sinal que nossos bebes estão felizes. Bem agora tenho que ir, despediu e Ana Julia voltou para casa contente.
No dia seguinte, casualmente, encontraram-se novamente na igreja orando pedindo e agradecendo pelas benções recebidas.
Ana Julia sentiu as primeiras contrações e foi levada ao hospital maternidade.
Logo a família estava reunida ansiosa pelo nascimento. Na sala de espera do hospital João Pedro encontrou-se com Isaac, nervoso também porque sua esposa estava também em trabalho de parto. Olharam-se, mas, não brigaram.
-Isaac é sua esposa que está aqui?Vejo você nervoso?
- sim! É nosso primeiro filho.
As famílias de ambos os observando de longe, sem que percebessem, com medo de brigarem, mas, espantaram-se em ver que tudo estava em paz.
Depois de duas horas veio um médico e dirigindo-se a João Pedro disse:
- Parabéns!  O senhor e sua esposa ganharam um lindo menino, sua esposa está bem e logo a enfermeira virá busca-lo para vê-los.
Depois de mais uma hora outro medico veio e dirigindo-se a Isaac disse:
- Senhor Isaac sua esposa passa bem, é um lindo menino. Parabéns aguardem para vê-los.
Isaac chorou! E João Pedro ficou emocionado.
- Somos pais! Graças a Deus!
Era dia cinco de novembro de 1947 e eu deixara de ser Ferdinando e aguardava
Para saber meu nome. Depois de dez dias voltamos para casa, agora eu estava materializado num mundo materializado.
Um berço, rostos embaçados, mas sentia o amor vindo dos meus pais.
Meu pai me pegou o colo e me disse:
- Filhinho seu nome será Francisco, porque São Francisco de Assis amou a natureza e a Deus e eu quero que você seja um homem que ame tudo que Deus criou. Você é o tesouro do papai e da mamãe.
Depois de vinte dias fui batizado, na igreja, minha mãe me balançando, senti a água na minha cabeça e ouvi uma voz dizendo:
“Você é filho de Deus Pai e de Deus Filho para todo sempre.”
Do outro lado da igreja havia outro batizado, era do filho de Isaac e Marta, cujo nome era Matheus e chorava muito.
Quando Marta se aproximou de Ana Julia o bebe parou de chorar e eu senti alegria.
Com um ano meus pais me levaram para passear na pracinha, encontramos os pais de Matheus. Agora nossos pais já conversavam com calma.
Ano após ano nossos pais se encontravam na mesma praça agora já tinha cinco anos e brincávamos juntos e os pais já se davam bem.
Passado cinco anos, eu já com dez anos, tinha uma irmãzinha de dois anos, linda chamada Ana Clara que era a alegria da casa.
Uma bela manhã de domingo fui jogar bola na pracinha, a bola rolou para o meio da rua, e eu corri atrás da bola sem olhar para os lados, veio um carro e me atropelou, era o carro de Isaac.
Ele assustado me levou para o hospital e logo chegaram meus pais.
Meu pai nervoso discutiu com Isaac, perdeu a cabeça e esmurrou –o.
Depois de meia hora, com a intervenção da família, acalmaram-se.
Quando de repente entra Marta no hospital com Matheus desmaiado nos braços
E os médicos correndo para socorrê-lo.
Enquanto isso o medico veio avisar que eu havia quebrado as duas pernas. Teria que fazer uma cirurgia e ficaria algum tempo internado.
Acordei após a cirurgia e perguntei para minha mãe:
- Mamãe como está o Matheus?
- Filho como você sabe que o Matheus está aqui?
- Mamãe vá vê-lo.
- Está bem, daqui a pouco quando seu pai chegar eu irei.
Meu pai chegou trazendo um carrinho de presente para mim.
- Papai eu tive culpa, desobedeci, foi um acidente. O senhor Isaac não teve culpa, por favor, deixe mamãe ir ver o Matheus.
- Como você sabe sobre o Matheus? Sua mãe pode ir vê-lo.
Depois de algum tempo minha mãe voltou abismada dizendo que Matheus estava bem, e que os médicos fizeram todos os exames e não encontraram nada de errado, amanhã ele terá alta.
- Francisco ele mandou te dizer “Irmãos para sempre”, e que você entenderia.
Eu sorri la dentro de mim, meu irmão espiritual não tinha me deixado, entendi que nos dois tínhamos a missão de unir as famílias.
No quarto de Matheus, os pais conversavam com ele.
- Meu filho você tem um irmão mais novo que é o Paulinho e que te ama.
Sabemos que você e Francisco nasceram e foram batizados no mesmo dia, mas, ele não é seu irmão.
- Mamãe lembra que antes de você ficar grávida de mim você teve um sonho
Que estava num lindo lugar e um rapaz falar contigo? Eu sou Vinicius e vim acabar com esta guerra entre papai e o pai do Francisco.
Nós somos amigos a muito tempo de vidas passadas. Papai precisa entender que tudo é eterno, o que somos e que podemos nos tornar melhores que hoje.
- Eu nunca contei esse sonho para nenhum de vocês.
Isaac é verdade, eu e Ana Julia íamos à igreja pedir intervenção divina para que
houvesse paz entre vocês. Deus ouviu nosso clamor.
- Vocês estão me assustando, me diga algo que eu entenda. Disse Isaac.
- Papai você tinha pesadelos com Portugal, terremoto e tinha um inimigo chamado Antonio.
-Meu Deus!  Eu nunca contei como era o pesadelo para sua mãe, às vezes tenho a sensação que tudo vai cair em cima de mim. È verdade Marta.
- Papai, todos nós somos anjos amados de Deus! Alguns seguem os ensinamentos do Senhor e outros caem na escuridão, mas, Deus com seu Amor Divino espera que todos retornem para casa sem mácula.
Marta e Isaac se abraçaram e choraram muito e abraçaram Matheus dizendo:
- Ficamos com tanto medo de te perder! Senhor obrigado! Abençoa-nos.
No dia seguinte após a alta, Matheus e seus pais foram até o quarto de Francisco.
Matheus foi direto abraçar Francisco dizendo
- Irmãos para sempre! Os dois falaram ao mesmo tempo felizes apesar do grande susto que passaram.
Marta e Ana Julia disseram que continuaria com as orações, porque os seus filhos mostraram que os céus nos ouvem.
- Isaac me perdoe, fiquei nervoso, tive medo de perder meu filho.
- Você está perdoado João Pedro, Matheus nos disse algumas coisas que me fez pensar. Eu tinha pesadelos com terremoto em Portugal, sentia raiva de um tal de Antonio, acho que era você, parece maluquice, mas, acredito no que meu filho disse. Peço perdão por todo mal que te fiz no passado.
- Meu Deus!  Isaac, às vezes tenho a impressão que o chão vai se abrir sob meus pés, penso que é porque estou trabalhando muito, mas ouvindo você falar senti algo que não sei explicar. Guardamos medos que não entendemos e pelos nossos filhos e por nossas famílias eu te perdoo de tudo do passado e do acidente do Francisco, aliás, ele me disse que me desobedeceu e que tudo não passou de um infeliz acidente. Estou me sentindo aliviado.
- Eu também, respondeu Isaac.
Enquanto Francisco esteve internado as famílias se confraternizaram em visitas a ele.
Logo teve alta e voltou ao colégio que Matheus também estudava.
As famílias tornaram-se grande amigas. Francisco e Matheus cresceram, estudaram,casaram-se e tiveram filhos e netos.
Um senhor sentado na praia com os netos ao seu redor brincando ao sol; é Matheus, alguns anos mais velhos, era dezembro de 2008.
De repente sentiu um forte dor no peito, pegou o celular que ainda não sabia lidar muito bem e chamou seu grande amigo Francisco.
- Francisco, meu irmão, estou na ambulância e meus netos estão comigo.
- Velho irmão já estou indo, disse Francisco.
Eu Francisco, acompanhado pelo meu filho e minha esposa Carmem, cheguei ao hospital e corri para saber noticias do meu velho amigo e irmão.
Fiquei sabendo pelos filhos de Matheus que ele tivera um enfarto.
Quando ele melhorou um pouco me chamou.
- Matheus deixe de ser teimoso, fale baixinho.
- Francisco sabe quem está aqui sorrindo? Os ex-briguentos! Nossos pais que agora são amigos. Deu tudo certo, até breve irmão.
- Cala a boca, você não vai embora, logo é natal Matheus.
- Irmão eu verei o natal com luz verdadeira e não num pisca-pisca.
- Virei vê-lo amanhã!
- Até amanhã irmão.
Fui para casa com o coração apertado. À noite o telefone tocou e Carmem foi atender, mas, eu já sabia.
- Francisco estão avisando que Matheus partiu.
- Sim, mas, não para sempre.
Passado dias da partida de Matheus, era ano novo, entrada de 2009.
Os fogos de artifícios brilhando e eu pensava que a humanidade aplaude os fogos, mas, quando entenderá que a verdadeira Luz deve vir de dentro de nós?
Quando entenderão que Deus é Amor e Luz? Enquanto brindam os céus trabalham pela salvação de todos. Os anjos cantam louvando ao Senhor Pai.
Somos todos anjos de Deus, como seria bom se toda a humanidade deixasse de lado todo o orgulho, vaidades e começassem a ver a vida com a simplicidade que Nosso Senhor Jesus nos ensinou. E caminhassem com as sandálias do pescador.
Em julho de 2010, fiquei sabendo que tinha câncer de fígado. Minha família se desesperou. Carmem minha esposa orava muito. Fiz todo o tratamento calmamente e tentava acalmar minha esposa dizendo a ela que somos como pedras e para tornar-se cristal precisamos nos lapidar.
Francisco você tem medo?
- Medo! Não! Peco ao Pai que se for do meu merecimento que eu tenha Luz.
Mas, sei que precisamos orar por todos, porque muitos têm medo de morrer, mas, não tem medo de perder as asas dos anjos que somos.
Quando tive alta do hospital fui levado para o apartamento do meu filho de frente para a praia com toda a família a minha volta preocupados comigo.
E eu só orava pedindo misericórdia ao Pai para todos que não conhecem o Vosso amor.
Em novembro, dia sete eu estava deitado na sala do apartamento, vendo o sol e o mar, estava me sentindo cansado, com muito sono, quando ouvi a voz do meu velho amigo.
- Francisco está tudo bem!
Eu dormi profundamente e quando dei por mim estava do lado do meu corpo doente. Entendi tudo, vi minha esposa e filhos chorarem, mas, sem desespero. Me sentia leve, pleno, olhei para o lado e vi meu pai João Pedro e minha mãe Ana Julia acompanhados por Matheus. Eu finalmente podia ir embora.
Na vida quando se faz tudo com amor, você não parte definitivamente, deixamos obras de carinho. Ninguém pode passar neste planeta Terra, que Deus fez com todo seu amor sem deixar nada. Eu deixei meu bom dia a todos por onde passei. Orei por todos! Procurei ajudar sem fazer alardes!
Procurei, assim como você que está lendo, viver para Deus e ter a certeza que para sempre somos todos irmãos. A morte não é o fim e sim um grande começo!
                                                                                               Fim.
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Ditado pelo Espírito de João Harsam

Psicografado pelo médium Esaú Davi.














segunda-feira, 4 de junho de 2012

Estava sentada na estrada sem saber para onde iria
névoa, sozinha, medo,sem esperança,
Antes fora egoista, fria, em nada acreditava,
algumas pessoas passavam por mim e nada faziam
Também nunca fiz nada por ninguem, andei, sorri, 
estava perdida, chorei, porque luz não havia pra que?
Um homem me perguntou se eu queria água, respondi
 que sim, estava repleta de feridas, meu braço morto
e  de mim vinha um odor terrivel.
Este estranho me deu água e pão, cheguei a um campo
fui recebida, este homem que eu ninca vira cuidou de 
mim, dormi, acordei, após dias me levantei e sai, vi 
e senti o perfume das flores.
Este homem socorria a todos, deixei meu orgulho 
e fui agradecer e perguntar que milagre era aquele,
Percebi no sorriso e no olhar daquele estranho que 
tudo era ilusão, meu orgulho e vaidade.
Eu antes estava morta, agora vivo comtemplando a vida verdadeira.
Aquele homem com seu olhar de amor é o Senhor da Luz, Jesus.
Cuidou de mim como um Pai, hoje eu cuido de todos, sem olhar a quem.
                                                                Ditado pelo Espirito de Maria Luiza.

quinta-feira, 31 de maio de 2012


  • Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos È saber falar de si mesmo, È curtir todos que te amam, Ser feliz é permitir que a criança que Mora em você seja livre, È ter sensibilidade para dizer “preciso de você” È não ter medo de recomeçar e Não ter medo de se entregar. Ser feliz não é ter uma vida perfeita é Usar os obstáculos para abrir as janelas Do coração, Ser feliz é aceitar com humildade os desígnios de Deus, È ter a humildade em dizer “perdão eu “Errei”, Ser feliz é sermos filhos de Deus!

domingo, 29 de abril de 2012

CORAÇÃO AZUL

Estou sentado na grama de casa, o vento batendo no rosto, meus filhos e filhas correndo, meu cavalo me chamando para correr com ele nos campos, vejo meus pais apaixonados, as flores lindas do nosso jardim. Mas, não estou tão só pelo amor do Senhor, mas, olho ao meu lado há um vazio que me incomoda... Vejo o quadro que pintei o rosto dela, leio os poemas, o sorriso dos meus filhos, mas, então serei mais feliz e completo quando meu coração chegar... Tudo será diferente porque aquela que é a mais bela de todas estará comigo. Quando meu coração chegar será dois corações em um só. Para todo o sempre...! Maria Helena.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

REDESCOBRINDO A PAZ !

MEXICO Eu tinha quatorze anos quando fui mãe do meu primeiro filho. Aos onze anos fui vendida, para meu marido, pelos meus pais. Eu era a única filha loura e meus pais queriam terras, então esse foi o meu valor: alguns alqueires de terra. Éramos três irmãos, o mais velho se casou com dezenove anos, e um menino de oito anos que pode estudar um pouco. Meu marido era vinte e nove anos mais velho que eu, tive três filhos e certo conforto, mas minha alegria era meus filhos, trabalhava na fazenda. Tínhamos até um comercio. Meus pais tiveram casa, propriedade, mas, eu não tinha vontade de vê-los. Uma vez por ano meus irmãos vinham me visitar. Eu não me olhava no espelho e de tanto meu marido me chamar de “mulher”, esqueci meu próprio nome. Um dia meu marido Sebastian disse que seu sobrinho viria nos visitar e que deveríamos tratá-lo como um rei, afinal ele sabia ler. E no México quem podia estudar era rei. Estava cuidando das crianças quando Sebastian e Diego, seu sobrinho chegaram. Quando vi Diego levei um susto, mas Sebastian não notou, fiz o jantar enquanto eles conversavam. Sebastian perguntou o que o sobrinho achou do jantar e ele disse que achou um pouco salgado. Meu marido me bateu tanto que amanheci jogada no chão do quarto. Quando ele saiu meus filhos pediram ajuda a Diego. Ele entrou no quarto e cuidou de mim, acordei com os seus olhos azuis me fitando. Pediu-me perdão, ele não sabia que o tio era violento assim. Descobri que tínhamos a mesma idade, ele era jovem e eu acabada. Fomos convidados para uma festa na cidade, as crianças me deram de presente fitas para enfeitar meus cabelos. Eles retiraram do baú velho um vestido e me arrumaram, pentearam meus longos cabelos, enfeitaram com as fitas e fomos à festa. Todos me elogiaram, dancei com meus filhos, estava feliz. Quando cheguei em casa me olhei no espelho depois de muito tempo. Vi a imagem de uma moça bonita, mas, não vi Sebastian atrás de mim. Ele quebrou o espelho e me surrou, bateu tanto no meu rosto que eu não podia abrir os olhos. Dormi embaixo da cama chorando e rindo ao mesmo tempo. Eu era bonita. Diego tinha estudado medicina nos Estados Unidos e tinha aberto um pequeno consultório na nossa cidade. As crianças foram pedir ajuda para mim. Já era de tarde quando Diego entrou no quarto, novamente cuidou de mim. Eu tinha perdido outro filho, tive hemorragia, não sabia que estava grávida. Achei que ia morrer, minha filha me deu um papel que tinha Nossa Senhora de Guadalupe. Orei muito, pedi perdão, não sabia por que tanto sofrimento. Adormeci e sonhei que estava na igreja orando quando ouvi uma voz doce me dizendo: - Filha seu nome é Joana, ainda choraras mais, mas, estarei contigo! Acordei dizendo que meu nome era Joana! Diego disse que me amava e eu perguntei a ele o que era isso? Só conhecia o amor dos meus filhos, então ignorei. Passaram-se os dias, eu melhorei e comecei a orar mais. Diego me tratava com carinho. Até que um dia eu estava brincando com as crianças no riacho quando ele chegou e entrou na brincadeira jogando água nas crianças. De repente vi Sebastian montado a cavalo nos olhando. Ele desceu do cavalo e atirou em Diego e nas crianças; o rio levou meus filhos. Ele me amarrou e me arrastou pelas terras até a capela e finalmente me deu um tiro de misericórdia. Meu pensamento era só para Nossa Senhora de Guadalupe. Acordei numa florada branca, uma linda Senhora me ajudou a levantar-me dizendo: - Filha tudo passou! Reconheci, era a voz da Senhora de Guadalupe! Ajoelhei e chorei. Hoje sei que Diego e as crianças são minha família legitima. Resgataram-me de mim mesma, por que antes, em outra época, eu os vendi e abandonei meu lar. Eu tive meu perdão. O Amor é o Balsamo Divino, hoje sou mentora, sou feliz porque amo a todos pela Graça do Pai Amor! Depois de algum tempo aqui na Florada da Luz trabalhei com as flores. Meu marido e filhos tinham uma linda casinha toda branca e rosa em uma das cidades espirituais e moramos lá até eu me restabelecer completamente. Depois de algum tempo fui levada a um hospital e reencontrei meus pais terrenos que me pediram perdão. Fiquei sabendo que Sebastian tinha sido caçado pelo delegado, mas ele fugiu em disparada, a cavalo, em direção das colinas. E quando chegou ao topo o cavalo se assustou e jogou-lhe lá do alto da montanha; morreu em sofrimento, todo quebrado. Meu marido me disse que ele estava no umbral na parte do lodo, arrastando-se. Pensei que eu tinha tido ajuda de Nossa Senhora de Guadalupe e que deveria ajudá-lo apesar de tudo. Pedi para ajudar no resgate, eu, meu marido e alguns enfermeiros descemos uma montanha e chegamos ao lodo. Vi muitos irmãos sofrendo e ouvi alguém me chamar: -Joana! Era Sebastian, nas suas pernas havia muitos vermes e tinha um odor terrível, me disseram que era devido às maldades que ele havia praticado. Todos nós oramos e o levamos até o hospital onde socorristas irradiaram luz, através da suas próprias mãos fazendo-o dormir. Deram-lhe banho com água fluidificada, auxiliamos o tempo que foi necessário. Algum tempo depois ele acordou e quando me viu mandou-me ir para a fazenda. Explicaram-lhe onde ele estava, mas quando ele viu meu marido, que tinha sido Diego na Terra, ele começou a gritar que ia matá-lo. Os socorristas fizeram-no dormir e o único tratamento possível para Sebastian foi reencarnar. Ele nasceu na Espanha, era um bebe, mas suas pernas estavam paralisadas e tinha muitos problemas de saúde, era seu remédio amargo. Hoje na Terra ele tem doze anos, eu e minha família oramos por ele porque Deus é Amor. E se achas que sofre, há sempre alguém sofrendo por falta de Amor e Luz. Sejam felizes porque os temporais sempre passam, mas o Amor permanece para sempre. Ditado pelo Espírito João Harsam Psicografado pelo médium Esaú Davi.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

DEUS FAZ DAS NOSSAS VIDAS SUA OBRA DIVINA!

                               PALERMO  -  ITALIA

Sou Elizabeta, tenho doze anos. Moro em Palermo, na Itália, em 1905. Tenho uma família grande, meu pai é italiano e minha mãe inglesa.
Somos seis irmãos e meus avos que moram conosco e segundo a “nona” eu era a mais levada.
Tínhamos um vinhedo e todos trabalhavam muito, mas, éramos muito felizes. Cresci vendo meus irmãos se casarem e sentia muita pena deles. No casamento da minha irmã eu escondi o véu na esperança dela não se casar, mas, ela achou e se casou! Que pena!
Íamos à missa e eu dizia para minha “nona” que eu ia ser freira que nunca me casaria.
Minha avó dizia que as freiras dormiam em celas e eram casadas com Jesus!
E eu respondia que Jesus era sábio não ia casar-se com qualquer uma e não teria um bando de mulheres a pedir coisas.
Elas riam! E minha avó dizia:
_Você vai derrubar a igreja, esqueça, estude ou se case.
Quando eu tinha quatorze anos vi a primeira mulher a pilotar um avião. Pensei então serei pilota!
Meus primos arrumaram muitos galhos e amarramos trapos em mim, subi no telhado de casa e me joguei... voei....para dentro da carroça de feno e quebrei o braço.
Um dia chegou um rapaz, e então corri para o quarto prendi meus cabelos todo para cima, passei muito pó de arroz e fiz pintas em meu rosto e me joguei no sofá. Quando o rapaz entrou eu disse:
-Cuidado é contagioso!
O rapaz saiu correndo. Só então meu pai me disse que ele era sobrinho de um grande amigo dele e que tinha vindo para ajudar encontrar um meio de colocar nossas uvas no mercado europeu.
Pedi desculpas, eu achava que era meu pretendente.
Um dia fomos à missa e tinha um coral de freiras cantando maravilhosamente. Fiquei encantada, fui para perto delas e disse que eu tinha talento e comecei a cantar.
Acho que eu berrava, tal era o espanto delas, mas, eu esqueci que estava com uma bala na boca, me engasguei. Meu pai me pôs de cabeça pra baixo e a bala caiu.
Quando fiz quinze anos meus pais fizeram uma linda festa e antes teve uma missa. Todos os vizinhos vieram.Minha madrinha fez em grande bolo todo enfeitado.
De repente vejo meu pai caminhando na minha direção acompanhada por um rapagão. Fiquei desesperada, não podia fugir, não tinha onde me esconder, olhei para o bolo e tive um grande idéia:
Enterrei a cara no bolo para que ele não me visse. Ninguém pode comer o bolo, mas, estava uma delicia.
Minha mãe, uma lady, não sabia o que fazer comigo! E eu disse-lhe:
-Mamãe foi meu instinto de sobrevivência!
Alguns dias depois fui à igreja com minha mãe e minha avó, as freiras estavam lavando o chão, mas tinha uma linda imagem do coração de Jesus e eu queria vê-la de perto e fui correndo abraçara freira Pia Maria.
Mas, não vi o chão ensaboado e escorreguei e para me segurar apoiei-me na freira e fomos as duas para o chão.
No vinhedo ajudávamos amassar as uvas pisando dentro dos toneis, até que vimos meu pai conversando alto com Antonio, um lindo rapaz,quando o vi mergulhei no tonel, com medo que fosse um novo pretendente. Então as uvas já não serviam mais para o vinho. Elas só  serviram para fazer geléia.
Meu castigo foi levar todos os vidros de geléia para vender na cidade e só voltei depois de vender tudo.
Meus pais receberam elogios pela geléia Santo Antonio e pelo vinho São Pedro. Tudo ia muito bem.
Até que veio a primeira guerra mundial, tivemos que abandonar tudo e ir para Inglaterra até 1918.
Na Inglaterra estudamos, mas todos tinham medo. Minha mãe e irmãs fizeram um curso de  enfermagem  durante vinte e cinco dias e entraram para a Cruz Vermelha.
Mas, mesmo assim meu pai não desistiu de me arrumar um noivo.
Quando eu soube entrei rapidamente na Cruz Vermelha fiz meu curso em sete dias e comecei a trabalhar ajudando a todos.
Vi muitos aviadores ingleses, franceses, americanos e voluntários aventureiros lutando na guerra.
Finalmente em 1919 voltamos para Itália. Nosso vinhedo e casa estava destruído,começamos a trabalhar para reconstruir tudo.
Voltamos para as geléias e vinhos.
Logo depois meu querido “nono” teve um ataque do coração e morreu. Ficamos tristes por muito tempo.
Mas, meus pais arrumaram um noivo, Antonio Cesar, para o meu desespero.
O casamento seria em quinze dias porque meu pai estava doente e me pediu no seu leito que me casasse.
Comportei-me, aceitei calada a vontade do meu pai.
Na manhã do casamento fui ao quarto dos meus pais e vi e ouvi meu pai de pé rindo, dizendo:
- hoje Elizabeta se casa!
Ele estava bom! Saia fumaça da minha cabeça. Meu pai me enganou!
Minha mãe ajudou-me a vestir o vestido de noiva que pertenceu a ela. Entra minha avó e me vê chorar, abraçou-me e disse baixinho no meu ouvido:
-Netinha ninguém casa com uma louca!
Fomos para a igreja, meus pais de braços dados sorrindo. Perguntei: - Papai já está bom?
_ sim filha você está se casando e com o tempo o amor virá.
Pensei comigo _ o tempo que não tenho!
Quando entrei na igreja as freiras cantando, eu com um bouquet de flores de laranjeira na mão. Olhei para o altar e vi meu noivo, até que era bonito,mas, tinha um nariz bicudo.
Olhei para todas as imagens, lembrei das palavras de minha avó:
-Ninguém casa com louca! Então me decidi, mostrei a língua para o padre,bati, uivei,comecei a coçar os cabelos e gritar dizendo:
- estão ouvindo os alemães estão chegando! Meu noivo me agarrou e eu mordi o nariz dele. Subi no altar belisquei o padre e as freiras e fugi correndo. Arrancando o véu e os sapatos.
Escondi-me no mato, meu pai veio atrás me procurando.
De repente vi um aviãozinho pousado e o piloto inglês arrumando tudo para seguir viagem.
Corri até ele e falei:
-Você pode me levar contigo, fui seqüestrada, minha família está na Inglaterra.
Ele aceitou e seu nome era Johan William, mas eu tinha que segurar uma peça para o avião voar.
Gritei muito quando o avião subiu. Johan me perguntou:
- está vendo aquelas pessoas gritando Elizabeta? É você?
-Não meu nome é Maria Francine.
Decolamos e depois de algumas milhas começou a vazar óleo e sair fumaça do avião. Johan gritou para mim:
_Segura que vamos cair! Vamos morrer!
E eu pensei: fugi do meu casamento par morrer aqui!
Mas, o avião caiu e parou num monte de feno.
Acordei na enfermaria, de um convento, com alguns ferimentos sem gravidade
Meu amigo desconhecido quebrou a perna direita e estava com vários hematomas. Fomos cuidados com carinho pelas irmãs do convento. Eu na ala feminina e ele na masculina onde os frades viviam.
Logo me restabeleci e pensei que se eu saísse dali minha família me pegará e me obrigara a casar.
Comecei, então, a trabalhar no convento, e com o tempo me tornei noviça.
Reencontrei o piloto, os frades o trataram com muito carinho e ele doou uma mala cheia de dinheiro para a igreja.
E com isso ampliaram o hospital e reformaram o orfanato.
Ele me disse que iria ser padre, porque tinha encontrado seu caminho, visto que tinha perdido a memória no acidente, depois me disse que não tinha família.
E estudou e se tornou o Padre Estevão e eu a irmã Francine.
Deram-me a missão mais importante da minha vida: ir para o interior da África, onde poucos pares já tinham estado.
Perguntei a madre superiora porque tinham me mandado pra lá e ela me respondeu:
-Há seis meses tinham matado três freiras e um padre por sermos cristãos.
Eu sorri e sai da sala me encontrando com Padre Estevão. Recebemos a mesma missão, Nós dois sorrimos!
Um olhou para o outro!
-Irmã Francine bonito nome que escolheste!
-Este é meu nome.
Trabalhamos muito. Ele ensinando as crianças a ler era um padre brincalhão e as crianças e o povo o amava.
Eu, no hospital era a auxiliar da auxiliar da enfermagem. O povo necessitava de socorro.
O médico, Dr. Eliot me indicou para uma bolsa de estudos, através da igreja, para cursar medicina.
Estudei com afinco e me formei. Conseguimos ampliar o hospital.
Eu me sentia muito feliz.
A madre superiora enviou as irmãs Catarina e Dominica e os padres Fernão Dias e Estevão há um lugarejo onde tinha uma pequena clinica. Era um lugar selvagem e ouvíamos os leões por perto. Padre Estevão disse-me;
- Irmã Francine estou ouvindo seus joelhos tremerem, calma, eles já almoçaram!
Mal ele sabia que eu já tinha me molhado toda. Pedi licença e fui me trocar, quando retornei seis estranhos, fora de si, haviam chegado querendo nos matar ameaçando até os doentes.
Padre Estevão gritou batam, chutem, são rebeldes e começou a goleá-los dizendo:
-São rebeldes batam, chutem!
Esquecemos de quem éramos,batemos,socamos, pulei em cima de um deles e mordi sua orelha. Até o médico entrou em ação.
Irmã Dominica batia na cabeça deles e fazia o sinal da cruz e dizia:
-Deus me perdoe!
Padre Estevão lutou com alguém que já tivesse feito isto muitas vezes.
Amarramos os rebeldes nas arvores, colocamos os doentes no ônibus e fugimos. Finalmente chegamos a nosso lar.
Havia um paciente que delirava, devido à doença, e contou tudo que passamos para o médico. Ele me chamou e falou:
Irmã Francine ainda bem que esse paciente está só delirando!
- por quê?
-Ele me disse que Padre Estevão e todos vocês entraram em luta corporal com seis rebeldes. Não imagino vocês batendo e amarrando os rebeldes. Logicamente que não fariam isso, porque nesta hora os pobres já viraram refeição dos leões.
Eu tive um acesso de riso e desmaiei. Tive febre e depois de alguns dias estava recuperada. E novamente o médico me disse:
-Irmã Francine o delírio foi coletivo, porque você também disse a mesma coisa que o paciente, pobres rebeldes viraram jantar dos leões!
Desmaiei de novo! Acordei com o padre Estevão do meu lado.
- Bom dia irmã! Tens que fazer o voto do silencio. È só ouvir e desmaiar.
-Prometo que não vou mais!
E a vida continuou...
Tivemos uma idéia de montar um coral. Só uma freira que entendia um pouco de musica.
Ganhamos um piano e limpamos muito bem nosso velho órgão empoeirado. Padre Estevão sabia tocar como ninguém.
Ele começou a tocar e ficou tão entusiasmado que tocava uma musica que era bem diferente de uma canção religiosa. Mas, ele cantava alto e tocava todo feliz. E todos nós paramos para olhar.
Quando nos viu parou de tocar desconsertado e disse:
- Eu só estava testando o piano!
Passado algum tempo ouvi os médicos comentando sobre o final da guerra e senti remorso, tive vontade ver meus pais.
Pedi permissão à madre superiora para viajar e rever amigos, não disse família.
Viajei e retornei para minha terra natal e encontrei os vinhedos destruídos, meus avos já tinham falecido. Minha querida nona me deixou uma caixa de jóia, eu distribui um pouco e o resto vendi para ajudar o hospital.
Quando meus irmãos me viram não me reconheceram com freira, achavam que eu era outra pessoa.
Meus pais estavam vivos! Minha mãe chorou e meu pai disse:
-freira?
- Sim, freira médica! Eu respondi
Todos nos abraçamos e me disseram que sentiram faltas, até das minhas artes. Minha me disse que tinha orgulho de mim! E eu fiquei aliviada. Meu pai me disse:
-Deus faz das nossas vidas Sua obra divina.
Meu dia de retornar estava chegando, eu tinha que voltar!
Minha família iria ficar bem, tinha Deus no coração, eu sabia lá no fundo do meu coração que eu precisava encontrar Deus. E eu tinha certeza que O tinha encontrado, podia dormir em paz.
Retornei para minha amada África, meu hospital. Receberam-me com muita alegria. Infelizmente a madre superiora havia falecido. Agora era a irmã Dominica que era a madre superiora
Nossa obra se expandiu, vi minhas crianças crescendo se tornando homens e mulheres, agora pais falando de Deus e do Seu filho Amado Senhor Jesus Cristo.
Passou o tempo e um dia padre Estevão desmaiou e foi levado ao nosso hospital.
O Dr. Marcos Dimas nos disse que ele tinha um tumor no pulmão já muito avançado.
Orei! Chorei, mas sabia que ele tinha feito tudo que tinha que fazer.
Num domingos de manhã me chamaram ao hospital, padre Estevão estava morrendo.
-Irmã Francine eu se que seu nome é Elizabeta. Tenho algo para t dizer. Quando vi uma noiva louca, sem sapatos, falando muito rápido pensei: Esta louca está fugindo, lembra que eu aceitei que entraste no meu avião?
-Sim, como hoje, claríssimo!
-Irmã amiga o avião era roubado, eu não sabia pilotar, eu estava fugindo da prisão, tinha acabado de roubar uma mala de dinheiro.
-Eu sabia!
-Irmã será que Deus Pai me perdoará?
-Humm, acho que sim!
-Irmã o dinheiro era de alguém que tinha muito, eu tirei do rico e dei  aos pobres. Não estava com amnésia, mas se eu saísse do convento seria preso.
- Eu confesso que fugi do meu futuro casamento.
-Eu sei, lembro-me do povo correndo atrás de você. Eu precisava de ajuda, o avião estava com problemas e você me ajudou a fugir. Caímos no convento porque eu nunca tinha pilotado um avião.
-Padre Estevão se eu saísse do convento meu pai me faria casar.
-Irmã Francine não me faça rir, sou um moribundo e olhe para trás.
Quando olhei todos ouviram nossa confissão.
Padre posso morrer contigo? Me de uma carona!
Irmã agora é um só neste vôo para Deus! Eu tenho muito que explicar.
_Padre logo estarás diante do Pai, e eu estou diante de todos, desta vez não escapo. Obrigado por tudo, por mudar minha vida!
_ Irmã mesmo que o avião não tivesse caído no convento, talvez pudéssemos ser um casal
-Nunca somos irmãos para sempre. Muito obrigado!
Neste mesmo dia à tarde o Padre Estevão nos deixou. Ele estava com Deus.
Passaram-se muitos dias e irmão Dominica me chamou e disse:
-Irmã Francine a madre superiora sempre soube quem você era.
-Como? Respondi surpresa.
-Ela conhecia a irmã Pia Maria!
- O que posso dizer?Deus escreve certo nas linhas tortas da vida!
Passaram-se anos e anos.
Em 1972 fui convidada a ir até o Vaticano conhecer Sua Santidade.
Ajoelhei-me diante dele e me confessei, estava aliviada.
Quando terminei ele me disse:
- Filha os caminhos do Pai são misteriosos!
Em cinco de março de 1978 era meu aniversário, ainda me sentia jovem, apesar dos meus oitenta anos.
Sonhei que pisava nas uvas, nos tonéis e sentia o aroma do vinho.
Depois de quatro dias senti o aroma do vinho na minha cela, me levantei abri a porta e saio, eu estava numa fazenda.
Eu estava em casa com meu nono, nona, papa, mama, e padre Estevão. Eu perguntei:
-È assim que morremos?
- Não! É assim que renascemos! Disse o padre Estevão.
Sou irmã Francine, trabalho com muito amor nas moradas do Senhor. Sejam felizes porque “Os caminhos do Pai são flores”.

                                                           Irmã Francine.


Ditado pelo Espírito 
                                 João Harsam


Psicografado pelo médium
                                          Esaú Davi.