Higor: - Meu Deus! Acorda
Vilma, estamos atrasados, a feira mulher!
Vilma: - Eu estava sonhando
com meus pais, eles me mostraram onde vivem agora, é lindo todos unidos. Meu
pai com um sorriso, e minha mãe parecia mais jovem. E você me chama!
Higor: - Temos que trabalhar.
Judite: - Café da manhã na
mesa, Fabiano não esquece de colocar suas botas.
Vilma: - Boa aula filha,
sonhei com seus avós, estão bem.
Higor: - Não precisam mais
levantar de madrugada.
Judite: - Pai, não fale assim,
bom trabalho.
Montando a barraca na feira,
mais um dia de luta.
Higor: - São sete horas da
manhã, a feira está cheia. O amigo Aurélio não veio trabalhar, estranho.
- Oh, Paulo! Você sabe porque Aurélio não veio trabalhar?
Paulo: - Higor, ontem à noite,
Aurélio faleceu não sabemos de que!
Higor: - Eu não sabia, nossos
sentimentos.
Vilma ouviu: - Higor, sei que
era nosso amigo, Aurélio lutou a vida toda, não sofreu, ele deve estar no lugar
que vi meus pais.
Higor: - Vilma, não acredito e
não gosto deste tipo de conversa.
Fabiano: - Cruzes, minha
espinha ficou gelada sou jovem, bonito, cheiroso!
Higor: - Filho, você está
cheirando a feira!
Fabiano: - Mãe ouça minha voz
magnífica! Olha a batata!
Vilma ri: - Fale da cebola,
fale alto!
Fabiano: - Cebola, aqui tem
cebola! Cenourão!
Higor: - São treze horas,
podemos ir desmontando, vendemos quase tudo! Vamos arrumar tudo, tem uma camisa
no caminhão.
Iremos ao enterro de Aurélio,
deixarei o caminhão longe.
Da feira, a família foi ao
enterro do amigo Aurélio.
Vilma cumprimentou os parentes,
sentou-se no banco, estava muito cansada, ouviu riso de um homem, olha para o
lado: - Aurélio o que você faz aqui?
Aurélio: - Vilma, você está no
enterro de meu corpo, é engraçado isso!
Vilma: - Aurélio, como você se
sente?
Aurélio: - Não me sinto morto!
Estou aliviado, preocupado com meu filho Tiago, somos muito apegados. Você pode
me fazer um favor de um amigo que foi, mas não foi?
Vilma: - Você não tem jeito,
nem nesse estado? Fale!
Aurélio: Diga ao Tiago que
conversei contigo dias atrás e que eu disse, que sempre estarei com ele.
Vilma: - Eu digo! Nesta
madrugada, sonhei com meus pais, me mostrando onde estavam, é lindo você vai gostar
de lá Aurélio.
Aurélio: - Vou chegar e dizer:
" Cheguei! "Um senhor vestido de branco, está me dizendo para
segui-lo.
Vilma: - Eu estava o vendo!
Aurélio obrigada por tudo. Vima foi para o lado de Tiago.
Vilma: - Tiago, esses dias
atrás estava conversando com seu pai, ele me disse que se algo acontecesse, ele
sempre estaria ao seu lado.
Tiago: - Meu pai, tinha uma fé
inabalável. Sempre acreditou na vida após a morte, eu peço a ele que venha me
ver.
Higor ouviu: - Eu amo meus
pais, eles podem ficar lá em cima, eu cairia duro. Não creio, somos iguais a
pedras!
Vilma: - Pare de falar essas
coisas! Respeite! E por que somos pedras?
Higor: - Porque vivemos
rolando por ai!
Vilma: - Deus te perdoe!
Após o enterro foram para casa
exaustos.
Higor: -Amanhã não tem feira. Aquele bairro de rico só
tem venda. Espero que um dia os advogados ganham minha causa trabalhista, aí
teremos nossa vendinha. Vou descansar, boa noite!
Um mês se passou, trabalho de
todos. Pela manhã a campainha toca, Judite atende:
- Tia Sandra, tio Francisco, meu primo Caíque,
entrem!
Tio Francisco: - Seus pais
estão trabalhando?
Judite: - Sim! Estou em casa
porque não tem aula hoje, vamos sentar, tomem café, tem pão leite e frutas.
Daqui a pouco farei o almoço. Vocês ficarão mais tempo, agora não vão embora
logo!
Sandra: - Sim minha sobrinha,
seu café está muito bom, podemos ir até a feira?
Judite: - Sim, eu os levarei
lá. Mamãe ficará contente em vê-los.
Judite levou os tios na feira
onde trabalham.
Fabiano: - Batata! Batatinha!
Batatão aqui tem! Cenoura, cenourinha cenourão! Tem também. Chuchu tem para
todos.
Tios riram ao ouvir. Fabiano
tem boas ideias.
Vilma quando viu a irmã
Sandra, ficou feliz, largou tudo e a abraçou: - Que saudades minha irmã!
Sandra: - Também senti muitas
saudades de vocês.
Higor cumprimentou a todos,
disse ao filho baixinho: - Aí vem problemas.
Fabiano grita mais alto: -
Pepino! Pepino temos pepinos!
Judite: - Vamos voltar para
casa antes passarei no mercado, esperamos papai e todos para almoçarmos juntos.
No mercado, Judite no final da
gôndola, ouviu tia falar com o tio:
- Francisco, mude de ideia, é minha irmã nossa
família, Judite ficou apreensiva.
Em casa, sua tia Sandra
auxilia fazer a janta, os pais de Judite chegaram.
Fabiano: - Oh, cheirinho bom!
Vou tomar banho logo venha.
Judite pôs a mesa:
- Família janta na mesa:
- Pai, o senhor senta na ponta e a mãe na
outra.
Higor: - Filha somos simples.
Judite: - O senhor e a mamãe
são donos da casa.
Após o jantar, foram para sala
ver televisão. Sandra trouxe sorvete.
Vilma: - Estão de férias?
Estou contente em estarem aqui.
Francisco e Sandra: -
Precisamos conversar, ocorreu algo horrível, nossa casa pegou fogo, perdemos a
casa, móveis, o que sobrou está no carro e nas malas.
Vima: - Meu Pai! Arrumaremos
um quarto para você Sandra e Francisco, Caíque pode ficar no quarto com Fabiano.
Judite tem o seu quarto.
Francisco: - Cunhado, quanto
tempo você levou para aumentar a casa?
Higor: - Uns vinte anos,
trabalhando muito, mas vocês vão se levantar, a casa de vocês tem seguro?
Sandra: - Infelizmente não
tem.
Higor: - É bom nos precaver, Caíque
está trabalhando?
Caíque: - Eu perdi o emprego.
Higor: - Você amanhã levantará
as três da manhã e trabalhará na feira conosco.
Caíque: - Eu? Pai! Mãe!
Sandra: - Ótimo, até você
arrumar outro emprego.
Vilma: - E você Francisco
continua trabalhando no escritório? E a Sandra?
Sandra: - Eu dou minhas aulas
particulares e Francisco trabalha no escritório de advocacia.
Judite: - A diretora é amiga
da mamãe, a senhora faz curriculum eu levo ou a senhora me acompanha até a
escola, é particular dará certo.
Sandra: - Boa ideia eu farei.
Higor: - Peço licença mas vou
descansar, amanhã outro dia, bom descanso.
Vilma: - Vou arrumar os
quartos já vou deitar.
Vilma foi se deitar, Higor
acordado.
Higor: - Vilma, se fosse minha
casa que tivesse pegado fogo, e não tivesse seguro eu estaria ardendo de um
lado para o outro. Muito sossego deles, então, é sua irmã mas, estou achando
estranho.
Vilma: - Sandra é calma,
Francisco tem emprego.
Higor: - Tem cheiro de
incêndio, três meses somente!
Vilma: - Calma meu marido!
Um mês se passou. Querendo ou
não já tinha se passado vinte dias desde
que Caíque estava trabalhando com os tios na feira, Judite levou sua tia Sandra
ao colégio, conseguiu no maternal o trabalho.
Dois meses passaram, Sandra se queixando do horário de trabalho que era período integral.
Higor: - Sandra, antes você
dava uma aulinha aqui, outra semana que vem agora você tem um trabalho.
Sandra: - Cunhado, você tem razão.
Quando eu lembro que aconteceu em nossa casa eu não me conformo.
Vilma: - Irmão, eu sei que não
estão na casa de vocês, mas podemos ver uma casa para alugar aqui na
vizinhança.
Sandra: - Pagar aluguel?
Higor: - A maioria vive assim!
Francisco chega do trabalho: -
Boa noite, como está calor!
Higor: - Vilma está falando a
Sandra que vocês estão trabalhando, podemos ver uma casa ou apartamento pela
vizinhança. Assim terão o espaço de vocês.
Francisco: - Eu disse a Sandra
para começar a procurar uma casa, estamos incomodando vocês.
Vilma: - Vocês são nossa família,
não nos incomodam, a Sandra parece nervosa de querer o espaço dela.
Francisco: - Bem, amanhã
comece procurando uma casa, se acalme.
Caíque: - Primo, você é
esforçado, trabalha na feira e estuda de noite, queria ter esse fôlego.
Fabiano: - Meu pai trabalha
desde menino, ele sempre diz que a honra do homem é o trabalho. Eu tive
pensando, você faz um curso, para ter uma profissão Caíque você pensa em algo?
Caíque: - Fotografia! Meu pai
está arrumando algum negócio, diz que nós nos daremos bem.
Fabiano: - Que tipo de
negócio?
Caíque: - Acho que tem a ver
com a casa.
Fabiano: - Mas a casa não
pegou fogo?
Caíque: - Ele fala de outra
casa.
Fabiano: - Conversa está boa,
mas tenho que dormir, bom sonho.
Caíque: - Meu pai quer ser
rico!
Judite: - Mãe, a senhora pode
vim aqui no quintal, preciso conversar.
Vilma: - Vamos, não consegue
dormir?
Judite: - Estou pensativa
desde que chegaram, quando eles foram na feira, depois fomos ao mercado. Mãe
ouvi a tia dizer ao tio para não fazer isso com a casa da família.
Vilma: - Você ouviu direito?
Fazer o que?
Judite: - Mãe a senhora sonhou
com seus pais antes deles chegarem e se queriam avisar de algo
Vilma: - Não tinha pensado nisso,
mas agora que você está falando, sempre achei Francisco duvidoso. Vá descansar filha,
pensarei no que fazer.
No dia seguinte, Vilma na
feira pede para Higor sair um pouco pela manhã, porque tinha que ir ao médico.
Higor: - Vilma, tinha que ter
falado, pediria a Judite para ir contigo.
Vilma: - Fique tranquilo.
Vilma vai até o endereço
antigo de sua irmã, bateu no vizinho:
- Boa tarde! Estou procurando a minha irmã Sandra, a casa pegou fogo, o senhor sabe para onde foram?
Vizinho: - Vou lhe contar uma
coisa, o comentário é que Francisco colocou fogo na casa para receber o seguro,
ele está endividado.
Vilma: - Obrigada.
Foi até o escritório que Francisco trabalha,
não subiu ao andar, perguntou ao porteiro se conhecia Francisco.
Porteiro: - Sim! De vez em
quando ele aparece aqui, agora ele trabalha em outro escritório.
Vilma: - Muito obrigada pela
informação. Retorna a feira.
Higor: - Conseguiu a consulta?
Vilma: - Tinha muita gente.
Nossa! Uma hora da tarde nosso expediente acabou.
Depois do jantar, Vilma foi
ajudar Judite a arrumar a cozinha e Sandra parece animada:
- Irmã, parece que conseguimos
uma casa só precisamos de um fiador. Eu sei que você e Higor aceitam nos
ajudar.
Vilma vira para Sandra: - O
dinheiro do seguro da casa já saiu? Veio aqui uma vizinha sua perguntando por
vocês, quando vocês saíram.
Sandra: - Isso demora. Achei
que não tivesse seguro, qual vizinho?
Vilma: - Vizinha sabe melhor
da sua vida que você! O que está acontecendo Sandra? Ela disse que o comentário
no bairro é que Francisco colocou fogo na casa para obter o dinheiro do seguro,
pois estão endividados.
Sandra perplexa: - Mas isso é
mentira! Francisco! A vizinha veio aqui falar mal de nós.
Francisco: - Da sala eu ouvi,
fofoqueiros e mentirosos! Não vai demorar, amanhã assinaremos o contrato, Higor
aceita assinar.
Três horas da manhã, a família
saiu do carro, caminhão para o mercado e depois para a feira. Por volta das dez
horas da manhã, apareceu na feira, Sandra e Francisco: - Gente, temos ótima novidades,
a casa é ótima perto de vocês. Só que precisam vocês assinarem como nossos
fiadores.
Vilma: - Nunca fomos fiadores
de ninguém.
Sandra: - Vilma, você é minha
irmã, sei que não negará. O movimento está bom, meu filho se virando.
Vilma olha para seu lado, vê seu
pai: - Filha, não faça isso!
Francisco: - Não quero
atrapalhar, sei que aqui não é lugar e não dá tempo de vocês lerem, é só
assinar.
Higor: - Quantas folhas!
Francisco: - Assine aqui em
baixo, preciso só de sua assinatura.
Vilma: - Higor, você assinou!
Higor: - Sim.
Vilma puxa Sandra pelo braço,
leva ao lado da barraca: - Me diz você porque nosso pai disse para não assinar?
Sandra se você e seu marido fizerem alguma coisa errada, nunca mais me chame de
irmã.
Sandra: - O que é isso mana?
Papai está morto! Morreu! Acabou!
Francisco: - Estamos indo,
quando chegarem em casa, eu pago o almoço.
Higor: - Vilma o que foi? Eles
vão para casa deles. Caíque está trabalhando, sua irmã também, tudo vai dar
certo.
Vilma não conseguia trabalhar,
pediu para ir embora:
- Me desculpe, preciso ir embora.
Antes de ir para casa, Vilma
passa na igreja. Entra, se ajoelha: - Senhor, por que estou tremendo me perdoe
pensar mal de minha irmã, o que é isso que sinto! Após a oração foi para casa.
Judite: - Mãe, de manhã senti mal-estar.
Me abraça.
Vilma abraça sua filha: -
Filha, não importa o que aconteça, somos uma família, eu te amo! Onde está sua
tia?
Judite: - Acho que está trabalhando.
O único que chegou deles foi o Caíque com o pai e o irmão cantador. Estão no
quarto, ouvindo música. Papai está no quarto dele.
Vilma: - Vou ver seu pai.
Higor: - O que estou sentindo
meu Deus?
Vilma: - Você está bem?
Higor: - Eu não sei! Deus nos proteja. Hoje chamei até pelos meus
pais sei que é estranho.
Vilma: - Diria milagre! Higor
eu te amo!
Higor riu: - Você me dizendo
que me ama, chamem a polícia. Não é só eu que estou estranho, você vai se
assustar, somos uma família.
Vilma abraça Higor: - Meu
batatão!
Higor: - Vilma, você é minha maçã!
À noite, Judite e Vilma põe a
mesa.
Judite: - Eles não vieram
almoçar e não chegaram até agora?
Caíque: - Quem não chegou?
Vilma: - Seus pais!
Caíque: - Eles são assim.
Adoro a comida daqui de casa, minha mãe só fazia pedido.
Fabiano: - Então tem muito
dinheiro!
Caíque: - Que nada, papai
vendeu carro da mamãe e o terreno.
Vilma lembrou do que o vizinho
disse: - Caíque, seus pais tinham seguro da casa de vocês?
Caíque: - Não sei. Eles
estavam brigando muito. Vamos jantar.
Higor: - Vamos, apesar de não
estar com fome.
Após o jantar foram deitar.
Caíque: - Boa noite família,
daqui a pouco trabalho. Tem uma garota que trabalha com os pais, Celia, linda
menina.
Vilma: - Humm, apaixonado!
Três horas da manhã, foram
trabalhar. Judite arrumou a cozinha, achou estranho que os tios não estavam.
Resolveu entrar no quarto deles e dar uma olhada, abre a porta do
guarda-roupa-vazio, gavetas-vazias. Na cômoda-vazia. As malas sumiram.
Não conseguiu dormir. Não foi para o colégio.
Amanheceu, tentou ligar para o irmão, ninguém atendeu. Era dez horas da manhã,
campainha toca. Judite vai atender.
Judite: - Bom dia.
- Sou advogado Plínio, vou
entrar.
Judite segurou a porta. Plínio
e outro homem empurraram a porta com força: - O que você é da casa?
Judite: - Sou filha de Higor e
Vilma! Saiam ou chamarei a polícia.
Plínio: - Garota, você vai
chamar a polícia para o dono da casa?
Judite: - Seu louco! Meus pais
são os donos da casa!
Plínio com documento na mão: -
Seu pai assinou a procuração e seus documentos passando esta casa para meu
nome! Aliás, a casa é ótima! Vocês têm um dia para tirar tudo.
Judite gritando:
- Rua! Ela ligou para o irmão:
- Fabiano, veio um homem aqui
dizendo que papai assinou um documento passando a casa para este estranho!
Fabiano: - O que?
Caíque: - O que foi primo?
Fabiano: - Mamãe, Judite ligou
dizendo que um homem foi em casa, dizendo que o pai passou a casa para o nome
desse estranho.
Vilma assustada:
-Vou para a casa, você e Caíque
conseguem trabalhar sozinhos?
Fabiano e Caíque: - Sim.
Vilma: - Higor vamos para a
casa!
Higor: - O que houve?
Vilma: - Em casa vamos saber!
Os pais de Judite chegaram em casa, Judite tremia. Contou tudo que ocorreu:
- No quarto deles não tem roupa
nenhuma!
Vilma e Higor viram os
armários vazios.
Vilma: - Francisco levou os
documentos na feira porque sabia que não teríamos tempo para ler, qual nome do
advogado?
Judite: - Plinio, se eu ver,
reconheço de longe, irei com vocês.
Higor, Vilma e Judite
procuraram informações onde Francisco trabalhou com outro advogado.:
- Francisco foi trabalhar com esse cara porque
ganharia mais do que aqui, e planos que não faço. Aqui está o endereço.
Chegando ao escritório desse
estranho advogado, entraram sem pedir permissão.
Plinio: - Há! Você que é
Higor! Mas você passou para mim sua casa, aqui está o documento.
Higor: - Como assim? Francisco
me disse que precisava de um fiador, levou na feira, assinei porque havia muito
freguês.
Plinio: - O senhor foi
inocente! Ruim para o senhor, bom para mim. Francisco e Sandra me deviam
dinheiro pagaram com essa casa. Um dia para mudarem senão mando jogar tudo na
rua. Vocês querem pegá-lo, estão neste endereço!
Higor sentiu tontura. Judite
pegou água. Vilma chorando:
- Força marido!
Foram atrás de Francisco e
Sandra, hospedados num hotel. Não podiam subir, ficaram no saguão, esperando
eles descerem.
Depois de quase uma hora
apareceu Sandra e Francisco.
Vilma: - Sandra!
Sandra sem falar nada, segura
o braço de Francisco.
Higor: - Vou te pôr na cadeia
Francisco!
Francisco: - Eu vou devolver
tudo a vocês! Se eu não fizesse isso Plinio me mataria.
Higor: - Morresse com honra!
Vilma olhando para Sandra.
Sandra: - Irmã, pela minha
família.
Vilma bateu no rosto de
Sandra:
- Esse tapa é pela minha família. Não tenho
mais irmã!
Higor, Vilma e Judite foram na
polícia, explicaram tudo! O delegado indicou um bom advogado.
Advogado Almeida: - Tomarei as
providências cabíveis, mas demorará um pouco.
Chegaram em casa trêmulos.
Fabiano: - O que houve mamãe?
Judite contou tudo ao irmão. Caíque
ouviu:
- Tios, primos eu não estou nisso que os meus
pais fizeram, é monstruoso.
Sandra liga para Caíque. Ele
não atende.
No dia seguinte ninguém foi
trabalhar.
Higor sentado: - O que
faremos?
Vilma: - Me perdoe Higor, por
favor se cuide! Tenho medo de acontecer alguma coisa contigo, podemos perder tudo,
mas como nosso tesouro é a nossa família.
Higor: - Fui burro! Como fui
assinar aqueles papéis?
Fabiano e Caíque na cozinha
fazendo um lanche para a família.
Judite: - Pai! Mãe por favor,
comam alguma coisa.
Caíque chorando: - Perdão tio,
tia, perdão pelos pais que tenho!
Vilma e Higor abraçaram Caíque:
- Você é bom garoto! Todos dormiram na sala.
A tarde Plínio e seus homens
bateram na porta, ninguém atendeu.
No dia seguinte, o advogado
ligou pediu para família ir ao escritório. Quando retornaram, Plinio na calçada
rindo, todos os pertences da família na rua.
Fabiano e Caíque foram para
cima de Plinio!
Higor grita: - Não façam isso!
Não sujam suas mãos com gente como ele! Coloquem nossas coisas no caminhão.
Judite: - Para onde iremos?
Vilma: - Deus mostrará!
A vizinha veio ao encontro da
família. Dona Olivia, uma senhora de bom coração:
- Não importa o que aconteceu, não ficarão na
rua! :
- Vilma venha na minha casa.
Vilma entrou na casa de dona
Olívia.
Olívia: - Aqui está a chave, é
minha casa, são três quadras daqui eu ia vender. Fiquem na casa por tempo que
precisarem. Depois nós conversaremos.:
-Vilma, não deixe Higor sofrer
mais, ele é um homem honrado!
Vilma abraçou dona Olívia,
beijou as mãos dela, correu até Higor, mostrou as chaves.
Fabiano: - Pai força! Nós
vamos vencer! Vamos para nova casa, eu já estava enjoado daqui.
Judite: - Eu também!
Caíque: - Adoro mudar! Vamos tios!
Quando Vilma e Higor entram na
casa de dona Olívia, se assustam! Três salas, quatro quartos, suíte com
banheiro. Um maravilhoso jardim, quintal enorme! Garagem para três carros.
Portão fechado, interfone.
Fabiano: - Pai, o caminhão cabe
na garagem, antes ele ficava na rua.
Judite pôs uma música para descontraírem.
Até anoitecer a mudança
acabou. Judite, Fabiano e Caíque fizeram a janta.
No dia seguinte Higor e Vilma
foram na casa da dona Olívia: - Não sabemos como agradecer. Sua casa é linda.
Queremos saber o aluguel, não podemos compra-la.
Dona Olivia: - Vocês já
pagaram. Quantos legumes e frutas que me trouxeram. Se meu marido estivesse
aqui, faria o mesmo. Tenho o Flocky, meu
cachorrinho è meu filho. Os meus filhos moram em outra cidade. Vocês são uma família
honesta!
Vilma chora, conta a dona
Olivia o que sua irmã fez com a família.
Dona Olívia:
- Sua irmã é uma alma doente,
não sabe o que é amor, tenha pena dela quando sair da Terra, seu cunhado nem
vai passar da escuridão, se aproveita de todos, há lugar para gente assim.
Precisam de oração! Fiquem em paz. Nada de aluguel!
Vilma: - O que a senhora
precisar nos chame, obrigada!
Higor: - Deus as abençoe,
obrigado!
Dona Olívia: - Higor se cuide,
não deixe se abalar, Judite sua filha mais nova precisa de ti.
Chegaram em casa na mesa,
pizza!
Judite: - Caíque que pediu!
Caíque: - Estou guardando um
dinheiro para minha faculdade de Odontologia, quero ver todo mundo sorrindo.
Riram, sentaram junto à mesa.
Fabiano: - Vamos a pizza!
Judite: - Os nossos móveis
sumiram nessa casa, tem piscina.
Higor: - Mais um dia de
descanso porque amanhã todos na piscina.
Depois de dois dias, a vida
voltando ao normal, todos trabalhando e estudando. Faziam de tudo para deixar
Higor e Vilma um pouco animados.
Judite chorava no banheiro.
Fabiano ouvia música, Caíque
em silêncio as vezes pedia para ajudar na cozinha: Tia me ensina a cozinhar?
Vilma orava: - Higor vamos a
missa.
Higor: - Vamos.
Os filhos não acreditavam no
que estavam ouvindo, o pai indo à missa:
- O que foi? Nunca viram um homem de família
ir na missa?
Caíque estava estudando muito.
Fabiano o ajudava, prestaram vestibular. Quando saiu o resultado, os dois desfilaram
na sala. Os pais e Judite sem entender nada, ficaram olhando o desfile.
Vilma: - Vocês dois serão
modelos?
Fabiano: - Eu passei no
vestibular para manétologia.
Todos: - Para que? O que é
isso?
Fabiano ria: - Passei para
Arquitetura.
Caíque: - Eu passei para
Cebologia.
Todos: - Cebologia?
Caíque rindo: - Passei em
Odontologia.
Higor: - Os meninos evoluíram.
Me deem um abraço meus meninos.
Vilma e Judite os abraçaram.
Caíque: - Tenho dinheiro
guardado desde que era garoto, meu pai esqueceu. Ele colocou e falou para que
eu devolvesse para ele quando adulto. Mas não tenho mais pais, vou cuidar de
mim.
Fabiano: - Dá para mim
trabalhar e estudar, guardei algumas moedas.
Vilma: - Graças a Deus, alguma
coisa boa aconteceu agora falta a Judite, o que você irá estudar filha?
Judite: - Eu? Gosto de
crianças, vou continuar estudando pedagogia, vou pensar.
Passaram quase cinco anos.
Fabiano e Caíque se formaram estavam felizes em suas formaturas, Judite um ano
antes em pedagogia.
Dona Olivia sempre na casa
deles, foi na formatura dos jovens. Ela não via os filhos há anos. Me sinto
sozinha, depois que meu filhinho foi embora.
Higor: - Dona Olivia, há um
lindo quarto aqui para senhora.
Vilma: - Sim, minha amiga não
está sozinha.
Caíque: - Onde come um, come
cem.
Dona Olivia ria: - Eu não como
tudo isso! Eu aceito.
Depois de dois dias dona
Olivia mudou-se para casa dos amigos.
Fabiano trabalhando em projetos
numa empresa a tarde, não parou de ajudar os pais na feira.
Caíque trabalhando em um consultório
dentário a tarde e de manhã junto com senhor Higor.
Judite: - Pai, este número diz
que é seu advogado.
Higor ligou: - Estarei aí em
meia hora.
Vilma: - O vento me chamou!
A noite todos juntos.
Higor: - Família depois de um tempo aquele dinheiro
que coloquei no advogado saiu! Estive pensando em abrir uma venda, não grande,
assim o menino não tem que fazer esforço de levantar de madrugada. Trabalhar a
tarde. Eu não quero para de trabalhar.
Vilma: - Você vai vender o
caminhão?
Higor: - Não, ele nos ajudou
muito. Pensei em darmos uma reforma, quando abrirmos a venda, ele irá nos
ajudar.
Fabiano: - E da casa que era
nossa, alguma notícia?
Higor: - Não filho!
Um ano se passou, dona Olivia
se sentiu mal, foi levada ao hospital, os filhos chamados, só queriam saber da
casa.
Dona Olivia partiu sem
sofrimento, conversando com Vilma.
Depois de quinze dias, a família é chamada pelo advogado de dona Olivia:
- Ela deixou este documento a vocês Higor e
Vilma.
O advogado disse: - Higor sua
vida vai mudar quando ler!
Vilma viu seu pai sorrindo no
terraço: - Pai o que houve?
Pai de Vilma:
- Higor sempre foi durão porque foi criado
pelos tios, sua mãe tinha ido embora na verdade ela foi expulsa da família,
quando era bem mocinha dezessete anos, porque estava grávida. Sofreu muito,
conheceu um bom homem, casaram, tiveram filhos.
Marido dela comprou a casa que vocês estão
morando. Mas quando soube e viu vocês mudando para aquela casa, ela pediu para
mudar quase em frente à casa de vocês. Filha, veja a carta, ela reconheceu o
filho que a tia dela cuidou os tios de seu esposo. Você irá entender aos
poucos.
Vilma: - Deus!
Higor abriu o envelope,
documento da casa que eles viviam. Dona Olivia deixou para Higor.
Advogado: - Sente-se e leia.
" Para Higor com amor,
Higor minha vida não foi
fácil. Conheci meu primeiro amor quando tive dezessete anos, fiquei grávida dele,
naquela época era desonra engravidar solteira e jovem, meu pai me mandou para
casa de meus tios.
Tive meu filho na casa deles. Depois de três meses voltei para casa de meus pais, meus tios criaram meu filho, fui proibida de vê-lo. Me casei logo com um homem bom.
Ele comprou esta
casa que você e sua família moram que agora é sua. Quando vi novos vizinhos, eu
te vi, meu coração bateu, não precisava de nenhum exame. O mesmo jeito de
falar, seu rosto parecido demais com seu pai, o mesmo sinal no lado direito da
testa, eu soube que era meu filho.
Pedi para investigarem. Deus
me trouxe você de volta! Achava que não tinha direito de dizer que você é meu
filho. Pedi ao PAI que me desse uma chance, naquela tarde de dor da sua família
com os móveis na rua. Eu pensei esta é a hora!
E foi para mim uma alegria meu filho, mesmo sem saber, está de volta e quando fui chamada para morar com vocês.
Meu coração
estava muito feliz. Vivi com vocês os melhores dias de minha vida. Higor, você
é meu filho com Alcides, peça ao advogado outro envelope.
Meus filhos, seus irmãos do
outro casamento sabem que vocês são irmãos. Esta casa é sua!
Meu filho Higor, você e a
Vilma, doce esposa se tornou outra filha, meus netos Fabiano e Judite e meu
sobrinho Caíque, amo vocês. Onde eu for estão comigo. Me perdoe filho pela
minha fraqueza.
Sua mãe Olivia".
Higor as lágrimas molham a sua
camisa, Vilma o abraçou.
Higor: - O envelope que aqui
diz.
Advogado deu.
Higor abriu era foto de seu
pai:
- Meu Deus sou a cópia do meu pai Alcides!
Advogado: - A casa é sua,
senhor Higor! Adeus!
Vilma e Higor foram para
igreja participam da missa.
No jantar, a mesa linda
arrumada por Higor e Vilma.
Higor antes de jantarmos quero
falar algo:
-Hoje, eu e sua mãe fomos ao advogado, senhora
Olivia era minha mãe!
Fabiano, Judite e Caíque: - O
que?
Vilma: - Deixem o pai de vocês
lerem. Após lerem, estavam felizes pelo pai.
Higor: - Eu falava que não
queria ver meus pais, porque eram meus tios, eles foram austeros!
Judite: - Dona Olivia minha
avó!
Vilma: - Seu pai tem dois
irmãos.
Fabiano: - Está chegando o
Natal, e se chamássemos todos para a ceia?
Vilma: - Adorei a ideia, o que
você acha Higor?
Higor: - Mas, eles não se
incomodavam com a mãe, ou minha mãe.
Judite: - Pai, essa casa era
do pai deles, há muitas lembranças e você daria uma lição, conheceria seus
irmãos. Natal é nascimento de Jesus!
Caíque: - Boa ideia! Pena que meus
pais têm chifres na cabeça.
Vilma: - Que horror Caíque!
Ore por eles.
Depois de dois dias, Higor
ligou para seu irmão Tarcísio e sua irmã Karen, ambos disseram que iriam
pensar.
Vilma: - Higor, você já
decidiu o que fará, abrirá uma venda ou salão de beleza?
Higor: - Não falei! Uma venda de frutas, verduras e legumes, talvez outros itens. Estou providenciando.
Vilma: - Se sobrar queria
abrir uma lojinha, venderia roupas, sapatos, tudo usado assim ajudaria quem não
pode ir a grandes lojas.
Judite: - Vamos arrumar a
casa, amanhã é a Ceia!
Caíque saindo do consultório,
uma mulher com roupas simples:
- Filho!
Caíque: - Mãe, você está
diferente, onde está suas joias? Cabelo arrumado? E o pai?
Sandra: - Tudo isso passou,
ele está preso, continuou com seus empreendimentos. Me largou, eu vivo pegando
recicláveis para vender.
Caíque: - Eu sinto muito mãe!
Jurei que não queria mais vê-los. Como a senhora sabia que eu trabalhava aqui?
Sandra: - Acompanhei de longe
seus passos, tudo que fiz não tinha direito de vê-lo, mas hoje queria ver meu
filho.
Caíque: - A senhora já
almoçou?
Sandra: - Não!
Caíque: - Vamos almoçar no
restaurante aqui perto.
Judite e Vilma arrumando a
casa, decorando.
Judite: - A senhora vai
comprar presentes?
Vilma: - Não acho certo dar
presentes, recebemos tanto de Deus e ELE deu um presente para nós, seu filho
Senhor Jesus.
A família do Senhor quando ELE veio ao mundo,
todos o recusaram, foram para um estábulo e filha, olha onde vivemos.
Judite: - Verdade mãe! Somos egoístas.
Caíque: - Mãe, vou te levar em
casa.
Sandra: - Não precisa, tenho
vergonha, moro numa comunidade.
Caíque: - Lá tem
estacionamento? Longe eu deixo o carro.
Sandra: - Não tem, deixe o
carro porque vamos de ônibus, se você quer conhecer.
Chegando na casa da mãe, Caíque
olhando tudo, um quarto de madeira, era cozinha, banheiro lá fora, uma cama, um
fogão, não tinha geladeira poucas roupas.
Caíque abraçou a mãe e chorou.
Sandra: - Filho, te peço
perdão!
Caíque: - Pegue suas roupas,
tudo que puder nas sacolas. Vou tirar você daqui:
- Mãe, fica aqui neste restaurante, eu já
volto.
Duas horas depois, Caíque
voltou, pagou a conta:
- Vamos mãe, para sua casa.
Sandra: - Caíque, não quero ir
para casa de minha irmã, eu os prejudiquei.
Caíque: - Eu sei! Chegamos.
Este apartamento de um quarto, sala, cozinha, banheiro mobiliado a TV eu trago
depois.
Sandra: - É um palácio eu não
posso pagar.
Caíque: - Eu pago o aluguel.
Agora preciso ir, me promete que não vai fazer nada errado mais.
Sandra: - Eu prometo.
Vilma e Judite na cozinha:
Higor chegou contente:
- Minhas meninas, teremos
nossa venda! Tem comida nessa casa!
Caíque e Fabiano chegam
juntos.
Após o jantar Caíque fala para
a família:
- Preciso conversar com todos hoje. Saindo da clínica,
vi minha mãe, não a reconheci, estava com roupas humildes cabelo sem tingir,
outra pessoa a levei para almoçar. Ela disse que meu pai está preso.
Pedi para me levar onde mora,
ela recolhe recicláveis para vender e vive numa comunidade. Uma casa de madeira
com um cômodo, banheiro lá fora. Me senti um nada. Apesar de tudo é minha mãe.
Meu pai está preso. Não aguentei, pedi para pegar roupas, a levei para morar
num apartamento de um quarto mobiliado.
A família abraçou Caíque e
choraram.
Vilma: - Como minha irmã se
acabou! Caíque eu quero vê-la.
Após o jantar, Caíque levou sua tia para ver a
irmã. Tocou a campainha.
Sandra abriu a porta, abraçou
o filho. Vilma aparece e ambas se abraçaram.
Sandra: - Perdão irmã! Perdão!
Vilma: - Eu te perdoo minha
irmã! Você quer passar o Natal conosco?
Sandra, olhou para Caíque e ele
acenou dizendo sim!
Na noite de Natal, a casa está
linda, chega para surpresa de Higor, os irmãos Tarcísio e Karen com suas
famílias. Caíque entra com Sandra.
Judite acena de longe para
Sandra.
Fabiano abraça a tia: - Seja bem-vinda!
A linda mesa da Natal, vinte
pessoas. Antes de cearem, Higor orou:
"Senhor Jesus, estamos
unidos para comemorar seu aniversário. O Senhor é a Luz do mundo, é Nosso
Sagrado Santuário, este lar é vosso Meu Senhor! Feliz Luz a todos"
Após a ceia, Vilma pede para
Sandra dormir em casa. Ela aceitou.
Vilma vê dona Olivia sorrindo
e seus pais: - A senhora está feliz por seus filhos juntos. Todo dia é um
milagre na nossa vida!
Judite: - Pai! Mãe! Quero
falar com vocês. Sabem que eu estou namorando, ocorreu algo, não esperado, mas
Carlos me deixou.
Vilma: - Quantos meses?
Higor: - Menino o u menina?
Judite: - Estou de dois meses.
Vocês estão zangados comigo?
Higor e Vilma: - Minha querida
filha, seja bem-vindo neto ou neta!
Fabiano: - Eu ouvi direito? Estou
velho! Serei titio!
Depois de oito meses, nasceu
Robinson! A alegria da casa! Higor! Vilma, vamos ter um bebê?
Vilma: - Você é meu bebê! A
vida é maravilhosa.
Saudações a todos.
Luz para Luz!
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