Nadine doze anos linda menina, olhos verdes, cabelos cacheados.
Keilah nove anos de idade, olhos castanhos, cabelos lisos, brincando no quintal com seu cachorrinho Billy. Seus pais tranquilos, gostam da família unida em almoços e jantares.
Pai Arthur trabalha
no banco, formado em economia, mãe Clarine professora.
Clarine – Nadine, filha por
que você não quer sua festa de aniversário?
Nadine: - Eu não gosto! Eu
quero ir a missa e ficar quieta em nossa casa, mas eu quero uma coisa
diferente dos seus planos mamãe.
Clarine: - O que você quer, ir
na praia? Já sei zoológico, e sair com as amigas do seu colégio!
Nadine ri: - Errou! Quero ser
freira! Quero silêncio, orar!
Clarine: - Filha tens doze
anos, tem tudo, entrar num convento! Eu e seu pai, sua irmã te amamos!
Nadine: - Mamãe eu sei! Mas amar, devemos amar o mundo
todo! Tem muito sofrimento no mundo! Eu sinto que céu chora por nós! Chora pela
dor que os inocentes passam! Mãe eu sonho que estou em outro tempo.
Clarine: - Do que está falando, você tem idade para sonhar, dançar, cantar. Que tempo é esse? Do que está falando?
Nadine: - Eu sonho que estou
há dois mil anos atrás. Sonho com pessoas de roupa diferente de hoje, apesar da
pobreza são felizes, dançam, cantam, o som é de paz, mas de repente temos que
correr porque os guardas romanos vêm atrás e nós escondemos em cavernas.
Clarine: - Pare Nadine! Pare!
Se você continuar assim vou te levar no médico.
Nadine: - Não seja assim mãe!
Clarine: - E você terá sua
festa de aniversário, vou providenciar tudo!
Keilah ouviu: - Olá! Teremos
bolos, doces! Festa!
Chegou o dia do aniversário de
Nadine casa enfeitada, mesa linda bolo, doces, música, a família inteira, avós
paternos e maternos, tios e tias, primos, colegas do colégio, vizinhos. Todo
mundo se divertindo, Nadine educada, meiga não transmitia alegria.
Clarine: - Nadine sorria! Amo você filha!
Keilah: - Nadine procure se
divertir, olha nossos primos dançando, parece que se sacodem.
Ambas dão risada!
Sua mãe Clarine agora diretora do colégio, seis anos se passaram.......
Nadine está com dezoito anos e Keilah está com quinze anos.
Os pais insistiram numa grande festa de aniversário para
comemorar dezoito anos de Nadine e quinze anos de Keilah num lindo salão,
música ao vivo, buffet, tudo que os jovens sonhavam, dançaram a valsa com o pai
Arthur uma noite inesquecível para todos.
Nadine: - Pai! Eu pensei, sou
maior de idade agora, posso fazer o que eu quero!
Arthur: - O que você quer?
Faculdade? Qual?
Nadine: - Não pai! Quero
entrar para o convento!
Arthur: - O que? Filha você é
linda, eu posso pagar faculdade para vocês, uma viagem, escolha o lugar.
Clarine ouviu: - De novo esta
conversa Nadine, não deixe seu pai triste.
Nadine: - Por que triste? Eu
quero fazer um curso de enfermagem, que possa ajudar, posso dentro da igreja ir
para o continente africano, não terei uma vida ilusória.
Arthur: - Nadine, você acha
que eu e sua mãe temos uma vida ilusória?
Nadine: - Sim! Poderiam fazer
mais, não só pela família, mas para um todo, a humanidade. Tudo é ilusão!
Clarine: - Eu tive paciência,
vou te levar no médico.
Keilah: - Pai! Mãe! A Nadine pensa
em ajudar a todos, ao invés de discutirem, ajudem a Nadine fazer um curso para
enfermagem, assim ela verá se é o que ela pensa.
Arthur: - E você Keilah, quer
fazer o que?
Keilah: - Eu? Quero casar e ter vinte filhos.
Nadine ri: - Keilah fala
sério.
Keilah: - Ainda não sei! Mas
parem com esta discussão!
Arthur: - Nadine você irá ao
banco amanhã fazer um teste.
Nadine: - Para que?
Arthur: - Porque você
passando, irá trabalhar no banco.
Nadine foi para o quarto,
Keilah acompanha a irmã, - Nadine pare de chorar! Papai não entende! Ele só
conhece números! Mamãe casa e colégio.
Nadine de manhã acompanha seu pai ao banco, fez o teste.
Arthur: - Nadine você foi bem!
Começara como auxiliar na contabilidade e te matriculamos em ciências
contábeis.
Nadine retornou para casa triste. Keilah a amparou.
-Irmã estamos em 1956 você acha que as mulheres são
ouvidas?
O telefone toca e auxiliar da casa atende.
Jorgina: - Meninas! Meninas!
Nadine: - O que houve Jorgina?
Jorgina: - O colégio ligou,
sua mãe desmaiou, a levaram para o hospital.
Nadine: - Meu Deus Jorgina,
avise meu pai, eu e Keilah iremos ao hospital.
No hospital esta presente a família toda.
Keilah: - Nossos avós estão
falando com o médico, papai!
Arthur: - Tudo dará certo!
Nestor: - Minhas netas, sua
mãe teve um derrame cerebral, está em coma induzido.
Marta: - Minha filha Clarine
ficará boa, vamos ter fé!
Arthur: - A mãe de vocês é
forte, ela vencerá! Clarine ficara na UTI! Vamos para casa!
Nadine: - Eu quero ficar aqui!
Marta: - Nadine vai para a
casa, ninguém pode entrar na UTI!
Em casa Nadine e Keilah orando
para a mãe. Arthur na sala.
Nadine: - Keilah, você ouviu papai dizer a mãe de vocês
é forte ao invés, minha esposa é forte!
Keilah: - O que você quer
dizer? Papai está nervoso!
Nadine: - Não ouvi
sentimentos!
Depois de um mês na UTI Clarine acordou, conseguindo balbuciar...dine.
O médico relata a família, que ficará
com problemas neurológicos, precisará de cuidados especiais.
Nadine dividia o horário do
trabalho com o hospital, Keilah ficava mais tempo. Arthur exigia que Nadine
desse atenção ao trabalho e ao curso. Dois meses passados Clarine recebe alta,
regressando para casa.
Arthur: - Estou providenciando
uma enfermeira para Clarine.
Nadine: - Pai preciso fazer uma pergunta, o senhor ama
mamãe?
Arthur: - Que pergunta é essa?
Lógico que amo sua mãe!
Nadine: - O senhor disse
lógico! Quando se refere a mamãe, não há sentimentos, é automático.
Marta ouvindo: - Nadine você
pode me ajudar na cozinha?
Nadine: - Sim vovó, estou
indo.
Arthur: - Providenciei
enfermeira, depois veremos o médico, em casa é mais confortável.
Keilah não sai do lado de sua
mãe Clarine: - Mamãe você está em casa, logo estará melhor, o pior já passou, a
senhora me entende?
Clarine piscou!
Keilah: - Mamãe você piscou, é
porque me entende?
Clarine novamente reage!
No dia seguinte chega a
enfermeira Carmem!
Carmem: - Bom dia!
Nadine: - Você ficara só de
dia!
Carmem: - Fui contratada para
os cuidados de sua mãe de dia e de noite!
Marta: - Vou providenciar um
quarto para você Carmem.
Carmem: - Uma poltrona no
quarto!
Nadine: - Nas horas de seu
descanso, eu cuido de minha mãe.
Keilah: - Eu também! Você é
casada Carmem?
Carmem: - Sim! Tenho um filho
de quatro anos, moramos junto com meus pais, assim eles cuidam do meu filho,
enquanto trabalhamos.
Nadine para sua avó Marta: -
Vovó amanhã sairei um pouco mais cedo para resolver algumas coisas sobre o
curso.
Marta: - Fique tranquila, seu
pai mandou arrumar a casa dos fundos, estão pintando, para eu e seu avô
morarmos, até sua mãe estiver bem.
Keilah: - É bom a família
estar unida!
Quatro meses se passaram,
Clarine está se locomovendo com cadeira de rodas, não há movimentos nos braços.
Ainda precisa da enfermeira Carmem.
Nadine vai direto ao quarto da
mãe, já deitada. – Mamãe, a senhora logo terá a mim para te cuidar.
Clarine sorri!
Nadine: - A senhora sorriu! Logo vou te contar algo!
Carmem: - Amanhã é sua folga
no banco, poderá dar os remédios para sua mãe?
Nadine: - Sim! Carmem! Você
fica tranquila! Seu filho precisa de você.
Carmem: - Sua Avó ajuda muito!
Eu dou uma fugida em casa, minha mãe tem muita coisa para fazer, a vida sozinha
não é fácil!
Nadine fica em silêncio!
Amanheceu com lindo dia! Nadine abre a janela do quarto de Clarine:
-Mamãe o dia está lindo!
Arthur: - Bom dia! Olha o chá
de camomila para Clarine! Eu dou o chá Nadine minha filha, vai tomar seu café!
Hoje seus avós trarão a mudança para casa.
Nadine: - Eu visitei a
casinha ontem, foi feito um corredor até a cozinha, ficou uma casa só! Nessa
área do lado vou por flores, plantas para mamãe ter um espaço harmonioso. Papai
onde mora a enfermeira?
Arthur: - Não sei! Por que
pergunta?
Nadine: - Ela disse que tem um
filho! É difícil cuidar do filho de um ano e o trabalho.
Arthur: - O Márcio tem quatro
anos!
Nadine: - Melhor! Deve ser
lindo! Vou tomar café.
A noite Carmem retorna para
cuidar de Clarine.
Nadine: - Carmem você
conseguiu descansar? Está mais leve.
Carmem: - É meu filho! Me traz
alegria!
Nadine: - Ele deve ser lindo,
você é muito bonita.
Carmem tira da bolsa a foto do
filho e mostra para Nadine.
Nadine: - Ele é lindo! Olha
mamãe o filhinho da Carmem!
Clarine olha a foto!
Carmem: - Hoje o levei para
passear.
Clarine tem um espasmo! Carmem
chama o médico. Logo chega socorrendo-a! Clarine medicada. A família
preocupada.
Arthur: - Doutor o que houve?
Médico: Pode ter sido alguma
reação medicamentosa, seus sinais vitais estão normal. Amanhã quero que a levem
ao hospital para fazer exames.
Clarine foi levada de
ambulância para fazer os exames. Os resultados nada fora da anormalidade.
Nadine muito pensativa.
Keilah: - Nadine o que você tanto pensa?
Nadine: - Você irmã não vai
comentar para ninguém, primeiro papai fala de mamãe sem sentimentos, mamãe fica
doente, papai contrata a enfermeira Carmem e ela primeiro fala do filho que é
casada, depois comenta que cuidar do filho sozinha é difícil. Papai fala o nome
do filho dela e me diz que não sabe nada dela.
Keilah: - Nadine você está embolando
tudo, papai deve ter conversado com a Carmem.
Nadine: - Por que mamãe teve essa
reação quando viu a foto do filho da Carmem?
Keilah: - Ah! Não! Já passou!
Clarine em casa sentada na
cadeira de rodas sorri em direção a roseira.
Nadine: - Mamãe sorrindo! Vou orar com a senhora! Mamãe estou vendo uma moça com roupa longa, com uma flor, ela fala:
- Para perdoar e amar! Ter paz no coração! Ela foi embora! Mamãe o
que houve? O que aconteceu?
Nadine sente a mão da mãe
segurar a mão dela: - Deus seja Louvado! Será nosso segredo!
Keilah: - Nadine fui dar uma
volta! Nadine! Preciso conversar!
Arthur chega do trabalho!
Marta chama Keilah: - Hoje
filha você me ajuda no almoço e na janta?
Keilah: - Sim vovó!
Marta: - Você está bem Keilah!
Keilah: - Sim! Achou que vou
ter um namorado e casar cedo!
Nestor: - Teremos um
casamento!
No quarto na hora de dormir!
Nadine e Keilah!
keilah não aguenta, Nadine
preciso falar contigo!
Nadine: - Quem é seu namorado?
Keilah: - Nadine eu se segui
Carmem! Pensei em tudo que você disse. Eu vi tudo, Carmem não foi para a casa
dela, ela foi para um restaurante e eu vi o papai entrar no mesmo restaurante e
eu vi papai entrar no mesmo restaurante. Fiquei esperando eles saíram juntos,
ele a beija na boca.
Nadine ficou parada ouvindo!
Keilah: - Depois eles andaram
até a praça, uma senhora estava com o filho dela. Nadine o menino correu para
os braços do papai.
As lágrimas da Nadine vieram
ao rosto.
Keilah deu um copo d’água para
a irmã: - você estava certa! Ele traiu mamãe e teve coragem de contrata-la para
cuidar da nossa mãe.
Nadine: - Será que mamãe já
sabia? Vamos descobrir porque mamãe deve estar mal com a amante do pai cuidando
dela. Amanhã inventarei qualquer coisa, não vou trabalhar. Você faz um chá
agora para Carmem enquanto eu vejo o que faço.
Keilah: - No escritório do
papai deve ter o endereço dela! Temos que libertar mamãe! E você queria ser
freira?
Nadine foi até o escritório do
pai, no sótão mexe em tudo, abre a gaveta da escrivaninha, vê a foto de Márcio,
acha contas em nome de Carmem e o endereço.
Nadine volta para o quarto: -
Keilah achei a foto do Márcio na escrivaninha do papai, contas em nome de
Carmem, peguei esta de telefone, pelo que entendi é papai que paga.
Nadine: - Keilah, tenho uma
confissão, não estou fazendo o curso de ciências contábeis. Estou estudando
curso de auxiliar de enfermagem para cuidar de mamãe, logo me formarei, e vou
contar para todos.
Keilah: - Conte para mamãe!
Ela vai sentir aliviada!
Arthur: - Bom dia, terei que
me ausentar por dias, para trabalho, irei para capital. Irei hoje! Eu ligarei
todos os dias.
Nadine: - Carmem você não
querer tirar folga hoje?
Carmem: - Hoje não! Estou bem!
Nadine: -Vou trabalhar até
mais tarde!
Keilah: - Não irei para o
curso!
Nestor: - Cuidarei do jardim,
eu ficarei em casa!
Nadine, Keilah saíram para o
endereço da conta, antes Nadine liga para um amigo, seu pai tinha ido viajar.
As irmãs vão até o endereço. Keilah tem uma ideia. Bate na porta da casa de
Carmem, atende uma senhora.
A senhora: - Gabriela, sim é
minha filha meu nome é Ofélia, entre por favor! Este é meu netinho Márcio, é a
mãe dele que é enfermeira.
Gabriela: - Como você é lindo
Márcio!
Ofélia: - Aceita um suco?
Acabei de fazer!
Gabriela: - Sim! Obrigada! Sua
filha faz tempo que é formada?
Ofélia: - Faz seis anos!
Graças ao pai de Márcio, ela pode fazer a faculdade.
Gabriela: - Que lindo! Um dia
quero arrumar um marido assim!
Ofélia: - Espero que você
tenha mais sorte que minha filha, o pai do meu neto só pode vir vê-lo de vez
enquanto, bem é a escolha de cada um, cada um colhe o que planta!
Gabriela: - Gostei da senhora!
Tem telefone, eu ligo para combinar o trabalho!
Ofélia abraçou Gabriela antes
de ir embora, olhou para Márcio entendeu que era irmão dela.
Keilah atravessa rua, encontra
a irmã Nadine: - Nadine, mãe da Carmem chama-se Ofélia irmã, Márcio é nosso
irmão, foi o papai que pagou a faculdade dela.
Nadine: - Vamos para a igreja!
Keilah e Nadine choram, oram:
- Meu pai a atitude correta?
Keilah: - Senhor! Nossa mãe
está numa cadeira de rodas, quem cuida é a enfermeira amante do nosso pai e tem
um irmão de quatro anos inocente. Não sabemos o que fazer? Mas minha mãe
precisa de socorro!
Nadine: - Pedimos orientação!
Um senhor no banco de trás
ouvindo as irmãs que não paravam de chorar.
-Meninas, perdoe em ouvir a verdade é necessária, sua mãe precisa saber
que tem duas filhas por ela.
Nadine: - Ela está doente!
Senhor: - Agora não vão me
acreditar, sua mãe está com a mente e o coração preso, querendo falar. Tenham
calma, você mais velha está se preparando para cuidar de sua mãe, não guardam
rancor, perdoem seu pai, ele pisará em espinhos e no final o amor baterá na
porta de sua casa.
Nadine abraçou Keilah: -
Senhor!
Nadine: - Ele sumiu!
Keilah: - Obrigada!
Keilah e Nadine voltaram para
casa como nada tivesse acontecido. Nadine pediu demissão do banco.
Arthur retornou da viagem!
Nadine: - Pai! Sai do banco
para estar perto da mãe, eu tenho certeza que o senhor irá entender, Carmem
precisa descansar o curso, eu continuo.
Keilah diz a Nadine que está
namorando.
Nadine no café da manhã faz um
comunicado a família: - Pai, mãe, meus avós, hoje é minha formatura, não em
ciências contábeis, mais em enfermagem e já fiz matrícula para faculdade de
Enfermagem.
Arthur nervoso: - Nadine, você
o que? Você me enganou?
Nadine: - Meu pai, aqui nessa
casa quem mais enganou? Eu?
Leilah: - A partir de hoje
Carmem não trabalha mais aqui, sera Nadine quem cuidará da mamãe.
Clarine sorriu! As filhas a abraçaram.
Uma amiga de Clarine foi a
casa para visitar. Felícia ficou feliz em ver Clarine.
Nadine: - Felícia você é
professora muito tempo no mesmo colégio, minha mãe disse algo antes dela ter o
AVC.
Felícia: - Sim! Ela tinha
descoberto que seu pai tinha uma outra mulher mais jovem, mais bonita, ele
pagava as despesas até a faculdade, vocês eram mais novas, isso fez ela mudar
as vezes perder o controle. Eu falava para ela separar. Me respondia, e minha
família, minhas filhas? Até ela ficar doente, não tinha coragem em vim
visita-la, não queria ver seu pai.
Keilah: - Nós entendemos!
Nadine e Keilah sentam junto
com Clarine, contam tudo que descobriram, seus avós ouvindo. Relatam o senhor
que viram na igreja, ele orientou não poderíamos ter rancor no final o amor
bater em nossa porta.
Nadine: - Mamãe, Felícia disse
que a senhora descobriu o caso de papai com a Carmem, e o filho dela é nosso
irmão. Estamos confusas. Sabemos a dor que a senhora sente. Sei que não foi
fácil ser cuidada pela Carmem, estamos juntos!
Nestor e Marta: - Nós também,
juntos vamos ver Clarine recuperar. Perdoar Arthur não conseguimos.
Arthur vem a casa ouviu das
filhas tudo que sabiam: - O senhor não sabe a dor que causou na nossa mãe, em
nós suas filhas, no Márcio que com quatro anos tem um pai dividido.
Nadine: - O senhor não deixa
eu estudar enfermagem para custear da Carmem, teve coragem de coloca-la para
cuidar da mãe.
Keilah: - Tem ideia da dor que
a mãe sentiu? Da dor em todos nós?
Arthur: - Pedi perdão é pouco!
Eu sei que foram na casa de Carmem e conheceram dona Ofélia e Márcio.
Hoje dona Ofélia foi
encontrada no chão da sala sem vida. Carmem acha que o coração não aguentou.
Dona Ofélia era uma ótima mãe e avó. Eu vim pedir para conhecerem Márcio, é
irmão de vocês. Nadine: - Pai, de um tempo, nossa mãe precisa se recuperar.
Arthur: - Eu estou deixando
esta casa, vocês têm seus avós, Carmem e Márcio só tem a mim. Amo vocês minhas
filhas!
Marta: - Arthur você planejou
tudo?
Um ano se passa, depois de
tantas dores e revelações, a verdade mesmo causando dor precisa ser revelada.
Quando se planta espinhos, muitos se esquecem que podem pisar neles. O amor
bate na porta!
O telefone toca!
Nestor atende: - Sim, aqui é a
casa da professora Clarine Pacheco! Sim estou ouvindo! Em que hospital? Nestor
desliga o telefone, chama a Marta: - Meninas sentem-se!
Nadine: - Mamãe conseguiu
dizer esta bom! Eu perguntei se a água do banho está quente, ela respondeu!
Marta e Nestor: - Meninas por
favor, sentem-se!
Keilah chora, meu peito dói!
Nadine: - Estou com coração
disparado.
Marta traz água! Se acalmem!
Pensem em Deus! Lembram do senhor que viram na igreja?
Nadine e Keilah: - Sim vovó!
Nestor: - Difícil de dizer,
recebemos um telefonema da polícia rodoviária avisando de um acidente de carro,
Arthur, Carmem e uma criança um menino.
Nadine: - Em que hospital
papai está?
Nestor: - Keilah e Nadine:
-Arthur e Carmem não está no hospital, o acidente foi fatal! O menino Márcio
está no hospital, ele não tem mais ninguém.
Marta e Nestor abraçam as
netas. Eles permanecem na sala até amanhecer, Marta fica com Clarice. Antes de
saírem contam tudo para ela, Clarine abaixa a cabeça, olha para o céu, as
filhas a abraçam.
Nestor acompanha as netas no
IML, avisam a família paterna. Nadine e Keilah se dirigem ao hospital onde está
Márcio. Ele está com fratura múltiplas nas pernas, médico relata que ficará
bom.
A família paterna, Nestor,
Nadine, Keilah acompanham os cortejos fúnebres de Arthur e Carmem, ambos em
lugares separados.
Nadine e Keilah estão todos os
dias no hospital até Márcio acordar, ele está com seis anos de idade.
Nadine: - Oi Márcio!
Keilah: - Oi irmãozinho!
Márcio: - Conheço você! Onde está mamãe?
Keilah: - Mamãe foi trabalhar
lá no céu! Precisavam de enfermeiras boas para trabalhar.
Márcio: - Igual a vovó!
Nadine: - Sim igual sua vovó!
Nestor: - Meninas ninguém quer
ficar o menino!
Nadine: - Ele tem o sobrenome
do papai! Está de alta!
Keilah: - Vamos leva-lo para
casa! Até alguém vim busca-lo!
Nestor: - E sua mãe? Está todo
mundo triste!
Nadine: - Mamãe vai entender
Keilah: - Mamãe este lindo
menino é Márcio!
Clarine sorri, consegue
estender a mão! Márcio a abraça!
Em poucos meses Márcio tira o
gesso das pernas, arrumaram o quarto dele, Nestor pintou de azul claro, fez
carrinhos para Márcio.
Márcio menino alegre, brinca
com todo mundo, cativando a todos.
Nadine: - Keilah lembra do
senhor, o amor batera em sua porta!
Muito distante, tempo
diferente, onde o amor habita e ninguém está só!
\Arthur acorda, vê vários
pacientes: - Rapaz! Por favor que hospital é esse, eu sei que eu e minha
família sofremos um acidente, pelo que vejo, não me feri. Quero notícias de
minha mulher e meu filho.
Mathias: - Arthur sua
companheira não está aqui! E seu filho não precisou vir para cá!
Arthur: - Márcio não se machucou! E Carmem!
Mathias: - Sua companheira não
está nesta parte, Arthur você só tem um filho?
Arthur: - Sim, ele é pequeno,
eu sou casado com Carmem.
Mathias: - Descanse um pouco.
Arthur: - Volta a dormir, seu
espírito rapidamente retorna na terra, ele assisti Nadine, Keilah brincando com
Márcio. Clarine sentada vendo a cena da alegria de Márcio.
Nestor para Marta: - Depois de tanto sofrimento que Arthur gerou
com Clarine e as filhas fora o Márcio sem saber que seu pai fazia um jogo de
traições.
Marta: - Onde ele estiver que
fique por lá, ele e aquela falsa Carmem, não consigo perdoar.
Arthur fica atordoado: -
Acorda! O que é isso? Que sonho, outra família, este acidente mexeu com minha
cabeça. Levantando-se observa enfermeiros auxiliando que para ele eram
acidentados.
As mãos em unção, caminha até
o corredor, vê cenas na mente.
Arthur: - Nadine você não irá
fazer curso de enfermagem, irá trabalhar no banco.
Clarine: - Eu descobri tudo
Arthur, eu vi você com outra mulher, não pensou nas nossas filhas.
Arthur: - Não te amo! Agora
que você sabe Carmem, ela é jovem, linda, eu vou arrumar tudo e irei embora, eu
tenho dinheiro para manter aqui e viverei com a Carmem, ela é enfermeira, eu
paguei a faculdade para ela.
Clarine: - Nossa filha Nadine te pediu e você negou! Não
tem medo de Deus!
Arthur: - Deixe de ser
ultrapassada! Você é professora! Seja inteligente não tem vergonha de você!
Quando casamos, era magra, bonita, agora está velha! Me deixe em paz!
Arthur volta a realidade que
não quer perceber! _ O que é isso? O senhor é médico?
Leopoldo: - Não sou médico, sou orientador, enfermeiro. Você é recém-chegado! Arthur como você
sabe?
Arthur: - Estou confuso, foi a
batida, sonho que tenho outra mulher, duas filhas. Cheguei a sonhar que entrei
casa de uma tal Nadine e Keilah estão brincando com meu filho Márcio.
Leopoldo: - Sou franco, quando
você vê durante séculos pessoas renegando a verdade, não enfrenta seus erros e
põe os erros na frente como uma grande realidade.
Arthur: - O que está falando?
Leopoldo: - De você Arthur! Na
verdade sua esposa é a Clarine, você onde era seu lar, reviu suas filhas que
renegar e abraçar o menino que não tem culpa, sua fulga, filho seu e de Carmem
na terra, foi sua amante.
Arthur: - Você é louco! Carmem
é minha esposa! Ela me ama!
Leopoldo: - Tem certeza! Será
que ela não fez contigo o que fizeste com sua esposa?
Arthur ri: - Vou embora desse
hospital! Onde está Carmem?
Arthur: - Vou embora! Onde
fica saída? Caminha pelo pátio. – Senhor viu uma moça alta jovem, loira muita
bonita, seu nome é Carmem, ela é doce. Viu ou não?
Até ele parar um rapaz com
roupas do século dezoito. Você veio de alguma festa de fantasia?
Rapaz: - Não, você é
recém-chegado, não entendeu que não vive mais na terra? Qual foi motivo de seu
desencarne?
Arthur: - Desencarne?
Rapaz: - Amigo, eu, você e
todos estamos em outro mundo, aqui é um hospital para quem foge da realidade,
eu estou melhorando, quero dizer que morremos. Tem um lado bom, a vida
contínua.
Arthur: - Não me falta mais
nada! Atravessa o jardim, entra num portão onde jovens conversam. – Entre
amigo!
De longe vê a Carmem, corre em
direção a ela, Carmem abraça Arthur: - Você está bem Arthur? Vamos embora
daqui, já ouvi absurdos que estou morta!
Arthur: - Eu também! Vamos embora agora Eu vi
uma estrada, conseguiremos uma carona.
Carmem e Arthur andam muito,
passam pela fronteira onde é escuro.– Arthur que lugar estranho tem neblina,
mas está tudo escuro!
Arthur: - Essa casa eu
conheço, é a sua Carmem!
Carmem: - Ótimo! Chegamos em
casa. Mamãe, chegamos!
Ofélia: - Minha filha, Arthur
que bom vê-los.
Carmem: - A senhora fez algo
para comermos?
Ofélia: - Não, filha!
Arthur: - Posso ir no banheiro
e lavar meu rosto?
Ofélia: - Lógico! Você conhece
a casa.
Carmem: - Mamãe, Arthur
comprará uma linda casa para nós, viverei como uma rainha.
Ofélia: - Carmem, não é justo
Arthur achar que Márcio é filho dele, fale a verdade.
Carmem: - Nunca! Sou linda,
boazinha e Márcio tem pai, é o Arthur.
Arthur no corredor da casa
ouvindo a conversa de Carmem com a mãe.
Carmem: - Fiz um papel sendo
enfermeira de Clarine, pude saber dos bens e ele está apaixonado por mim.
Arthur aterrorizado com que
ouve: - Márcio não é meu filho, Carmem me enganou o tempo.
Ele retorna para a sala!
Carmem: - Arthur meu amor!
Mamãe está falando que Márcio
quer uma bicicleta nova, onde está o Márcio?
Ofélia: - Ele está num lugar
onde está tendo muito amor. Nós não poderemos mais cuidar dele. Tenho certeza
que a família de Arthur o tratará como membro da família.
Carmem: - Mamãe o que a
senhora está dizendo?
Ofélia: - Carmem antes de você
e Arthur sofrerem o acidente, eu tinha desencarnado.
Carmem senta e ri: - Estou tão
cansada que não tenho vontade de rir mais.
Arthur: - A mesma conversa,
estou ouvindo aqui. Eu estava no corredor ouvi você Carmem conversando com sua
mãe que Márcio não é meu filho e seu interesse por uma linda casa. Que história
é essa?
Carmem: - Mamãe quer nos
separar, inventa essas coisas.
Ofélia: - Carmem volte suas
lembranças um ano atrás.
Carmem vê um velório, chega
perto do caixão e vê Ofélia, da um grito.
– Você morreu! O que é isso!
Leopoldo chega: - Ouvi toda a
conversa, hora da verdade.
Carmem e Arthur vocês estão no
carro, um caminhão atravessa na frente, o carro bate na árvore, e depois?
Carmem: - Me sinto dolorida,
não vejo Márcio.
Arthur: - Minha cabeça dói,
estou fora do carro, mas me vejo dentro do carro, e acordo naquele lugar.
Carmem está deitada na mata,
levanto caminho muito, se aproxima umas pessoas, peco socorro, eles me levam
para o hospital.
Ofélia: - Antes de vocês
estarem no hospital.
Carmem grita: - Vejo um
caixão, sou eu lá dentro! Não quero estar morta! Sou linda!
Arthur ouve choro, tenta falar
com Nadine e keilah elas falam: por que papai nos deixou?
Ouço uma oração, é Clarine
minha esposa, eu tenho duas filhas e Clarine minha esposa eu a traí. Eu deixei
me enganar.
Arthur se ajoelha: - Deus o
que eu fiz? Coloquei minha esposa fiel numa cadeira de rodas e ela ora por mim.
Leopoldo: - Ofélia leve
Carmem!
Ofélia: - Sim! Agradeço pelo socorro!
Leopoldo: - Vamos Arthur
retornar!
Arthur: - Leopoldo Deus perdoa
seus filhos?
Leopoldo: - Sim, mas precisa
haver arrependimentos verdadeiros.
Arthur: - Quero ajudar! Me
diga que posso fazer!
Leopoldo: - Primeiro irá
participar de palestras que relatam o Senhor Jesus e seus ensinamentos! Veja
quantos recém-chegados, procure ouvir o que sentem, sempre uma palavra
afetuosa, até você chegar ao nível de auxiliando-os.
Arthur: - Quanto tempo você
levou?
Leopoldo sorri: - Quase dois
mil anos, aliás sua filha Nadine me conhece como Eliseu.
Arthur: - Outra falha minha, e
a Carmem o que vai acontecer?
Leopoldo: - Ela irá reencarnar
num país do continente africano, talvez a Etiópia. Por que você não vai dizer
até logo, começo do perdão.
Arthur ouve: - Carmem me
disseram que você irá reencarnar, espero que você seja bem acolhida.
Carmem: - Você quer dizer
humilde. Agradeço, eu mereço, preciso aprender.
Leopoldo chama Arthur: - Amigo venha ver quem acaba de chegar.
Arthur: - Clarine!
Clarine: - Como é bom te ver
bem Arthur!
Arthur: - Você veio cedo!
Clarine sorri: - Arthur se
passaram na terra quarenta e cinco anos. Nadine se casou tem três filhos, agora
é avó. Keliah casou, tem dois filhos e Márcio meu menino tem quarenta e nove
anos, é pai, advogado, casado com uma boa mulher. Veja quem está chegando,
vieram me receber, papai e mamãe Nestor e Marta.
Arthur recebe abraço de
Nestor: - Arthur tive vontade de mata-lo, mas sei que a vida ensina onde nós
estivermos. E você deixou Márcio um lindo neto.
Marta: - Ele é o futuro!
Arthur: - Estão chamando para
o chá família!
Leopoldo: - Você pode se
esconder, mas nos seus olhos as lentes das almas, todo o céu vê a nossa
verdade. Você pode mentir, o vento fala por nós, você pode ouvir só o quer, mas
o som da vida entra dentro de nós. Deus vê você! Deus fala com você! Espero que
pare um minuto e fale com Deus!
Paz e Luz a todos!
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